Strike! escrita por Lirio_de_Maio


Capítulo 3
Capítulo 2




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Capítulo 2

 

Bella engoliu em seco. Já estava dando a tal entrevista por perdida e não esperava que o sujeito fosse aparecer naquela altura da história.

— Bem — disse ele, com ar de tédio, como se estivesse achando tudo aquilo uma grande chatice —, vamos arranjar uma mesa?

Ela se aborreceu com seu tom de voz. Quem ele pensava que era? Algum deus, só porque o dono do time era doido da cabeça e lhe pagava um salário anual equivalente ao orçamento de um pequeno país da América Central?

— Eu já tinha arranjado uma mesa. E fiquei ali, à sua espera, durante uma hora — olhou para o relógio —, e cinco minutos.

Então, além de linda, a moça também era um pouco agressiva. Até que ele gostava daquilo.

Deu-lhe seu melhor sorriso, achando que aquilo fosse acalmá-la.

— A paciência é uma virtude, Bella Swan.

— Assim como a pontualidade — ela respondeu, sem hesitar.

Emmett tratou de acalmar os ânimos.

— É que fomos cercados por uma porção de fãs.

Na verdade, ele não estava entendendo direito o que se passava por ali, mas tinha a nítida impressão de que poderia acabar atingido pelo fogo cruzado, se não tomasse uma providência imediata. Especulou se a inocente brincadeira que fizera no vestiário teria algo a ver com o súbito antagonismo entre ambos. Não. Não podia ser. Parecia haver uma eletricidade no ar em volta deles, algo difícil de ser explicado.

Realmente, muito estranho.

Bella virou-se para Edward, com um sorriso irônico nos lábios.

— Ah, então quer dizer que você preferiu atender seus fãs e não se incomodar com o fato de eu estar à sua espera, não é? Estou lisonjeada!

Edward pegou-a pelo braço e conduziu-a até uma mesa que havia acabado de vagar.

— Pois devia estar mesmo, mocinha. Eu não costumo conceder entrevistas.

Na verdade ele nem sabia dizer por que havia decidido atender o pedido dela. Talvez pelo fato de ser filha do grande Campeão Swan. Ou talvez porque fosse a mulher mais desejável que já vira na vida.

Bella sacudiu o braço, para que ele a soltasse.

— Quer fazer o favor de me soltar? Eu posso muito bem andar sozinha!

Ele deu um sorriso irônico.

— Só estava querendo ser gentil.

— Pois fique sabendo que eu posso passar perfeitamente sem suas gentilezas.

Ele franziu a testa. Aquela mulher estava ficando mais interessante a cada minuto que passava. Era agressiva, bonita, charmosa e tinha personalidade forte. E tudo aquilo junto fazia dela uma mulher visivelmente sensual.

Tentou imaginá-la nua, na cama. Como ela seria na hora do amor? Meiga e carinhosa? Ou impetuosa e determinada? Bem que gostaria de descobrir.

Bella sentou-se à mesa e respirou fundo para recompor-se. Sabia que estava sendo agressiva demais. "Controle-se", ordenou a si mesma. "Se continuar assim, o sujeito vai deixá-la falando sozinha e aí, adeus entrevista."

O engraçado era que não conseguia se comportar naturalmente na frente daquele homem. Não sabia explicar por que, mas sentia uma certa necessidade de agredi-lo, de espicaçá-lo.

Ele se sentou e olhou bem dentro dos olhos dela.

— Alguém já tentou, Bella?

Ela recostou-se na cadeira.

— Tentou o quê?

— Domar você.

Emmett achou melhor intervir, antes que acontecesse alguma desgraça. Limpou a garganta, procurando desesperadamente alguma coisa para dizer.

— Vamos pedir um drinque? Nada como um jogo de beisebol para me deixar com a garganta seca!

Então, virou-se disfarçadamente para Edward e cochichou, baixinho:

— Pelo amor de Deus, pare de provocar a garota! Ela tem um gênio dos diabos!

Ele limitou-se a dar um sorriso.

— Obrigado pelo conselho.

Emmett arrependeu-se imediatamente de ter feito tal comentário. Teve o nefasto pressentimento de que Edward iria tomá-lo como um desafio.

