Talismã escrita por ALima


Capítulo 17
Capítulo 17 - Tragicamente


Notas iniciais do capítulo

Fic quase no fiiim, como já disse. Eu ia postar esse há algum tempo, mas eu tava sem net essas duas últimas semanas. Aproveitei pra escrever mais a história, e posto o capítulo 18 ainda essa semana (pelo menos eu espero).
Você mal perdem por esperar o final. Vai ser muiiiiiito foda. -parei.
Espero que gostem. Tem romance nesse cáp.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/99919/chapter/17

No que posso resumir minha vida depois que voltei pra Sibéria? Treino, treino e mais treino. Depois de todo aquele incidente no submundo, todos fomos pra Sibéria, pra nos prepararmos. Sim, todos: Meus pais, Ness e Carl. Peter quase teve um ataque quando contamos-lhe o que ocorrera no dia anterior. Mas ficou satisfeito em saber que todo seu trabalho comigo não fora em vão. Agora, que a grande guerra se aproxima, fez questão de que todos nós estivéssemos preparados pra o que quer que acontecesse. Estávamos em uma primavera ensolarada, e mesmo com todo o árduo treinamento, ainda nos divertíamos. A Sibéria é um lugar maravilhoso. E todos sabem que um dos meus passatempos favoritos aqui é cavalgar. É isso que eu estou fazendo.

- Agora eu sei por que você gosta tanto de cavalgar. É incrível a sensação do vento batendo no rosto, essa liberdade. –disse Carl.

- Não é? É uma das coisas que mais me liberta, me relaxa. –disse descendo do cavalo.

- Ah, é? –disse ele se aproximando de mim. – Eu sei de outras coisas bem relaxantes.

Ele me puxou pela cintura e juntou nossos lábios.

- Dessa eu já sabia. Mas pelo menos vamos amarrar o Hunter, antes que ele fuja.

- Ok.

Nós amarramos Hunter numa árvore, e nos sentamos em um baixo de outra árvore, muito grande e provavelmente datando mais de um século. A brisa batia levemente sob nosso rosto.

- Isso é tão lindo! –eu comentei.

- Né? Parece até cenário de filme americano.

Depois Carl apanhou uma flor no chão, e colocou-a em meus cabelos delicadamente.

- Isso sim parece ser de filme americano. –comentei diante sua atitude.

- Sim, mas eu sempre tive vontade de fazer isso. Acho romântico.

- Eu também, seu bobinho. –eu disse selando nossos lábios. Aconcheguei-me nos braços dele e fechei os olhos, gravando aquele momento. – Eu podia ficar assim pra sempre.

- Eu também. –disse suspirando. – Eu sempre soube que você ia ser minha.

- Ok, senhor “Cheio de si”. O que te fez pensar isso?

- Aquele Erick era um babaca.

- Ele não é mais meu namorado, mas ele era legal.

- Já disse que ele era um babaca.

- Já que você diz né...

- E também, eu sempre soube que você se sentiu completamente atraída por mim desde o primeiro momento que você me viu. –ele disse, me derrubando na grama e aproximando-se.

- Como é convencido, Senhor! –disse evitando um riso.

- Vai dizer que é mentira, então.

- Não disse que é mentira. Nem disse que é verdade.

- Então se decida oras.

- Não. Vou deixar você com esse ponto de interrogação.

- Não senhora. Está por acaso, duvidando dos meus poderes de persuasão?

- Estou sim. Não sou tão facilmente seduzida.

- É o que veremos. –disse ele, enquanto vinha pra encontrar nossos lábios.

Nós nos beijávamos com desejo. Mas eu rolei, ficando agora, em cima dele.

- Tá vendo? Eu disse que não sou facilmente seduzida. Quando eu ia voltar a beijá-lo, meu celular começou a tocar no bolso da minha calça.

- Droga. – murmuramos juntos.

- Alô. –eu disse um pouco ofegante.

- Querida, são quatro horas. Hora do treinamento. Volte depressa. –disse a voz da minha mãe do outro lado do telefone.

- Ok, estamos indo.

Com muita relutância, levantei-me e montamos em Hunter novamente, e fomos de volta pra casa.

- Olá pessoal. –eu disse quando chegamos.

