Comentários em A vida do garoto morto

Lavína

09/02/2015 às 20:25 • Vida
O que mais gostou no capítulo?

Também estou mais perdido que achado, na verdade, e o que sou senão sobras da personalidade de outrem?



Quetzal,
Que nome interessante e assexuado você escondeu pra aqui, querido pássaro. Preciso dizer que esse garoto, ah, ele não me lembra nada, exceto é claro a rotina-tristeza-desânimo e as ideias macabras. Eu também gosto de desenhar, e também gosto de colorir, mas nunca inteiro, eu só pinto partes porque pitar tudo daria trabalho demais e eu tenho um medo terrível de ficar com as digitais gastas. Eu pinto com força, muita. Mas prefiro só usar grafite, por isso meu teclado é um pouco branco um pouco cinza, acabei manchando ele também, de qualquer coisa. E por isso eu gosto do seu garoto-personagem, porque ele desenha, e sente, e quer dizer alguma coisa, verdade ou mentira, que precisa ser dita. Não ganho lápis desde meu último ano de escola, mas sou boa em roubar lápis, e as crianças que me adoram me dão de presente, as cores que menos usam, significa que tenho uma coleção quase interminável de lápis branco, e só um toquinho de lápis preto. Tudo bem. Eu gostei de comer a formigas, porque formigas me deixam arrepiada sempre. E eu adorei que ele tenha cáries. Eu adorei que ele tenha 14 anos, porque, caralh*, eu adoro garotos de 14 anos de uma forma quase pedofílica-irregular-absurda. Tudo bem. Você escreve bem demais pra ter só um capítulo aqui. Espero pelo restante roendo esse pouco de unhas que tenho.
Abraço de urso o/


Resposta do Autor [Quetzal]: Olá, querida Lavínia.
Perdoa-me por não responder antes, estou com alguns problemas pessoais e isso tem atrasado um tanto minhas postagens. Espero conseguir atualizar essa história semanalmente, no máximo. (o plano inicial era de 2 em 2 dias...)
Receber um comentário tão expressivo e detalhista é infinitamente gratificante! Admito que também tenho um pouco de Caleb em mim, mas bem pouco. Ele é fruto de inverdades quase verdadeiras de tanto que acreditei nelas - meio que repetimos tanto algo imaginário até acreditamos realmente em sua existência.
Digo que não gosto de crianças. Sim, 14 anos para mim é criança, mas o Caleb é diferente... Acho que o desenhei com toquinhos de lápis guardados desde o meu ensino fundamental, lápis um tanto desbotados já de tanto tempo guardados. Por isso ele é tão confuso e flutuante.
Ademais, obrigada pelos elogios! Muito obrigada mesmo! Postarei quão em breve.


Lavína

11/02/2015 às 04:14 • Coma
Esse capítulo foi tão lúdico, tão sonhar. Você sabe fazer beleza em situações feias, isso foi tão sentir e aLucinar. Adoro como cita as cores, porque preciso lembrar que ele desenha e pinta, mesmo que não pinte direito. Eu gosto de ter citado aquelas frases lugar-comum da nossa cultura porque elas são tão abstratas quanto a linha de pensamento desse garoto. Uma vez eu pensava eu não tinha uma linha de raciocínio, eu pensava ter uma raiz, cheia de ramificações e sempre escolha a maos estranha. Seu garoto, Caleb é assim, mas você-autor escolhe a ramificação mas poética, mas bonta. No capítulo anterior o caminho mais triste e neste, o mais suave. O final foi triste, mas o caminho foi tão bonito que nem importa tanto onde chegamos.