Ariane Munhoz

27/01/2018 às 08:35 • Único ― somente uma coisa em mim compreende.
Olá! Estou aqui pelo desafio baleia fanfiqueira em uma indicação da Jude Melody para o dia Fantasia. E tem muitas considerações que tenho para fazer da fic e da sua narrativa. Se eu ficar um pouco nostálgica, simplesmente me perdoe e esqueça que leu isso. Ou guarde no seu coração. 
Falando primeiro sobre a história, ela é encantadora e triste, com um clima leve de superação ao decorrer de seu desenvolvimento que vai cativando a gente com um personagem desacreditado da vida e desprovido de fé. São quase 10 mil palavras que tragam a gente bem pro fundo do texto. Bem profundo no texto. 
A escolha do poema não poderia ter se encaixado melhor e é um detalhe que muita gente deixaria passar, mas que você soube aproveitar bem. 
Eu amei ler toda a história, o desenvolvimento e o plot com essa flor selvagem maravilhosa que nos cativa com sua inocência, o riso e a maturidade conforme o tempo vai passando. 
O tempo é algo muito relativo também, não é? A gente nota como o que eles viveram foi intenso demais, forte demais. Me lembra a minha citação favorita de Drummond: 
"Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata."
Enfim, temos a morte que é triste e leva nossa Flor Selvagem embora, mas que nos preenche. É lindo ver o túmulo. Cheguei a pensar que a semente floresceria novamente. Essa esperança queimou no meu peito até o último instante. Mas acho que foi melhor assim. 
Sobre a narrativa, eu gostaria de dizer duas coisas. A primeira é que a escolha do narrador em segunda pessoa, que conversa com o personagem, foi simplesmente sensacional. Você me levou pro passado, pra época em que eu escrevia assim com Nanase Kei. E eu queria muito, numa esperança tola, que você fosse ela. Com toda a criatividade que Fernanda possuía, com todo esse fogo pra escrever que simplesmente tornava tudo perfeito. Mas não acho que seja. Me desculpe por isso. Só sinta o elogio de saber que essa escritora era simplesmente sensacional. Uma pena que a morte do msn tenha ceifado a nossa amizade. Não que você tenha algo a ver com isso. Novamente, me desculpe. Eu só me encantei e me envolvi demais pela sua escrita. 
Por fim, gostaria de dizer que o final com ele achando o livro de poemas com os fios avermelhados mesmo décadas depois e notando que aquilo era verdade, me tocou profundamente. 
Parabéns pelo seu excelente trabalho aqui. Mesmo. 
 
Só queria te atentar pra um errinho nas notas, onde você escreveu 'vasilona' ao invés de 'vacilona' 
Enfim. Obrigada pela história maravilhosa, por me cativar como uma certa flor certa vez cativou um pequeno Príncipe.