Apaixonada por Um Fantasma escrita por Gibs


Capítulo 9
Capítulo 8 - Hospital Saint Bouton.


Notas iniciais do capítulo

olá meninas, como estão?
1º) um favor: http://letras.terra.com.br/the-wreckers/495815/traducao.html

aqui tem a música, a tradução e caso queiram escutá-la. por favor, ouçam lendo este capitulo.

2º) quero agradecer pelo carinho, vcs não sabem como fico feliz quando fico sabendo que vcs estão curtindo a fic *-*

3º) um agradecimento especial e um brigadeiro para Heloisa Cullen e ElizabethPurple que recomendaram a fic. muito obrigada meninas :*

enfim, vamos ao capitulo...



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Ao acordar, desci de pijama e não vi minha mãe, deve estar dormindo ainda. Fui até a cozinha e abri a geladeira tirando o leite de dentro dela, peguei meu toddy e preparei meu achocolatado. Peguei alguns biscoitos e os comi. Minha mãe apareceu na cozinha e passou por mim sem falar nada - era como se eu não existisse.

– Vai sair? - perguntou ela.

– Se não me quer em casa é só falar. - respondi a fitando. Ela me olhou perplexa. Estava sem paciência com ela.

– Veja como fala comigo, mocinha.

– Então seja educada comigo também, eu não sou um monstro pra você me tratar assim. Se não me quer em casa, é só falar, não faço questão de ficar aqui mesmo. - peguei meu toddy e subi de volta para o meu quarto. Troquei de roupa, colocando uma calça e uma blusa de mangas, parecia que ia esfriar. Calcei meu all star e peguei um casado, fiz um rabo de cavalo e desci, batendo com a porta de casa. Para onde ir agora?

– Vic? - falou Alan ao abrir a porta pra mim. Caminhei sem rumo até aparecer diante da porta dele.

– Oi.

– Você ta bem? – disse ele, olhando para dentro de casa.

– Acho que sim. Posso entrar?

– Claro - ele se afastou para que eu entrasse. Fechou a porta e sorriu.

– E sua mãe?

– Ela ta bem, levou Andy pra comprar sorvete. - Andy era o irmão mais novo de Alan. Sua mãe o havia adotado há dois anos. Andy tinha um ano quando a mãe de Alan o adotou, ela não podia mais ter filhos por uma complicação na hora do parto de Alan. Andy era o chuchu da casa, tanto para sua mãe quanto para Alan.

– Ah sim, e ele ta bem?

– Tá sim, safado como sempre. - sorri. - Aconteceu alguma coisa, não é?

– Digamos que sim.

– Vem. - ele segurou minha mão e me guiou até seu quarto, me deixou entrar e fechou a porta. Sentei-me em sua cama e ele, puxando uma cadeira, sentou-se de frente para mim. Segurou minha mão e me fitou, esperando que eu lhe explicasse o que havia acontecido.

– Há uma semana um fantasma apareceu pra mim.

– Como sempre. – disse, encolhendo os ombros.

– Mas esse é diferente. - ele deu de ombros, esperando. - Ele é irmão de Annie. Você conhece a Annie.

– Sim, eu conheço. Soube que a mãe dela faleceu há um mês.

– Sim, e o irmão dela estava no carro também. Ele tinha chegado naquele mesmo dia para assistir a apresentação.

– Sim, que você dançou. – lembrou ele.

– Isso. E ela ia me apresentar a ele.

– E o que tem isso? – perguntou. Ele não esta seguindo a linha de raciocínio.

– Eu fui falar com ela. Perguntei sobre sua mãe e sobre seu irmão. Eles não se falavam e não se viam há anos. E ai, ela os perde assim. - suspirei e Alan me abraçou.

– Você o ajudou, não foi? Você falou com a irmã dele.

– A mãe dele não apareceu pra mim. E eu sonhei com ele. O vi no carro, ferido, e sua mãe morta estendida no chão. Dois dias depois ele apareceu pra mim. Mas a morte dele já faz um mês!

– Isso é estranho. O que o prende aqui?

– Eu não sei. - fitei Alan implorando que ele me ajudasse. Ele me ajudava a encontrar coisas nas historias pendentes dos fantasmas que sozinha, eu ficaria anos tentando descobrir.

– O que ele te contou?

– Bom, ele estava vindo pra cá no carro com a mãe, e que ia ver a apresentação. Ele deve ter uns 20 anos. Disse que algo o ligava até mim. Que não conseguia ficar longe e que sempre quando não ta comigo, parece que ele não existe, entende? É como se fossemos ligados de alguma forma. Mas eu não entendo porque foi agora que ele apareceu, e não quando morreu há um mês.

– Talvez ele estivesse procurando a mãe. Alguns fazem isso, não é? Ficam vagando por ai, procurando o familiar vivo ou que esteve com ele na hora da morte. - assenti e ele olhou em volta, como se tivesse resolvendo algo em sua cabeça.

– No que está pensando?

– Você disse que ele ia te conhecer, não é? Que Annie ia te apresentar a ele. – ele coçou o queixo, me fitando.


– Sim, foi o que ela me disse.

– E se o que ele tem pendente aqui na Terra... - ele chegou mais perto e suspirou. - fosse você? - o olhei chocada, tirando minhas mãos das suas. Levantei-me e andei até a janela. Ele se levantou e me fitou. Se postou ao meu lado olhando, ora pra fora ora pra mim.

