O cheiro de Kagome não está em lugar nenhum... mas ela não pode ter ido tão longe assim... onde essa velha maluca mando Kagome ir? – Inu Yasha saltava nos galhos das mais altas arvores para favorecer seu campo de visão e ir mais rápido. Eventualmente o hanyou parava em um galho alto e farejava para ver se tinha algum vestígio do cheiro de Kagome. Enfim, em uma dessas paradas sentiu um cheiro que não o agradou, mas mesmo assim a pessoa que possuía tal odor poderia muito bem saber onde Kagome estava. Inu Yasha seguiu em direção onde o vento trazia o cheiro e logo o encontrou perto de um rio.

Ei seu lobo fedido! –

Cara de cachorro, eu sabia que eu iria ver você em breve, mas demorou muito! – Kouga se sentou em uma pedra e olhou com um olhar meio triste para Inu Yasha.

Você sabe alguma coisa da Kagome? –

Sei, eu não acredito que você deixou isso acontecer, quando ela estava com você, principalmente quando você traiu a confiança dela usando a jóia com aquela defunta, eu realmente achava que conseguiria conquistar a Kagome, mas agora tanto eu quanto você a perdemos... –

Como assim lobo fedido? – Inu Yasha achou que Kouga brincava com a cara dele, já ia puxando a tessaiga para lutar, mas Kouga o olhou com raiva, fazendo Inu Yasha baixar as mãos.

Como assim? Você nem sequer sabe o que aconteceu com Kagome? O que você estava fazendo seu idiota? A miko morta voltou para você? – Tinha um brilho intenso nos olhos azuis de Kouga, mas era um brilho triste.

Kouga me diga o que aconteceu com a Kagome... eu não sei... Kaede me falou que ela foi em um treinamento... –

Agora sim eu entendi! Você perdeu um pedaço da sua memória, faz uns dias que eu estava aqui e vi Sesshoumaru se banhando nesse rio, Kagome estava meio apagada, estava com ele, alias quase o grupo inteiro, faltando apenas você estavam acompanhando Sesshoumaru... ela te deixou seu idiota, você mereceu! –

Se... Sesshoumaru? – Inu Yasha olhou para os lados achando que Kagome poderia aparecer entre as arvores.

Venha comigo, olha! Aqui nessa arvore Kagome estava encostada, ainda tem um pouco do cheiro dela, mas logo Sesshoumaru se transformou e levou todos em suas costas, voaram para o oeste. – Kouga voltou para a pedra e sento-se novamente.

Inu Yasha subiu na arvore e foi lembrando em partes de tudo, das palavras de Kagome, de quando ela falou que tinha alguém, e do pior, de quando sentiu o cheiro de Sesshoumaru, quando ele viu Kagome protegeu ele de si mesmo, e quando destruiu seu vilarejo. Inu Yasha ficou muito tempo pensando e lembrando-se de tudo, já era tarde quando resolveu descer da arvore, olhou em volta e estava sozinho.

Kagome... eu não vou deixar Sesshoumaru marcar Kagome! – Inu Yasha saiu correndo entre as arvores em direção ao castelo do meio irmão.

*

Quando Kagome adormeceu no colo do youkai, ele se levantou com ela em seu colo e a depositou na grande cama do quarto deles. Sesshoumaru se sentou e ficou olhando o semblante sereno de Kagome respirando lentamente.

O youkai se lembrou que tinha um assunto muito importante, e se levantou, Kagome acordou, mas resolveu deixá-lo ir, ainda mais porque ainda estava sonolenta, tornou a fechar os olhos após Sesshoumaru fechar a porta.

O youkai andava com passos firmes, procurava a Lady Shizuka, e era levado ate ela pelo cheiro doce da velha youkai. Ela sabia que ele viria, então estava parada esperando-o na porta do escritório.

Lady! Este Sesshoumaru precisa conversar! –

Eu sei garoto, venha, vamos aqui dentro do seu escritório. – Sesshoumaru passou na frente dela e abriu a porta para ela entrar, após ambos estarem acomodados, Sesshoumaru olhou diretamente para Shizuka.

