Comentários em Hora Extra

Wondernautas

03/01/2023 às 06:34 • Capítulo Único
O que acha que precisa ser melhorado?
Mencionar Chokito, o melhor da Nestlé. Esse esquecimento me soou como afronta

O que mais gostou no capítulo?
O seu detalhismo ao descrever situações cotidianas, tornando fácil para o leitor a conexão com o protagonista

Hey, vim parar por acaso na sua história. Não dormi pensando em problemas (e quem não os tem?) e decidi vir dar umas vasculhadas nas plataformas de fics (já que eu sou um cocô na divulgação, pq não garimpar uns one-shots pra distrair?). Encontrar sua história foi realmente obra do acaso, ou talvez não. Isso porque a "jornada do não-herói" me pegou de uma forma bem legal. As situações nas quais ele se envolveu, na maior parte, são críveis. Quem não tem um ataque de "PALAVRA QUE ESQUECI, MAS TO COM MUITA FALTA DE SONO PRA LEMBRAR" (substitua por preguiça, serve) e enrola pra entregar um trabalho? Quem não passa por sufoco com chefes desprovidos de beleza? Quem não fica pistola com tudo na vida e quebra alguma coisa apenas piorando o problema? Quem não se lasca por cair em uma fase na qual tudo parece conspirar para arrancar seu dinheiro? Enfim. As situações são vastas e o que achei mais interessante de tudo é que, ao estabelecer essas situações, você traz um protagonista que não é perfeito, inspirador, galante, inteligente demais ou qualquer outra construção clichê. Ele simplesmente é um cara cheio de falhas e problemas como a maioria dos tantos outros caras por aí com trabalhos comuns a medíocres que não se destacam em muita coisa. Bem, isso é uma crítica à sociedade? Jamais, é uma constatação puramente eventual. Porque é isso, as vezes nós somos engolidos por nossos problemas e nos tornamos apenas e somente as falhas que devoram os sucessos. Dito isso, confesso que toda a construção que você fez até o clímax me chamou muito mais atenção do que o plot twist no final (não é uma crítica). Talvez por isso não fiquei focado em criar teorias e tentar acertar, mas me passou pela cabeça que talvez ao tempo. Meh, não sei, mas fiquei pensando nisso depois de tantas vezes o conceito temporal ter relevância na trama (até o nome, não é mesmo?). É, falhei em criar boas teorias. Mas é isso. Curti muito a sua escrita. Abraços!


Resposta do Autor [O Elessar]: Mas eu sou da turma do Galak!
 
 
Muito obrigado pelo comentário, meu caro. Foi uma grata surpresa me deparar com ele poucas horas após ter postado a história.
Fico imensamente feliz que tenha gostado do meu pequeno conto. A ideia foi justamente essa, trazer um protagonista identificável e comum — muito porque, a bem da verdade, isso tem muito a ver com as próprias bases da Literatura Brasileira, e minha ideia aqui foi justamente emular aqueles tipos de contos simples que lia na escola. É bom saber que funcionou e que o Carlos, à sua própria maneira, foi capaz de cativá-lo!
É uma teoria interessante, até que gostei.
Agradeço novamente pelo comentário e pelos elogios. E, sobre divulgação... relaxa, é normal! Eu mesmo não divulgo nada por aqui rsrs. É até uma surpresa quando alguém "me encontra".
Enfim, um abraço!


Arrogante

04/01/2023 às 19:23 • Capítulo Único
O que mais gostou no capítulo?
Raiva. Muita raiva.

Posso não ser o melhor juiz de qualidade, mas digo isso com a melhor das intenções: essa foi a melhor coisa que li aqui no Nyah! desde que voltei pro site, e isso tem quatro meses redondos. O que foi isso?
 
Tão bom, tão... Visceral. Tu escreve bem pra CARALHO. A prosa, a cadência, a narração, os diálogos. É até difícil de elogiar, porque você me impressionou já no parágrafo de abertura e não parou mais. Eu li hipnotizado, sem abrir guia ou checar o celular, sem pensamentos perdidos interferindo na imersão. Que delícia.
 
Esse conto se enquadra muito bem naquele gênero contemporâneo de filmes de terror que entrega o horror nas coisas mais cotidianas e inofensivas, numa escala cada vez mais agressiva, até um clímax bizarro e catártico. O modo como tudo parecia dar errado para o Carlos, desde o tratamento que recebia dos outros até as pequenas inconveniências da vida (chave no café foi de foder).
 
Apesar de comparar com histórias de horror, isso aqui não me fez sentir medo, e sim raiva. Muita raiva. O jeito como você escolheu narrar essa história entrou por baixo da minha pele de um jeito que nada entra há anos, e no final dela eu tava sorrindo junto com o Carlos.
 
O final me lembrou de American Psycho – a cena da morte do Paul Allen especificamente. Minha teoria é que a mente do Carlos simplesmente entrou em curto, se escondeu numa alucinação para conseguir repelir a sensação de opressão e frustração que estava prestes a matá-lo do coração. Ele não matou o chefe coisa nenhuma, só fantasiou e se deixou acreditar na farsa. As implicações disso são mais sombrias do que se o chefe dele fosse um vampiro, por exemplo.
 
