Apaixonada por Um Fantasma escrita por Gibs


Capítulo 15
Capítulo 14 - A Reportagem


Notas iniciais do capítulo

bom, primeiro QUE SAUDADES CARA!
segundo, leiam minha notinha lá embaixo xD
terceiro e não menos importante, ouçam:
http://letras.terra.com.br/nickelback/1374485/traducao.html



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POV Victoria

Sebastian chegara contando algum tipo de ilusão, talvez. Pelo que minha avó me explicou, era como se o tempo que ele estava permanecendo na Terra estivesse fazendo-o esquecer de sua vida. Suas lembranças antes de morrer estão se esvaindo e isso é um meio de os fazerem lembrar. Voltando de certa forma no tempo, repassando sua vida até sua morte. Sua família, o motivo de sua felicidade e quem sabe, assim, descobrir por intermédio deles mesmos, o motivo de sua permanência aqui. Peguei meu notebook e o coloquei em sua frente.

– O que?

– Seu acidente. - ele deu um passo para trás e me fitou.

– Como você... Você achou a...

– A reportagem. - coloquei o note na cama e me sentei, mexendo no mesmo.

– Ela saiu? E o que diz? - virei o note para ele e li o que dizia na reportagem.

“Acidente de Carro mata Jovem e família”; e ali estava uma foto do carro de Sebastian.

“Corpo de jovem é encontrado meio aos escombros e levado ao hospital mais próximo“ ; via-se uma foto de Sebastian.

– Hospital? - perguntou ele, sentando-se na cama.

– Hospital Saint Bouton. Você foi pra lá, certo?

– É, eu acho que sim.

– Tente se lembrar Sebastian. É o único jeito. – pedi.

– Conseguiram me tirar do carro. Eu estava vivo ainda, mas, muito machucado.

– Quem te atendeu? Você lembra o nome do médico? – ele precisava se lembrar.

– Um tal de Julian. Algo assim - ele me fitou e deu de ombros.

– Certo. - tudo estava batendo, Julian o atendeu mesmo. - O que mais?

– Eu vi um senhor antes de me levarem. Ele tinha um anjo nas mãos. Sabe aqueles de porcelana? - assenti e o deixei que continuasse - Depois, no hospital... – ele fechou os olhos com força. - não me lembro de muita coisa. Só o Dr. Julian chamando meu nome, meus olhos se fechando, um choque percorrendo meu corpo e mais vozes. - ele baixou a cabeça, e fitou o chão.

– Você estava morrendo - sussurrei olhando para ele, meu coração parecia querer desmanchar, eu o queria tanto para mim. Vê-lo assim doía cada partícula de minha alma.

– Antes de fechar os olhos, eu vi uma luz Vic. Mas depois, eu estava aqui, em frente a sua casa.

– Em frente a minha casa... Eu acordei de madrugada, não foi?

– Não sei, estava escuro. Chovia muito, isso eu lembro. – disse ele, coçando a cabeça.

– 04h07min.

– O que? - ele me olhou confuso.

– Eram 04h07min da madrugada. Foi quando eu te vi pela primeira vez. Não tem nada a ver com data Sebastian, é a hora! 04h07min... quatro de julho.

– Mas foi dia 4 de julho também.

– Às 04h07min. Foi o primeiro contato comigo, dia 4 as 4 horas.

– Isso é complexo demais. E daí serem em datas e horas iguais?

– É o dia e a hora que você voltou. Foi quando você me pediu ajuda. Essas datas, essas horas, são importantes.

– Pra que? - percebi que pra ele isso não tinha lógica, nem pra mim, mas, de alguma maneira, isso me aliviava.

– Para eu me lembrar. - falei, baixando os olhos. Suspirei. Sebastian abaixou-se na minha frente e me fitou. Ergui os olhos encontrando seu olhar.

– Se são importantes pra você, se faz mesmo algum sentido, quem sou eu para questionar. Aceito tudo que você me disser Vic, tudo. - ele sorriu e retribuindo seu sorriso, assenti.

– Farei de tudo para te ajudar, eu prometi e eu vou cumprir. - ele sorriu, me deixando sozinha. Tive então, que admitir para mim mesma, que estava apaixonada por Sebastian.


POV Sebastian


Saber que Victoria fará de tudo para me ajudar me mantém tranquilo, me deixa calmo de certa forma. Seu jeito sereno de querer fazer tudo, de ajudar e se comprometer com quem mal conhece só pelo simples prazer de ver um pouco de paz e felicidade, me encantavam. Quanto mais ela descobria coisas sobre meu acidente, cada vez que estava mais perto de me guiar para a luz, mas eu queria ficar aqui, com ela, ao lado dela. Mesmo que dê certo, mesmo que eu vá... Um desejo forte por Victoria me faz querer ficar.

Novamente eu estava de volta àquela profusão sem fim, porém, no branco. O mesmo quadro estava disposto a minha frente, como anteriormente. A imagem era como daquelas tevês que não pegam. Chuviscos por não encontrar o canal. De repente, o rosto de Vic aparece nele. Foi ai que entendi. Aquele quadro era de fato uma tevê, mas, era uma tevê “conectada” aos meus pensamentos. Quando pensei em minha família, eu vi minha família. No momento que “sintonizei” em minha irmã, ela apareceu. Neste momento, somente Victoria toma meus pensamentos, e cá está ela. Sua expressão era triste, séria. Os olhos verdes fitavam o vazio a sua frente. Os cabelos ondulados caindo-lhe sobre os ombros, dando-a uma fisionomia de criança sapeca. Pensei em seu sorriso, o único que eu havia visto desde então. Parei nesse pensamento, e a tevê a minha frente congelou em sua imagem. Ela sorria. Sorria feliz. Seus dentes rentes abriam-se em um belo sorriso, mostrando uma pequena covinha ao lado direito. Seu nariz franzia, seus olhos ajuntavam-se a deixando como uma japonesa. Sorri vendo aquela imagem. Ela é tão linda. “Sebastian?”– ouvi aquela linda voz me chamar. Era como se eu ouvisse Deus me chamando, já que a voz vinha do alto. Olhando para a tevê, apareci olhando-a levantar da cama e me fitar.

