Comentários em A Lenda do Exílio

Goldfield

24/07/2018 às 22:37 • Um alguém
Interessantíssimo.
A escrita é impecável. E como você descreve bem pensamentos e contextos psicológicos! A sequência inicial descrevendo o indivíduo prestes a se entregar ao suicídio foi genial, angustiante e ao mesmo tempo envolvente.
Quando a narrativa passou a focar a figura mitológica e como acompanhou o dilema do mortal diante do fim, a abordagem melhorou ainda mais - ganhando contornos existencialistas. O processo explicando o que levou o indivíduo a desejar o fim foi excelentemente trabalhado. Tudo é novo, não é um enredo usual, mas prende enormemente. Continuarei acompanhando.
Parabéns!


Resposta do Autor [Lunéler]: Obrigado por ter lido. Sempre busco trazer as sensações ao extremo, especialmente as psicológicas. Fico feliz que tenha gostado. Tinha essa história esboçada há algum tempo, mas resolvi divulgar faz pouco tempo. Ainda existem muitos detalhes pra ajustar, aos poucos vou aperfeiçoando. Espero que aprecie os próximos capítulos. Obrigado mais uma vez. 


Goldfield

24/07/2018 às 22:49 • O guia e os seguidores.
O texto continua com uma escrita ótima e muito intrigante.
A caminhada de Ciorã (interessante saber que agora esse nome é atribuído ao personagem de antes) guiando os demais foi angustiante e obstinada. E essa bonança encontrada ao final... virá mesmo assim, de graça?
É impressão minha ou esta história funciona como o mito fundador de um povo ou algo do tipo? O tom é muito similar a esse tipo de lenda, hehe.
Parabéns novamente.


Resposta do Autor [Lunéler]: Mais uma vez, obrigado. Fico muito feliz que esteja apreciando a escrita. Verá que o enredo vai entrar em uma fase mais densa no próximo capítulo. O capítulo 3 tem sido o que define se o leitor vai continuar lendo ou não. Essa história tem uma relação forte com a fundação de um novo povo. Entretanto, logo vou direcionar o rumo para outro tema, ficando o aspecto de criação do grupo apenas como a base sobre a qual vou desenvolver a narrativa.


Goldfield

25/07/2018 às 13:50 • Coito
Acho muito interessantes as metáforas da história e a crueza com que muitas vezes são mostradas. Estou intrigado quanto às intenções de Ru e o que é tudo isso, afinal.
Parabéns mais uma vez.


Resposta do Autor [Lunéler]: Obrigado pela leitura. Aos poucos vou revelando qual a personalidade de Ru e seu interesse na relação com Ciorã. As metáforas estarão sempre presentes nessa história.


Takkano

26/10/2019 às 22:13 • Coito
Eu fico até meio sem jeito de dizer, mas, eu não entendi bem o título do capítulo. Como sempre, fui buscar um significado para "coito", até porque acredito que, vindo das suas histórias, elas podem ter um significado muito maior ou mais complexo do que a gente conhece. Achei algo como união e precaução, asilo, refúgio... ainda estou amadurecendo meu entendimento, desculpe. Mas, vou chutar a primeira impresão baseada no sentido mais comum que eu conheço da palavra; união? Sim eu pensei na possibilidade de Ru ter dado um pouco dele para Ciorã, afinal ele disse isso, né.


Foi angustiante a forma como Ciorã adiquiriu a capacidade de compreender as coisas. Sim, não deixa de ser sublime, mas precisava mesmo ser desta forma? Tipo, eu sei que a gente aprende mais pela dor, mas bem que podia ser mais suave o ensino. Fiquei curiosa pra saber se o Ciorã vai compartilhar desse seu novo conhecimento. Se ele vai usar deste artifício para continuar a ser líder. Se ele vai se corromper e subjugar os menos favorecidos do grupo. Ou, se ele for mesmo compartilhar, vai tentar buscar uma forma menos traumática de fazer isso; ou será que só poderá repetir o que aprendeu??