– Isso é impossível, sabe disso. - falei, olhando de relance para ele.

– Por quê? Pode ser que ele estava destinado a te conhecer e vocês ficarem juntos. – afirmou ele.

– Não! Alan, escute o que está dizendo... Ele morreu. Eu não poderia...

– Vic, ele estava destinado a te conhecer. Ele ia ver a apresentação da irmã e ela... Ela ia te apresentar a ele. Isso faz sentido.

– Não, não faz. Não pode fazer. – falei.

– Por que não?

– Por que se for pra ser assim... – fechei os olhos com força. Quando os abri, Alan me encarava, tenso. - eu vou me apaixonar por ele.

Sai da casa de Alan com tudo que ele havia dito em minha cabeça. Estava matutando isso que nem vi o carro vindo pra cima de mim. Mas, não sei como, senti como se algo houvesse me puxado e cai no chão, perto da calçada. O carro passou a milímetros de mim. Algumas pessoas vieram correndo em minha direção, agachando e perguntando se eu estava bem, se eu havia me machucado, mas me levantei e olhei em volta, procurando entre os rostos, o de Sebastian. Podia sentir que ele estava ali, sua energia havia me puxado naquela hora, ele tinha me salvado.


As pessoas se aproximavam, tocavam em mim. Eu comecei a ficar assustada com todos aqueles rostos a minha volta, me tocando, falando comigo. Vozes e mais vozes. Tapei meus ouvidos e sai dali abrindo caminho entre a multidão. Parei de correr quando cheguei em frente a uma loja na outra esquina. Olhando ao redor, não vi ninguém que pudesse me perturbar. Foi então que senti uma dor na perna, olhei para ela e vi uma mancha de sangue da altura do meu joelho. Havia me machucado. Olhando para o lado, vi que estava de frente para a loja que ontem eu tinha visto o anjo. Olhei para a rua e notei que estava no local do acidente de Sebastian. Senti minha respiração acelerar. Primeiro precisava limpar meu machucado, entrei então, na loja.

– Posso ajuda-la? - perguntou-me o atendente, prontamente.

– Você teria algo que eu pudesse limpar minha ferida? - perguntei a ele, lhe mostrando meu joelho.

– Oh, menina, mas é claro, espere aqui! - e então ele sumiu pela porta atrás dele.

Fui até a cadeira que estava disposta ali e me sentei, olhei ao redor, observando tudo com devida atenção. Acima da porta, havia a imagem de Nossa Senhora. Este homem deve ser religioso. - Aqui esta criança. - falou ele me entregando gaze, pomadas, esparadrapo e água oxigenada. Limpei o ferimento com a água oxigenada e a gaze. Depois que vi que estava bem limpo, passei a pomada e colei o esparadrapo. O ferimento não era grande, mas deixá-lo como estava seria pior.

– Obrigada, senhor. – disse o entregando as coisas.

– O que aconteceu, quer que eu ligue para seus pais?

– Não. Não é necessário, eu estou bem. Eu só cai. - olhei em volta mais uma vez. Organizado. - O senhor presenciou um acidente mês passado? - perguntei, voltando a fita-lo. Ele se espantou com minha pergunta repentina e gaguejou um pouco.

– Bem eu... Er... Sim, teve um acidente bem em frente à loja.

– O que o senhor viu?

– Um carro. Ele tinha capotado. Uma mulher. – disse ele, olhando confuso.

– Não tinha ninguém mais?

– Porque quer saber? Conhecia a pessoa?

– Eu... Bom, não exatamente. Eu conheço... Familiares.

– Entendo. - ele me olhou, como se me analisasse. Suspirando, continuou: - Tinha um rapaz. Ele estava preso entre as ferragens do carro.

– O que aconteceu com ele? - senti que lagrimas brotavam em meus olhos.

– Quando eu consegui sair da loja, fui até o carro e vi a mulher que lhe falei. Ela já estava morta. E o rapaz, pude ver que este ainda respirava, chamei a ambulância. Eles o resgataram.

– E depois? - uma lagrima rolou por meu rosto.

– Porque tanto quer saber, criança? O rapaz era algo...

– Me conte, por favor - sussurrei. Minha voz não estava clara.

– Eu não soube dele depois disso. O levaram para o Hospital Saint Bouton.

– Obrigada. - sai dali cambaleando. O senhor me chamava, mas eu fingia não ouvir, caminhei até o ponto de ônibus. Próxima parada: Hospital Saint Bouton.



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Notas finais do capítulo

"Às vezes eu acordo agitada no meio da noite
E quando isto me fere eu não consigo acreditar que está é a minha vida
Mas as pessoas têm problemas mais graves do que os meus
E eu gostaria que todos pudessem calar suas bocas
Eu não sou forte o bastante para negociar com você"


Simples palavras podem expressar importantes significados.

coment's?
beijos Gih

ps.: editando aqui pra agradecer direito né? haha
a Regininha, Thais Vidolin, ElizabethPurple, Su Costa, caah_sz, atalanta, Anne--2010, Tartalita, Jannie, MaryAnn, a_susana
um beijo em cada uma, obrigada por estarem lendo, é muito especial para mim e fico feliz por estarem curtindo a fic! *-*