Lesath

05/10/2023 às 13:50 • A Voz
Capítulo muito interessante. Achei intrigante a forma como o personagem principal se apega a sua dor, como se ela fosse tudo o que o torna quem ele realmente é. O peso das responsabilidades, a culpa, a ansiedade... Tornam até mesmo o respirar difícil e angustiante.
Certa vez li algo parecido com "o conhecimento é o alívio e também a doença da alma", e parece se encaixar perfeitamente aqui.
Vou continuar a leitura. Nos vemos nos próximos ♥


Resposta do Autor [Eduardo Prado]: Olá! Tudo bem?
Estou feliz com o seu comentário e o seu ponto de vista. Agradeço imensamente por ter compartilhado seus sentimentos dos quais teve relacionados ao capítulo. 
Agradeço pela gentileza de desejar manter a leitura. Até logo!
At.te.


Lesath

05/10/2023 às 14:16 • Mais Um Dia
 Eu de novo!
Sempre me perguntei porque as pessoas não se permitem sentir, como se qualquer sentimento diferente de felicidade fosse errado, beirando a criminalidade. Tristeza, medo, antipatia, angústia e muitos outros, todos eles fazem parte da nossa complexidade e são necessários para entendermos a vida. Eles não deveriam ser um fardo, deveriam ser uma dádiva.
Esse capítulo é sufocante, apesar de parecer mais otimista que o anterior. O personagem principal sentir que qualquer um é capaz de tirar sua paz, ainda que em atividades corriqueiras, mostra o quão dependente de uma palavra de conforto externa ele está. O quão ávido por reconhecimento, a constatação de que ele é necessário, vindo de outro ser com outras vivências.
Colocar seu parâmetro de sucesso em outros, é a chave para o fracasso. Pois torna todas as conquistas insignificantes.
Continuo gostando muito do seu livro. Nos vemos no próximo Cap ♥


Resposta do Autor [Eduardo Prado]: Olá! Seja bem-vinda novamente.
Espero que esteja bem.
Primeiramente, obrigado por ter investido seu tempo em deixar o seu comentário, isso é muito apreciado por mim. 
Em sequência, sobre o primeiro ponto discutido em seu comentário, concordo com suas palavras. Demonstra maturidade e inteligência emocional ao lidar com os próprios sentimentos como parte de sua natureza e experiência humana. Creio que no caso do personagem central a resposta pode estar na maneira da qual ele próprio enxerga suas emoções, o peso de sua opinião generalizada individual sobre o seu mundo sentimental e o esforço desprendido ao julgá-lo - talvez ele tenta analisá-los em busca de sentido e objetivo, como um processo racional? talvez, considerando a indagação anterior como verdadeira, essa abordagem causa frustração por não ser uma questão racional? Quiçá, serão respondidas futuramente.
Com os segundo e terceiros parágrafos, desse modo, fico entusiasmado com as suas emoções, são imprescindíveis para mim. Sua perspectiva para mim é refrescante e perspicaz.
Agradeço por ter continuado a leitura.
Até logo.


Lesath

08/10/2023 às 17:45 • O Pai
Calma, calma, calma...
Eu entendi bem? O diálogo inteiro era só uma imaginação dele? Se sim, muito angustiante essa situação.
Achei engraçado como esse capítulo se assemelhou a diversos momentos meus na casa dos meus pais. Andar de um lado pro outro com palavras embolando na garganta. Palavras que necessitavam serem ditas, mas não encontravam o momento certo para sair e ficavam abafadas entre a fresta dos dentes. Era sufocante como tudo sempre parecia mais importante do que o que eu teria para falar e amedrontador pensar que expor determinados sentimentos poderia ser encarado como ingratidão da minha parte.
Mas, de certa forma, é um ciclo que se repete. Sinceramente, depois da maioridade, passei a compreender muitas coisas que durante a adolescência nem imaginava a complexidade. A paternidade não vem com guia de instrução (e talvez devesse), é uma sequência de tentativa e erro. Alguns erros, relevantes demais para perdoar ou marcantes demais para esquecer.
Esse capítulo foi mais profundo que os outros (na minha opinião). Talvez, ele nunca fale com o pai o que ele realmente pensa, e os dois vivam anos sustentando essa farsa do amor fraternal, ligado pelos laços de sangue. Mas, no fundo, não se amam de verdade, pois não se conhecem. Só é possível haver amor, onde há compreensão mútua, detalhamento de defeitos e aceitação das imperfeições. Tudo que se desvia disso é interesse.
Enfim, acho que já escrevi demais. Continuo esperando atualizações. Até breve. 


Resposta do Autor [Eduardo Prado]: Olá! Seja bem-vinda novamente.
 
Agradeço pelo seu comentário e pelo seu acompanhamento. É muito importante para mim.
Sim, infelizmente todos os diálogos aconteceram na mente do personagem. 
Devo mencionar que construí o capítulo com base em diversas fontes, tanto as minhas próprias quanto as de pessoas próximas, e quis a conexão aprofundada do leitor com esta obra, através dos personagens. Na realidade, desejei a conexão do leitor desde a primeira palavra digitada. No entanto, neste trecho, eu gostaria que o indivíduo refletisse sobre suas próprias experiências e visse ali uma espécie de "representação". Desse modo, fico extremamente satisfeito com o seu comentário. 
Acredito que se faz propício a menção deste trecho bíblico: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou [...]" (Eclesiastes 3:1,2). Portanto, acrescento que, com o prolongar do tempo, adquirimos, além de outros fatores, mais experiências das quais desenvolvem o nosso campo de visão, seja no presente, para o futuro, como para o passado.
Por fim, desculpe-me pela demora. Tive alguns contratempos, mas estou retornando gradativamente. 
Até logo.