O Destino de Cada Coração Iii escrita por By Mandora


Capítulo 7
O Perigo Que Espreita Na Escuridão




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A noite chegou rapidamente e parecia muita mais negra do que o normal. Os dois youkais e suas companheiras humanas continuavam seguindo pela trilha de sangue deixada. Setsuna e Kagome iam montadas sobre Ah-Un. Ele parecia um pouco triste, sentia falta de Rin. Setsuna acariciou-lhe um pouco o dorso e deu-lhe um tapinha amigável, o qual ele entendeu ser um sinal para parar de caminhar. Assim que o fez, Setsuna e Kagome desceram.

– O que foi? – Perguntou Sesshoumaru, virando-se para elas.

– Ah-Un está cansado. Já está escuro e é melhor pararmos por hoje... – Respondeu Setsuna.

– Pensei que quisesse salvá-la... – Deu-lhe as costas.

– É o que mais quero, mas não iremos ganhar nenhuma vantagem andando por aí a noite toda. É melhor esperarmos o sol chegar.

– Você é quem sabe... – Finalizou ele, com ar de desdém.

Inu-Yasha se aproximou de Kagome e sussurrou em seu ouvido.

– Esses dois se comportam de um jeito muito estranho um com o outro, você não acha?

– Mais do que você e eu, Inu-Yasha?

Ele ficou sem graça e resolveu não insistir no assunto. Kagome afastou-se um pouco, colocou sua mochila no chão e começou a remexer nela.

– Setsuna, será que tem algum rio por aqui onde possamos tomar um banho?

– Acho que há um lago mais adiante...

– Como você sabe? – Perguntou Sesshoumaru.

– Não sei, apenas sinto a presença da água... – Sorriu.

– Lá vem você com essa história de novo...

– Nós voltaremos logo... – Começou a caminhar, sendo seguida por Kagome, que carregava um par de toalhas.

– Não acha que é perigoso ficar andando por aí sozinha?

– Queres vigiar meu banho, meu senhor?

Inu-Yasha mexeu um pouco suas orelhas e olhou desconfiado para Sesshoumaru.

– Que idéia é essa, Setsuna? – Perguntou Kagome, um tanto surpresa.

Sesshoumaru ficou sem saber como responder. Queria falar algo, mas ao invés disso, resolveu apoiar seu corpo numa árvore. As duas continuaram seu caminho até o rio. Inu-Yasha ficou observando seu meio-irmão, o que deixou o youkai irritado.

– O que você está olhando, Inu-Yasha?

– Nada, não... Vou fazer uma fogueira, afinal está ficando cada vez mais frio...

-x-x-x-x-x-

O lago era silencioso e sombrio. Havia uma certa névoa no ar, o que tornava o ambiente pesado. As duas jovens começaram a banhar-se. A cicatriz no peito de Setsuna chamava a atenção de Kagome, mas ela evitou comentários. Procurou tentar distrair Setsuna dos pensamentos que lhe vinham à cabeça. Boa coisa não seriam, pois ela sempre mantinha um olhar triste e distante.

– Brrr... Que água fria!

Um sorriso melancólico esboçou-se no rosto de Setsuna.

– Ainda não te acostumaste, Kagome?

– Eu nunca vou me acostumar, Setsuna!

As duas riram uma para a outra. Saíram das águas geladas e enrolaram-se nas toalhas. Kagome se ofereceu para pentear os cabelos de Setsuna. Enquanto o fazia, não pôde deixar de notar a tristeza no olhar da companheira e resolveu fazer algo para tentar mudar o clima.

– O seu cabelo é muito bonito. Como consegue cuidar dele?

– Quando eu estava morta não precisava me preocupar com isso... Mas, antes de morrer e depois de ser trazida de volta à vida, quem sempre me ajudava era a pequena Rin...

– Ahhh... “Eu e essa minha boca grande!”. – Ficou sem graça. – Nós... Nós vamos encontrá-la...

– Meu senhor, Sesshoumaru, acredita que ela ainda esteja viva, mas eu não tenho a mesma certeza...

– É um pressentimento?