– Você poderia ficar aqui? Não quero ficar sozinha. - ela sentava-se frente a sua janela. Ela era baixa, daquelas que se colocam em varandas. Sentei-me ao seu lado e fitei o céu, já cheio de estrelas, com ela.

– O que foi?

– Só não quero ficar sozinha.

– Tudo bem. - ficamos em silencio, apenas olhando o céu estrelado. Quando eu passava naquela imensidão branca de vazio e silencio, as horas aqui passavam e eu nem percebia, enquanto lá é tudo claro e branco, aqui já anoitecera. - Conte-me algo. - pedi.

– Tipo o que?

– Não sei. Algo que goste de lembrar, sua avó, mãe. Seu pai. - ela me olhou e bufou, voltando a se concentrar na janela.

– Não tem nada de interessante em meu pai, em minha mãe, em minha vida.

– Se ela não fosse interessante, eu não estaria aqui falando com você. - ergui as sobrancelhas quando ela me lançou um olhar de deboche.

– Tudo bem. Acho que falar da minha avó é bem melhor.

POV Victoria

Depois que ele apareceu, sentamo-nos frente à janela. Olhávamos as estrelas em silencio, até que Sebastian puxara assunto, perguntando-me sobre minha família. Não tinha nada de interessante neles, mas, acho que falar sobre minha avó seria bom para mim, mataria um pouco minha saudade dela.

– Como ela era? - perguntou ele.

– Você ia rir muito com ela. - falei, com um sorriso no rosto. Falar de minha avó era como contar uma piada, eu já fico feliz. - Teve uma vez que tínhamos viajado, passado umas férias em uma casa de praia - a alugamos para isso. Fomos só eu e ela. - ri sozinha e olhei para Sebastian. - Você vai pensar que minha avó é descompensada, tudo bem que eu também achava isso, mas, vai que ela não gosta. - ri comigo mesma, mas dessa vez, Sebastian me acompanhou.

– Sei que ia gostar dela.

– Ia sim. Foi ela quem me criou.

– Se desse para vê-la, eu apertaria a mão dela e daria os parabéns. - o olhei confusa. - Ela fez de você o que você é Vic. Adorável. - pude sentir minhas bochechas corarem. - O que aconteceu lá? – perguntou, fingindo não perceber meu constrangimento.

– Bom, começou a chover muito, e descobrimos que lá tinha sapo. - me fitou, começando a rir. - Digamos que minha avó colocou um pano na cabeça, uma lona nas costas e pegou uma vassoura, e foi empurrando o sapo, pulando! até o meio da rua! - contei, rindo, com Sebastian me acompanhando.

– Que horas foi isso? - perguntou.

– De madrugada, não tinha nenhum carro. - ele começou a rir mais e mais. Sua risada era tão gostosa de ouvir que ri junto com ele. Ficamos em silencio, apenas rindo de nós mesmos, de minha avó. Fiquei séria de repente e Sebastian notou. Olhei de relance para ele. Ele fitava suas mãos, também sério.

– Você está bem? - o perguntei, quebrando aquele silencio irritante.

– Isso foi tão rápido. - murmurou ele.

– O que? - ele me olhou e bufando, coçou a nuca. Reparei que, sempre que queria dizer ou pensava em algo constrangedor, ele coçava a nuca.

– Por quanto tempo eu sumi? - sua pergunta me pegou desprevenida. - Tipo, eu não apareci pra você por um tempo.

– Um mês. - falei, baixando os olhos.

– Você falou com a minha irmã, descobriu o que aconteceu no meu acidente. O porquê de eu estar aqui e só você pode me ver... Eu ainda não entendo Vic. - dei de ombros e engoli em seco. Onde ele queria chegar?

– Tem muitas coisas que não entendemos Sebastian. Só... Faça as perguntas certas.

– O que? – ele franziu o cenho. - Juro que você fala enigmaticamente e, eu tenho QI baixo Vic, seja mais esclarecedora, por favor. - ironizou ele. Eu ri pegando meu travesseiro e jogando nele. Por incrível que pareça, ele não o atravessou.



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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH QUE SAUDADES DE VOCÊS CRIATUUUURAS!
nosa, cês não sabem como eu tô sofrendo ficando longe do meu note lindo e querido! sorte que dá pra dar uma entradinha rapida na semana já que minha mãe nao tá em casa, ai eu vou lá, maloco a net do vizinho ( minha mãe escondeu o Vivo 3G, fofa ela né) e tcharam.. tô aqui again, pra felicidade de vocês e DE MIM! eu já terminei de escrever a fic pessoal, falta só ir postando aos poucos pra vocês, até porque eu espero muitos e muitos reviews!!! só espero que o final esteja do agrado de todos, eu meio que viajei pacas sabem? sei lá, pra mim tão muito surrealista, mas afinal, pra começo de conversa, ver fantasma é surreal né?
beijos mil, e bom, até a proxima, hihi
Gih