Sério, super curiosa com os próximos passos de Ciorã. *w*


Resposta do Autor [Lunéler]: Olá Takkano, fico feliz de vê-la novamente aqui. Bom, inicialmente, agradeço imensamente seu comentário, eles me ajudam muito a melhorar o livro. Não se sinta sem jeito para criticar ou dizer qualquer coisa, todo tipo de crítica é bem vinda, pois assim consigo identificar quais partes ficaram ruins, confusas ou mal escritas. Vamos ao enredo, espero não te frustar:
1. O título "coito" é aqui empregado da forma mais comum: relação sexual. De fato, existe um significado maior para isso, não na palavra, mas no desdobramento dela para o contexto da história. As relações sexuais, sobretudo as abusivas e forçadas, são muito importantes nesse livro, e não serão as únicas. Isso tudo faz parte de uma metáfora subliminar, onde busco expor a natureza mais perversa do homem e de seu Criador. Seu chute foi acertado, Ru, através do coito, cede um pouco de seu "eu" para Ciorã. No capítulo 4, descrevo com detalhes como isso aconteceu.
2. Escolhi o estupro como forma de transmissão das características de Ru, pois mostra, desde o princípio, que não se trata de algo belo e divino. Procuro remontar da forma mais escusa a verdadeira essência de Ru, que é cruel e oportunista. Mais pra frente, você verá que Ru não é um deus bom, justo e soberano.
3. Sim, Ciorã vai compartilhar desse novo conhecimento com seus homens, mas não da mesma forma que ocorreu com ele. Isso porque, na verdade, Ciorã foi apenas a porta de entrada para essas qualidades. Seus homens absorverão a inteligência com naturalidade, sem passar por esse "ritual".
Existem muitos pontos da história que ainda estou fechando, para que não fiquem pontas soltas. Mas espero que tenha gostado até agora. Tem muitas surpresas por ai. Obrigado mais uma vez por ler e dar sua visão sobre o livro. Fico muito feliz quando vejo que está lendo.


Goldfield

25/07/2018 às 14:02 • Asfixia
Fantástico. Então tudo constitui um processo de desenvolvimento da razão e autoconsciência, inspirado por uma consciência superior, a partir de um mortal prestes a acabar com a própria vida e como isso abriu a oportunidade para o desenvolvimento do "eu". Quero saber que "projeto" é esse ao qual Ru se refere. E como as interações de Ciorã com seus comandados ocorrerão agora que ele está ciente quanto a ser o líder.
Muito bacanas as reflexões que essa história proporciona.
Continue escrevendo. Abraços.


Resposta do Autor [Lunéler]: Obrigado pelo elogio. Ciorã é como uma cobaia para Ru. O projeto de Ru será revelado em breve. Verá que a relação entre líder e liderados será o princípio dos problemas. Em breve concluo o quinto capítulo e posto aqui no Nyah. Abraços. 


Takkano

26/10/2019 às 22:16 • Asfixia
O que acha que precisa ser melhorado?
A cadela come seus filhotes... não é bem assim.

Cara eu não estou louca, eu li a palavra Biostere e Eustase ali, eu liiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii. To em choque agora, eu li esse capítulo antes de ler o seu livro e agora to perdida.

Ou não.

Pensando bem agora, essa conversa entre Ru e Ciorã, me lembra muito os diálogos de Deplório com Doto. Cara é a mesma lógica das coisas.

Eu não consigo acreditar que Ru seja algo bom, muito pelo contrário, ele é cruel, repulsivo e desagradável. Eu sei que você já me disse isso, mas só queria resaltar.

 

Eu acredito que Ru vá tentar expor a Ciorã mais as coisas ruins que as boas. Ainda não sei o por que, mas acho que vai.

Essa seleção natural ai de natural não tem nada. Já vejo os defeitos nessa forma de separar os mais fracos dos mais fortes. Eu iamaginava que logo Ciorã passaria por esse processo de entender que ele era um exemplo entre seus homens. Sabe o que me assusta, a ideia de que Ru, possa substiuí-lo caso ele não siga seus princípios sórdidos.

 

Percebi que esse Ru, me incomoda mais do que eu gostaria, acho que vou voltar seu apelido para Jack, antes que eu o associe demais a você, kkkkkkkkkk.


Resposta do Autor [Lunéler]: Oiii. satisfação te ver por aqui novamente. Obrigado pela leitura e pelo comentário. Vamos aos pontos.
Sim, você leu Eustase e Biostere. Aos poucos vai ver que meus livros se entrelaçam em alguns pontos, criando um universo expansivo. Apesar das semelhanças de diálogos entre Deplório e Doto e Ru e Ciorã, não creio que essa seja uma alternativa muito provável, se é o que estou pensando hehe. Porém, os conceitos são bem parecidos.
Bom, sobre a natureza de Ru, sabemos que não muito de bom para esperar vindo dele. Os desejos dele são inescrupulosos.
Também acho conveniente volta meu apelido para Jack kkkkk. Não gostaria de ser comparado a ele, ainda mais pelo que você lerá nos próximos capítulos. O incômodo é proposital. A ideia dessa distopia é tirar o sossego, fazer refletir, deixar aquela sensação de "sequelas" na mente.
Obrigado novamente por sua leitura ;D. Até mais.