P.s. I Love You escrita por abishop


Capítulo 1
Capítulo 1




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Quando terminei de jantar no salão principal, despedi-me de Harry, Gina e Hermione e fui para o quarto dos garotos na torre da Grifinória. Informei a senha ao quadro da Mulher Gorda que se abriu quando disse a senha. Vesti meu pijama e fiquei deitado em minha cama, mas alguma coisa me impedia de fechar os olhos e sonhar com coisas boas. 

Por mais que meus olhos estivessem cansados e meu corpo necessitando de descanso eu não conseguia fechar os olhos e dormir. Por mais simples que isso fosse. E essa minha vontade de querer dormir e não conseguir tinha um nome: Hermione. Todos os anos quando voltamos para Hogwarts, sempre implicamos um com o outro, não teve uma única vez em que não fizemos isso. 

Já faz algum tempo que ela vem me perturbar em meus sonhos e qualquer coisa que eu ouse fazer ou pensar seu nome me vem à mente. Demorei algum tempo para perceber do que se tratava, foi então que percebi, olhando para Gina e Harry, que meu sentimento, que meus pensamentos por ela e para ela tinham um significado. Eu estava apaixonado pela Hermione. 

Em quase todas as aulas ela era minha dupla e para não deixar transparecer eu agia normalmente, embora Gina e Harry já tivessem percebido que eu estava estranho, eu negava ate a morte que não tinha nada. Ela também já tinha me perguntado o mesmo e eu neguei. 

Alguns dias depois na aula de Poções, sentei-me com Harry enquanto o professor Snape não chegava já que Gina queria conversar com Hermione. Harry insistiu em me perguntar o que era, mas eu, teimoso e cabeça dura que sou neguei mais algumas vezes. Voltei-me a sentar com Mione quando Gina voltou para sentar-se ao lado de Harry. Quando Snape chegou, foi difícil de falar alguma coisa. Ele andava entre as carteiras para ver se estávamos fazendo a lição da página duzentos e quarenta e três. 

Antes de eu me levantar para entregar o pergaminho a Snape, Hermione de deu um pedaço de pergaminho dobrado. Só li quando sai da sala e fui para a torre da Grifinória. Coloquei minhas coisas no chão ao lado da minha cama, me deitei e tirei o pedaço de pergaminho do bolso da minha calça e comecei a ler a caligrafia perfeita dela. 

“Rony, o que está havendo com você? Ultimamente você tem andado tão estranho, parece que esta me evitando. Seja o que for gostaria que você me contasse o que te aflige, afinal, sou sua amiga ou não? Não comentei nada antes por educação, mas tem alguns dias que você está assim, tão distante. Enfim, te vejo no salão principal para jantarmos. Da sua amiga, Hermione.” 

“Assim você vai me enlouquecer Mione.” Pensei comigo mesmo. “Não estou te evitando, só estou tentando fugir de mim mesmo.” Quando à hora de jantar se aproximou Harry, os demais e eu descemos juntos e chegando ao salão principal, a avistei de longe, linda como sempre, guardando um lugar para mim. Por coincidência ou não, Harry e Gina não sentaram próximos da gente, comecei a achar que tudo aquilo fora planejado, ou não. Sentei-me de frente para ela, que ficou me encarando com seus olhos castanhos. 

— Estou com uma fome. – Falei em tom alegre. 

— Estou vendo. Pelo tanto de comida que você pegou parece que não se alimenta há dias. – Ela disse apontando para o meu prato. – Não quero que você vire uma bola. 

— Entoum o quee voce querr falar comigo? 

— Ronald, por favor, quantas vezes eu já te falei pra não falar de boca cheia? 

— Desculpe Mione, me esqueci. – Disse depois que engoli. 

— Rony, vou ser direta no assunto. Eu te fiz alguma coisa para você ter ficado estranho? 

— Você? Impossível. Você seria a ultima pessoa da face da Terra que poderia me machucar. – Vi ela corar um pouco. 

— Então porque você tem estado um pouco distante? 

— Não é nada grave, te juro. Quando puder, eu te conto realmente o que tem me atormentado. 

— Promessa é divida Rony, eu vou cobrar isso de você. 

— Mione, agora come senão a sua comida vai esfriar. 

— Rony, ate parece que você esqueceu que usamos magia para quase tudo. 

Fiquei ali com ela conversando por horas sobre coisas que gostávamos. Cheguei a perceber que talvez, ela pudesse sentir o mesmo por mim, mas não falei nada para não causar má impressão. 

Voltamos para a torre da Grifinória e ficamos conversando mais um pouco, sentados no sofá perto da lareira. Quando percebemos, fomos os únicos que restavam ali. 

— Rony, vou me deitar. Não esqueça que amanha temos o passeio a Hogsmeade. 

— Tudo bem, não vou me esquecer disso. Boa noite Mione. 

— Boa noite Rony. 

Um pouco depois que ela se foi, eu fui me deitar. Adorava ir a Hogsmeade. Esses passeios eram mais do que relaxantes. A primeira coisa que fizemos quando chegamos lá, fomos ao Três Vassouras e pedimos uma caneca para cada um de cerveja amanteigada. Harry bebeu o dele rapidamente e ficou observando as pessoas do bar. Madame Rosmerta estava no caixa e tinha contratado um bruxo para lhe ajudar a servir as bebidas. Para nossa sorte nada de esquisito aconteceu nesse dia. Depois de jantarmos, fui para a torre da Grifinória e fiquei esperando por ela para lhe entregar seu presente de aniversario. Ela apareceu um pouco depois, sentando-se do meu lado cheguei a acreditar que ela tivesse feito isso por achar que eu tinha esquecido. 

