Comentários em Poeira e sangue

Takkano

06/12/2019 às 13:27 • Poeira e sangue
Olá...
 
Pode passar o tempo que for, histórias de guerra sempre serão as minhas favoritas. Gosto muito dos seus contos, porque eu sinto como se você estivesse lá pra escrever tão detalhado assim; parece que você viu, certo, Ru? kkkkkkkk
 
Dá aquela tristeza saber que uma criança de dez anos precisa de treinamento para sobreviver a algo tão desumano quanto a guerra. Se fosse uma catástrofe natural, como as que ocorrem no Japão, tudo bem, mas a guerra não é natural.
Por um momento achei que o soldado em chamas fosse o pai de Samir. Tenho certeza que, se fosse mesmo, aquele teria sido o fim pra ele... teria ficado bem mais abalado que o normal, se é que há algo normal ai.
 
Quando você se acostuma com a morte, ela pode ser ainda mais cruel. Imagina só uma criança de dez anos encontrar o corpo da mãe soterrado e nem ter tempo pra chorar por ela. Ter que guardar aquilo e seguir em frente, com a morte presa aos seus pé como pesadas correntes.
 
Acho que Zayn teve tempo de chorar, depois de ouvir os disparos das metralhadoras, pelo menos, espero que ela tenha tido.
 
É outro ótimo texto, e mesmo que tão pesado quanto os outros, é algo que querendo ou não está ai, acontecendo todos os dias.


Resposta do Autor [Lunéler]: Olá. Fico feliz em te ver novamente por aqui. O horror da guerra é algo que me faz refletir sobre as atrocidades do mundo, sobre o quanto o ser humano pode ser cruel. Tirar a infância de uma criança para ensinar sobre a guerra é algo desolador, mas com certeza ocorre nesse mundo afora. Acho que nesses casos, as vítimas acabam não tendo chances de se despedir de seus entes queridos. As coisas acontecem rápido e, do dia para noite, você não tem mais mãe, pai, irmãos... família. Obrigado por sua leitura. Fico feliz que tenha gostado do conto. Até mais.