– Não sei... Quem quer que a tenha levado queria que o seguíssemos. Por isso aquela trilha. Mas ela não precisa estar viva para que o canalha retire seu sangue... Independente dela estar viva ou morta, meu senhor seguirá o maldito até o inferno, se preciso for, assim como eu... – Encarou Kagome. – Mas não é isto o queres saber...

– Como assim?

Setsuna colocou a mão sobre a cicatriz.

– Sim, esta é a marca da espada do bandido que me matou a mando de Naraku.

– Desculpe, não queria ser intrometida e nem fazer você se lembrar de coisas tristes.

– Eu sei. Agora faças a outra pergunta.

– Não se pode esconder nada de você, não é mesmo?

– Não posso evitar. Toda vez que alguém me toca, eu vejo o que se passa na mente e no coração dessa pessoa.

– Foi assim que você se apaixonou por Sesshoumaru? Porque viu alguma coisa boa no coração dele?

– Te lembras do que eu disse quando estávamos na caverna, Kagome? Que não escolhemos viver ou morrer, nem a quem odiamos ou amamos... O destino coloca as cartas sobre a mesa e a nossa única escolha é como jogá-las. Eu não escolhi me apaixonar por ele, mas escolhi permanecer ao lado dele, mesmo sabendo do lado escuro de seu coração. – Voltou seu olhar para as cálidas águas do lago. – Sim, eu vi algo de bom no coração dele. E por mais que ele negue, eu sei... Mas também vi sofrimento e solidão. Meu senhor Sesshoumaru e teu senhor Inu-Yasha sofreram muitos infortúnios, Kagome... Sofrimento e solidão eram tudo o que conheciam. E uma das razões pela qual escolho permanecer ao lado dele, é porque não quero que sofra e nem que se sinta solitário.

Kagome levantou os olhos para admirar as estrelas.

– Sabe, Setsuna, no começo eu achei que você estava com ele por gratidão. Ele salvou a sua vida. Mas agora vejo que não... Eu sei como é isso. Eu também jamais poderia deixar o Inu-Yasha... – Sentiu Setsuna tocar-lhe o rosto.

– E foi por isto que caíste na armadilha que Naraku preparou para ti, assim como para Kikyou, há cinqüenta anos. – Kagome desviou o olhar.

– Aquelas palavras me fizeram perder o controle. Deveria ter percebido que não era ele...

– Tiveste medo porque na verdade sabes que ele foi e sempre será um assassino, mas que por ti o coração dele mudou. E estejas certa de que por ti ele não só mataria, mas também morreria. Ames o teu senhor com todo o teu coração, Kagome, mas não te esqueças de que junto com o amor também vem a confiança. Não é o amor que é cego e, sim, a confiança que depositas em teu companheiro.

– Eu sei...

– O elo entre vós estreita-se a cada dia. Agora mais do que nunca...

– O que quer dizer?

– Apenas a verdade... – Levantou-se e começou a vestir seu quimono. – É melhor voltarmos. Não é seguro permanecermos longe tanto tempo.

Kagome levantou-se um pouco desconfiada. A mulher diante de si só falava por enigmas. Ela teria que descobrir sozinha o que Setsuna queria lhe dizer, pois jamais escutaria as respostas dela diretamente.

Ao retornarem para o acampamento, Inu-Yasha já tinha acendido a fogueira, mas não havia nenhum sinal de Sesshoumaru. Kagome sentou-se ao lado do hanyou, que estava recostado a uma árvore.

– Aonde foi o meu senhor? – Perguntou Setsuna.

– Eu não sei... – Sorriu. – Acho que o deixei sem graça. – Percebeu que Setsuna o encarava e fez um ar de desentendido. – O que foi?

– Nada, mas devias aproveitar a oportunidade e conversar com Kagome...

Enquanto Setsuna se afastava, Inu-Yasha ficou olhando-a com cara de bobo. “Será que ela já percebeu? Não, não pode ser...”. Notou então, que Kagome o olhava, como se estivesse esperando por uma resposta. Ele ficou sem jeito.

– Essa garota é completamente pancada, você não acha, Kagome?

– Não, não acho... – Continuou a olhar para ele do mesmo jeito.

– “Isso não está indo bem...”. É que ela é tão...

– Desembucha logo, Inu-Yasha! Você e Setsuna têm andado muito estranhos. É como se quisessem me contar alguma coisa importante, mas deve ser algo muito ruim, porque vocês sempre dão para trás. Por acaso eu estou com alguma doença e vou morrer e vocês não querem me contar?