— Feliz aniversário Mione. – Disse-lhe entregando um pequeno embrulho. 

— Ah Rony, um presente? Não precisava. Muito obrigada. 

Ela desfez o laço e tirou o papel e abriu a pequena caixa e viu seu conteúdo.

— Rony é lindo. – Disse segurando o colar com pingente de coração, e dentro dele tinha uma foto nossa, mas ela não tinha percebido isso. - Obrigada. – Ela me deu um beijo na bochecha. – Coloca pra mim? 

— Claro. – Passei o colar pelo pescoço dela e prendi o feixe do colar. – Pronto. 

— Obrigada Ronald por ter se lembrado e pelo presente também. Não sabe o quanto isso foi importante para mim. 

Eu sorri e ela fez o mesmo antes de ir para o quarto das garotas. Subi alguns minutos depois indo para o quarto dos garotos. Coloquei meu pijama e me sentei na cama, peguei um pedaço de pergaminho e minha pena que estavam na mochila ao lado da cama. Os demais garotos e Harry ainda estavam na festa do salão principal. Comecei a redigir algumas linhas que se transformaram em uma bela carta. 

“Querida Hermione, 

Já faz algum tempo que veio me sentindo um pouco estranho, mas para a minha sorte descobri que isso não é nada e que não passa de um sentimento. Todos os anos, sempre que retornamos a Hogwarts sempre implicamos um com o outro, foi então que eu parei para analisar isso. 

Posso ser o Wesley bobo, engraçado, palhaço, idiota ou o que for, mas sempre serei o Rony e vi que essas minhas qualidades, se é que posso chamá-las assim, nunca vão mudar porque fazem parte da minha personalidade. E as suas qualidades? 

Além de ser minha amiga e super inteligente, mais inteligente do que qualquer outro aluno. Se alguém me perguntasse quem é a melhor bruxa da escola, eu diria que é você. Para mim você é a melhor. Sempre ajuda a mim e ao Harry quando nos complicamos com alguma lição. Você sempre os feitiços necessários para cada ocasião. 

Essa minha admiração por você se transformou em outra coisa que preferi não falar por algum com tempo com ninguém. Ate ter certeza do que era fiquei um pouco mais distante, sei que você pode ter achado que eu estava chateado com você ou que fiz você pensar que você tinha feito alguma coisa para mim. Não se preocupe você não fez nada que pudesse ter feito alguma coisa a mim. 

Talvez seja apenas impressão minha, mas já reparei algumas vezes que você parece sentir o mesmo por mim. Corrija-me se eu estiver errado. Eu tenho tanto medo de te perder para outra pessoa, que só o simples fato de pensar na perda me deixa mal. 

Aposto que Harry e Gina ficariam felizes se tivermos alguma coisa, meus pais então não vou nem falar. Eles te adoram. Tenho vergonha do que vou escrever agora, mas eles já me disseram que adorariam ter você como nora e meus irmãos adorariam ter você como cunhada. Eu acho que no fundo, todas aquelas implicâncias um com o outro, acabariam se tornando esse sentimento. Toda noite quando deito em minha cama, é você que vem no meu pensamento antes de eu dormir. 

Aos poucos essa admiração por você e se tornou amor. Isso mesmo que você leu. Não sei se você sente o mesmo por mim, mas esse amor dentro de mim esta incontrolável. Não sei quando você vai ler essa carta e nem quando terei coragem para me declarar para você, mas quero que saiba que o que eu sinto por você é verdadeiro e que não vai mudar. 

Do seu amigo Rony Weasley.

P.S. I Love You.”

 

Um pouco antes de voltarmos para A Toca para a festa de Natal, reparei em meio aos meus livros um envelope que continha um pergaminho dentro. Reconheci a caligrafia. Era de Hermione. Parei perto da janela e comecei a ler. 

“Rony, 

Você é tão bobinho e engraçado e eu adoro isso em você. Não é só a sua personalidade ou seus cabelos ruivos que me fazem pensar coisas quando vou dormir. Sim, quando me deito você me vem na memória. Você na estava errado quando suspeitou que eu pudesse sentir o mesmo por você. Eu nunca imaginei que você estava apaixonado por mim. 

Só descobri isso quando vi seu pergaminho dobrado dentro do livro de feitiços. Peguei escondida quando você foi perguntar alguma coisa para o professor. Desculpe-me por isso. Acho que não precisamos dizer mais nada sobre alguma coisa que não podemos negar a nós mesmos. Obrigada pelos elogios, você é muito gentil. 

Eu também te amo.

Da sua amiga Hermione Granger.”

 

Sorri bobo ao terminar de ler a sua carta. Quando olhei para a porta, havia uma Hermione Granger parada apenas me observando. Ela se aproximou de mim e ficou encarando meus olhos.

— Eu não sei nem o que dizer. 

— Rony, não precisa dizer nada. O que sentimos um pelo outro falara por nós. 

Ela foi aproximando seus lábios dos meus e acabamos nos beijando. Eu tolo demais demorei tanto tempo e perdi esse gosto? Eu sou mesmo um idiota. Voltamos para a festa, de mãos dadas, antes que alguém desse por nossa falta. O resto da festa de Natal passamos sentados no sofá trocando olhares, vez ou outra eu murmurava alguma coisa em seu ouvido que a fazia sorrir.  Ela me dizia algumas coisas também que me fizeram dar um sorriso tímido. Eu estava feliz por isso, porque agora ela me completava e eu completava a ela.


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