Comentários em O Mestre Do Silêncio

Roberto Lasneau

10/06/2013 às 21:47 • Voltando ao silêncio
Que... Perfeito... A música deu um toque tão triste a esse capítulo especial. Após ler isso, eu me senti "satisfeito". Claro que eu sempre sentirei saudades do Aiko, isso não há duvida, mas tem algo na fala dele que me deixou muito feliz, algo que eu já havia comentado, o fato de a Nirina fazer a vingança por ele, pois o próprio Aiko desejou isso e esse foi o motivo da minha felicidade: Ele sabia que iria morrer, mas desejou que Nirina fizesse a justiça, ele acreditava na clarividente, assim como eu acredito. Rezon terá o fim que merece.
As vozes... Tão confusas e distorcidas... Recheadas de Antíteses... Aquele que te ensina é aquele que te destrói. A história entre Sven e Aiko chega a ser um paradoxo, isto é, algo que acontece sem acontecer. Eles tinham o afeto, mas não o tinham de forma evidente. Deu para ver que havia preocupação de ambos os lados, mas nada foi feito para abranger o mesmo.
Tão quieto... Tão misterioso... Aprender mais sobre esse aprendiz de ar, meu elemento oposto, foi algo muito gratificante. A narração em primeira pessoa ficou ótima, principalmente da forma em que se escreveu, esse tipo de capítulo exigiu esse recurso e você fez um ótimo uso do mesmo. O Aiko será um daqueles personagens que, até mesmo ao término da história, estará comigo pela vida.
Eu tenho uma mania estranha, nunca cheguei a contar, é o fato de eu conversar com personagens. Já ouvi vários relatos de escritores que conversam com seus personagens, entretanto, eu converso com os personagens de outros autores, aqueles que são os meus prediletos. Isso acontece quando ele me afeta de uma forma muito grande, para algo bem mais sentimental. Quero dizer que, a partir de agora, o Aiko está presente nessa parte do meu consciente. Ele está acompanhado com vários personagens que me servem como uma lição extrema de vida. Ele morreu, mas agora eu tomei posse dele e agora ele mora na minha mente u_u. Do jeito que eu falo, eu posso ser interpretado como louco, mas é normal, tem vezes que eu até acho que sou autista, mas enfim, ele me disse uma coisa interessante, na verdade uma frase: "O silêncio é a sombra do desconhecido.". Contando para outras pessoas, elas me taxariam de louco e provavelmente ficariam com medo, mas quis compartilhar isso com você, pois você me entende. O Aiko me disse isso, eu senti... Ele me disse isso assim que eu li a última frase desse capítulo, que foi quando ele passou a viver na minha mente...
Eu tenho que agradecer, o Aiko, com certeza, é o melhor personagem de A Clarividente e não virá outro melhor. É como eu disse, ele passou o seu legado para a Nirina e agora eu a acompanharei como personagem favorita, entretanto, o Aiko é mágico... O meu apego à ele é tão grande que é difícil de explicar. É como se eu me visse na história... O Aiko é uma dessas minhas vozes...
Capítulo especial esplêndido e, como eu havia dito, fico lisonjeado por você ter dedicado esse capítulo visto à minha admiração pelo personagem. Guardarei as verdades sobre o Aiko em minhas filosofias e quero que Rezon, assim como Aiko amaldiçoou, tenha a morte merecida, terei prazer de ler cada detalhe de forma lenta e admiradora. Cada grito de dor que ele der, será uma palavra - das poucas - que eu lembrarei do querido Aiko. Obrigado novamente.


