Comentários em O Acervo do Alquimista

Frénétique

01/04/2024 às 21:28 • A Pedra Filosofal
Nossa, que reflexivo, realmente, a ultima frase daz a gente refletir demais. Obrigada por escrever :3


Resposta do Autor [Vagus]: Ora, muito obrigado pelo comentário. Fico feliz que possa ter deixa uma boa reflexão final nesse meu singelo poema ^^'
Muito obrigado e até a próxima~


Idealista Romântica Gótica

02/04/2024 às 21:02 • A Pedra Filosofal
Moço, posso te chamar no PV? preciso de alguém pra desabafar e de uma opinião masculina
>.


aphrodi

03/04/2024 às 16:18 • A Pedra Filosofal

 

hi.

Pela sinopse eu senti certa familiaridade e nos primeiros versos tive certeza. Talvez se lembre de mim pelos comentários extensos e reflexivos em Oblivion (com outro nick).

Acho que nunca cheguei a mencionar, mas o meu contato com coisas poéticas por aqui foi com textos que se aproximam da poesia (prosa poética, poesia em prosa? eu não tenho certeza da definição, mas enfim kkkkkkk). Nunca fui realmente chegada em poesia, nos versos e estrofes. Mas acredito que a minha primeira experiência com esse tipo de leitura me levou a dar uma chance pra poesia no geral. Sinceramente, não achava que fosse gostar tanto. Não achava que, fora do contexto escolar sem toda a imposição de ter que ler e interpretar, eu realmente fosse refletir sobre o que estaria lendo. E acho que por isso suas poesias me chamam a atenção. Elas me fazem pensar em algo. Me fazem querer entender a mensagem original que está sendo passada e também me levam a dedicar tempo na mensagem individual que se forma para mim como leitora.

"Se a beleza não escapasse,
E a mente não adoecesse."

Eu sei que já elogiei anteriormente, mas fica aqui o reforço. Tem muitas frases que imediatamente trazem uma enxurrada de pensamentos e questionamentos. E é tudo sempre muito bem escrito. Parabéns de verdade! Eu posso não entender tanto de poesias, mas me arriscaria a dizer com certeza absoluta de que você tem talento. E pelo tempo que parece escrever, parece que se esforçou para entregar algo ainda melhor!

Se a certeza imatura existisse, quem sabe tudo perdesse o sentido. A ideia de ter um fim pode ser assustadora, o que provavelmente deve ser para muitas pessoas em qualquer idade. Entretanto a possibilidade de nunca ter um ponto final deve abrir um certo vazio. O que fazer com tanto tempo? Tudo que faríamos teria valor? Um momento, por menor que fosse, ainda carregaria tanta intensidade? As coisas que aconteceram ou não aconteceram ainda fariam diferença? Um abraço, um beijo, um olhar ainda teria significado profundo?

Acho bem comum escutar que a única certeza da vida é a morte. Sem ela, talvez tudo se torne uma incerteza ainda maior. Sendo eterno, quando é que uma dor ou angústia teria fim? O mesmo pra felicidade. Ela seria contínua? Existiria a possibilidade de durar um pouco mais do que costuma? Acho que tudo se arrastaria languidamente para o bem ou para mal.

Bom, é a primeira vez que você traz algo que me deixou com mais perguntas que respostas ou uma opinião mais firme. Inesperado xD

E em uma nota mais leve: é igualmente a primeira vez que alguém me convence (intencionalmente ou não) a ver a imortalidade de uma forma mais receosa. Conversando com outros escritores sempre defendi a imortalidade na ficção. Agora, se houverem outras discussões, eu que lute pra não entrar em contradição haha

see you soon.


Resposta do Autor [Vagus]:

Heey,

Certamente me recordo de você e dos seus comentários. Fico feliz em revê-la por aqui, em que eu também me encontro com um nick diferente também (gosto de ter uma conta secundária para postar poemas com outras temáticas).

