Um retrato primoroso de mentes atormentadas por doenças, que destroem os pilares mais básicos da existência humana, entrelaçando muito bem, momentos de tormento com períodos de gentil bonança.
Uma narrativa que esbanja sentimento e técnica e que brinca com as emoções do leitor, podendo provocar um sorriso infantil ou o mais silencioso pranto.

Essa estória é um sopro fresco de renovação para o gênero fantasioso, que pelo menos para mm, há algum tempo está parado numa zona de conforto que é repetida faz anos. Yama No Monogatari é a deconstrução sutil, cheia de nuances e questionamentos, de caminhos, no mínimo insólitos que comprova que qualquer modalidade narrativa, por mais batida que seja, pode ser construída,desenvolvida e vista sobre perspectivas novas.

Eu mais do que recomendo esta brilhante narrativa!

Apesar da parcimônia em linguagem técnica, a narrativa não economiza em capricho, sentimento, intensidade e lirismo.

Um delicioso e triste questionamento com doces pitadas de felicidade.

Essa narrativa é magnânima em seu drama , que é construído num jogo tão natural e ao mesmo tempo tão inspirador de palavras e de emoções.

Essa narrativa é um dos retratos mais claros da busca de liberdade afetiva, de idealização do próprio eu e também do amor líquido. Gosto do ritmo mais cadenciado e menos explosivo do escrito, pois este recurso combina muito bem com o caráter instável e mutável das relações amorosas aqui descritas.

Histórias Do Desapego é uma pintura concisa de uma das acepções de vanguarda do amor, o que não descarta o desenrolar de agradáveis episódios de tranquilidade e harmonia, com períodos de um caos interno muito bem disfarçado, todavia visível.

Essa narrativa linda faz da calmaria um antídoto mélico e agradável, para as catarses escritas. Não há cólera, tampouco lágrimas ou versos da violência.
Tudo é regido com calma, simplicidade e um pouco de cor, em um mundo geralmente cinza e sem prazer.
Uma leitura gostosa e que possui o incrível poder de gerar sorrisos!

Uma narrativa muito fofa, com boas dosagens de uma comédia deliciosa e leve, nas quais os adultos são os figurantes e as crianças desempenham com excelência os papeis de protagonistas.
Ritos de passagem ganham dimensões épicas, sem largar entretanto, a leveza e harmonia melódica e linguística de uma narrativa simples e cativante.

Um poema que fala de esperança, de metamorfose, de crença no próprio ser sem devaneios utópicos, mas com uma leveza e simplicidade irresistível. O que mais apreciei no texto foi a sua linguagem absurdamente universal mas conotativa ao mesmo tempo.

Desde o título da história, passando pela linguagem de mil faces e expressões, é possível perceber, que a autora usa de bastante técnica, capricho, excelência e dinamismo em sua narrativa.
Aliados a esses elementos é notório, que a autora conhece bem os seus personagens e desenvolve os seus conflitos de forma progressiva, mas coerente e verossímil a proposta de seu escrito.

Essa graciosa e crítica narrativa mostra numa linguagem fluída, alguns dos muitos pormenores fascinantes e assustadores e também conflituosos dos relacionamentos amorosos. Também é incrível a primazia e virtuose da autora em retratar esses conflitos universais e os universos próprios da alma feminina, tudo com muita graciosidade, verossimilhança e indiscutível conhecimento de causa.

Outro aspecto agradável é a sensualidade demonstrada ao longo da narrativa, com riqueza ímpar de detalhes, de sentimentos e de criatividade roteirística, bem como criatividade textual. Elementos esses, que são amarrados e desenvolvidos com elegante sinergia.

Essa narrativa faz um dos retratos mais conflituosos e verossímeis dos conflitos que envolvem uma relação incestuosa, mesclando bem momentos intensos e eróticos, com outros mais calmos, cheios de dúvida e também de incertezas.
A gradação dos conflitos é apresentada de uma ótica bem coerente, sem linguajar técnico em demasia, todavia também sem um texto vazio e superficial. Além de bem escrita, a história também demonstra um bom equilíbrio quanto a dosar o universo interno e externo dos personagens, o que deixa o roteiro dinâmico, rico e nímio agradável.

Nessa história é possível acompanhar uma interação fofa, intensa e singular entre o casal.
Outro aspecto muito legal é acompanhar como os personagens expressam os seus afetos, sendo que, os seus gestos são incrivelmente harmônicos e condizentes as suas personalidades!

Wolf é uma narrativa que apresenta de forma muito agradável,os dilemas do poder de escolha das pessoas.

Além do mais a história apresenta um avanço lento e muito crivel, no que tange aos personagens, seus conflitos e potencialidades.

A escrita em si, cativa pela simplicidade aliada a um clima denso, com leves toques de instantes agradáveis.

Recomendo essa história para quem almeja conhecer um pouco mais de um mundo no qual fazer escolhas envolve notável peso emocional.

Nem sempre um monstro é um sinônimo referencial e exato de monstruosidade, pois muitas vezes os ditos monstros são portadores das mais célebres virtudes. Virtudes essas, que tornam o complexo jogo humano de deliberar sobre a própria existência mais poético e mágico.

A escrita graciosa cria uma atmosfera leve, conotativa, mas que age como um sábio guru que guia a personagem nos inúmeros percalços da vida adulta.
Recomendo essa narrativa para quem precisa de uma leitura leve, sem enigmas herméticos ou camadas e mais camadas de conceitos, todavia esse é um escrito rico na sua mensagem, na sua fofura. Fofura essa que é uma fonte transcendental de motivação para as muitas facetas do cotidiano.

A Última Gravação é uma narrativa que alterna de extremos de forma fluída e assustadora, mas com uma coerência plausível e progressiva.
Esse escrito alterna entre um clima descontraído e contemporâneo, inclusive com citação a rotinas intimamente ligados a juventude e uma experiência perturbadora, que revela o quanto as mágoas podem ser destrutivas desde a pessoa que se almeja atingir até a pessoa que planejou a vingança.

Graciosa Monstruosidade questiona com leveza, elegância e sinceridade notáveis as questões da exclusão e da aceitação social, que assolam a humanidade desde os primórdios do convívio social, nas mais variadas culturas.
Essa é uma história que torna um tema complexo, algo simples simples e tira o ser humano da posição de ser vulnerável a monstruosidades, ao invés disso, o ser humano é o monstro fascinado demais na própria espécie e cego e colérico demais para as demais espécies, com as quais poderia aprender muitíssimo.