– Credo, Kagome! Vira essa boca para lá!

– Então o que é, Inu-Yasha?

Ela se aproximou dele e o encarou. Ele, por sua vez, corou e desviou o rosto para o outro lado.

– Ainda é muito cedo para você saber...

Ela segurou-lhe o queixo e virou seu rosto, tentando fazê-lo encará-la, mas ele fechou os olhos.

– É tão ruim assim a ponto de você não conseguir me olhar nos olhos?

Ele abriu os olhos e finalmente a encarou. Ela nunca havia visto tanta ternura em seu olhar. Ele a puxou contra seu corpo e a abraçou fortemente. O coração dele batia tão forte e rapidamente que parecia querer escapar pelo peito a qualquer momento. Ela aprofundou o rosto ainda mais em seu peito e percebeu que a respiração dele tornava-se curta e ofegante. Ela compreendeu melhor quando sentiu uma certa umidade atingir-lhe a face, como uma gota perdida de chuva. “Não...”. Afastou o rosto para encará-lo, mas a face dele estava escondida pela franja prateada.

– Inu-Yasha... – Lágrimas caíram de seus olhos. – Por favor, não morra...

Ele levantou o olhar enquanto ela acariciava seu rosto. Seus olhos ainda estavam úmidos e ele tinha um estranho sorriso nos lábios.

– Eu não vou morrer, Kagome...

– Mas o ferimento...

– Ainda não está cicatrizado, mas não é o suficiente para que eu morra...

– Mas, então, por que você está triste?

– Eu não estou triste, pelo contrário... Você não pôde usar seu poder para me curar, não foi?
Dessa vez foi Kagome quem baixou o olhar.

– Se não fosse por Setsuna você teria morrido... Eu não sei o que aconteceu... – Jogou-se no colo dele aos soluços. – Achei que você fosse morrer! – Sentiu-o acariciar seus cabelos.

– Você quer saber porque não pôde me curar?

Os dois se olharam por um tempo e quando ele finalmente ia dizer algo, percebeu que Ah-Un estava inquieto e nervoso com uma estranha energia no ar.

– Um fragmento... – Ela revelou. Pegou seu arco e colocou a bolsa de flechas nas costas. Inu-Yasha sacou a Tessaiga e levantou-se seguido por Kagome.

– Eu já percebi uma presença estranha por aqui...

Um vento frio soprou e apagou a fogueira, mergulhando aquele lugar nas trevas.

Longe dali, Sesshoumaru estava a beira de um penhasco observando todo o vale. Setsuna se aproximou e manteve-se ao lado direito dele e também ficou a observar a paisagem. A brisa da noite era delicada, porém desalinhava incansavelmente os cabelos de ambos.

– O que está fazendo aqui, Setsuna?

– Estarei onde estiveres, meu senhor. Por que te afastaste sem dizer-me nada?

– Aquele moleque estava me deixando irritado...

– E saíste para não brigar... Por que simplesmente não acabaste com ele?

– Não temos tempo para perder com esse tipo de bobagem...

– Antigamente o terias partido ao meio sem sequer pensar duas vezes...

– Se quiser ainda posso fazê-lo...

– Já disse a ti que não quero que faças nada por mim que venha a custar a vida de alguém... Mas obrigada por não fazê-lo...

Ele finalmente virou o rosto para olhá-la.

– Como consegue permanecer perto de mim, sabendo de tudo o que já fiz e do que ainda posso ser capaz? Eu sou tudo o que você mais odeia...

– E também és tudo o que mais amo... – O encarou. – Não é a ti que odeio, mas a parte youkai dentro de ti que me rejeita... – Ergueu a mão esquerda e com ela segurava sua fita azul para prender o cabelo. – Mas se quiseres que eu parta...

Sesshoumaru colocou sua mão sobre a dela.

– Não quero...

A imensidão verde-escura do vale era sem fim. O horizonte parecia não ser bem definido, a não ser pela sombra de uma montanha ou outra. Enquanto seus lábios se encontravam sobre a escassa luz da lua minguante, uma noite sem estrelas, aquela delicada fita azul de seda passeava livre e despreocupadamente por onde quer que as correntes de ar a levassem. Quando se deram por satisfeitos, ambos ficaram observando a direção do acampamento.