Resposta do Autor [Yuka]: Você entende o quanto eu me sinto honrada por ter criado um personagem tão impactante?
Eu sempre gostei do Aiko. Inclusive, o nome dele tem uma inspiração. É nome de outro personagem, de um clipe da banda Coldplay, da música Hurts like Heaven. Eu adoro essa música e eu adoro o clipe. O garoto se chama Aiko, a garota se chama Ella. Inclusive, combina com Langt.
A história é a seguinte: ela se passa no universo de Silencia, um lugar dominado pela ditadura do silêncio e da cor cinza. Tudo era em preto e branco, e ninguém podia expressar sua opinião ou sentimentos. Aiko e Ella criam uma resistência. Essas pessoas tem poderes especiais, o poder de colorir. Os dois saem por aí colorindo a cidade e, no fim, são presos. Nessa parte eles gritam os nomes um do outro, enquanto estão sendo presos. O clipe é lindo, você devia ver. Por amar tanto, decidi que esse seria o nome de um personagem especial.
Agora, voltando. Vou responder seu comentário na ordem que você escreveu.

Eu também sinto saudade dele. Não ficou legal o capítulo? Como se ele tivesse realmente voltado pra contar o que aconteceu.
Sim, a Nirina quer se vingar da morte de Aiko. Ela pretendia fazer isso através do Sven, mas recentemente (nós próximos capítulos, em breve), ela vai descobrir o Sven morto. Ela vai ficar perdida, sem saber pra onde ir ao certo. Mas ela quer se vingar, a todo custo.
Eu me esforço pra escrever o Rezon. Pra escrever a pessoa sem misericórdia que ele é, eu me inspiro em vários outros personagens desse jeito que eu conheço, porque eu simplesmente não sei como é ser assim. Faço-o pelas minhas observações, pois é uma personalidade que eu não seria capaz de adquirir.

As frases distorcidas, sim... Quis representar da melhor forma possível o que se passava na cabeça de Aiko desde que ele ficou sabendo que o mestre dele ajudava a matar pessoas nos rituais de magia negra. Eu quis representar o Sven do modo mais confuso possível, como o Rezon mesmo diz: você quer fazer as coisas, mas não sabe como.
"Apesar de péssimo estrategista e criminoso, você é um bom mago". Ele era um bom mago, um bom professor. Ele só era uma pessoa sozinha e perdida, perdida no mundo de seus próprios interesses. Sem um lugar ao qual pertencer. Errou ao escolher ajudar a Rezon, mas foi o caminho que ele decidiu tomar pra tentar se encontrar. Ele morre pensando em Aiko, a única pessoa que foi relativamente próxima de si.

Você jamais fará ideia do quanto eu me sinto honrada por ter criado um personagem que você gostou tanto que foi "absorvido" por sua mente. Sabe, quando você disse que o Aiko era seu preferido, eu já tinha escrito a morte dele. Senti meu coração doer na hora, mas era algo que tinha que acontecer.
Eu sei que isso soaria estranho pra maioria das pessoas, mas você acertou: eu realmente te entendo.
Já me senti honrada quando você disse "O Aiko me lembra uma pessoa". Quando você disse que lembrava você mesmo, isso se multiplicou por mil, mais ou menos.

Eu preciso admitir que fiquei surpresa comigo mesma e admirava com o final dessa história. Eu adorei a preocupação do Sven, quando ele diz "Não vou entregar seu poder a Rezon e não permitirei que ele te torture". Você tem razão, o Aiko não queria morrer, mas ele acabou aceitando. Eu também adorei a parte que o Aiko amaldiçoa o nome do Rezon. Pode ter certeza que isso vai surtir algum efeito mais pra frente, pode ter.
Eu reli esse final ouvindo essa música que coloquei o link várias vezes. Combina tanto que eu instituí ela como tema de O Mestre do Silêncio. Gostei do título também.
Essa história eu escrevi... E foi estranho. Eu escrevi ela tão fácil e tão distraída que, quando terminei e reli, nem parecia obra minha. Parecia de outro escritor, e parecia que eu a estava lendo pela primeira vez. Eu sempre relia. E li várias e várias vezes (como resultado, acabou que não tem nenhum erro! haha), especialmente o final.

Fico feliz que você tenha gostado, tanto da história quanto do Aiko. Feliz mesmo que eu tenha sido capaz de criar um personagem que te marcou tanto.

Obrigada pelo ótimo comentário, como sempre. Eu estava esperando por ele, muito ansiosa.