Após a grande batalha e a coroação do Rei Caspian X, foi formado um novo conselho (também com alguns representantes da antiga Nárnia). Nele foi estabelecido que telmarinos e narnianos iriam viver em harmonia e comunidade.

            O filhinho de Miraz, chamado Martínz, foi escolhido para ser o “Protetor da Arquelândia” e até que atingisse a maioridade, Glozelle seria o regente. O mesmo assinou o Tratado do Beruna o qual afirmava que Nárnia e Arquelândia viveriam em paz e que além da guarda real, a Arquelândia não possuiria um exército próprio, logo, Nárnia seria responsável pela segurança das fronteiras com a Calormânia.

            Alguns dias se passaram, e Aslam convocou cada um dos antigos reis e rainhas para uma conversa em particular.

              - Aslam, tenho sido atormentado pensando, se eu tivesse esperado pelo senhor aqueles soldados não teriam morrido. – questionou Pedro lamentando

            - Pedro, meu filho – disse Aslam solenemente– Jamais saberemos o que teria acontecido. Cada atitude sua terá conseqüências e como líder, essas conseqüências sempre irão ter efeito sobre os outros.

            - Acredito que agora entendo o que a Catherine estava tentando me dizer... E falando nela – Fez uma pausa – Bem, o senhor sabe...

            - Sim, eu sei – Respondeu num um pouco mais grave– Mas gostaria de ouvir você dizê-lo

            - Ela simplesmente não confia em mim. Cada vez  em que tento me aproximar é como se ela fugisse e se escondesse, de certo modo para dentro de si mesma. Eu não sei, mas o que fazer, e o pior é que essa situação me mata por dentro.

            - E como você acha que ela se sente?

            Nesse momento o Grande Leão atingira um ponto sobre o qual o jovem não havia ponderado. Jamais havia lhe ocorrido que existia a possibilidade de não ter seus sentimentos correspondidos. E pensar nisso furtou-lhe as esperanças.

            - Na verdade... Deve ser este o problema, ela deve apenas me respeitar como líder... Aliás, qualquer sentimento que me tenha, com certeza é de amizade ou ate mesmo de pena pelo meu comportamento.

            - Ou pode ser assim que ela pensa que você se sente em relação a ela... – Afirmou Aslam – Filho, você sabe que seus sentimentos são verdadeiros, e você sabe que eu também sei disso, porém Catherine, não pode ler seus pensamentos nem tão pouco seu coração. E cabe a você decidir se vale a pena lutar por ela ou não.

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             - Temos de voltar para casa – Informou Pedro aos irmãos mais novos após o café-da-manhã

            - Não podem ir, preciso de vocês aqui – disse Caspian – Não poderia governar sem ajuda, especialmente agora, depois de tudo que aconteceu.

            - Na verdade você pode sim – afirmou Cathy olhando de relance para Pedro – nós não somos mais necessários aqui.

            - Mas nós vamos voltar, não vamos? – perguntou Lúcia com lágrimas nos olhos

            - Você e o Ed vão, mas o resto de nós não – respondeu Susana

            - Por quê!? – Indagaram Edmundo e Lúcia ao mesmo tempo

            - Ao que me parece já aprendemos tudo o que poderíamos neste mundo. Agora devemos viver em nosso próprio mundo. – lembrou Cathy das palavras ditas por Aslam a ela – Mas isso não quer dizer que não devemos nos lembrar do que vivemos aqui, e sim devemos agir com a mesma honra e dever que Aslam nos ensinou.

            Então Catherine, Mabelle e os Pevensie despediram-se de todos numar que já despertava saudades, e com um simples sopro, Aslam os mandara de volta ao nosso mundo.

            Na estação, o metrô das meninas chegou logo em seguida, Edmundo se despediu de Belle com um beijo suave e discreto. E quando Cathy subira a bordo, ela ouviu Pedro gritar a plenos pulmões:

            -Não se esqueças de mim

            - Não me esquecerei – Murmurou para si mesma e o metrô começou a se mover