O maior desafio de uma drabble é transmitir sentimentos profundos em poucas palavras, mas aqui as 100 palavras de cada capítulo voam direto para o coração. Acompanhar a saga de Joice é render-se a uma trama que, mesmo com um fim "triste" previsto, consegue nos encher de paz e felicidade. Uma mensagem de como a vida importa e deve ser vivida ao máximo. Simplesmente incrível.

De fato é uma história que você se apega a personagem mesmo sabendo do fim inevitável. O mais gostoso foi que eu criei tantas teorias e acredito que qualquer um que venha ler, vai passar por isso, uma teoria mais louca que a outra que não vou contar aqui pra não perder a graça. De qualquer forma, a leitura é gostosa, muito bem escrita por sinal, te prende, NÃO ENXE LINGUIÇA e faz você pensar toda hora: Judiação, como ela vai morrer?

E ai, como ela vai morrer? Será que ela morre mesmo?

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O tanto que eu sofri com essa história não tá escrito, mas meu deus, como eu amei sofrer com isso aqui ❤ A gente sabe o fim da personagem e fica a cada capítulo: primeiro, se apegando a ela; segundo, imaginando como e quando vai ser. Sem falar da escrita que te prende e machuca kkk Sem dúvida uma das melhores leituras desse mês! ❤

Uma das melhores histórias que li nos últimos tempos, ela tem tantos méritos que até fica difícil de listar todos, mas acho que o principal foi a habilidade da autora de tratar de tantos assuntos sensíveis na vida de uma adolescente em 100 palavras por dia. Essa história nos faz lidar com a dor de perceber que os adultos falharam mais uma vez com um adolescente e quando esse adolescente se revolta e se rebela por causa disso, esses adultos mais uma vez falham, abandonam esse adolescente. Também nos faz refletir sobre aquelas experiencias quase universais de final de adolescência, vestibular, o que fazer pelo resto da vida e a sensação de que se não der certo agora, sua vida vai ser um fracasso pra sempre, de estar sempre se planejando e se preparando para um futuro, mas as vezes esse futuro nunca chega e o que nos resta são os pequenos momentos de felicidade que nem parecem tão importantes assim.

Dor define o que senti lendo O último verão de Joice. A gente sabe que ela morre, já está na sinopse, mas continua sendo uma angústia só acompanhar tudo que ela passou e teorizar como é que diabos essa garota morre. E pra coroar, é uma drabble histórica, que se passa numa época de que a gente fala pouco: os terríveis anos 90. Mais que um retrato fiel da época, expõe bem o que foi ser jovem naquele período. Ou seja, uma pedrada daquelas, com cenas doces e tristes na mesma medida. Indico a leitura pra qualquer um!

Se a sinopse provocativa não te convenceu a ler essa drabble, com certeza o primeiro capítulo vai te fisgar. E depois disso, você ainda vai agradecer por ler esses 31 capítulos perfeitamente escritos — tanto é que nem parece que havia a limitação do desafio de drabbles, com 100 palavras por capítulo. Sobre o enredo, já dá para saber o que vai acontecer: a Joice irá morrer. Ainda assim, você se flagra antecipando ou desejando algo diferente para quem viveu tantas coisas em tão curta vida nos anos 90. Dor, doçura e até um pouco de acidez são perceptíveis na narração da Joice ~Cubas e fiquei muito feliz por conhecê-la!

Recomendado pelo simples fato de ser uma narrativa não muito explorada: A personagem principal está morta e isso não é segredo para ninguém (inclusive tá na sinopse), portanto a jornada da protagonista narradora é sobre seus últimos acontecimentos da vida anterior que incluem momentos de pressão familiar pelos estudos e um romance inicialmente complicado entre duas estudantes. Tem um "quê" de tristeza por sabermos o desfecho logo de cara (apesar de não sabermos como será a forma desse desfecho). E é um romance yuri bonito.

A história da Joice nos traz muitas reflexões, desde o início. Parte por já sabermos qual será o destino dela (já que a história é narrada pela garota contando sobre seu último verão antes de morrer), parte pela forma crua como a autora trabalha a rotina, o preconceito, os desafios e os problemas extremamente realistas na adolescência.
Ela também nos faz criar simpatia pela Joice e torcer para que ela de alguma forma drible a morte que está narrando.

Como a história é contada pela perspectiva da personagem protagonista como uma lembrança, é como se estivéssemos ali, junto com ela, descobrindo tudo ao mesmo tempo.
Além de vermos ela viver o primeiro amor (muito fofo por sinal, lindo ver ela apaixonada ♥), as responsabilidades estudantis e as frustrações com seus problemas, essa história também nos faz pensar em como estamos usando o nosso tempo. Será que estamos nos projetando demais no futuro e deixando de viver e abraçar o presente, que é o único tempo que nós de fato vivemos?

O Último Verão de Joice vai alugar alguns triplex na sua cabeça. ♥