Comentários em Bernadette

Pat Black

24/06/2018 às 20:03 • Capítulo único: O Homem Na Floresta
No começo eu achei que era uma coisa, mas daí a história foi evoluindo e consegui pescar o que estava acontecendo antes disso se revelar. Mesmo assim, ainda fiquei com dúvidas quanto a razão dele estar pintado, ou como foi que ele morreu, apesar de ter uma pista ali no final.
Mas, como é dito na história, o 'como aconteceu' não é mais importante; essas coisas, o que ocorreu antes dele atravessar o 'véu', ficaram para trás e não importam mais. 
Parabéns pelo texto, Douglas.


Resposta do Autor [The Thief]: Obrigado pelo comentário! Eu fiquei muito inseguro com esse texto, ele é muito diferente da minha produção habitual, mas é bom se arriscar. Sobre o personagem ser pintado de prata: tenta pensar nisso menos literalmente e mais em seu significado. Ele é tão deslocado da realidade, tão focado em objetivos práticos e em "ficar ocupado" como ele mesmo diz, que algo absurdo como pintarem ele inteiro de prata passa despercebido por ele. Claro, pensando isso de forma mais objetiva, eu penso nele como um ator (lembrando que é só minha interpretação, não necessariamente a explicação verdadeira e blá, blá blá...), que talvez tenha morrido durante uma apresentação. Mas é aquilo, não importa o antes, ele está livre do que era em vida agora.
Muito obrigado novamente pelo comentário e que bom que curtiu!
 


Arymura

24/06/2018 às 21:28 • Capítulo único: O Homem Na Floresta
É disso que eu tô falando, meu consagrado! Que surpresa maravilhosa eu tive neste desafio! Eu amo essa temática, seu texto tá lindo, tá tudo muito bom. Desculpa eu sou péssima com comentários, mas eu gostei muito da forma que ovcê retratou a morte e o medo de encará-la.  


Resposta do Autor [The Thief]: Muito obrigado! Morte é sempre um tema delicado e muito se agarram no medo da perda quando falam de morrer. Eu quis trazer a coisa pra um lado do desprendimento, da libertação. Tentei também ao máximo evitar qualquer coisa envolvendo suicídio e coisas do tipo, porque acho o tema delicado demais para se levantar tão levianamente. 
Obrigado novamente pelo comentário, e inté mais!


MicheleBran

25/06/2018 às 11:57 • Capítulo único: O Homem Na Floresta
Socorro, muito dorgas o clipe HAUAHAU Desses que a gente termina e precisa ver mais vezes para conseguir entender o que está acontecendo rs
Mas gostei bastante do texto, acho que nunca tinha lido nada seu também (socorro, nunca li nada de quase ninguém da Liga, help rs) e fiquei bem curiosa para ler outros textos. Chegamos ao fim desse com a certeza de que o pior cego é mesmo aquele que se recusa a ver.
Parabéns ♥


Resposta do Autor [The Thief]: Esse clipe é louco kkkk. Mas acho ele inspirador, assim como a música também. Sobre o que eu escrevo: geralmente é bem distante do que eu escrevi aqui e boa parte do que eu tenho no Nyah! são histórias pela metade kkkk
Eu elevei ao campo físico o receio dele em admitir a própria mortalidade. Era bem com isso que eu tava afim de trabalhar: a morte como um processo não apenas de luto, mas de libertação.
Que bom que curtiu, muito obrigado por ler e até mais! ^^
 


JWHFhiiii

27/06/2018 às 19:20 • Capítulo único: O Homem Na Floresta
Meuuu, não entendi, e morreu caindo em um caldeirão de prata? Kkkk brinks, mas oh, sua escrita eh muuuuito boa, amei suas descrições, amei a ambientação, amei muito como eh clara e fluida, não eh enrolada e da vontade de continuar lendo. 
O tema eh muito interessante, oi passei quase o cap inteiro reparando como você ia se manter descrevendo o cenário sem parecer que ele estava vendo, porque eu já sabia pela sinopse que ele supostamente deveria estar de olhos fechados e eu acho que você conseguiu fazer isso muito bem.
a interpretação dos olhos fechados para uma confusão na mente dele e uma vontade de não querer se lembrar do que tinha acontecido com ele, eh muito legal. E você ter dito ver a Bernadette como a morte facilitou também. Acho que seria particularmente ele interessante quando ele abrisse os olhos e dissesse que ela eh a salvação dele, ele a visse como algo muito feio e repugnante, mas sei que não eh essa a intencao e imagem que vc quis dar pra morte. Provavelmente pra ele a morte está melhor do que a vida, principalmente agora q ele pode ver as coisas direito. 
Mas pravens, bem lgl o texto, só não entendi muito da história dele, mas vc eh mt bom, bjs


Resposta do Autor [The Thief]: Essa é na verdade uma ótima teoria kkkk. Eu absorvi o corpo pintado de prata do clipe da música, mas eu pus aqui como um elemento de desconexão do personagem consigo mesmo. Ele está tão absorto, seguindo tanto com a maré, sem realmente se atentar para o mundo a seu redor, que está coberto de tinta prateada e nem percebeu isso. Eu deixei bem em aberto o que aconteceu com ele porque acho que, assim como o próprio personagem diz, não importa, tudo o que aconteceu em vida ficou lá, ele "atravessou o véu" e o que é verdadeiramente importante começa a partir dali. A figura de Bernadette (ou morte) a meu ver não poderia ser repugnante, porque a minha ideia era representar o fim de uma vida como algo libertador, que traz paz a um coração ferido e não como algo triste e desesperador, como geralmente é feito.
Que bom que gostou da minha escrita! Sempre tive horror a descrição de cenário muito longa, acho uma perda de tempo inacreditável, e o pôr cego me ajudou a descrever somente o essencial.
Adorei o comentário! Obrigado por ler e até a próxima!