- Oi. Vão se arrumar agora. Já estamos quase atrasados. Você sabe que Peter é uma pessoa metódica.

- Ok, ok.

Arrumei-me e passei uma boa parte do resto da tarde treinando repetitivamente os novos movimentos que Peter nos passara. Depois, fui, ou melhor, fomos pra meditação, e terminamos um dia, com Peter tocando Piano na sala de estar. Nunca mencionei que ele toca, mas ele toca muitíssimo bem. Séculos de experiência.

A melodia ecoava pela sala, enquanto todos nós, sentados fitávamos boquiabertos cada nota que saia daquele piano. Aquela melodia triste, me fez lembrar de Jake. Ás vezes eu me sentia culpada por sua morte, e periodicamente, a cena de sua morte, sua face atordoada, passavam pela minha mente. Tentei me desvencilhar desses pensamentos dando um gole na minha taça de vinho, que ainda estava pela metade. Depois que a música terminou, levantei-me e chamei a atenção de todos.

- Hey, todos concordamos que estamos hiper cansados de tanto treinar.

- Mas é necessário, e você sabe Clarisse. –disse Peter.

- Ok, eu sei que é. Mas não podíamos pelo menos tirar tipo, umas horinhas de descanso? Não sou feita de aço, sabe.

- Tá, qual sua idéia? –disse Peter me interrompendo novamente.

- Nós podíamos visitar o Lago Baikal. Aquele dia do resgate eu estava muito tensa, nem pude observar todas as belezas e...

- Tá bom. Vamos ao Lago Baikal. Todos de acordo? –perguntou Peter.

Todos acenaram positivamente.

- Amanhã depois do treino matinal.

Peguei-me dando pulinhos de alegria. Fazia muito tempo que eu não passeava, fazia algo pra minha própria diversão.

Todos subimos pra nossos respectivos quartos. Eu li alguns livros que Peter me emprestara, e depois fechei meus olhos pra descansar um pouco. Fiquei assim algumas horas, e então percebi que já tinha amanhecido. Preparei-me pro passeio, mas levei algumas coisas especiais, afinal, nunca sabemos quando o submundo resolverá nos atacar novamente.

- Bom dia, pessoal. –disse enquanto descia as escadas. Pra minha surpresa, todos estavam esperando por mim.

- Bom dia. Bom, já que Clarisse finalmente colocou fim a nossa espera, acho melhor partirmos. –disse Peter.

Em pouco tempo já tínhamos chegado e eu me sentia completamente fascinada com a tamanha beleza do local. Aliás, não só eu, como toda minha família. Logo já estávamos mergulhando nas águas geladas do lado. Todos menos Ness, que estava morrendo de frio, e Peter, que ficou pra acompanhá-la. Quando o sol atingiu o centro do céu, já era hora de ir embora. Tínhamos que nos preparar para... O treino da tarde. Mas eu estava bem mais relaxada agora. E acredito que os outros também. Foi com esse clima de descontração que chegamos em casa, treinamos, meditamos e tudo mais. Depois, chamei Carl pra passear a cavalo comigo no fim da tarde, pra que pudéssemos ver o pôr-do-sol.

Mas quando chegamos ao estábulo, meu sorriso desapareceu. E o de Carl também. Hunter, meu cavalo, estava morto, e eu prefiro nem comentar os detalhes, de tão horrendos que eram. Meu coração ficou apertado de repente. E como acontecera com Jake, Hunter tinha uma mensagem marcada com ferro em sua pele. Ela dizia: Chegou a hora. Não adianta mais se preparar.

Sem assinatura, mas eu não precisava de uma pra saber quem havia enviado a mensagem. Meus joelhos cederam, e eu caí no chão, com um nó enorme na garganta. Carl tentou me consolar, um tanto chocado, mas eu simplesmente não escutava nada do que ele dizia. De repente, tudo começou a fazer sentido. E eu senti algo que nunca havia sentido antes. Era a hora do show. A batalha começaria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Coitada da Amber/Clarisse. A vida dela é muito trágica, né gente?
Booom, comentem, pf. Tá no finzinho já, e eu ficaria imensamente feliz.
beeijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Talismã" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.