A Garota da Cama de Cima escrita por dayane


Capítulo 25
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

E neste natal de 2010 concluo minha história. O especial esta sendo postadao com o titulo de "um dia eu tive". Entrem no meu perfil e procurem.



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01- Pequena sereia.

Nos contos de Hans Christian Andersen a pequena sereia vira pequenas bolhas de sabão.

Na rua, uma fina chuva caia e na sala Mark estava deitado no colo de sua mãe. O garoto estava inconformado com por não ter salvado a irmã, e mais inconformado ainda por não acharem o corpo.

Era um inútil.

- Sabe que não foi sua culpa, querido. – Lail estava mais doce desde que voltaram da viagem.

Mark permanecera calado. Levantou-se e caminhou até a rua.

Tinha ainda que resolver outro assunto.

E não sabia o que fazer a respeito.

Caminhava com o olhar baixo.

- Oras que desanimo!

A voz era carregada de alegria.

- Sara... – Olhou a amiga.

Sara sorriu. Abraçou o amigo de forma confortante.

- Não precisa contar, e não se importe em chorar. – Os olhos fecharam-se, as lagrimas saíram livres.

A tarde era fresca, algo raro no Brasil. Observavam as nuvens, apenas olhavam o céu. Nenhum comentário saia. Sara era paciente, sabia quando os amigos não estavam bem. Sabia também que sempre há um momento em que queremos desabafar. Para Sara o importante era simplesmente que a dor de seus amigos passasse. E isto a trazia grandes problemas, pois tinha diversas amizades, a maioria do sexo masculino, e diversas invejas, já que a doçura com que ela tratava os amigos era algo admirável.

E coisas admiráveis, são cobiçadas.

- Sara...

- Diga - Acariciava os cabelos dele.

- Não posso te amar...

- Que bom.

- Como? – Apesar de ter ficado curioso, não se moveu. Queria aquele cafuné.

- Na verdade... – Não sabia como contar, estava ficando constrangida. – Eu percebi que eu amo outra pessoa.

- Que bom não é?

- É. – Sorriu.

- Eu perdi quem eu amava.

- Kill?

- Sim.

- Para onde ela foi?

- Morreu. – Sabia que Sara estava assustada, principalmente com a facilidade com que falava do assunto.

- Sinto muito. – Ela sussurrou.

- Pelo que?

- Por você estar mau e eu não poder fazer nada.

- Quem é a pessoa que você ama? – Queria mudar de assunto. Conhecia Sara e sabia que ela iria chorar em breve.

- Você não precisa saber.

- Preciso! – Ergueu o corpo e encarou a amiga. – Eu te perdi para ele!

Ele?

Sara riu. Não era bem ele.

- Ah... – As bochechas avermelharam-se e como refugio virou o rosto para o outro lado.

- Não me diga que é... – Não poderia ser uma garota.

- Qual o problema pirralho? – A voz feminina confirmou suas suspeitas.

- Julha? – Mark estava abismado. – Eu perdi para uma garota?

Entrou em casa. Escorregou o corpo pela porta e suspirou. Sara estava feliz, e isso era bom.

A casa estava em silencio. Sua mãe deveria ter ido dormir.

Passou na cozinha e encheu um copo com água. Enquanto tomava, lembrava dos bons momentos eu passou com Kill. As brincadeiras, as comidas esquisitas que ela preparava. Os apelidos irritantes e tão adorava.

Deixou o copo na pia e foi ao quarto. A cama de cima...

Subiu a escada e deitou-se enquanto inalava o perfume feminino.

Kill...

Durante alguns anos, Mark passou a ficar aéreo, terminou a escola e formou-se em eletrônica. Alguns anos mais tarde, comprou sua casa própria, meses mais tarde sua mãe faleceu.

Mark assistia à televisão sem muito animo, um comentarista começava a reclamar da seleção brasileira de futebol, nada muito assustador, as pessoas só sabem reclamar. Desligou o parelho e foi até o quarto. Deitou-se e rapidamente dormiu.

A voz era tão doce... Que chegava a amargar.

- Estou te esperando, Markezinho....

Sabia onde ir. Pegou o carro e parou onde sua intuição mandou. Desceu e entrou no parque da cidade, ainda estavam em maio e o parque só abriria em junho.

Correu até o carrossel.

-//-

- Diga-me, qual o seu sonho? – Não sabia quem era aquela voz, mas sabia quem era aquela fonte de amor paterno.

- Quero ser a felicidade de alguém... Mesmo que por um pequeno tempo...

- Vá querida filha.

-//-

Observou a garota sentada na chuva, ela abraçava os joelhos. Deveria ter cinco ou seis anos uma faixa branca estava enrolada na cabeça, os cabelos eram longos e tinham as pontas enroladas.

- Por que demorou tanto? – pensou ao ouvir os passos dele.

- Vamos para casa – Mark perguntou ofegante – querida Kill?

Todos os mentirosos têm um motivo para mentir. Qual o seu?

Kill


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Notas finais do capítulo

Abraços a todos que acompanharam.
Muito obrigada.



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