Bella recostou-se na cadeira e encarou o jogador à sua frente, o nariz empinado, os olhos brilhando de raiva.

— Eu não sou nenhum animal de circo para ser domada, sr. Cullen.

Emmett se levantou. Se aqueles dois quisessem se digladiar, que o fizessem a sós.

— Vou buscar nossas bebidas. Posso pedir cerveja para todos?

Como não obtivesse resposta, resolveu sair dali bem depressa.

Edward observou o amigo se afastar, depois voltou a atenção à estonteante beldade que o encarava com olhos cheios de desafio.

— Bem, minha cara, que tal começarmos a usar de sinceridade um com o outro? Eu sei muito bem o que tenho contra repórteres em geral. Agora, por que você não me conta o que tem contra mim?

Ela deu um sorriso irônico e o encarou com firmeza, achando que ele fosse desviar o olhar. Aquele foi seu primeiro erro. Havia algo quase hipnotizante naqueles olhos. Engraçado, mas eles pareciam estar rindo. Edward “raposa” Cullen tinha olhos que riam.

Mas, afinal de contas, o filho da mãe estava rindo de quem? Dela? Ou será que só estava querendo estabelecer um clima de amizade? Não fazia idéia.

Só tinha certeza de uma coisa. Nunca vira, em toda a sua vida, olhos de um verde tão profundo como aquele.

— O que o faz pensar que eu tenho algo contra você? — ela quis saber.

Ele recostou-se na cadeira.

— Intuição, digamos assim. Fui criado numa fazenda e, como todo bom fazendeiro, desenvolvi meu lado instintivo muito cedo.

Bella não pôde deixar de sorrir. Ele ficou intrigado. O que havia dito de tão engraçado?

— Posso saber do que você está rindo?

— É que é difícil imaginar você numa fazenda, dando milho às galinhas. Você não se parece com um fazendeiro.

Ele levou as mãos aos cabelos.

— Posso saber então com que me pareço?

Havia uma porção de coisas delicadas para serem ditas numa ocasião daquelas, mas o problema era que Bella não estava com muita vontade de usar de delicadeza nenhuma. Não depois de ter tomado chá de cadeira por mais de uma hora. Então, resolveu dizer tudo o que se passava por sua cabeça. Se o filho da mãe ficasse ofendido, azar dele.

— Um ganancioso. Um mulherengo. Um homem que só pensa em dinheiro.

— Toda essa opinião em apenas cinco minutos?

Em vez de ficar zangado, o sujeito se abriu num largo sorriso. Bella endireitou os ombros e empinou o nariz. Odiava quando riam dela.

"Essa moça vive de nariz empinado", pensou Edward, estudando-a com cuidado. "Deve gostar muito de discutir. E de vencer".

— Não. Os últimos cinco minutos só confirmaram o que eu já tinha ouvido falar e lido em uma porção de artigos, em jornais e revistas.

Aquilo pareceu atingi-lo. Ele respirou fundo, como se quisesse se controlar, e apoiou os dois cotovelos na mesa.

— Entende agora por que eu odeio dar entrevistas? Vocês, da imprensa, adoram falar mal das pessoas. Ou, talvez, só escrevem o que acham que vai vender.

Bella franziu a testa.

— Mas por acaso é mentira que você ganha um salário astronômico? - Tornou ela, com ar de inocência.

— Bem, eu...

— E também não é verdade que você mudou de time três vezes, só neste ano?

A paciência dele estava se esgotando.

— É, mas isso é comum entre os jogadores e...

— E também não é verdade que você costuma sair com um verdadeiro exército de mulheres?

— É. Só que nunca ao mesmo tempo.

Ela deu um sorriso irônico.

— É claro. Nem mesmo um don-juan como você pode ser capaz de tal proeza.

Muito estranho. O que aquele rapaz tinha que a forçava a tratá-lo daquele jeito? Já havia entrevistado uma porção de prima-donas antes, algumas até mais desagradáveis e antipáticas do que o próprio Edward Cullen. Um sujeito tivera o topete de convidá-la para ir para a cama, um minuto depois de a entrevista ter começado. E havia lidado com todos eles com extremo profissionalismo.

