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Sons of Theolen

Assilem

17/11/2015 às 20:28
Eu agradeço muito ao grupo do Nyah! Fanfiction (oficial). Nele, você pode divulgar as suas histórias, e minha querida Live teve essa brilhante ideia. Ok, assumo que já ignorei umas duas vezes, mas quando decidi clicar no link de Sons of Theolen, descobri um tesouro.
Me encantei com a coragem e solidariedade de Dorothy; ri com as cantadas falhas de Arlindo, o clérigo lindo; chorei por Drico; torci para o sucesso de Steve; me apaixonei por Nipples, o serviçal; me assustei com Solomon, o guerreiro renegado; subestimei um garotinho que queria regenerar a sua honra, cujo pensei que fosse um pateta, mas longe disso; repugnei o Rei Hammel; e, por fim, me prendi nesse ciclo viciante da espera de novos capítulos e do encanto por ter achado aquilo o que eu tanto queria ler, mas, ora, não sabia.
A narrativa é perfeita, sem erro nos pronomes, objetos bem colocados, diálogos perfeitamente formados. O enredo, bem, nem preciso falar, certo? É encantador e atraente, pense num Eddie Cahil da vida, lindo e sedutor; essa é a maneira mais fácil que arranjei de definir seu enredo, Live. Bem, e, estéticamente, nem preciso mencionar a sua capa de desenhos sensacionais. Perfeitos. Geniais. A estrutura é de livro, por mais que – infelizmente – ainda não seja um (e quando for, me avise, nem que eu tenha que ir ao Acre, para o comprar e ganhar um autógrafo seu). Ah, e a ortografia é maravilhosa, WOW!
Agora, além de estrutura, vamos falar dos personagens. A começar pela protagonista mais perfeita da face da terra, Dorothy, a menina mais bonita, corajosa, boa e amigável que se pode encontrar. Como falar. Como falou Arlindo, ela tem algo de diferente que não tem nas outras garotas, e garanto que ele não falava apenas de seus olhos azuis ou de seu tio-celebridade. Ela merece tudo o que conquistou e merece conquistar tudo o que precisa.
Então, meu querido Arlindo, o clérigo lindíssimo. Ele simplesmente foi para as terras frias de Thorrun, ajudar Dorothy e seus companheiros, arriscou a vida e jamais perdeu o bom humor. O tamanho de sua simpatia equivale ao número de garrafas de bebidas alcólicas que ele consome por... hora. E, convenhamos, quem não queria que ele fosse real? Ele já tem até fã clube (by eu e Ísis, e as integrantes... eu e Ísis).
Driquinho, meu meio-elfo. Este aí já me fez rir e chorar. Um aventureiro nato, vulgo teimoso, mas que é sempre perceverante e aceita os males que terá de enfrentar, sempre com um sorriso cheio de dentes (oh, jura?) no rosto. Querido, você é melhor do que o Liminha.
Steve Leon, um dos Doze de Theolen, se aventurou só nas terras frias de Thorrun, no Norte. Uau! Que descrição, hein, Steve? Simplesmente sambou na cara das inimigas. Eu nem preciso falar da moral que esse homem tem, né? Nunca esquece da honra, mas coloca em primeiro lugar a amizade e o sentimento. Talvez ele seja uma das poucas pessoas que saiba que a maior força é o sentimento. Palmas para este mestre!
Nipples, MEU serviçal. Oh, o homenzinho que possui incríveis mamilos. Ok, ok. Também é forte, corajoso e blá-blá-blá, mas... foquem nesses mamilos polêmicos!
Enfim, não posso falar de todos. Leia essa perfeita história e descubra por si só estes personagens, esse amor que Live coloca em cada letra que digita. Você ainda acha que pode se arrepender?
Por favor, Live, escreva para sempre, ok? Desse jeitinho só seu, melhor que qualquer Tolkien por aí.
(Espero que essa recomendação chegue. Nenhuma chega... enfim... oremos).