Irei marcá-la! –

Ela se tornara a nova Lady, sabe disso não? –

Ela já é a nova Lady, só preciso oficializar. –

Sesshoumaru, seu pai não marcou nem sua mãe nem a mãe de seu irmão, por isso sua mãe não é a Lady desse castelo, mas marcar uma fêmea significa que você será dela, e ela sua, pelo resto de sua vida, alem do fato que seus filhos serão hanyous! –

Tenho plena consciência disso tudo Lady, e sabe que você não poderá mudar a opinião deste Sesshoumaru! –

Kagome é uma boa moça, sei que será uma boa esposa para você e uma boa mãe para seus filhos, alem de ter um poder espiritual esplendido! –

Kagome foi feita para mim. Lady, quero que a ajude a se preparar, irei marcá-la na próxima lua minguante, daqui 4 dias... irei me ausentar do meu aposento e ficar em outro quarto, então... ira prepará-la? –

Sabe que sim meu garoto! Vá com ela agora, você tem até meia noite para se afastar dela. – Lady Shizuka se levantou e saiu.

Sesshoumaru ainda ficou um tempo no escritório, pensando na conversa com a Lady, pensando como seria ter hanyous, mas seriam seus filhos e filhos de Kagome, não importaria nem se fossem humanos, seriam fortes! Por fim se levantou e se dirigiu ao quarto, no caminho Kuro estava sentado nas escadarias principais.

Lorde! –

O que quer general? –

Não faz isso com ela... ela não... ela não é como nós! – Kuro levantou e parecia aflito.

Era nunca será como nós, mesmo sendo minha, Kagome é Kagome, e mesmo se eu não marcasse ela, você não iria pensar duas vezes antes de marcá-la, não é general...? –

Não Lorde, eu não... ela é tão pura, quando você marcar ela vai acontecer aquilo... ela não será mais pura. –

Não me diga o que fazer general, quem manda nessas terras sou eu! E ela sempre será pura, ela é uma miko, mesmo com o miasma, ela não vai perder a pureza! – Sesshoumaru deixou Kuro em pé sobre a escada, com uma cara indefinida, triste, mágoa ou raiva...

Sesshoumaru entrou no quarto, Kagome não estava na cama, não era muito tarde, ainda teria umas duas horas para poder ficar com ela. Olhou em volta e quando a viu queria beijá-la tamanha a perfeição da miko, que estava com um kimono entreaberto mostrando suas costas nuas e cobrindo uma parte de seus seios, a luz da lua deixava sua pele num tom azul, totalmente perfeita, não queria esquecer a bela visão que estava em sua frente, Kagome olhando a lua, sua Kagome, perfeita! Mas ela virou o rosto e sorriu para o youkai, correu em sua direção e circulou sua cintura, seus braços finos, porem firmes abraçavam Sesshoumaru como se ela soubesse que eles teriam que ficar longe um do outro.

Sesshoumaru! Demorou. –

Minha fêmea, estava preparando uma coisa especial. –

Para quem? –

Para nós! –

Especial como meu lorde? –

Uma coisa que vai ser para sempre, uma coisa que vai mudar tanto a sua vida quanto a minha... tudo por que eu amo você! –

Para sempre, meu amor, não dá, você vai viver muito, eu não, sou humana e... –

Você é uma humana, nunca vai deixar de ser, mas vai ficar comigo até eu morrer... –

Mais fácil eu morrer antes. –

Não importa quem morre antes minha miko, nosso amor é eterno, e vamos ficar juntos por muitos anos. –

Confio no que você esta dizendo Sesshoumaru, mas como é possível? –

Para isso vamos ter que ficar longe um do outro por... –

Não! Não quero ficar longe de você! – Kagome fez uma adorável cara de criança emburrada.

Shh! Deixe este Sesshoumaru terminar de falar! –

Desculpe-me –

Kagome, eu não irei dormir com você por três noites, até a noite de lua minguante, na quarta noite farei de você minha, só minha e para sempre minha, lógico, se você aceitar ser minha para o resto de sua vida. Aceita? –

Ser sua... para sempre... e você ainda pergunta se eu aceito? – Lagrimas desceram pelo rosto da miko, iria ser marcada, era o que ela mais queria!

Por que choras? – Sesshoumaru passou levemente os dedos para secar as lagrimas.

Por que eu quero, quero muito Sesshoumaru! – Sesshoumaru tomou os lábios de Kagome num beijo cheio de amor, um beijo que ambos queriam.

Kagome novamente sentiu seu corpo esquentar, parecia que seu sangue era um fogo liquido, queria Sesshoumaru, e via pelo olho dele que ele a desejava muito. Sesshoumaru foi puxado para a cama e caiu sobre o corpo delicado de Kagome, que sem pensar muito inverteu as posições e estava sentada sobre Sesshoumaru.