Como já disse, isso foi incrível. Parabéns mesmo pelo excelente trabalho, e se por acaso tu vende o que escreve me deixa saber.


Resposta do Autor [O Elessar]: Olá.
 
Seu comentário foi... recompensador. Especialmente considerando o nome do seu perfil — e a descrição dele. Fico feliz que tenha gostado desse pequeno exercício de escrita e que, de alguma maneira, ele tenha dialogado tão bem contigo.
 
(Até porque eu mesmo senti raiva escrevendo.)
 
American Psycho foi justamente uma das inspirações principais, então você está afiado. A ideia veio ocasionalmente, uma mistura de um meme de péssimo gosto com algumas coisas que consumi ao longo da vida. A princípio, o gênero pretendido era justamente o horror — coisa que mudou conforme o conto amadureceu. Acredito que funcionou melhor dessa maneira.
Gosto da sua teoria e concordo com sua conclusão: "As implicações disso são mais sombrias do que se o chefe dele fosse um vampiro".
 
Agradeço verdadeiramente os elogios efusivos, meu caro. Foi certamente um dos melhores comentários que já recebi. E não, ainda não vendo o que escrevo e sequer imagino se o farei no futuro, mas é bom saber que alguém teria interesse. Quem sabe um dia? Passei muitos anos afastado desse mundo; agora que retornei, vamos ver pra onde isso me leva.


Rhys

10/01/2023 às 03:00 • Capítulo Único

Olá!

Aparentemente eu perco muito tempo nesse site e leio surpreendentemente pouco. Foi uma boa surpresa encontrar essa história nos recentes (apesar de ter demorado a vir comentar). 

A sinopse nem sempre é um indicador certeiro, mas dessa vez foi. Não apenas deu ideia sobre o que seria lido. Ser tão direto e um pouco ambíguo quanto a essência do personagem principal e a sua realidade realmente despertou a curiosidade. Somente pela reação que causou deu pra saber que isso seria bom.

Definitivamente, você escreve bem. Mas gostaria de destacar o quanto foi capaz de transmitir emoções. Com certeza essa é uma história onde se pode encontrar certa familiaridade pelo foco no cotidiano, nas relações complicadas, na frustração diária... Mesmo não descrevendo tanto sobre os sentimentos e emoções do personagem detalhadamente, ou seus mais profundos pensamentos, é incrível como conseguiu trazer o leitor para tão perto. O "mostre, não conte" foi muito bem aplicado aqui. Dá pra sentir a raiva/frustração exalando ao decorrer da história e a forma direta de escrita fez com que em certo momento estivesse me questionando, junto do personagem, quando a situação iria acabar. Foi uma leitura angustiante (digo tudo isso no bom sentido).

Devido ao estresse excessivo que esse personagem passa, minha primeira teoria seria que ele teve uma alucinação na qual pode nem mesmo ter refletido o que faria de verdade. Chegou ao limite onde desejou descarregar a frustração em alguém e é compreensível que ele quisesse descer a porrada no cara. Mas não eliminá-lo realmente, ao mesmo tempo que não daria falta dele. Então vai que o subconsciente adicionou a morte no cenário sem o Carlos querer ser o responsável. 

A história seguiu um fluxo tão real que me pareceria inadequado (?) imaginar algo mais surreal para explicar o que aconteceu. Mas como segunda teoria pode ser que o chefe dele recebeu o incrível poder de voltar no tempo e atualmente torna complicada a vida do Carlos no trabalho porque, no passado, Carlos realmente o matou. Pode ser que ele não quisesse esse final, mas devido a situação geral poderia chegar a realmente perder o controle. Seguindo a linha de frustração, teria dado fim a um homem que inexplicavelmente volta no tempo. Só não me pergunte como huehue  


Resposta do Autor [O Elessar]: Olá.
Me desculpe pela demora para responder. Esse começo de ano foi bem maluco.
 
Agradeço os elogios e fico muito feliz que o tenha agradado tanto. Como eu disse aos demais, esse conto (bem como tudo o que publico aqui) não foi mais do que um exercício de escrita, um experimento no qual quis testar alguns recursos, algumas ideias. No fundo, a proposta aqui era justamente essa: uma linguagem mais simples, mais detida, cadenciada. Sem me perder demais em descrições longas ou emoções. 
 
Gostei das teorias, tanto a mais "pé no chão" quanto a mais surtada.
 
Mais uma vez, muito obrigado pelo comentário, pelos elogios e pela atenção.


Attakai

15/01/2023 às 17:20 • Capítulo Único
Primeiramente, gostaria de dizer que há ANOS não leio uma fanfic. Geralmente entro nesse site, releio um trecho de alguma coisa, desisto de escrever e vou embora. Hoje, um domingo triste e monótono, resolvi arriscar. Fui atraída pela sinopse, que me fez rir. Talvez tudo tenha sido um sonho durante o expediente, sei lá. O fato é que acho que descobrir não importa muito, espero que Carlos consiga bater nesse filho da puta de verdade. Obrigada por escrever isso e me dar vontade de ler outras coisas por aqui.


Resposta do Autor [O Elessar]: Olá. Peço desculpas por demorar tanto para responder seu comentário, mas as coisas estão um pouco agitadas por aqui.
 
Muito obrigado pela leitura, pelo comentário e pelos elogios. Fico feliz de ter te inspirado!