Gostei muito da capa. Simples, sugestiva, direta. O título também faz o leitor ficar em dúvida se esse bom pastor é em sentido figurado ou não. Eu inicialmente pensei que pudesse ser um pastor ou uma pessoa boa, mas, na verdade, fiquei mais na dúvida do que na certeza mesmo. Fiquei procurando o pastor, mas apareceu um padre, melhor uso de termo, impossível. Pastor bom, referência a um bom homem, e não há um pastor da Igreja mesmo. Gostei do uso em sentido figurado. Desculpe, sei que estou sendo repetitiva. O título se refere diretamente ao ato do padre bem como o que ele se torna diante do que fez. Pois, se foi certo, o que se faz? Prendê-lo mesmo se seu ato foi por um motivo humano? Ou mesmo sendo um ato motivado por um motivo humano, ele tem de ser preso, pois ainda sim é um ato desumano? Eu não sabia qual seria o desfecho, mesmo torcendo para que acontecesse o que aconteceu, ainda é uma questão que fica em aberto. Uma questão que fica depois da leitura, fica para a vida, trata-se da nossa realidade. Matar em nome de proteger o outro é justificável? O fato de o padre estar desaparecido poderia ser suspeito, ele aparecendo depois também, mas não imaginava que ele fosse tão direito e confessasse que tinha matado o delegado. Esse poderia ser o momento em que o mistério acaba, mas é aí que ele se inicia. O padre é o assassino. Não mostra vontade de fugir. Confesse ter matado, rezado, chamado a polícia e se entregado. A única coisa que não confessa é sua motivação. Jogou muito com o mistério desse modo. Uma ótima escolha de tema. E o que dizer de sua pontuação e descrição? Uma maravilha para meus olhos! Quero escrever assim um dia! Você descreveu sem ser algo cansativo, foi natural, não atrapalhou em nada na narrativa. Um belo trabalho com vírgulas e descrições curtas e precisas. Seu conto foi muito bem escrito, com um tema bem trabalhado, com uma narrativa leve para uma questão tão delicada. Amei! Parabéns! Obrigada por escrever esse texto!:) Não é nenhum comentário crítico, mas é de coração, apenas um comentário de fã mesmo!

Resposta do Autor [Arqueiroarcano]: Acho que a satisfação do autor é proporcional ao tamanho do comentário, pois fiquei muito feliz com o seu :3
Vamos lá: quanto a capa eu queria ter achado uma imagem no mesmo estilo de um padre, para editar as duas e colocar o investigador de costas para o padre. Mas como não achei ficou só o investigador. De todo modo, bom que gostaste dela.
Esse título! Para ser sincero: eu pensei no título antes de pensar na história (rsrs). Em geral o título vem depois de conceber a trama, mas dessa vez foi o contrário. Eu tinha um título e depois criei uma trama para ele. Ele tem uma profundeza de significados, como você mesma apontou, que me agrada. Eu parti de "Eu sou o bom pastor, que dá Sua vida pelas ovelhas" e cheguei em um padre, que, para salvar a vida de duas de suas 'ovelhas' se dispôs a arruinar a própria vida e mais: agir contra aquilo que ele pregara - "Não matarás". Fico feliz que tenha gostado, pois esse debate sobre pena de morte, justiça com as próprias mãos, a existência de bons e maus policiais e por aí vai, é justamente a matriz de ideias que compõe a base dessa estória.
Particularmente, como autocrítica, eu acho que a cena no interrogatório e a cena no confessionário não tiveram o ritmo que eu queria, ficaram mais ágeis do que gostaria... Talvez precisasse de um pouco mais de descrição para frear o ritmo, não sei, testarei algo assim numa próxima oportunidade.
Agradeço imensamente os elogios que a senhorita teceu, tanto sobre o conteúdo, quanto pela forma. É sempre motivante ter um feedback tão positivo. E melhor ainda quando é de coração (muito fofo, isso ♥ ) :)
Enfim, deixo minha gratidão à senhorita:
Muitíssimo obrigado ;)