Apaixonada por Um Fantasma escrita por Gibs


Capítulo 13
Capítulo 12 - 4 de Julho


Notas iniciais do capítulo

olá meninas, se eu demorei, desculpe.. tive duas provas essa semana, biologia e fisica, só matando um mesmo.. enfim, está aqui..e bom, ficou esses espaços bizonhos que eu não gosto muito, mas vai entender né? o NYAH! é meio complexado...



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Eram 4h da manhã. Acordei tomada pelo susto, o suor escorria por meu rosto e minhas mãos tremiam. Sentei-me na cama e passei a mão pelo cabelo, o prendendo num coque. Olhei em volta, meu quarto estava escuro, nenhuma luz. Senti-me numa imensa escuridão, onde eu não via como sair. Tateei minha mesinha de cabeceira e liguei o abajur. O quarto ficou a meia luz. Olhando cada canto do meu quarto, tudo estava em ordem, tudo em seu devido lugar me mostrava que aquele sonho não era nada. Só mais um sonho.

Jogando o edredom por cima da minha cabeça, fiquei sentada debaixo dele. Vendo de fora, podia ver minha silhueta no edredom. Fechei meus olhos e tentei respirar com calma, acalmando meu coração. Abri os olhos ao ouvir um barulho de algo batendo, como se algo houvesse caído pesadamente no chão. Voltei a fechar os olhos, deixando minha mente limpa, eu precisava voltar a dormir, eu tinha escola daqui a 3 horas.

– Senti sua falta. - ouvi aquela bela voz dizer. Quando abri os olhos vi Sebastian sentado na minha frente, debaixo do edredom comigo. Num salto, escorreguei pela lateral da cama e cai no chão num baque. Tirando o cobertor de cima de mim, me levantei. Olhei ao redor, e não o vi. Puxei o edredom da cama e nada dele. Deixei-me cair no chão ao lado da cama. Abracei minhas pernas e coloquei minha cabeça recostada nelas.

– Você não pode fazer isso comigo. - murmurei rezando que ele, assim, aparecesse.

– Não sabe como é difícil ficar longe de você. - levantei a cabeça e o vi sentado de cabeça baixa em uma cadeira a minha frente.

– Então não fique. - falei, o fitando.

– Isso não vai dar certo, Victoria. – disse ele, passando as mãos pelos cabelos.

– Isso o que?

– Nós. - ele enfim me olhou. Ficamos nos olhando por segundos. Para mim, foi uma eternidade. Engoli em seco, as lagrimas que queriam transbordar. Concordei com a cabeça, mas, meu coração só o queria. No entanto, agora, eu o mandava calar a boca.

– Não espero nada Sebastian, a única coisa que quero é te ajudar a atravessar.

– Eu tenho te observado. – admitiu.

– Eu sei. Eu ouço sua voz. E sei que foi você que me salvou de ser atropelada.

– Não era sua hora, você tem muito que fazer aqui. - disse ele, me fitando.

– Eu não tenho feito o que foi designada a fazer.

– Tem sim. - insistiu.

– Não, não tenho. - murmurei, baixando os olhos.

– Você salvou aquele garotinho, o Pedro. Você o deu paz Vic, você está fazendo o que tem que fazer.

– Não. - escondi meu rosto em minhas mãos. Sebastian apareceu na minha frente e eu o olhei.

– Por que acha que não? – perguntou me fitando com aqueles belos olhos azuis.

– Se tivesse você não estaria aqui. - ele me fitou e balançou a cabeça, suspirando.

– Você quer que eu vá embora?

– Não sei. – resmunguei.

– Então, quer que eu fique?

– Você não pode. – falei, o olhando.

– O que você quer Victoria?! Meu Deus! - ele apareceu em pé com as mãos na nuca. - Você está triste, está sozinha? Eu estou aqui por sua causa!

– Eu não quero parecer triste, nem sozinha. Não quero fazer cena, nem chamar atenção. Eu só quero que o mundo tente me entender. - ele sentou-se a minha frente no chão de novo, tentou tocar meu rosto, mas desistiu, talvez lembrando-se que não é possível.