Leitura Indiscreta

Assilem

26/12/2015 às 16:40
Primeiramente, peço muitas desculpas por não ter feito essa recomendação antes. É uma história que foi escrita em meados de 2009/2010, que li há vários meses e nunca me manifestei com comentários, favoritos, recomendações ou qualquer coisa que não seja simples mensagens privadas. Sou eu, Metal_Will, a Desirée, que adotou numa conta o nome dessa sua personagem sensacional, que falava com você por mensagens... mas precisei mudar de conta. Isso é apenas um resumo; você já sabe como sou apaixonada pela sua história.
Bem... como começar? Eu sempre quis muito achar livros mágicos quando eu era pequenininha — até hoje, se possível —, amo ler e bibliotecas são realmente sensacionais na minha opinião. Sempre busquei por livros que contassem esse tipo de história, e achar isso gratuitamente, num site da internet, foi realmente muito gratificante. William, por favor, transforme isso num livro! Juro que serei a primeira a comprar. ♥
Ok, me identifiquei muito com a Desirée. Desde os planos malucos até a bipolaridade quando estou sob pressão. É muito incrível como, tão de repente, achei uma história que é tudo o que sempre quis ler, me identifico e a escrita é impecavelmente única.
Todos os personagens seguem muito as suas características, são realmente fiéis a suas personalidades. Desirée é uma garotinha de fibra, coragem e pensamento muito bem formado; Dionísio é o típico cara que fica horas navegando na internet, quer dinheiro fácil e ama um mexerico na vida dos famosos; Carlos e Maria são muito responsáveis e olham o mundo como adultos muito exemplares; Karen é aquele exemplo de adolescente que ama celebridades teen, fofoquinhas e namoricos... enfim, é impossível falar de todo mundo, né?
Agora, foquemos na parte que prende o leitor: ESTE ENREDO MARAVILHOSO. Você cria as tramas de uma forma tão gostosa de ler, que nos faz querer pular para os próximos capítulos e desejar que a história seja infinita. Parece realmente uma daquelas séries bem elaboradas que passam na televisão e ficam no topo de recomendações no Netflix. A cada capítulo é feito um problema, cuja solução deixa evidente a sua personalidade e a competência (ou não) da Dê. Eu fiquei MUITO magoada por ler a história já finalizada, porque eu simplesmente já sabia que infelizmente teria fim. 3 Isso corta o coração de qualquer leitor fascinado numa fanfic.
Irei fazer um comentário muito besta, que não incentivará ninguém a ler, tampouco fará diferença, mas... A FANFIC SE PASSA EM SÃO PAULO! CHORA, BRASIL! ~vou revirar o estado inteiro procurando a pracinha, a biblioteca, a sorveteria e a escola da Dê~
Eu não consigo achar palavras para definir essa história. Quando li, não tinha ido ver os números ainda. Fiquei indignada por só haver UMA recomendação. É claro que não pude deixar de contribuir, mesmo que fosse quase 7 anos depois que foi postado...
PERA AÍ, minha ficha acabou de cair... A DÊ JÁ TEM 18/19 ANOS?!?!?!?! Aí você fica imaginando... que rumo será que ela levou? Que profissão escolheu? E o Charlie? Será que ele conheceu, um dia, um site de fanfics e decidiu escrever a história da sua amiga? … Teorias da conspiração, como amo isso! Por mais que seja meio viajado, vai que né... brincadeira.
É, só tenho isso a dizer. Já recomendei pra minha família inteira!
Então é isso. Espero que minha recomendação seja aceita, porque das últimas vezes... ToT
PS: Chorei lendo o último capítulo, nas duas vezes que li... na verdade, tô emocionada até agora.
Vou finalizar com uma reflexão da Dê:
"Todos têm direito a um segredo."

A Pianista

Assilem

29/12/2015 às 15:42
Mal tenho o que dizer sobre esta one-shot. Sim, one-shot. Nunca recomendei uma história de apenas um capítulo antes, mas essa realmente pediu. Conheci ela quando pedi links de fanfics floopadas e é muito triste não ter nenhuma recomendação (até agora!).
Maria, agradeço muito por ter escrito essa história. Não sou a maior fã de romance — apenas se tiver uma boa estrutura —, mas o que você escreveu é diferente de qualquer coisa. Quando você lê, sente até o peso do ar que se passa nos ambientes e a sensação de tensão no coração da Senhorita Morgan quando ela toca naquela competição.
Mais um vez quero pedir desculpas pela repetição dessa palavra (porque nos comentários eu já a usei muito para descrever a sua fanfic), mas ela é mágica! Você sente o aroma dos locais, as sensações emocionais, você se transporta para lá e isso é algo que nunca vi na vida (até agora...). Estou maravilhada. Tão pouco público, mas tão grande conteúdo! Faço essa recomendação não apenas para desabafar o que achei, mas também para que as pessoas também leiam. LEIAM. É isso o que quero; que mais pessoas leiam essa fanfic tão sensacional! ♥
Quero evitar spoilers, mas a fanfic gira em torno do casal, então posso falar livremente que sou Maiscar Shipper!
Realmente, algo diferente. Obrigada, obrigada, obrigada por escrever essa fanfic... mágica! Mãos de fada as suas que digitaram-na.
Diferente de tudo, cativante. Os personagens, por mais que resumidos num capítulo, são apaixonantes e fiéis as suas personalidades. É tudo o que menos procuro; romance e primeira pessoa. Agora, é tudo o que mais procuro, porque me encantei muito!