Ah Kagome! – Sesshoumaru gostou, mas o orgulho não permitiu isso e logo prensou o corpo de Kagome entre ele e o colchão. Passava as presas na pele de Kagome, arrepiando totalmente o corpo dela, Kagome colocou a mãos sobre o peito de Sesshoumaru e começou a desfazer o laço de sua armadura.

Não... – Sesshoumaru falava enquanto beijava o pescoço da miko.

Sesshy... –

Não minha fêmea, não agora. – Sesshoumaru beijou o rosto de Kagome e olhou para fora da janela.

Olha Kagome, sabe ver as horas pela lua? –

Não Sesshy... – Kagome ofegava um pouco.

Bom, veja os ângulos, assim é quase noventa graus, quase meia noite... este Sesshoumaru tem que se retirar... Eu amo você minha fêmea! – Sesshoumaru depositou um beijo cálido nos lábios da miko e saiu do quarto, Kagome ainda ofegava um pouco e correu para olhar para a lua.

Meia noite... Quero que passe logo Sesshoumaru! – Kagome chamou a serva que esperava perto da porta para ela preparar um banho morno, assim o sono voltaria e o tempo iria passar mais rápido.

*

Inu Yasha, mesmo de noite, sabia para onde precisava ir, corria, estava cansado, mas mesmo assim corria, não podia deixar Sesshoumaru roubar sua Kagome, era obrigação de Inu Yasha tirar Kagome das mãos de seu meio irmão.

Por mais que corresse, parecia que não avançava nada, ficou cansado, com sono e se jogou numa clareira, ofegava muito, precisava comer, estava muito cansado, ouvia risadas.

Parem... – Se virava deitado para tentar enxergar algo, mesmo sendo hanyou, enxergava bem durante a noite, mas não tinha nada lá.

Eu to loco, eu preciso da Kagome! – Gritava e batia com força na cabeça.

Precisa da Kagome, e de mim meu amor? – Aquela voz nojenta também falou, também ria descontroladamente.

Kikyou vai embora, me deixa! –

Eu vim ajudar, eu trouxe um amigo... –

Amigo? Que amigo? Para de bobagem... – Inu Yasha sentiu um cheiro, era decididamente o cheiro da Kikyou e o cheiro de um youkai.

Inu Yasha levantou e olhou para os lados, sentia raiva.

Aqui em cima hanyou! –

Oh, não fale assim com ele, ele não gosta! – Kikyou ria.

Inu Yasha olhou para cima, e lá de fato estava Kikyou e o seu “amigo” youkai sentados em um galho, o youkai ria maliciosamente e passava a mãos nas pernas de Kikyou, irritando ainda mais Inu Yasha.

O que vocês querem comigo? Querem lutar? Vem, eu to pronto! – Inu Yasha mal ficava em pé, até que Kikyou pulou da arvore e parou bem na frente dele.

Sente falta disso? – Kikyou agarrou Inu Yasha pelos cabelos e beijou o hanyou, ele resistiu, mas no final cedeu.

Sabia que sentia saudades disso, que queria mais... é bom né? Kikyou deus alguns passos para traz para olhar a cara do Inu Yasha.

Sua maldita! MALDITA! Eu odeio você, saia da minha frente! – Inu Yasha tentou agarrar Kikyou, mas o outro youkai não deixou, puxou ela pra perto dele.

Me odeia? Não pareceu, ate ouvi seu coração disparar no beijo que te dei! – E ria cada vez mais e mais.

Não fale assim Kikyou, sinto ciúmes! – O youkai puxou a cintura de Kikyou para si possessivamente.

O que vocês querem seus malditos? –

Escuta aqui hanyou, você quer de volta aquela sua humana, aquela copia da Kikyou, iremos ajudá-lo! –

Kagome não é copia da Kikyou! –

Não interessa isso agora! –

Kikyou tem razão, nós queremos a ruína de Sesshoumaru! –

Quem é você? –

Ah! Esqueci de me apresentar! Me chame de Shiro! –

Shiro, EI! Você não é o general do Sesshoumaru? –

Eu fui, sim, mas ele me deu terras, mas não é o bastante, quero ser o Lorde do Oeste também! –

Eu nunca vou deixar você ser Lorde nas terras de meu pai! Seu idiota! –

Eu ia ajudar, agora irei matar você e aquela humana inútil! – Shiro ia pegar sua espada, mas foi impedido pela Kikyou.

Não agora Shiro! Mate ela antes, para ele sofrer mais. –

Seus malditos! Você nunca vai encostar na Kagome! NUNCA! E você é um idiota, cai nas mãos de Kikyou, ela vai te usar! – Kikyou e Shiro riram com sarcasmo.