– Me diga o que você quer Vic, por favor. Eu me sinto perdido, como se não existisse, sempre quando não estou com você. Talvez não seja pela minha mãe ou pela minha irmã que eu ainda esteja aqui.

– O que você quer dizer com...

– Posso estar aqui por outro motivo. – me interrompeu e deu de ombros.

– Você morreu no dia 27 de maio. - falei, pensando em algo. Aquilo me assustava. - Eu fiz aniversario dia 27 junho, um mês depois da sua morte.

– Sei. E daí?

– Você apareceu pra mim uma semana depois do meu aniversario. – constatei.

– Dia 4 de julho.

– Isso. – confirmou ele.

– E o que, que tem?

– Não é estranho você aparecer pra mim um mês depois do acidente, logo depois do meu aniversario?

– É só coincidência. – disse, dando de ombros.

– Tem algo nessa data. Sei que tem.

– É só uma data. - disse ele. Sei que tem algo com essa data, porque motivo ele apareceria logo dia 4 de julho e não no dia do acidente?

– Eu vou descobrir o motivo. - lhe assegurei, bocejando.

– Dia 4 é dia da independência Vic, não tem nada a ver. - disse, encolhendo os ombros - Melhor você dormir, está cansada.

– Você vai embora? - perguntei-lhe, deitando-me.

– Quer que eu fique?

– Quero. – murmurei.

– Então eu fico. - voltei a dormir.

Ao acordar com minha mãe me chamando, sentei-me na cama esfregando os olhos. Levantei-me e fui tomar meu banho. Depois de me arrumar, peguei minha carteira. Pude ver então, que eu estava com dinheiro. Hoje será um dia cheio. Eu prometi a Sebastian e vou cumprir. Desci as escadas e fui direto tomar café, minha mãe preparara panquecas. Assim que as terminei, me despedi dela e fui para o colégio.

– Você sempre vai sozinha para a escola? – perguntou Sebastian. Assenti, virando a esquina. Estava andando distraída a caminho do colégio, quando Sebastian aparece ao meu lado. - Mas e seus amigos? Alan e Dana, não é?

– Eles moram mais perto do colégio, só os encontro lá.

– Bom, então eu lhe acompanho. - eu o olhei de relance e ele sorria. Eu levava mais ou menos uns 20 minutos para chegar ao colégio, mas, com Sebastian contando algo, ou sempre me fazendo uma pergunta, andávamos devagar e eu sabia que ia chegar atrasada, porém, eu pouco me importava. - Então, eu estava lá, na frente deles, quando a última música acabou... - ele riu e me olhou. - Eu só ouvia os gritos, os aplausos, as luzes vagueando por todo o estádio. Foi simplesmente mágico.

– Primeiro show que você foi? - perguntei enquanto esperávamos o sinal abrir.

– Sim. – disse ele, andando ao meu lado com um sorriso de orelha a orelha.

– De quem foi?

– Puddle of Mudd. Eles são demais! - os carros pararam e atravessamos, chegando a meu colégio. Parados em frente ao portão, me virei para Sebastian. Ele me olhava pensativo.

– Que foi? – perguntei.

– Sei que não posso ir com você, afinal você tem que prestar atenção na aula e, eu não aguentaria voltar à escola. - disse ele, rindo baixinho e olhando com desprezo em direção ao colégio.

– Com ou sem você, eu não sou de prestar muita atenção na aula.

– Acho que esta na hora de começar. – disse com um pequeno sorriso nos lábios. Cruzei os braços e olhei para o chão. Olhei para o portão e os últimos alunos entravam.

– Eu vou. - o olhei e ele balançou a cabeça. Virei, caminhando para a entrada. Numa ultima olhada, Sebastian deu um sorriso e sumiu. Entrei encontrando Alan e Dana, e fomos para a sala.



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Notas finais do capítulo

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beijos