Mais uma vez, agradeço por escrever isso! E que venham os leitores! ♥

Os Olhos do Corvo

Assilem

05/01/2016 às 21:33
Primeiramente, olá, Holly.
Eu sei que estamos no quinto capítulo, nunca me manifestei nos comentários e você pensará ser um absurdo o fato de eu dizer que sou uma real fã da sua história. Acredite ou não, essa história é algo indescritível e perfeito.
Não encontrei outro adjetivo, direi então, que é uma história devorável. No sentido em que, ao ler um prólogo sequer, você é encantado com uma magia que não lhe permite fazer outra coisa senão ler a continuação. Tão enfeitiçadamente encantador que, mesmo que no início, o leitor precisa a recomendar. Algo que precisei fazer, por mais que não seja a recomendação mais completa ou elaborada, é sincera e franca.
Ainda estamos no começo deste maravilhoso trajeto que levará ao recheio repleto de tramas dessa fanfic original, e, infelizmente, ao seu fim (cujo espero haver uma espécie de "livro 2"). Terei, obviamente, de esperar os próximos capítulos para desfrutar desta história, mas cada capítulo é lindo por si só, merecendo tornar-se um livro à parte — mesmo que os conteúdos dos capítulos seguintes se completem —, e isso é algo tão raro, que pude me pegar maravilhada nos bons pensamentos quanto a essa leitura. Algo profundo, muito bem descrito e narrado, uma estrutura invejável e os personagens fiéis as suas características e interessantes particularmente. Cada seriado que passa na televisão, cada filme, cada livro que você lê, cada conteúdo explicado com palavras, um dia foi escrito, escrito por alguém como você que, assim como você provavelmente fez, planejou. E para ser um filme de Hollywood, um seriado destaque no Netflix ou o livro mais vendido na Saraiva, com certeza exigiu muito esforço do escritor; então, cada escritor que como você se esforça, um dia pode chegar no topo e, como diria a expressão popular, "sambar na cara das inimigas". E vá por mim, se tiver o grande bom senso (não estou dizendo que você não o tenha) de transformar essa história num livro, com certeza fará sucesso e chegará no alto, podendo usufruir do reconhecimento de alto alcance pelo o seu lindo e prestigiado trabalho. Todavia, em qualquer lugar que esta história esteja, mesmo que seja no mais esquecido arquivo na sua nuvem, ela será uma história magnífica, e, por mais que Fátima Bernardes ainda não a tenha recomendado no seu programa, sempre será digna disso e não é por falta de acessos que você deve desistir. Sim, você tem um grande número de reviews, mas é sempre bom avisar isso, inclusive porque tem um pinguinho de interesse, já que amo essa fanfic e não quero que ela se acabe. Está claro?
Agora, deixando o lado "conselheiro" descansando, vou deixar aflorar o meu lado técnico (sempre faço isso, para construir uma boa recomendação). Cada capítulo é descrito de uma forma com que você se transporta, se deixa levar do mundo "desperto", e ir para o mar, cambalear na tempestade em uma nau e mergulhar junto as sereias. Não ria-se de mim, mas, de tão boa que é sua descrição, senti frio em alguns momentos, e o calor do fino sol na parte em que Raven comprou as suas roupas. Voltando ao ponto central, a sua narração é sensacional... me desculpe ser direta, mas causa certa boa inveja.