Juliana

06/07/2018 às 21:36 • Capítulo único: O Homem Na Floresta
Oi, Thief.
A música e o clipe até que são legais, estranho mas legais. Eu gosto dessa visão da morte como libertação, como o término de uma jornada e o início de outra, como algo com um lado positivo. Não tanto a ponto de a buscar, mas o suficiente para a não a temer e ainda saber o quanto cada instante de vida é valiosa. Lembra da personagem do universo Sandman? Ou da música do Raul?
Anyway, indo para fic: ela também é interessante, um tanto horror, um tanto mística. Deve ter alguma metáfora por trás. Agora que eu a terminei, parece que o protagonista já estava morto no início. Era isso, ele já tinha morrido, mas não tinha encontrado o caminho? Tipo, preso ao mundo material? Ou preso a uma existência necessitando de algum significa? Quer dizer que ele se tornou livre quando descobriu ter vivido com sentindo? Ou estou divagando para longe demais?


Resposta do Autor [The Thief]: Olá, Juliana.
A história começa sim, como você supos, com ele morto há algum tempo. Não delimitei quanto tempo, porque achei que era mais interessante se a coisa toda ficasse meio nebulosa, mas, se fosse teorizar junto a vocês que leram, chutaria que ele já estava vagando por essa floresta há uns bons anos, mesmo que eu tenha deixado um trechinho citando que o tempo parecia não fazer sentido ali. Sobre você se perguntar se está divagando demais, eu escrevi essa história assim justamente pra quem ler começar a refletir sobre ela. Eu uso o mesmo conceito que é usado nas artes: a partir do momento em que o que eu produzo está aberto ao público, eles podem tirar dali o que lhes apetecer. Minha vivência e a sua vivência são vivências diferentes e isso faz com que qualquer coisa que passeie pelo território da arte tenha significados diferentes para quem absorve a produção.
Enfim, muitíssimo obrigado por comentar, adorei os questionamentos que levantou. Inté uma próxima vez!


queijo e uvas passas

06/07/2018 às 22:16 • Capítulo único: O Homem Na Floresta
 Douglas, de início eu não tinha entendido nada, só que ele havia morrido. Depois fui ler os comentários e finalmente compreendi (ou pelo menos penso ter compreendido) sua história. shsh Não é o tipo de história a que estou acostumada, ou que normalmente leria, mas achei seus conceitos bem interessantes, a forma como representou a morte (como liberdade), o porquê de ele estar prateado e a cegueira dele. Me sinto meio burra por ter demorado tanto a entender shsh Gostei da história, Douglas ❤ Parabéns!
 


Resposta do Autor [The Thief]: Não precisa se sentir burra kkkkk. Eu também não entenderia se não tivesse sido eu a escrever kkkk. O mais legal ao escrever algo assim, mais fora da curva, é justamente ver a reação do pessoal desacostumado com isso, tentando elaborar teorias ou, assim como você, simplesmente perdida no que está acontecendo. E eu quero até deixar claro que, quando eu digo sobre a morte como libertação, não estou querendo fazer nenhuma alusão ao suicídio ou essas coisas pesadas. Eu estou me referindo a cerimônias como o dia de los muertos mexicano, onde as pessoas saem as ruas e celebram com alegria as lembranças daqueles que se foram. Por isso acho nosso dia de finados chatíssimo, todo mundo deprê. 
Desculpa a demora pra responder. Obrigadinho por comentar e inté a próxima.


Mandy

23/07/2018 às 22:10 • Capítulo único: O Homem Na Floresta
O que acha que precisa ser melhorado?
Será que eu fiz mesmo? (oxi, pare com esses questionamento a estas horas)

O que mais gostou no capítulo?
"Não conseguir distinguir onde eu estava no mundo era algo aterrador". olhando bem de perto, essa é uma frase muito profunda.

achei fantástico. 
tu tem um jeito de escrever que impregna o coração da gente e faz com que nos questionemos acerca das coisas, com que pensemos.
obrigada, achei fantástico. ♥


Resposta do Autor [The Thief]: Nossa, muito obrigado. Sobre a frase que mais gostou, realmente, eu a pus ali de forma a evocar dois significados, o imediato e óbvio e um mais filosófico, sobre essa sensação de uma existência sem lugar que a gente têm tido nas últimas décadas. 
A que menos gostou foi outra provocação nesse mesmo sentido kkkk. 
Fico feliz que tenha curtido meu jeito de escrever. Para alguém como eu, que vive com o fantasma do impostor sussurrando no ouvido que não está bom o bastante, isso realmente faz o meu dia. Desculpa a demora para responder e obrigadinho por ler até aqui. Até a próxima!


Hel

30/07/2018 às 13:21 • Capítulo único: O Homem Na Floresta
Oi, DG, cheguei, rsrsrs.
Creio que das histórias que li do desafio, esta é a que tem um gênero mais diferente até o momento. É interessante como a experiência da aceitação da morte é retratada aqui, e acho incrível a forma como você consegue pegar uma música indie da décima camada da deepweb (tô brincando, hehe), e transformá-la em história, cara, isso é fantástico ^^
Lembro que você já havia me mostrado Bernadette ano passado, e ela realmente tem esse tom de mistério, esse tom sombrio. Mas aqui você fez como se mesmo aquilo que julgamos ser sombrio, pode ser libertador quando o vemos sob uma forma diferente.
Enfim, parabéns, meu querido.
Abraços,
Hel.