– A fogueira foi apagada... – Ele comentou.

– De novo não...

Seguiram pela escuridão da floresta de volta ao local onde estavam Inu-Yasha e Kagome. Lá, encontraram ambos em estado de alerta. Os restos da fogueira ainda exalavam fumaça. Os dois irmãos se entreolharam. Naquele momento, compreenderam que teriam que deixar de lado suas diferenças e juntar forças para proteger aquelas que os acompanhavam. Uma energia maligna gigantesca se fazia presente, mas não dava para precisar seu exato local, tamanho era seu poder. Era como se todo o lugar estivesse possuído. Uma rajada de vento passou por entre os dois casais e acertou Ah-Un, jogando-o contras às arvores e abrindo uma imensa trilha.

– Que droga! – Exclamou Setsuna.

Ela correu na direção de Ah-Un para ver como ele estava, mas Sesshoumaru adiantou-se e se pôs na frente dela.

– Cuidado com seus movimentos. Não sabemos ainda contra o quê estamos lutando...

– Certo... – Olhou piedosamente para Ah-Un. “Agüente firme.”.

– Essa coisa tem um fragmento da Jóia de Quatro Almas.

– Apareça, seu covarde! – Gritou Inu-Yasha, irritado com a demora.

Uma gargalhada maldosa ecoou pelo local.

– Sacerdotisa...

Sesshoumaru então notou que a grama ao redor dos pés de Setsuna se arrepiou. Ele puxou-a pela cintura e acabou por juntar-se a Inu-Yasha, que estava em frente a Kagome, protegendo-a. Daquele local, surgiu uma coluna de energia negra que, logo depois, se desfez. O fato de Setsuna não ter percebido aquela força bem debaixo de seus pés o deixou desconfiado.

– Você também não pôde pressentir essa energia, não foi? – Perguntou Sesshoumaru.

– Exatamente como quando Rin e Jyaken foram levados.

– Bem, pelo menos sabemos ter encontrado o que procurávamos. – Concluiu Inu-Yasha. – Kagome, onde está o fragmento?

A colegial olhou ao redor, tentando identificar onde estava o fragmento. “Deve ser um grande fragmento, a sua presença é muito forte... Mas onde?”. Havia tanta energia negativa que isso a dificultava de saber com certeza onde estava o fragmento. Sentiu Setsuna segurar sua mão.

– Acalma-te...

Kagome afirmou com a cabeça e fechou os olhos. Ambas eram observadas por Sesshoumaru e Inu-Yasha. Assustada, Kagome abriu seus olhos e virou-se, apontando para direção atrás deles.

– Ali! O fragmento está ali!

– Agora eu pego o maldito! – Inu-Yasha avançou contra a direção que Kagome indicara e se surpreendeu ao perceber Sesshoumaru ao seu lado.

– O canalha é meu...

O golpe da Tessaiga e o chicote de Sesshoumaru abriram uma enorme clareira na mata. Uma densa nuvem de poeira, folhas e galhos se formou.

– Isso foi muito fácil... – Comentou o mais velho.

– Fácil demais... – Completou o mais novo.

– O fragmento está se movendo! Cuidado!

Uma energia negra disforme passou por entre os dois, indo na direção de Setsuna e Kagome. Inu-Yasha se desesperou, ao contrário de Sesshoumaru.

– Não fique aí parado, Sesshoumaru!

– Acalme-se e observe, Inu-Yasha...

Confuso, o hanyou observou Setsuna expor a esfera da alma e criar uma barreira circular ao redor dela e Kagome. Ao perceber a barreira, aquela energia parou diante das duas e soltou uma gargalhada.

– O que é tão engraçado? – Perguntou Sesshoumaru. – Não pode tocá-las, do contrário, será destruído pela barreira.

A criatura virou-se para encarar Sesshoumaru e Inu-Yasha e sorriu maldosamente para ambos. Seu corpo nada mais era do que uma coluna de energia negra. Sua cabeça tinha a forma de um triângulo e a única coisa que se destacava era um par de olhos amendoados que brilhavam vermelhos como o sangue fresco. Sesshoumaru sentiu um arrepio na espinha. “Que sensação é essa?”.

