Comentários em Olhos Sem Vida

Diamond

15/04/2018 às 22:52 • Capítulo Único
O que acha que precisa ser melhorado?
O destaque da frase e da figura de construção

O que mais gostou no capítulo?
A mensagem final

[Estou participando do DESAFIO 20.000 PROMPTS SUBMARINOS • GRUPO CANETA TINTEIRO]
Meu Deus do céu!! Gente, que conto foi esse? Preciso comentar de cara que achei super inovador esse lado mais tecnológico que você trouxe para a obra. Eu sei que o prompt pedia por algo mais nesse estilo, mas não achei que fosse entrar tão a fundo na coisa toda, usando chips, aquelas lentes de contato que atuam como se fossem telas de computador, prisões controladas por Inteligência Artificial. Simplesmente genial!! Eu nem preciso dizer que super já quero um mega projeto seu com total foco em ficção científica, né?
Tá, vamos aos comentários. Adorei que você deu um contexto ao conflito, uma razão para a verdadeira Sarah estar padecendo enquanto uma nova Sarah era trazida a vida. O Robert vestiu a carapuça de rei ambicioso enquanto que sua esposa tentou conservar um pouco de humanidade. Inclusive, confesso que minha personagem favorita desde o princípio foi a Elizabeth. Simplesmente porque vi nela uma coisa que eu simplesmente amo ver em personagens de um modo geral: contradição. A todo momento, do começo até o final da trama, ela coloca em questionamento o quão correto, adequado e ético é essa medida que eles estão adotando, algo que eu amo ver nas histórias, esse conflito interno. Gostaria que antes do final do conto ela tivesse adotado um posicionamento definitivo, fosse ele certo ou errado, teria deixado ela ainda mais coerente dentro de todo o contexto.
Eu adorei não só o plot twist, como também a mensagem contida nele. Por vezes levantamos discussões e mais discussões em que tentamos a todo momento reafirmar nossa humanidade e criar determinadas barreiras e limites com base nisso. Na verdade, tudo não passa de uma grande hipocrisia, mas pois raramente esses discursos condizem com as nossas ações. Vendemos um pouco da nossa humanidade a cada dia, sem nem ao menos nos darmos conta. E quando somos colocado contra a parede, quando entramos em clara contradição, agimos exatamente como o James: fingimos um autocontrole que não possuímos, tampamos os ouvidos para a realidade e fazemos cara de paisagem. QUE MENSAGEM MARAVILHOSA ESSA, TAPA NA CARA DA SOCIEDADE!
Agora que já elogiei tudo que tinha para elogiar, vamos aos pontos de melhoria (que não podem faltar jamais, certo?): neste conto eu não vi nada dentro do enredo que merecesse maior destaque, realmente gostei da construção e, principalmente, da mensagem contida nele. Quanto a escrita, apenas duas coisas me chamaram a atenção:
“A pele sintética se tornou quase que líquida por um breve momento, absorvendo o chip de maneira quase mágica”. Percebeu a repetição do quase duas vezes na mesma frase? Sonoramente fica estranho e poderia ser facilmente substituído por um sinônimo.
“O que fariam com a menina robô? O que diriam ao mundo se isso viesse a público.” e “Por que eu te contaria isso caso eu fosse o responsável pelo vazamento.” Nessas duas frases, imagino que seriam questionamentos, mas elas foram pontuadas como afirmações, o que ficou meio confuso. Acho que a pontuação mais adequada seria a interrogação (?).
Eu senti falta do destaque em negrito tanto da frase dada juntamente do prompt quanto da figura de construção, o que tornou um pouco difícil a identificação delas duas. Mas, afora esses apontamentos, eu gostei bastante do conto, que saiu algo totalmente diferente do que imaginei quando li o prompt e adorei a mensagem contida nele. Super acho que você deveria pegar essa ideia e trabalhar em uma longfic. É algo que eu adoraria ler. Beijos, espero que possamos nos ver em breve :*


