Comentários em 3ª Dose de T

Danotan Bluce

09/02/2014 às 20:25 • Único
Eu amei a carta, Pedrito. ♥ Ela ficou muito boa e com toda a certeza ajuda muito a acabar com o preconceito em relação a isso - eu mesma não estava muito dentro desse muito de transexualidade, geralmente fico na androginia e coisas do tipo. Gostei bastante do modo como a Isabel não se tornou o Victor - ela sempre foi.
E beeem, eu preciso agradecer muito por ter me citado nas notinhas iniciais e no disclaimer! kk *abraça*
"Tudo começou há alguns anos. Pra ser mais exato: 23 anos, 3 meses e 15 dias. Ah, e 12 horas." - a história já começa muito bem. Em primeiro lugar é super interessante o sustinho que levamos ao perceber que esses "alguns anos" é toda a vida dela. Foi uma tática de escrita legal. Em segundo lugar é ótimo que tenha começado justo quando ela nasceu, porque é esse o drama de um trans - nascer no corpo errado.
"O nome que escolheram pra mim foi Isabel. Eu gosto desse nome." Amei o fato dele gostar do nome. Ele falou "gosto desse nome" e não "gosto de ter esse nome", foi isso que achei legal. Também adorei a palavra "desse" ao invés de "meu". Porque Isabel não é o nome dele.
Amei o fato de que ela sempre quis ser o pai nas brincadeirinhas, desde a infância. De fato, crianças geralmente não estranham coisas assim - só quando influenciadas por seus pais preconceituosos. Pra elas é natural que uma sempre seja o papai e tal. E o fato dela achar normal até hoje é perfeito, porqueera pra ser normal. Uma pena infinita que não seja pra maioria das pessoas.
A mãe dele ser vaidosa deve ter sido uma merda pra ele, porque era forçado a ter uma imagem que não queria. Deveria frustrar muito se olhar no espelho todos os dias e ver uma menininhas por todas as vezes. Quando se tem nove anos as mães pensam "já está na hora de agir como mocinha", achei bem legal você ter escolhido essa idade pra ele ser forçado a deixar o cabelo crescer. Deve ter sido um sufoco.
"Mas eu não gostava do Guilherme, e nem queria beijá-lo. Eu gostava da Lia, e ela sim eu queria beijar." O jeito com o qual a Lia foi inserida na história, de repente, foi ótimo. Eu gostei do fato de que não houve grande drama a respeito disso, que foi simplesmente um fato. Eu queria beijar tal pessoa e não tal pessoa. Amei mesmo.
Tudo muito natural ♥
Isabel devia ser a "machona" da classe, já imagino o pessoal falando mal dela e comentando sobre como era estranha. Ai, ai... Espero que um dia isso acabe. Enfim.
A festa de quinze anos deve ter sido uma humilhação. Sair agindo com feminilidade, sendo visto como menininha por todos. Ele de fato deve ter ficado com nojo de si, por não ser normal.
"Eu olhava pra dentro de mim e via um menino. Mas quando eu me olhava no espelho, não era isso que via. Por mais curto que fosse meu cabelo. Por mais masculina a forma que me vestia. E eu odiava isso. Odiava me sentir um homem. Tinha nojo de mim." ~> Eu amei esse parágrafo, Pedrito. Ficou muito bom, dá pra sentir a angústia do personagem e imaginar sua expressão desesperada e frustrada em frente ao espelho.
Amei o desfecho da história. A chegada da Amanda. Eu tive um carinho especial pela Amanda. O fato de que ela ajudou tanto o Victor a se encontrar, que o apoiou, que curou as feridas que a Lia deixou. O modo como eles foram construindo uma vida e provando a todos que não era uma fase. O Victor deixando de ter o corpo que não lhe pertencia e tudo o mais. Realmente amei. A Amanda apresentou amigos a ele... Ele conseguiu provar a todos que é capaz.
Foi uma bela carta. Verosímil.
Parabéns! kk
E você falou que ia colocar parágrafos e não colocou, rum.
Beijinhos de luz! ~vira uma fada~


Resposta do Autor [Azukan]: Ai, Bel, você sempre aqui pra levantar meu astral. ♥
Obrigado. Mesmo. É muito importante saber que mais alguém gostou de algo que eu adorei tanto. Fico mesmo muito feliz e muito grato por você ter lido, gostado, comentado e me tirado esses sorrisos bobos que sismam em saltar de minha face.
Talvez por eu estar acostumado com o universo trans, essa coisa de começar do começo, com o nascimento, saiu naturalmente. Eu não pensei nisso como tática ou estratégia e fico satisfeito por ter agradado.
Tentei deixar claro que ele trocou, mas continua a gostar desse nome, Isabel. É um nome lindo ok? ♥3♥ (eu inventando emoticons ono)
A coisa do pai é meio indefinido. Conheço meninas Cis que gostavam de fazer papel de homem e bá, mas, no caso do Victor, ele gostava de ser o pai pelo fato de ser da natureza de homem dele.
Eu também fiquei com pena dele. Já é chato ter mães que não te apoiam com coisas mais banais, tipo sexualidade ou gostos. Agora, nesse caso, é triste. Conheço casos de homens trans que são tratados como mulheres por suas mães. D: É de partir o coração
Eu tentei sim inserir a Lia de forma suave e repentina, mas, na minha cabeça, ela já estava lá. Ela já era amiga de Victor, eu sou ainda não tinha revelado-a.
Deve mesmo. Você ter certeza do que é sem poder contar com a ajuda das pessoas, que sisma em te tratar do contrário. Confesso que rola um pouco disso entre eu e meu pai.
Eu realmente me senti triste e angustiado escrevendo. Principalmente esse trecho. Sofri por Victor assim como sofro por todos os trans que se encaixam nessa situação, mesmo não conhecendo-os, e fico muito sentido.
Eu estou in love pela Amanda. Ela é tão perfeita ♥♥♥. Ela é o espirito da aceitação e da mudança presenta na vida de Victor, e eles vão se amar pra sempre. ♥♥♥
Obrigado, mesmo. asuhdasuhd.
Eu abri aqui o Word e coloquei os parágrafos, o Nyah que bugou, rum.

♥♥♥♥♥Beijos Estrelados♥♥♥♥♥



Víbora Vermelha

17/08/2017 às 21:43 • Único
Eu gostei muito. O que mais gostei foi da Lia ter se reaproximado. Às vezes não estamos prontos para entender ou aprender alguma coisa nova, mas depois a gente muda a mente. Aconteceu comigo, antes eu era bem mais mente fechada. Ainda bem que pessoas mudam.
Bjs.