- Edward eu sei que nós não temos dinheiro sobrando para te levar a policia, mas se quiser nós damos um jeito.

- Olívia eu nem sei como agradecer o que vocês estão fazendo por mim, mas eu realmente prefiro me lembrar de mais coisas antes de ir. Mas só ficarei se vocês me quiserem aqui, claro.

- Será sempre um prazer ajuda-lo.

- Obrigado. E fique sabendo que eu estou disposto a ajudar, se Antonio precisar vou trabalhar com ele.

- Não é preciso Edward, você ainda precisa se recuperar mais.

- Mais eu quero ajudar, não consigo ficar parado.

- Se prefere assim, tudo bem. Mas uma coisa, você quer ir ao local do acidente? Nós podemos te levar, não fica muito próximo mas..

- Sinceramente, acho que não seria uma boa idéia. Talvez eles já até tenham tirado as coisas de lá.

- Concordo com você, só falei mesmo porque Antonio insistiu.

- Não tem problema, mas e ai precisa de ajuda? – Me aproximei da horta, e abaixei-me para ajudá-la.

____________________________________________________________________

Depois que Esme saiu, coloquei as meninas para dormirem um pouco, pois precisava conversar com Gabriel.

- Sente-se aqui filho. – Bati ao lado vazio da minha cama.

- Mãe pode me contar a verdade, o que está acontecendo?

- É sobre isso mesmo que eu preciso falar. Durante esse tempo todo que sua tia e eu estivemos em Londres, acompanhamos as buscas por seu pai, mas foi em vão. A única coisa que nós encontramos dele foi minha medalha. – Peguei na escrivaninha e coloquei em sua mão.

- Meu pai morreu mãe?

- Filho eu sinceramente espero que não. Mas eu já contratei um detetive particular, e tenho certeza que ele encontrará seu pai, mas enquanto isso nós precisamos ser fortes, e também cuidar de suas irmãs.

- Eu vou te ajudar mãe, eu prometo. – Ele me deu um abraço apertado, enquanto uma lagrima descia em seu rosto.

- Nós precisamos conversar mais uma coisinha, pode ser?

- Claro.

- Pois bem, eu te deixei lá no hospital sem conversar com você o real motivo da sua internação, mas acredito que alguém já deva ter te contado. Afinal você até já começou o tratamento.

- Sim. A vovó ficou conversando comigo por varias horas, me explicou tudo o que iria acontecer daqui para frente, e disse para eu ter coragem e acreditar que eu iria sarar.

- Você vai melhorar meu amor, eu prometo. Amanha mesmo estou indo atrás, de pessoas para fazer esse teste de compatibilidade, e se tudo ocorrer bem você fará o mais rápido possível esse transplante de medula.

- Às vezes eu tenho muito medo mãe. Eu não quero deixar vocês, ainda mais agora que o papai não está aqui.

- Shii. Você não vai nos deixar filho. Eu entendo o seu medo e sei também que ele é passageiro. Já já você vai perceber sua melhora.

- Eu também estou com vergonha. – Ele disse abaixando a cabeça.

- Vergonha de que? Você é lindo que qualquer forma filho. Caso alguém venha falar alguma coisa com você, não de bola, essas pessoas só querem nos aborrecer, nos fazer mal.

- Eu te amo tanto mãe. Obrigado por ter me escolhido.

- Foi você que me escolheu, me cativou com esse jeitinho de ser. Eu também te amo de mais.

- Posso perguntar mais uma coisa?

- Sim.

- Como fica minha ida a escola?

- Infelizmente você ficara em casa por enquanto, mas eu ligarei para a escola e pedirei que eles mandem tudo. Se for preciso eu mesma, me encarrego de buscar tudo, todos os dias.

- Obrigado de novo.

- De nada meu amor. Agora que tal vermos um filme? Suas irmãs devem dormir mais um tempo mesmo.

- Acho uma ótima idéia mãe. – Descemos, fizemos pipoca, brigadeiro e fomos assistir o filme.

Algum tempo depois, escutei as meninas me chamando e subi para pega-las. Ambas estavam tentando sair do berço sozinhas e quase caíram de cara no chão.

Coloquei mais um colchão no chão para que elas pudessem ficar no nosso meio, apesar de que elas não paravam quietas.

- Tila mamãe, é feio.

- Julie seu irmão e eu estamos assistindo. Depois você pode colocar o que quiser.

- Não, agola.

- Julie você nunca fez isso, o que esta acontecendo agora?

- Quelo vê o meu.

- Mãe pode colocar para ela ver, depois agente continua.

- Claro que não filho, ela precisa esperar. Julie se você quiser ver terá que ser no seu quarto.

- Aqui.

- Aqui não, no seu quarto e sozinha, porque a mamãe vai ficar com o Gabriel. – Ela começou a chorar. Que pirraça. – Gabriel fique com Sophie, enquanto eu vou conversar com ela. – Peguei-a no colo ainda esperneando, e a levei para o quarto.

- O que foi isso Julie? Que pirraça mais infantil.

- Disculpa mamãe.

- Meu amor eu te desculpo, mas que isso não se repita. Você tem que aprender a entender que eu tenho que dar atenção a todos, não só a você.

- Disculpa mamãe.

- Eu já te desculpei filha, agora vamos lá em baixo pedir desculpas a seus irmãos, e se você não quiser ver o filme, pegue alguma boneca. – Dessa vez ela não quis colo, apenas a ajudei nas escadas.

- Disculpa.

- E o beijinho deles? – Ela então foi lá, e depositou um beijo na bochecha de cada um.

Depois de algum tempo a campainha tocou e eu nem me liguei em quem era, só percebi quando ela já estava chegando perto de nós.

- Quem são os sobrinhos mais lindos do mundo?

- Tia Aliiiiice.

- Oi meus amores. – Alice as pegou no colo, passando por Gabriel lhe deu um beijo e depois também sentou no sofá. – Vim convidar vocês para jantarem na vovó, o que acham?

- Ebaa, eu quelo. – Julie já pulava.

- Alice não sei se é uma boa idéia. – Sussurrei o nome de Edward para ela.

- Bella faça um esforço por eles. Eu sei que é difícil para você, mas não adianta ficar assim.

- Tudo bem você me convenceu. Vamos trocar de roupa meus amores?

- Tia coloca minha ropa?

- Claro, vamos subir e eu vou escolher a roupa mais linda para vocês. – Elas subiram correndo, enquanto eu dava uma “organizada” na sala.

- Filho quer ficar em casa? Eu fico com você.

- Vamos sim mãe.

- Mas caso você se sinta mal, me avise imediatamente.

- Fique tranqüila mãe, eu estou bem.

Nos arrumamos e fomos para casa de Esme. As meninas pareciam que iam para uma festa, Alice as encheu de acessórios.

- Bella você veio. – Esme me abraçou.

- Não haveria como recusar um convite desses.

- Vovó. - As meninas puxavam a perna de Esme.

- Ainda bem que vocês vieram, eu já estava com saudades. Gabriel volte aqui, você realmente pensou que eu não iria querer um beijo?

- Desculpe vó.

O jantar estava ótimo, só as meninas que bagunçaram um pouquinho, coisa normal de criança. Depois o que me deixou feliz foi ver Gabriel se divertindo com Emmet, eles jogavam futebol no vídeo-game.

Não demorei muito para ir embora, pois as meninas já dormiam e eu também estava cansada.