Resposta do Autor [Oliveirando]: Olá, Vit ♥
Tão bom ler comentários seus! Sempre aprendo algo com eles e fico ainda mais motivado. Com esse não foi diferente. Responderei por partes ;)
Olha, quando o prompt começou a falar de monarquia eu comecei pensando em uma coisa. Aí falaram da réplica da princesa... Bem, isso quebrou minhas pernas, mas de uma maneira boa. Fui forçado a viajar, e eu acredito que isso fez um bem danado tanto a mim mesmo como escritor como ao conto! Uma das minhas inspirações para toda a tecnologia presente foi Black Mirror. Sempre vou recomendar esse seriado, além de fazer refletir, é uma verdadeira chuva de inspiração. Inclusive, essa tecnologia da lente eu também usei em outro conto de ficção científica (quem sabe não o posto por aqui em breve?). 
E olha, confesso que eu tinha um certo receito de investir em um projeto grande de ficção científica. Eu considero um gênero difícil por causa da própria complexidade do universo estabelecido quando se trata de alta tecnologia. Mas esse seu comentário é um grande incentivo para eu pensar na ideia com mais carinho. Confesso que tenho alguns conceitos de história na minha pasta de projetos. Não vou confirmar quando, mas sim, vai ter original longa de ficção científica viajada o/
O mais difícil para mim foi definir como e quando começar. Pensei em iniciar já no casamento, com toda a problemática sendo desenrolada ao mesmo tempo em que o leitor descobre todas as tramoias. Mas isso me fez sentir falta de mais substância, sabe? Eu sei bem que um conto é realmente algo mais direto, mas eu queria realmente dar uma motivação, um universo e uma boa compreensão do que ocorria para quem lê. Daí todo esse aprofundamento.
Robert enxergava o reino como um todo, o nome, a família, os genes. Não observava o próprio sofrimento que a Sarah, simplesmente um indivíduo, sofreria. Fico feliz que tenha gostado tanto da rainha, pois ela também foi a personagem que mais gostei de escrever para o conto. Gosto de contradição, tanto que uso (ou ao menos acredito que uso) recorrentemente nas minhas histórias. Tão bom ver você tocando nesse ponto, sério ♥
Já deve estar estampado na minha cara que eu amo escrever plot twists. Ver você gostando das soluções de enredo me enche de orgulho (num grau saudável, claro hehehe) e o fato de você ter lido essa mensagem, ter compreendido e admirado me deixou literalmente sem palavras. Um dos motivos para eu ter demorado tanto para escrever essa resposta. Espero que o tempo de espera tenha valido a pena hehehe. Acredito que todos somos hipócritas em diferentes níveis. Só que às vezes encaramos contradições que nos deixam simplesmente sem reação. O fardo parece muito pesado e por isso simplesmente nos acovardamos. É mais fácil ignorar, fingir que não viu do que racionalizar. Porque pensar nos levaria às respostas difíceis que ninguém quer encarar. Melhor ignorar, fingir que está tudo bem, mesmo que isso custe nossa própria alma, hein?
"neste conto eu não vi nada dentro do enredo que merecesse maior destaque, realmente gostei da construção e, principalmente, da mensagem contida nele", VIBREI DEMAIS AO LER ISSO, SÉRIO HEHEHEHE. Vou me recompor.
Agradeço demais pelos seus apontamentos! Já corrigi os errinhos bestas ♥
Eu realmente não me atentei ao destaque em negrito, a verdade é que voei no aspecto organizacional para o envio do conto ao Caneta, erro meu. Valeu por apontar isso :3
Agora só tenho a agradecer. Sério, eu amo seus comentários (já falei isso mil vezes, mas não custa repetir) e eles sempre me ajudam de alguma maneira. Contar com você como leitora é uma honra e grande sorte.
Sobre trabalhar numa longfic: não descarto nenhuma ideia. Quem sabe? Você já deve estar irritada de tantos "quem sabe?", mas é o que posso dizer por hoje hehehe. Realmente me abro a essas possibilidades e você sempre me ajuda a abrir os olhos nesse aspecto :3
Beijos e até o próximo, Vit ♥
 