Continuando, os personagens são, como já mencionei, completamente fiéis a suas características. Algo que achei interessante também, foi o modo ríspido de Feontia, mostrando-a ser fria e isso nos faz deduzir que Raven se meterá em apuros caso não seja confiável, e bem, se ela fizer algo que seja contra a vontade da Mãe, estará com certeza encrencada e isso renderá ótimas tramas. No aspecto de características dos personagens, não tenho do que reclamar (na verdade, não tenho do que reclamar em nada). Parabéns, porque você sabe como ninguém criar personagens ficcionais, e merecia uma recomendação a parte apenas por isso.
Agora, o enredo: muito bem bolado! Não tenho palavras para expressar o quão maravilhada fiquei, é algo surreal, precioso... sempre gostei de coisas misteriosas, e não há mistério maior do que as profundezas dos oceanos e o canto melancólico das sereias. É muito bom ver este outro lado, o ponto de vista da sereia e não de sua vítima, inclusive porque, ao pensar que recebera um benefício, foi eternamente amaldiçoada e será submissa à uma Ninfa que apenas abusa do medo de morrer da pobre Raven. Ela fez com que a jovem perdesse seu eu em forma e pensamento de Ermengard. É algo confuso, mas acho que pessoas com dupla personalidade vêem no cotidiano, e dou minha tapa a cara ao dizer que de algum lado, tomou um pouco de base nisso. Uma tacada de gênio; além de entreter os leitores e abordar um assunto muito bom, você adquiriu conhecimento, então posso dizer que matou dois coelhos numa cajadada.
Aliás, ao escrever a minha opinião acima, lembrei de algo — que eu esqueceria — que é muito importante: você fez um ótimo trabalho de pesquisa! Como diria Kori Hime, merece uma estrelinha na testa. Tudo o que escreveu é, como você disse, historicamente correto, e isso faz a história muito mais vívida e — por mais que seja uma ficção —, real. Sua habilidade de reconhecer o que é errado e o que é certo, falando de dados da história, é realmente muito bom, e um ponto muito forte para esta simplória recomendação. Mais uma vez, devo lhe parabenizar, porque isso mostrou muito o seu empenho na história, o que é algo que todo autor deve mostrar. Sendo assim, meus parabéns!
Outra coisa que percebi que você mesma pensou que fosse ruim mas foi, na verdade, algo esplêndido e que, em toda a minha carreira de leitora, só encontrei em As Crônicas de Nárnia (C. S. Lewis), e é a sua capacidade em resumir num capítulo pequeno tantas ideias, conteúdo e enredo! É muito relaxante ler coisas assim, porque, além de não ser cansativo, incentiva-nos a querer ler mais, e, por menos intencional que seja, foi muito bem pensado.
Já expressei-me tecnicamente e de modo mais sentimental, então, o que dizer agora? Acho que apenas tenho de deixar as minhas últimas notas, como, por exemplo, a minha satisfação em ser uma nova tripulante nessa navegação! Sou uma maruja muito feliz por aqui, ok, Lady Hobbie? Me desculpe por ser uma fantasma, bem, comecei a ler a sua história hoje e terminei o que estava disponibilizado hoje mesmo, então, não tive muito o que comentar, porque achei que uma recomendação seria um modo mais prático de dizer o que achei. Me desculpe se a recomendação tiver um mau tamanho, porque as vezes escrevo demais e as vezes resumo tudo em muito pouco. Saiba que, nesse Universo tão grande, há uma estrelinha, muito pequena e quase invisível, que junto a mais de 300 outras, brilha em nome de sua história. Sou grata por tê-la escrito, e desejo-lhe muito sucesso com ela! Que venham mais mil recomendações.