De toda forma, eu compreendo certamente essa ideia que descreve sobre a poesia. Acho que as escolas acabam por minar muito o interesse dos alunos nessa matéria, pois induzem um pensamento e isso limita a imaginação e interpretação pessoal que, de toda forma, cabe a qualquer texto. Porém, fico feliz que tenha passado a apreciar essa singela forma artística, e muito lisonjeado que meus poemas possam instigar o "pensar" e "interpretar"; é algo que sempre procuro e fico feliz em alcançar em algum sentido.

E fico profundamente grato e agradecido por todos esses elogiosos adjetivos à minha escrita. Muito obrigado! Certamente é algo que trabalho há algum tempo, e gosto sempre de poder compartilhar um pouco.

Sobre a ideia do poema, é exatamente algo que queria trazer como ponto de debate acerca da imortalidade. Será que as coisas teriam valor, da forma que dissertou? O que significa um abraço, um beijo ou um olhar frente ao infindo?

Claramente, é um tema que rende muito debate e discussão e fico feliz em poder adicionar um novo fator a eles kkkk'. Acredito que a ideia da imortalidade é algo fora das nossas perspectivas, como se não fôssemos feitos para sermos imortais, ao menos nesse plano. Creio que o medo da morte seja tão avassalador quanto o da imortalidade kkkk'.

Enfim, agradeço verdadeiramente pelo comentário e pelos elogios. Fico contente em poder ler mais um dos seus, e da sua visão e interpretação que sempre são deveras interessantes. Acho que isso é tudo, então, até a próxima~

 



aphrodi

15/04/2024 às 17:24 • Perfeição

hi.

Não faz muito tempo que eu estava pensando sobre perfeição. É uma palavra que sempre me pareceu contraditória, mas não por si mesma. Pela forma que usamos e as ideias que surgem. Dizem que a perfeição não existe, mas é justamente essa palavra que é usada frequentemente para aquilo que nos agrada o suficiente, que simplesmente gostamos ou que talvez ainda não encontramos as imperfeições.

Depende muito da perspectiva e da própria régua pra medir a perfeição de algo, mas ao mesmo tempo existem tantas certezas sobre a perfeição que parece que ela está pré-definida e aí o problema de nunca ser encontrada realmente. Os níveis de padrão são absurdamente altos e uma vez alcançado, a tendência é aumentar.

Mas no final eu sinto que a perfeição muitas vezes é uma ilusão. Uma meta que quase todos pretendem alcançar em algum aspecto por mais superficial ou profundo que seja. E não sei se vale a pena essa busca, mesmo que não esteja isenta disso também em alguns momentos.

Particularmente sempre vi nos defeitos algo de interessante, como se fosse justamente o que moldasse a perfeição (não sei se fiz sentido aqui kkkkkkkk).

Ainda tenho a impressão de perfeição pode se resumir simplesmente ao gostar ou não gostar. E que buscamos tanto a perfeição em outras coisas porque enxergamos em nós mesmos, principalmente, diversas imperfeições.

O final foi muito satisfatório, obviamente porque se adequa a minha opinião de aceitar os defeitos, enxergá-los realmente xD Acredito que aceitando a imperfeição tudo fica um pouco mais claro e, quem sabe, a perfeição apareça.

see you soon.


Resposta do Autor [Vagus]: Heey,
De fato, o uso da palavra "perfeição" vem em volta desses conceitos que citou. Dentre os quais, na utilização de que algo é tão bom que ou nos atrai tanto que é quase como se fosse "perfeito"; além do uso da literalidade da palavra, que demanda algo mais esotérico, que seria impossível de se alcançar.
Mas exatamente como discorreu, a perfeição embarca nesses "níveis de padrão", e se realmente o colocarmos em perspectiva, é impossível chegar a um status sem erros ou falhas. Ainda mais tratando a nossa tendência humana que é, normalmente, falhar e progredir.
E sua frase fez sentido sim kkkk'. Também tiro que as imperfeições moldam e pavimentam o caminho para a nossa própria "perfeição". Do momento que entendemos nossas falhas e buscamos evoluir, é daí que surge que o mote de caminharmos a um desenvolvimento natural. Isso conversa com de Sócrates: "Só sei que nada sei". Ao abraçar a ignorância que desconhecemos muito de tudo, podemos finalmente nos portar para trilhar o caminho da iluminação e aprender sobre o mundo que nos envolve.
Gostei bastante da sua visão e perspectiva. Creio que realmente a palavra em si possa ser usada como um jargão comum do dia a dia; bem como, em sua significação, possa ser alçada através da compreensão das nossas imperfeições e na aceitação delas. Talvez realmente a perfeição surja daí kkkk'.
Enfim, agradeço mais uma vez pelo comentário, os elogios e fico contente que esse sutil poema a tenha agradado em sua divação. Creio que isso seja tudo, então... até a próxima~