Yokichan

16/04/2018 às 18:24 • Capítulo Único
OMG.
Que história foi essa?
Minhas impressões estão em um estado meio conturbado aqui, mas vamos lá. Não dizem que, ao falar sobre aquilo que nos perturba, acabamos organizando nosso próprio caos? Então, primeiramente, quero dizer que esse conto foi uma surpresa para mim que estava habituada ao universo de Roanoke, HAHAH. São cenários e contextos bem diferentes, e logo percebi tua habilidade em transitar entre eles.
Fiquei impressionada com o quão profundo tu foi nesse enredo, considerando que a história limita-se ao espaço de um conto. Geralmente, os contistas não se preocupam tanto assim em explicar "as origens" da história, em dar ao leitor uma base tão bem fundamentada. Eles se limitam a focar em outras coisas, nos acontecimentos mais imediatos do enredo. Não sei se pude me fazer entender, mas enfim, só quero te parabenizar por ter ambientado tão bem a tua narrativa, falando sobre a história das famílias e caracterizando esse mundo fictício.
Sobre isso, aliás, não soube exatamente onde me posicionar temporalmente. Quando a gente pensa em príncipes e reinos, pensa na Idade Média, em um tempo passado. Contudo, a inserção de elementos como a tecnologia e a inteligência artificial relativizaram esse contexto, misturando o passado com o futuro. Então, às vezes, fiquei com dificuldade em imaginar o cenário concreto. Será que era pra ser algo mais moderno ou ao estilo antigo? E aí percebi que essa ambiguidade é uma marca da tua escrita, HAHAH. Em "O sangue do mestiço", apontei essa dubiedade em alguns comentários, e agora percebo que ela também aparece nesse conto. E eu realmente adoro isso. Adoro as dúvidas, as perguntas em aberto, o espaço pra que o leitor imagine, essas lacunas não totalmente explicadas. E caramba, você sabe o quanto isso é instigante para o leitor? Uau.
A questão sobre a falta de humanidade aos humanos também me interessou muito. Gostei da questão que o texto propõe: o que torna, de fato, alguém humano? Qual é o componente essencial? Lembrei do filme "Her", em que há uma discussão bem semelhante ao do teu conto. Talvez, no futuro, a humanidade seja outra coisa bem diversa do que a gente pensa hoje. Mesmo hoje a gente encontra por aí casos em que seres humanos foram tão cruéis e bestiais ao ponto de não poderem ser associados a nenhuma humanidade, no sentido da sensibilidade humana. Então sei lá, é um assunto que rende muito, e esse meu comentário já está virando um outro conto, HAHAHA. Só quero dizer que o tema do teu conto foi muito certeiro nesse ponto, muito pertinente.
O final da história me surpreendeu, sim. Quem ia imaginar que o grande segredo do rei não fosse mais um segredo, mas uma realidade com bases muito bem enraizadas no tempo? Até a metade da história, fui convencida pela ideia de que as vítimas eram a menina robô e o Aaron, o pobre noivo enganado, um joguete de uma disputa de poder. Contudo, a única vítima foi, na verdade, a menina humana que, sem consciência de nada, foi substituída, abandonada e assassinada. Esse príncipe rendeu um belo de um vilão, hein? Muito mais do que o rei que teve a ideia de adquirir uma réplica da filha doente. A história acabou com um toque grotesco de terror, eu diria: a cabeça da princesa em uma caixa de presente.
Enfim, que bom ter visto a tua divulgação no grupo do Nyah e que bom que isso aconteceu em um momento em que eu tive tempo pra ler esse conto incrível. Que bom ter aproveitado a oportunidade de conhecer um pouco mais da tua escrita e das tuas histórias. Vejo muito potencial no teu trabalho como autor, então levo fé que você ainda vai evoluir muito nisso. Contudo, você já é um ótimo autor e fico feliz de poder ser tua leitora.
Abraço!


Resposta do Autor [Oliveirando]: OMG.
Que comentário foi esse?
Se tem uma coisa que eu gosto de fazer é variar. Então sempre que possível vou fazer algo bem diferente em relação ao trabalho paralelo hehehe. Amo Roanoke, mas foi legal dar uma viajada no tempo e espaço para apresentar algo divergente. Faço isso sempre  que posso o/ Agradeço demais pelo elogio sobre eu saber transitar entre uma coisa e outra ♥
Deu pra compreender muito bem! Eu inicialmente iria fazer a história toda se passando já durante o casamento, mas vi que isso tornaria o universo menos crível, ao menos para mim. Eu realmente queria que tivesse uma ligação maior, algo que fosse o mais palpável possível, ao menos no que tange o enredo e os personagens. Então dei uma viajada legal e, pela primeira vez, usei datas bem demarcadas em uma história minha. Fico feliz que tenha funcionado, mesmo que num curto espaço!
AAAAH, QUE LEGAL, SÉRIO! É muito bom ver você apontando essas características, porque eu mesmo tenho um pouco de dificuldade de perceber. Digo, é tranquilo de reparar em outros autores, mas em você mesmo? Por isso é sempre bom contar com leitoras inteligentes e atentas HAHAHA. Vou me observar melhor, se tem algo que gosto é da "marca" de cada autor, a maneira que eles imprimem sua identidade nisso. Então ter uma "marca" positiva percebia por uma leitora incrível como você é algo que me deixa em êxtase hehehe. Sério, valeu por isso ♥
"Her" colocado na lista de filmes para assistir! "Talvez, no futuro, a humanidade seja outra coisa bem diversa do que a gente pensa hoje. Mesmo hoje a gente encontra por aí casos em que seres humanos foram tão cruéis e bestiais ao ponto de não poderem ser associados a nenhuma humanidade, no sentido da sensibilidade humana". Sabe, se tem uma coisa que gosto nos seus comentários é como eles me ajudam a enxergar algumas nuances na história que eu não via com tanta clareza antes. Na verdade, talvez essa seja a coisa que eu mais goste em postar minhas obras aqui: a interação e a descoberta mútua. Porque pode parecer a loucura, mas eu realmente vou aprendendo sobre meus próprios escritos aos poucos. Não sei se acontece com você, mas é um processo que eu amo de todo coração e é bom demais poder contar com você nele! Ah, e pode continuar mandando "contos" nos seus comentários HAHAHA. Sempre fazem meu dia ♥
Eu adoro plot twists, então sempre que possível tento colocar em minhas obras (desde que haja espaço e sentido, obviamente). É muito bom ver que você foi pega de surpresa e, mais ainda, que gostou da solução de enredo! Foi literalmente uma inversão de papéis no decorrer da trama. Às vezes eu tenho uns toques macabros, espero que não seja grande problema. Mas o foco foi apontar para o absurdo da situação, e como James (e talvez qualquer um na posição dele) preferiu fingir não ter visto simplesmente para manter o status quos do reino, da sua vida, etc. O medo da mudança, o medo de encarar a verdade, mesmo que isso custe sua própria humanidade.
Pode ter certeza que você está contribuindo para essa evolução! Já disse, mas repito: é muito bom contar com uma leitora como você. Agradeço demais todos os elogios :D
Abraço!
 