A verdade era que nunca reagira daquele jeito antes.

O que estaria acontecendo com ela? Aquela era a primeira vez que se sentia insegura, desde que seu pai morrera. E culpava Edward por aquilo.

Emmett aproximou-se da mesa, equilibrando três canecas de cerveja nas mãos.

— Oi, pessoal. Acho que cheguei bem na hora. A eletricidade aqui em volta é tão forte, mas tão forte, que os pêlos do meu braço estão todos levantados.

E, dizendo isso, abriu-se num largo sorriso, como se estivesse querendo aliviar a tensão que pairava no ar. Foi bem-sucedido.

Edward relaxou visivelmente e recostou-se na cadeira.

— Ao que parece, a srta. Swan acrescentou um novo elemento às entrevistas que faz: agressão ao entrevistado.

O diabo é que ela sabia que o filho da mãe tinha razão. Estava deixando que seus sentimentos pessoais interferissem em seu trabalho. E aquilo era péssimo. Se seu editor ficasse sabendo de um absurdo daqueles, poderia até colocá-la no olho da rua.

Não sabia por que estava agindo daquele jeito. A única coisa de que tinha certeza era que se sentia ameaçada por ele. Terrivelmente ameaçada.

E não fazia idéia por quê.

Edward tomou um longo gole de cerveja e olhou para ela.

— Como é, você quer ou não continuar esta entrevista?

Bella também tomou um gole da bebida. Estranhamente, achou-a mais amarga que o habitual.

— Acho que quero. Sou repórter e pretendo fazer meu trabalho da melhor forma possível.

Acionou o gravador e comentou, com a voz mais profissional que conseguiu.

— Você nasceu em Laredo, no Texas, não é?

Edward fez que não com a cabeça. Havia um sorriso em seus lábios e ele parecia muito feliz pelo fato de ela ter cometido um erro.

— Não. Nasci em Kansas City.

Muito estranho. Ela sempre soubera que ele era do Texas!

— Mas eu pensei...

— Pois pensou errado. Eu fui criado em Laredo — e deu um sorriso irônico. — Pode acreditar em mim, minha cara. Eu sei onde nasci.

Aquele sorrisinho a aborreceu. Droga! Como o sujeito era antipático!

— Ainda bem. Já pensou se não soubesse? — Ela deu um suspiro. — Agora, que tal me contar como começou a jogar beisebol?

Edward sorriu. Podia odiar entrevistas, mas gostava de falar sobre o esporte que fazia parte de sua vida havia tanto tempo.

— Acho que jogo beisebol desde que me dou por gente. Devia ter uns quatro ou cinco anos quando segurei um bastão pela primeira vez. E, desde então, é como se nunca mais o tivesse largado.

— Mas ao que parece, o que você costuma largar, e muito, são os times que o contratam, não é?

Ele tomou outro gole de cerveja e deu um sorriso irônico.

— Me desculpe a pergunta, mas por que você insiste tanto em me agredir?

Bella odiava aqueles sorrisinhos. Sentiu vontade de mandar o sujeito à sua frente para o meio do inferno.

— Não tenho a mínima intenção de agredi-lo. — Ela recostou-se na cadeira. — Estou apenas comentando uma verdade. Você vive trocando de time. É como se sempre estivesse se vendendo por um punhado de dólares a mais. Você sabia que meu pai passou a vida toda no Califórnia Rebels? Não importava quanto lhe oferecessem, ele se recusava a deixar o time. E sabe por quê? Porque, para ele, a lealdade vinha sempre em primeiro lugar.

Ele não pareceu se ofender com aquelas palavras.

— É que a natureza do jogo mudou muito, desde a época em que você era uma garotinha, agarrada nas calças do seu pai.

— Mudou, sim. E o que parece, para pior. É estranho pensar que, para cada jogador no campo, há um empresário à espreita, com cifrões nos olhos. Onde está o espírito de união do time, se todo mudo só fica pensando em contratos milionários e em negócios vantajosos (n.adapt: parece até o futebol brasileiro...)?

Edward sorriu.

— Não podemos ser anjinhos, quando os donos dos times são demônios gananciosos. Se o jogador não cuida dos seus próprios interesses, está completamente perdido.

