Shooting Star escrita por Fabi-Aiyu
Notas iniciais do capítulo
Nada a declarar.
O céu iluminado pela lua e pelas estrelas não tinha nenhuma nuvem. Uma brisa suave balançava os fios um tanto curtos e repicados do menor, lhe dando um ar de calmaria incrível. Já o maior dos dois, aninhando o outro junto a si, suspirava e fitava a imensidão acima de si.
Era tarde da noite. Não era bem alta madrugada, mas já passava das três da manhã e nada do sono bater e fazer aqueles dois corpos preguiçosos no chão se levantassem, rumando para o quarto.
Uruha deslizou os dedos suavemente por aqueles cabelos claros e macios que se espalhavam em seu tórax, observando o outro ali, tão deitadinho e confortável feito uma criança mimada. É, apesar de todos os anos, ele não havia mudado em nada, ainda era a sua borboleta, como costumava chamá-lo.
Alguns anos haviam passado e, apesar de tudo o que passaram, ainda estavam ali. Juntos. Mais do que juntos fisicamente falando, mas presentes de todas as formas possíveis e impossíveis.
Não havia problema algum mais que tivesse que ser resolvido; nada de brigas, inveja e pessoas que tentavam atrapalhar e interromper o fluxo normal, comum de sua vida. Nada que o destino não tivesse perfeitamente traçado para o casal, na certeza de que tudo o que viria mais a frente seriam capazes de transpor. Com o sentimento que repartiam, podiam tudo. Tudo.
- Amor... - Shin levantou os olhos preguiçoso e fitou o maior, deslizando os dedos em seu tórax – Faça um pedido.
- Pedido, Uru? Por quê?
- Uma estrela cadente...
Shin sorriu daquele seu jeito infantil. Sentou-se melhor sobre o gramado e suspirou, olhando o céu, permitindo ao amado envolver sua cintura com calma e ajeitar-se atrás de seu corpo, servindo de sustento.
Um sorriso maior transbordou dos lábios macios do menor, curvando-os de uma forma carinhosa ao murmurar um “pronto”, logo virando um pouco o rosto e olhando o outro por sobre o ombro.
- Prontinho.
- E o que pediu? Pediu a eternidade comigo?
- Não, não sou tão clichê assim... – riu baixo – E pedidos de uma estrela cadente não se conta.
- Mas eu quero saber o que você pediu, oras! – passou o nariz devagar por seu pescoço.
- Tá bem, eu pedi você!
- Eu?
Os dois ficaram se olhando por um momento, até que Shin suspirou de forma suave e diminuiu um pouco o sorriso para sussurrar.
- É... Sendo você a minha própria estrela cadente, meu amor... Eu sei que posso tudo o que desejar se estiver comigo... E posso realizar seus pedidos... – virou-se de frente para ele – Eu te amo mais do que tudo, Uru... Sabe disso...?
- Eu também te amo, minha borboleta.
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