 


Lmao C Lost

19/06/2018 às 15:24 • Capítulo Único
O que acha que precisa ser melhorado?
NADA

O que mais gostou no capítulo?
Reviravolta

Sou um pouco suspeito para falar já que eu gosto muito do tema, mas essa história me pegou desprevenido. Essa pegada Steampunk medieval ficou muito legal para o contexto da história, além da imersão ter sido bem feita, deixando o leitor imaginar.
Desde o inicio eu suspeitei que haveria algum plot twist, cheguei até suspeitar que o James ou a rainha fariam alguma coisa, mas de forma alguma eu pensaria que era outra coisa. Está de parabéns. História bem construída e com timming certo.


Resposta do Autor [Oliveirando]: Opa, que surpresa agradável um comentário aqui!
Cara, desde já agradeço por suas palavras. É sempre bom ter um trabalho reconhecido. Eu nunca havia feito algo que se aprofundasse tanto no gênero de ficção científica e muito menos steampunk (apesar de já ter mestrado um RPG seguindo um cenário semelhante), então me alegra muito ver que a contextualização foi bem trabalhada, ainda mais num pequeno espaço.
Eu adoro plot twists e sempre tento surpreender, desde que haja uma lógica, claro. É muito bom pegar o leitor de surpresa :D
Repito: muito obrigado! Amei escrever esse conto e fico feliz em ver mais pessoas o apreciando. 
Forte abraço e até mais!


Meri Luna

19/10/2018 às 10:00 • Capítulo Único
Primeiro: desculpe a demora pra comentar. Eu tinha marcado de ler essa one a muuuuito tempo, mas acabei esquecendo :P Enfim, aqui estou.
Gostei muito da história. O final foi um pouco bizarro e me surpreendeu bastante... Não tenho muito o que dizer, mas você fez um ótimo trabalho. 
Acho que é so isso. Bye :3


Resposta do Autor [Oliveirando]: Olá, White Queen! 
Nada, eu mesmo também demoro bastante as vezes para escrever ou mesmo responder um comentário. Sei como é ter a agenda cheia e é normal que algumas coisas acabem passando hahaha. De toda forma, fico muito feliz em vê-la por aqui, e mais ainda por você ter gostado do que escrevi.
Agradeço demais os elogios e o simples fato de você ter reservado um tempinho para ler meu trabalho.
Até mais :3


Ann Vinyso

01/09/2019 às 00:06 • Capítulo Único
Que era a cabeça da princesa, eu já sabia. Que o Aaron era um robô, eu imaginei lá pela metade da fanfic. Mas esse final foi incrível! A fanfic toda foi surpreendente e muito bem elaborada, adorei ♥


Resposta do Autor [Oliveirando]: Vejo que você tem uma cabeça muito boa para desvendar mistérios. Ainda assim, fico feliz em saber que algumas surpresas ficaram preservadas até a conclusão do conto. A felicidade é ainda maior em ver que o final agradou tanto (além da história como um todo)!
Muito obrigado pelo comentário! ♥