Substitui um comentário longo por uma recomendação, já que esta história é suficientemente boa para o merecer.
Começando do início: a história começa com um homem culpado e arrependido, numa luta interna com o objetivo de saber se deve ou não alterar os seus comportamentos.
E o que vem a seguir? O homem culpado e arrependido dá uma volta à sua vida e recupera todo o tempo perdido com as pessoas de quem realmente gosta?
A resposta é um grande NÃO. Até porque isso seria do mais cliché que já se viu e, sinceramente, já ninguém vai com essa cantiga.
A autora mostra-nos que explorar o lado mais humano das pessoas não significa obrigatoriamente estudar o seu lado bondoso.
As pessoas são frias e aguentam bem os remorsos.
A vida descrita nesta one-shot é apenas uma vida comum como muitas outras que retrata exatamente isso.
E o relógio de bolso não é mais que uma metáfora para a consciência que sempre nos persegue mas raramente é capaz de levar a melhor.
Por isso deixem-se de clichés e leiam isto!

Como poderia começar? É uma ótima história no quesito realidade. É curta, mas tão vasta quando se trata em ideologias e como os humanos olham para si. Retrata uma das várias histórias que devem existir neste nosso mundo.
Digo ainda mais: chega a ser poético. O modo como se brinca com as palavras é lírico. Magnífico. Tocante.
E merecedor desta recomendação.