O êxtase deles foi interrompido por Mabelle que perguntou:

–Então Catherine, aqueles “sonhos” estranhos que você tinha aconteceram de verdade?

–Digamos que não eram bem sonhos – Respondeu

Então Lúcia deu um olhar maroto para Mabelle, e via-se que tinham exatamente a mesma ideia em mente. Logo as duas começaram a tirar os sapatos, bolsas e casacos e correram para o mar, e todos fizeram a mesma coisa. Parecia um bando de crianças a brincar e correr na praia. Jogavam água uns nos outros, pulavam as ondas e riam de tudo isso.

–O que foi agora, Ed? – Perguntou Pedro ao ver que o irmão parara e olhava para o nada

–Só queria saber onde estamos – Respondeu pensativo

–Onde poderíamos estar? – Perguntou Cathy jogando um pouco de água salgada nos cabelos de Edmundo

–É que não me lembro de ruínas em Nárnia

Foi quando todos pararam e viram ruínas me meio as matas próximas à praia. Portanto, se secaram, recolheram seus pertences e se dirigiram à floresta para descobrir a exata localização de onde estavam.

As construções que haviam sido destruídas enchiam a atmosfera de comoção.

–Gostaria de saber quem viveu aqui – Falou Lu

–Eu também – Concordou Mabelle

–Bom, seja lá quem tenha sido provavelmente teve uma morte bem trágica e honrosa – Comentou Cathy com certo pesar

–O que quer dizer – Perguntou Pedro curioso

–Catapultas – Concluiu Catherine – Este lugar foi destruído por pedras gigantes que vinham em altíssima velocidade

–Como pode saber? – Arguiu Susana

–Ela é simplesmente a melhor aluna da turma de História das Artes Bélicas – Respondeu Bele fazendo todos se voltarem para a miga, até que algo lhes chamou a atenção

–Acho que fomos nós – Falou Su de repente, segurando algo brilhante em suas mãos

–Ed! Não era com isso que passávamos as tardes... – Disse Cathy

–É uma peça do meu jogo de xadrez – Afirmou Edmundo

–Que jogo de xadrez – perguntou-lhe o irmão

–Bom, eu não tinha uma jogo de xadrez de ouro maciço em Finchley, tinha?

–Oh Aslam! Vocês não vêem? –Falou Lúcia – Imaginem paredes e colunas ali, e um teto de vidro

–Cair Paravel – Falou Pedro por fimcom certa tristeza

–Ei! Olhem! – Falou Mabelle repentinamente mostrando uma imagem de um leão, gravada na parede – Isso indica uma passagem secreta! Ajudem-me a mover isso!

Catherine tentou ajudar a empurrar a parede, mas as duas só conseguiram movê-la meio centímetro.

–Seria pedir de mais uma forcinha aqui, rapazes? – Falou Cathy com ironia

–Desculpe – Disse Ed indo ajudar juntamente com Pedro

Por atrás da falsa parede havia uma porta de madeira que estavatão estragada que bastou um chute de Catherine para que se despedaçasse. Edmundo foi à frente com sua lanterna, seguido por Mabele, Lúcia, Susana Catherine e por ultimo Pedro. Eles desceram por uma escada até uma sala onde havia 5 esculturas de mármoree em frente a cada uma delas havia um enorme baú. E ao se aproximar delas Catherine exclamou:

–Somos nós!

–Eu me lembro quando fizeram a sua – disse Ed rindo – Sinefo e Ánemos fizeram questão de colocá-la segurando um escudo

–É eles sabiam que detesto lutar com escudos – Disse a moça olhando para uma escultura séria, firmeque trajava um vestido longo, e segurava uma espada e com a outra mão empunhava um escudo.

Todos abriram seus baús e ficaram fazendo comentários do tipo: “Você se lembra quando...” ou “Parece até que foi ontem que...”, com exceção de Mabelle que nunca havia ido a Nárnia antes. Lúcia conseguiu um vestido para Belle, enquanto Susana conseguira-lhe um arco e o estojo de flechas, pois no SCY ela praticava tiro ao alvo e era de fato muito boa naquilo.

Catherine após vestir-se embainhou sua espada (Kairos), e Pedro depois de tanto tempo podia tocar a sua (Ridon). Depois de bem equipados, os recém-chegados decidiram descobrir o que acontecera em Nárnia.