Obscure Grace

Assilem

09/04/2016 às 23:55
Oi, Mare!
Eu demorei muito para fazer essa recomendação, eu admito. Sempre me denominei como sua fã, mas nunca demonstrei isso (e talvez você não gostasse de mim por esse motivo); nunca comentei e a recomendação só veio agora. Mas veio, e isso é o que importa. E espero mesmo que goste dela.
A pergunta que sempre paira, ao realizar uma recomendação, é: “por que você recomenda essa história?”. E posso citar mil porquês para recomendar Obscure Grace, mas, afinal, o que importa não é o que EU acho que seja, e sim o que É. Por isso, vou dizer o que Obscure Grace é (para mim).
Um refúgio seria o adjetivo perfeito. Um refúgio da realidade, das religiões, das crenças marcadas. É um mundo (ficcional, mas um mundo) que nos permite fugir. Das coisas maçantes do cotidiano. Obscure Grace desafia os contextos religiosos e psíquicos das pessoas – seria, a morte, um desafio? Seria, o Céu, um jogo infernal? E teria como, por acaso, colocar traços de comédia em algo com esse tema? Mare di Stelle responde, com a publicação dessa original, um “sim” para todas essas perguntas. Perguntas que desencadeam outras: afinal (eu li essa frase em algum lugar), o bom não é dar respostas, e sim provocar perguntas. Se não se convenceu, o meu objetivo foi alcançado: você precisará ler para saciar essas interrogações. Se você se convenceu, o meu objetivo foi alcançado mais uma vez: você precisará ler, porque é algo tão raro e perfeito, que não pode ser ignorado.
Cada personagem – por pior que sejam as suas piadas ou desempenho no Céu – consegue nos conquistar. Nos cativar, literalmente. Então você não consegue se desvencilhar disto: ama-os, e, mais que tudo, ama sua criadora. Mare nasceu com um brilho inexplicável, uma vocação, um talento para ser amada. É impossível não ver as coisas boas nela; e de tão boas, ofuscam as más, que todos têm. Eu acredito, sim, que o autor influencie na qualidade da obra. O enredo também nos cativa: é um frenesi magnífico. O misto de temas, tipologias e contextos faz-nos tomar uma paixão imensa por tudo isso, por Cibele, Rafa, Will, Lis... e então, quando percebe, a história te cativou por si só. Já dizia Saint-Exupéry: “és responsável por aquilo que cativas”; logo, sê responsável por Obscure Grace. Responsabilidade pode, sim, tornar-se amor.
A construção de cada detalhe nesta história de tirar o fôlego me impressiona. A história dos personagens, toda uma construção/desconstrução de um novo Céu; tornando maus os bons, bons os maus. Isso trás uma moral subliminar, implícita nas entrelinhas: é errado julgar apenas pela denominação. Só porque é ceifeiro, não quer dizer que seja um ladrão de almas. Porque é anjo, não quer dizer que seja um bondoso santificado. E isso pode ser bem adotado na vida real; e deve ser. Proposital ou não, Mare, isso foi genial, e deu uma dose de realidade para Obscure Grace. Como se fosse um livro de auto-ajuda implícito ali.
Costumo estruturar as recomendações por: críticas técnicas, opiniões próprias e detalhes adicionais. Mas Obscure Grace não me permitiu fazer isso – não apenas pela ortografia genial ou pela carisma esplêndida da autora, mas pela qualidade geral deste conjunto de palavras, empenho e talento. Não é a mais emocionante de todas, mas talvez seja a mais emocional, das que faço. Porque Obscure Grace é isso: a diferença, o ponto amarelo-canário dentre os cinzas, o divergente entre realidade x ficção.
Que Lis Pé-de-Azeitona (que mais ninguém kibe o apelido, amém!) tenha uma longa jornada pela frente. Que, viva ou morta, seja feliz! (Até porque, essa é a única história que conheço onde tudo se baseia na desgraça na vida da protagonista ~o que não é um spoiler, pois acontece de cara~, que conhece o Céu, que é um lugar ruim e há humor nisso; feliz a Lis será, com certeza! [ela tem que ser fe-lis]). Que Cibele continue sendo uma ruiva oblíqua e dissimulada, toda maluca; que Rafa continue sendo um banana, todo desconcertado perto da Cibele; que Will ajude muita gente na morte, e claro, continue sendo o Senhor Ceifeiro lindo da Lis; que o Traste fique legal e que Mare, transformando ou não essa história num livro (um livro que se tornará famoso, incrível e amado), seja muito feliz em toda a sua vida e que tudo dê certo para ela.
Mare di Stelle, devo tudo a você. Obrigada por presentear aos leitores com a sua história tão perfeita, do jeitinho que ela é. Nunca se abale.
Se somos um mar de estrelas, você é a mais brilhante da minha maré.