– Onde estão Rin e Jyaken, monstro? – Perguntou Setsuna.

O monstro voltou a encarar as humanas.

– Eu sou Shikage (x)... Fui criado pelo mestre Naraku para possuir a sua alma e destruir aquela que é a reencarnação da sacerdotisa.

Kagome deu um passo para trás. “Ele quer a nós duas...”.

– Não podes ultrapassar minha barreira.

– Eu sou um youkai das sombras. Essa noite, quase sem lua, me fortalece, pois sou eu quem suga sua luz. Alimento-me de todo tipo de luz...

Sesshoumaru teve um estalo e percebeu o que estava acontecendo.

– Setsuna! Recolha a esfera!

A criatura avançou e para a surpresa de Setsuna, ultrapassou a barreira, como se não houvesse nada em seu caminho, e atingiu em cheio sua esfera da alma. Shikage penetrou na esfera assumindo o seu controle e mudando o seu puro brilho para uma luz negra. A barreira não caiu e agora as duas estavam presas com o youkai lá dentro. Ao redor da barreira, um redemoinho de ventos se formou. Setsuna estava paralisada. Sua alma estava tomada por Shikage. Ela mantinha-se imóvel, de cabeça baixa.

– Saia daí, Kagome! – Inu-Yasha tentou atacar a barreira, mas foi impedido por Sesshoumaru. – O que pensa que está fazendo, seu maldito?

– Se tocar aquela barreira, não só a sua espada, mas como você também irão sumir. A garota não pode sair pelo mesmo motivo.

– Então, como vamos fazer?

– Temos que arrumar um jeito de retirá-lo de dentro da alma dela... “Mas como?”

– Mate-me... – Sussurrou Setsuna. Levantou o rosto e seus olhos estavam cheios de sangue. – Com a Tenseiga poderás resolver tudo depois, mas não permitas que eu mate novamente...

– Setsuna... – Não acreditava no que acabara de escutar. Ela teria que morrer novamente por causa da vontade daquele Naraku? “Não vou permitir isso...”

– Concentre-se, Setsuna! – Disse Kagome, aproximando-se da jovem possuída. – Você pode expulsar esse youkai! Você é muito mais forte... Argh!

A jovem foi surpreendida pela mão de Setsuna em seu pescoço e acabou por soltar o arco. Apesar disso, Setsuna continuava a encarar Sesshoumaru.

– Então permitirás que eu tire a vida dessa garota?

– A vida dela não me importa... – Respirou profundamente. – Mas se o fizer, perderá a sua alma para esse monstro... É isso o que você quer?

Ela apertou um pouco mais a garganta de Kagome, fazendo-a gemer e deixar algumas lágrimas caírem. Inu-Yasha revoltou-se diante da cena.

– Se você não vai fazer nada, então eu faço! – Inu-Yasha ergueu a Tessaiga.

– Inu-Yasha... – Percebeu que ele iria cortar a ferida do vento. – Isso é inútil...

– Vamos ver!!

Ele deferiu o golpe que se chocou contra a barreira, porém a energia do golpe foi absorvida por ela. Setsuna o encarou com um sorriso maldoso e, apesar das palavras saírem de sua boca, era a voz de Shikage que ressoava.

– Obrigado por me alimentar, hanyou. Agora observe a sua protegida morrer!

Por causa do golpe, Shikage, no corpo de Setsuna, mal percebera quando Kagome sorrateiramente retirou uma das flechas da bolsa em suas costas. De uma única vez, Kagome enterrou a flecha no braço que segurava seu pescoço, forçando-o a soltá-la. A distração também fez com que a barreira se desfizesse.

– Sua maldita! – Exclamou a possuída Setsuna.

Retirou a flecha de seu braço e cravou-a do lado direito do peito de Kagome e a arremessou contra uma árvore.

– Kagome! – O hanyou correu ao encontro dela e a abraçou. Logo, ela abriu os olhos lentamente.

– Inu... Yasha?

– Eu estou aqui...

Ela apenas sussurrou o nome dele mais uma vez antes de perder os sentidos...

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(x) Shikage – Sombra da morte, literalmente falando.


-x- Continua no próximo cap -x-


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