aphrodi

15/05/2024 às 23:58 • Mercantilismo
 

"És uma pérola brilhante de ostra, 

Ou apenas um grão de areia?"

 

hi.

Bom, literalmente sempre tem por aqui uma parte que me prende e me faz refletir. Mas pelo lado superficial que também nunca falta, sempre tem uma frase muito bonita pra admirar. Se eu fosse de redes sociais e tudo mais, essa aí seria facilmente uma frase que colocaria no perfil xD

Foi até coincidência porque hoje estava caminhando e pensando sobre coisas que preenchem o vazio. Na verdade, o que achamos que preenche e não passa de uma breve ilusão. E agora percebo que foi bom não estar com um cartão na mão pra comprar o que de repente fez os olhos brilharem. Chegou o final do dia e nada mudaria se eu tivesse aquilo ou não, não estaria mais feliz ou menos triste. Só teria algo a mais pra ter na prateleria e usar de vez em quando.

A gente quer o que não tem, e quando tem toda a euforia passa. Passa tão rápido que até me assustei na primeira vez que vivi isso. E surge um espaço vazio de novo aguardando o momento de escolher o que vai querer guardar. Acho que não é fácil manter o valor de algo matetial depois que o tem na mão (a não ser que custe muito caro ou que leve tanto tempo pra obter, quem sabe) e por isso o vazio cresce facilmente.

Pra mim sempre foi muito claro que coisas brilhantes não preenchem a alma. Palavras de uma, cof cof, bela consumista cof cof :) De qualquer maneira nunca pensei muito sobre o vazio e como ele poderia ser verdadeiramente preenchido. Mas cheguei a uma conclusão. Como imagino que o vazio seja preenchido não é fácil, tem muito valor e leva tempo. Tem muito sobre querer e, posteriormente valorizar. E sobre o que é material, me parece que não daria certo mesmo. O que é comprado numa loja será substituído tanto quanto as vontades e caprichos. A única constante é o vazio chamando por algo que seja resistente, que fique ali e não precise ser trocado.

Vou admitir que o título me fez ficar curiosa, mas não esperava que me fizesse parar pra pensar também sobre valor próprio e as influências externas que aumentam o vazio. Daria fácil um documento de word comentar sobre cada ponto dessa poesia, mas vou ficando por aqui.

see you soon.


Resposta do Autor [Vagus]: Heey,
Primeiramente, fico feliz que tenha gostado da frase em questão kkkk' Acho que sim a poesia tem a questão de refletir e pensar, mas tais colocações de efeito são boas para imprimir certas perguntas mais fortes ao texto.
A proposição do materialismo e tudo isso é deveras interessante para se analisar certamente. Muitas vezes nos deixamos comprar algo que faz nossos "olhos brilharem", apenas pra tentar preencher um vazio e que, como você disse, não passa de uma breve ilusão. É essa ideia de sempre querer algo novo mesmo, como um mote para nos sentirmos satisfeitos, quando muitas vezes não é sequer o que realmente queremos; e muitas vezes, essas ideias são jogadas na nossa cabeça por estímulos externos que sequer nos pertencem.
E, obviamente, daí parte o vazio. Afinal, se comprou algo para te preencher e isso não aconteceu, o que significa? Sobre a sua reflexão sobre como o vazio seria preenchido... eu realmente acredito em algo parecido com o que disse. As coisas materiais que compramos são substituíveis, ou seja, quando aquilo perece ele perde valor. Porém, o que pode substituir o vazio é algo que está além do tempo, do valor... algo que tem significação e verdadeiramente traz um sentido, e só essas coisas podem preencher o vazio. Talvez a maioria desses "itens" não sejam tangíveis de fato, e estejam mais ligadas a sensações esotéricas ou sentimentos.
De toda forma... fico lisonjeado pelo comentário e pela capacidade desse meu humilde poema levar a refletir sobre coisas tão profundas e complexas. Posso dizer que busco sempre isso com a minha escrita, e fico muito feliz em perceber que consigo alcançar isso em algum ponto. Enfim, muito obrigado mais uma vez pelo comentário e por sua primorosa interpretação ^^' Acho que isso é tudo, até a próxima~


aphrodi

10/06/2024 às 21:38 • Dândi

hi.