Quadratura - Série Stellium

Assilem

30/06/2016 às 17:05

Você pode desejar ser uma boa pessoa. Você pode lutar por isso. Você pode, inclusive, tentar combater os maus.
Mas o que é bom e o que é mau?
Entre as duas faces da moeda, há um instinto. Uma natureza. Um Destino. Há uma essência. Não há bem e mal, há a sobrevivência. Não há certo e errado; há a aceitação, e há a opressão. Às vezes você não pode decidir, pois não está, na verdade, em suas mãos. Embora você seja bom, você será oprimido; mas ser oprimido não quer dizer, sempre, que você seja bom. E é isso o que Stellium retrata: que você é você, que, temido, amado, odiado ou humilhado, você sempre será você, e, mesmo que tente mudar, ninguém o aceitará. Stellium fala de preconceito, de luta, de humanidade. Nas entrelinhas desta promissora dark-fantasy nacional, há a moral, a meu ver, de que há uma linha tênue entre conduta e sentimento. Que todos nós somos seres sentimentais por natureza, os quais captam total dificuldade ao manter o equilíbrio. Que você não pode se controlar, que não há como lutar contra si mesmo, e que, certas coisas, têm que acontecer. Mas isso não quer dizer que você não deva questionar!
Stellium nos faz pensar. Desconstrói tudo o que um dia criamos em nossas mentes, desafia nossas teorias, mas não impõe dogmas. É algo que liberta nossa mente das algemas por nós mesmos impostas, que nos faz ver, com outro olhar, o que está acerca de nós. Expande nossos horizontes.
É impossível pôr em palavras o que essa obra faz conosco, o quão ela nos estabiliza, mesmo que nos sintamos confusos e hipnotizados. E agora, nos resta guerrear contra os rótulos, contra o padronizado. Nos resta lutar, não apenas por Stellium, mas com Stellium, para que este frenesi invada cada vez mais pessoas, e que todos vejam a força irracional que habita dentro de nós, dentro das palavras, dentro de uma mente.
A mente brilhante de Thaísa Lixa.
E a mente brilhante de quem compreendê-la.
Seria essa a sua mente?

Basta que você leia.

4º Gatilho

Assilem

17/12/2016 às 22:41
Quando uma leitora “revive” um perfil inativo apenas para recomendar uma história mais uma vez, acredite, é amor. As autoras sabem, mais do que ninguém, o quanto eu amo essa história, e é uma honra para mim ― e uma sorte, por assim dizer ―, que eu possa compartilhar minhas reações, emoções, meus shipps e todo o meu carinho com elas, as escritoras da minha história favorita do mundo! Quantos leitores têm essa oportunidade?!
Desde que as conheci, já amava as escritoras por si só, escrevendo em solo, pois ambas são dotadas de uma criatividade invejável e uma habilidade incrível com as palavras. Isso tudo junto, em uma única história, faz dela uma obra prima.
Envolvendo a máfia italiana de forma coerente, com bastante ação e mistério, bem situada e com muita ― MUITA! ― pesquisa: é o livro dos sonhos para os leitores que adoram uma ficção bem construída, com personagens únicos e cativantes (cada um por seus motivos) e as cenas e situações bem dosadas, leves, cômicas, intensas, emocionantes ou dramáticas na medida certa. Além de tudo, por se passar em Palermo, um lugar real da Itália, a história ainda trás cultura geográfica e histórica, pois a narrativa é tão bem construída que facilmente nos vemos dentro do cenário, e a história é tão bem pesquisada que os dados sobre máfia, a camorra, a pobreza, a justiça com as próprias mãos e tudo o mais, se mesclam com a ficção de uma maneira fantástica que acaba fazendo com que nos sintamos na pele dos próprios personagens que conhecemos. Famílias como a de Leonhard, Theo e Allegra realmente existem, e 4° Gatilho é um tapa na nossa cara, um choque de realidade, e nos faz abrir os olhos para essas coisas que algumas vezes estão tão distantes de nós, que passamos a ignorar. E isso é um gesto muito bonito das autoras!
E, em meio a todo esse pano de fundo original, bem construído e perigoso, há uma relação inigualável entre Leon e o garoto que precisa perseguir, Orion. São personalidades opostas, vidas completamente diferentes, mas os sentimentos, mesmo que de formas diferentes, são os mesmos. Alguns clichês inevitáveis existem, é claro, o que torna a história ainda mais divertida e agradável.
Como uma leitora que acompanha fielmente 4° Gatilho, eu posso JURAR que jamais vi antes personagens idealizados de forma tão harmoniosa, uma trama tão bem entrelaçada, ocasiões tão oportunas para cada tipo de cena e, é claro, escrita tão genial. A intensidade de Thaísa Lixa, já mostrada antes em Oposição – Série Stellium, junto com a sabedoria de Rebecca Stupello na hora de escolher cada elemento ― que podemos ver em Legados do Fogo ―, só pode resultar em misturas boas como essa história e Escarlate, outra história escrita em conjunto pelas autoras – e eu indico todas essas histórias, se você busca fantasia, demônios, dragões, deuses...!
Becca, Thai, eu realmente espero que essa recomendaçãozinha à mais possa atrair mais leitores! O mundo merece conhecer essa maravilha, essa coisa linda que é a Geovana! Digo... 4G. E que venham mais recomendações, capítulos, spin-offs, comentários, favoritos, Orions (o Brasil precisa de umas xerox desse menino!), e, é claro, muito sucesso! ♥