"Até que ele tem razão nesse ponto", pensou ela, balançando levemente a cabeça.

Ele esvaziou o copo de cerveja e continuou a falar:

— Nossas carreiras podem ser encerradas no final de qualquer temporada. É só um time não ter sorte e perder algumas partidas seguidas, que seus jogadores já passam a ser evitados, como se estivessem com lepra. Por que então não nos garantirmos com os melhores contratos possíveis enquanto estamos por cima? Os donos dos times fazem verdadeiras fortunas conosco. Por que nós não podemos fazer fortuna com eles? — Edward se inclinou sobre a mesa e segurou a mão de Bella. Ela sentiu um arrepio estranho na espinha, mas não fez menção de se esquivar daquele toque. — Mas não se esqueça de uma coisa, mocinha. Quando estou jogando, quando estou defendendo o time que me contratou, eu me dou por inteiro. Não dou cinqüenta por cento do que posso, nem setenta, nem noventa e cinco. Dou tudo. Tudo mesmo. Entendeu?

"Largue minha mão", ela pensou. Não queria ser indelicada, a ponto de se livrar dele sozinha. O sujeito podia ficar mais ofendido do que já estava. Resolveu dizer a primeira coisa que lhe veio à cabeça:

— Você não acha que seu salário é alto demais?

— Não. Eu sou o melhor jogador de beisebol do país. Ganho exatamente o que mereço.

Bella deu um sorriso.

— Meu Deus, como você é modesto!

— Sou realista, minha cara. Tão realista a ponto de acrescentar um pequeno detalhe à minha declaração inicial. Sou o melhor jogador de beisebol do país, no presente momento.

Ela levantou a sobrancelha.

— Como assim?

— É que sempre existe alguém melhor do que nós, esperando para quebrar nossos recordes. Mas, pelo menos hoje, posso afirmar com segurança que sou o melhor.

Emmett, que estivera calado até então, fez que sim com a cabeça.

— É isso aí, Bells. Edward tem toda a razão. Ele é o melhor jogador da atualidade — e acrescentou, sorrindo: — E também o que faz mais sucesso entre as mulheres.

Os dois homens caíram na risada. Só que Bella não estava com a mínima vontade de rir. Ao contrário. Seu único desejo no momento era o de agredir Edward "raposa" Cullen.

Mas agredi-lo por quê? Por que tanta vontade de feri-lo?

Não fazia a mínima idéia.

— Você pode fazer muito sucesso com as mulheres em geral. — Ela tomou um grande gole de cerveja. — Mas jamais faria sucesso comigo. E sabe por quê? Porque você não é meu tipo.

Emmett olhou para a garota a seu lado, com ar de surpresa no rosto. Não era possível! Bella Swan sempre fora a meiguice em pessoa. É claro que tinha uma personalidade forte e lutava pelo que queria, mas jamais deixara de ser delicada com as pessoas.

Então por que tanta agressividade para com o pobre do Edward?

O próprio Edward, porém, não ficou ofendido com o comentário. Se ficou, não demonstrou. Ao contrário. Deu um sorrisinho e apontou para o gravador na mão de Bella.

— Ao que parece, você ainda não conseguiu muitas informações para o seu artigo, não é?

Ela sentiu vontade de dizer que aquilo só acontecia devido ao fato de seu entrevistado ser bem pouco interessante, mas se conteve a tempo. Não iria chegar a lugar algum com tanta agressividade.

Resolveu concordar com ele.

— É verdade. Então que tal começar a abrir a boca e me contar alguma coisa interessante a respeito da sua vida?

Ele deu um sorriso capaz de derreter qualquer coração feminino.

— Com todo o prazer. Mas não aqui.

Por um momento, por um breve momento, Bella sentiu uma onda inexplicável de calor pelo corpo.

— Sinto muito, mas é aqui mesmo que você vai ter que me contar tudo. Tenho pressa desse artigo. Meu editor quer publicá-lo dentro de alguns dias.

Aquilo era mentira. Aro havia programado publicar aquela entrevista para dali a duas semanas.

— Então peça para que ele adie a publicação por mais algum tempo.

Ela empinou o nariz de novo.