Nunca li O Retrato de Dorian Gray, assisti o filme uma vez e houve o comentário de alguém sobre o livro que era uma leitura meio pesada porque algumas descrições não eram fáceis de digerir, se não me engano. Então, mesmo achando interessante, realmente não tive a vontade de comprar e ler. O título não entrou pra minha listinha de livros na época, mas hoje talvez eu repense sobre isso.

Demorei pra comentar porque dessa vez acho que não vou me expressar tanto, mas questionar.

Essa escrita foi inspirada pelo livro? Pelo que lembro do filme, o que é bem pouco, o Dorian foi seduzido por algumas falas e influências de alguém (ou mais pessoas). E acho que essa leitura passa a mesma vibe. De alguém querendo mostrar o lado do prazer, aos poucos sussurrando tudo aquilo que parece atraente e que naturalmente é desejado. Foi bem direto e íntimo, como uma voz colocando alguém contra a parede entre manter a retidão ou se permitir um pouco de devassidão.

"Simetria perfeita que cria a natureza das coisas,
Com formas e padrões inocentes,
De onde surge o belo para o mundo, em diferentes vertentes."

Eu vou ser sincera sobre essa parte. Entendi? Não. Mas foi tão bonito quanto intrigante. Por isso gostaria de perguntar o que significa para você ou o que procurava passar com essas palavras.

see you soon.


Resposta do Autor [Vagus]: Heey,
Bem, parte da ideia desse poema foi um pouco a história descrita no livro. Apesar de, na minha percepção, ser mais uma menção. Isso porque o livro descreve bastante sobre o Hedonismo, principalmente demonstrando as máculas que causamos na alma a viver em devassidão e luxúria. Sobre o filme, não assisti, então não sei dizer se é próximo ao que se encontra no livro; porém, não vi temas muito pesados no livro (ao menos nada tão impressionável, eu creio), apenas demonstra o lado "sombrio" das pessoas que se entregam a essa vida de drogas, bebida e luxúria.
A premissa do livro, e o que desejei fazer nesse poema foi justamente introduzir essa filosofia da forma como o personagem do Dorian recebeu no livro (através de influências de terceiros). Tem uma frase no livro que sumariza isso, onde uma dessas influências fala sobre como é: sussurrar seus próprios pensamentos para outra pessoa, e a ver se tornando algo que não é mais ela, e sim, um mero capricho do sonho daquele que o influenciou. Posso dizer que foi o que me deixou pensando à época, e que quis traduzir dessa forma, realmente como descreveu, de uma "influência" e, principalmente, um questionamento se, de fato, o belo e a beleza é tudo o que importa.
Acerca dos versos mencionados, foi de um artigo que li onde se dizia que a natureza é perfeitamente simétrica, além da coincidência e repetição de certos números (o que representa que ela trabalha de uma maneira determinada). Assim, tudo o que a natureza constrói seria simétrico e, na proposta do poema, belo. A ideia de "formas e padrões inocentes" é para reforçar que ela o faz por ser da sua natureza, sem malícia ou intenção de que seja belo ou não; mas que no fim é admirado por nós, nas mais variadas vertentes de sua criação (paisagens, o céu, os animais, enfim, toda a coisa que ela cria).
Enfim, acho que escrevi bastante kkkk' Espero que não tenha ficado muito confuso e.e'. De toda forma, fico deveras feliz por ter apreciado esse meu singelo poema ^^' Além do seu comentário e interpretação que são sempre aprazíveis de se ler. Creio que isso seja tudo, até a próxima~