— E por que eu deveria fazer isso?

— Porque tenho a impressão de que você não está num bom dia hoje.

Bella abriu a boca para protestar, mas Emmett interveio, antes que ela pudesse fazê-lo:

— Edward tem razão. Não é que você não esteja num bom dia hoje, Bella. Acontece que essa entrevista começou errada, desde o princípio. Será que não seria melhor mesmo marcar uma outra data?

— De jeito nenhum. Eu preciso, e quero, terminar esta entrevista hoje mesmo. E ponto final.

Edward recostou-se na cadeira.

— Tem certeza de que seu pai era mesmo o grande Campeão Swan e não um sargento do Exército alemão?

Bella não pôde deixar de sorrir. Precisava confessar uma coisa: até que ele tinha muito senso de humor.

E tinha outra coisa também: os olhos mais lindos e o rosto mais atraente que já vira na vida. Quem seria Edward Cullen, na verdade? Um mulherengo ganancioso, deslumbrado com a fama? Ou um bom sujeito, apaixonado pelo beisebol?

E, afinal de contas, por que estava interessada na resposta? A única coisa que sempre lhe interessava era obter informações interessantes a respeito do entrevistado, a fim de escrever um artigo agradável. Jamais havia tido qualquer tipo de interesse por outros jogadores de cunho pessoal.

— Sou mesmo filha do grande Swan — e acrescentou, com um sorriso nos lábios: — Se bem que, às vezes, ele e um sargento alemão não chegavam a ser muito diferentes. Agora, eu gostaria de propor uma trégua, para que a entrevista pudesse prosseguir. Como já disse, preciso entregar o artigo ao meu editor dentro de um ou dois dias.

A trégua foi aceita e, durante os vinte minutos seguintes, Bella fez de tudo para comportar-se da maneira mais profissional possível, fazendo perguntas curtas e objetivas.

Foi aí então que ela ouviu um grito histérico. Muito estranho. Será que alguém estava passando mal? Olhou para trás assustada, querendo ver o que havia acontecido.

Estava redondamente enganada. Ninguém por ali tinha desmaiado, ou coisa parecida. A fonte de tal ruído viera da garganta de uma loira oxigenada, usando um jeans tão apertado, mas tão apertado que parecia ter sido pintado em seu corpo.

A tal fulana praticamente jogou-se nos braços de Edward.

— Você sabia que eu sonho com você todas as noites, meu querido? — A voz dela era tão estridente quanto o grito que dera. — Quero um autógrafo seu, amorzinho.

Edward ficou visivelmente sem jeito. Bella quase chegou a sentir pena dele. Quase.

— Você... tem papel e caneta? — perguntou ele.

 — Caneta eu tenho, bonitão. Mas não vamos precisar de papel.

— Não?

— Claro que não. Tenho um lugar muito mais interessante para você assinar.

E, dizendo isso, pegou a mão de Ryan e colocou-a um pouco acima de seus seios, mal cobertos por uma blusa decotada e transparente.,

Bella se levantou, fazendo força para não cair na risada. Cada uma que acontecia hoje em dia!

— Bem, se você me dão licença, eu já vou indo. Emmett, mande um beijo bem grande para Rose. — Estendeu a mão para Edward. — Foi... hã... um prazer conversar com você.

— Ei! — Ele parecia surpreso. — A entrevista já acabou?

— Já. Obrigada pela atenção.

E, apanhando a bolsa, deixou o bar rapidamente.

"O sujeito é mesmo bonitão até não poder mais", ela pensou, deliciando-se com o vento fresco que lhe batia no rosto. Respirou fundo e entrou no carro, sentindo cócegas nos dedos. Mal podia esperar para sentar-se ao computador e começar a redigir seu artigo.

"Você pode ter os olhos verdes mais lindos do mundo, Edward "raposa" Cullen. Mas não faz meu tipo."

Sorrindo, Bella deu a partida no seu Toyota azul, último presente que seu pai lhe dera, e dirigiu-se para casa.


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Notas finais do capítulo

Então meninas, está aí mais um capítulo. Obrigada a todas pelos reviews, e espero que tenham gostado de ler esse cap. também. Bjs!