Bleach Vs Chaves escrita por Schneider


Capítulo 2
Os adversários se encontram




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Ichigo! Ichigo, aqui!

Ele podia ouvir a voz de seu diretor, atrás de si.

Rápido, preciso lhe falar algo urgente!

Chaves o observa com frieza. Enquanto Ichigo não souber a verdade, ele estará em desvantagem naquela luta. E Chaves não deseja isso. Afinal, ele é um herói.

O melhor vencerá – pensa Chaves.

Acima de tudo, aqueles que defenderão a Vila acreditam na honra, e não atacariam um adversário naquela situação.

Ichigo instintivamente compreende que Chaves não fará nada, até que ele converse com seu diretor, e então ele se vira, para encontrá-lo.

Atravessam um pequeno corredor, chegando a uma rua. Ali Ichigo encontra-se com Rukia, Renji, Byakuya e Kenpachi, todos calados, taciturnos.

Ichigo, serei breve. Você viu a estrela k-dente...

Sim, diretor.

Aizen fez a pergunta.

Impossível, diretor!

Baka! - era Rukia, que enfim quebrava o silêncio dos quatro shinigamis que receberam Ichigo e o diretor.

Kurosaki Ichigo, - Byakuya, na sua frieza habitual - não percebe que esta é a única explicação plausível? Encare a verdade.

Ichigo abaixa sua cabeça, enquanto cerra os dentes.

O que devemos fazer, diretor?

O nosso universo invadiu o universo dessas pessoas. Não poderemos coexistir, Ichigo. Em breve esta Vila entrará em colapso, caso os dois universos permaneçam aqui. Infelizmente vocês devem decidir quem ficará com a Vila.

Decidir?

Sim, Ichigo, vocês devem combater as pessoas desse universo, pelo direito de ficarem com a sua casa.

Mas diretor, esta casa não é nossa!

Ichigo, não se trata mais de um perigo que eu possa contornar com um roteiro! Vocês correm o risco de desaparecer... para sempre. E eu não poderei fazer nada.

Deve haver outro jeito...

Ichigo, você percebeu o olhar do Chaves?

Chaves? É este o seu nome?

Sim. Percebeu sua resolução?

Ichigo novamente abaixa sua cabeça. Ele gostaria de não estar naquela situação. No entanto, dessa vez sua existência está realmente ameaçada. Não é um perigo previsível como o Aizen. É um perigo real, que pode acabar com a sua existência, e com a existência das pessoas que vieram com ele: Rukia, Orihime...

Percebi, diretor.

Dessa vez foi o diretor que percebeu a resolução de Ichigo.

Onde estão os outros, diretor?

Neste universo somente cinco poderão combatê-los, por isso dentre todos, vieram somente cinco de vocês.

E quem nos escolheu? - ouviu-se enfim a voz de Renji.

Não sei. Talvez o autor dessa fic...

Rá! - Kenpachi sorria de forma mordaz, como era habitual.

Enfim, em breve vocês verão seus oponentes. E não os subestimem. Um tolo diria que não passam de personagens de uma comédia mexicana. Vou lhes revelar um segredo. Já lhes ocorreu porque escolhi nomes em espanhol, para tratar dos espadas?

Arrankar? - questionou Ichigo.

Sim. Os nomes estão em espanhol, e não é por acaso. Há muitos anos estive no México, e tive a oportunidade de ver a força destas pessoas. Alguns aqui não nasceram no México, e sua força excepcional foi obtida em outro lugar. No entanto, ficaram marcados como poderosos lutadores aqui, no México. E foi observando alguns que vocês enfrentarão que decidi usar os nomes em espanhol, uma forma de trazer a força deles para os arrankar. Então, cuidado. Não subestimem o inimigo.

Só espero que meu adversário seja forte - novamente Kenpachi.

Ainda mesmo quando nossa existência está em jogo, é tudo que você consegue pensar. Deve ser o limite da sua inteligência. - Byakuya.

Quer decidir isto primeiro, Byakuya?

Kenpachi disse a última frase enquanto pegava sua espada.

Guardem a sua força para o inimigo. E tenham cuidado; o nosso futuro está em suas mãos.

Sim, diretor. - disse Ichigo, enquanto voltava suas costas para todos, retornando à vila.

 

Chaves não precisou perguntar nada para Ichigo. Aqueles olhos vermelhos e sinistros só podiam indicar que ele estava preparado.

 

Rukia, que repentinamente se viu numa casa estranha, assim que Ichigo partiu, pressentiu que seu adversário estava próximo. Mal teve tempo de notar uma televisão, um sofá, uma mesa e umas cadeiras.

Rukia, eu sou sua adversária.

Quem é você, como sabe meu nome?

Sou a Chiquinha. E sei seu nome porque vocês invadiram nosso mundo, e não o contrário. Sabemos o que se passa aqui, e por isso pude trazê-la até minha casa, que será o cenário de nosso combate.

Acha mesmo que essa casa comportará um combate? Tanto mais quando vidas dependem do resultado dele?

Não seja tola. Este mundo é diferente. Esta casa é diferente. Acha mesmo que alguns ataques desta zanpakutou podem arranhar a casa do... Seu Madruga?

Seu Madruga?

Sim, você teve sorte. Já não posso dizer o mesmo de Renji.

Porquê?

Porque ele está nesta casa também, mas numa dimensão alternativa. E se ele não está lutando comigo, seu adversário só pode ser o outro morador.

Seu Madruga... - balbuciou Rukia, enquanto sentia um calafrio inexplicável.

 

Seja bem vindo, Renji. Lastimo que estejamos nesta situação. Eu sou seu adversário. Seu Madruga, prazer.

Quem era este homem? Franzino, chapéu esquisito, uma roupa desgastada pelo tempo. Seria uma paródia mal sucedida do Urahara? Então lembrou-se das palavras do diretor, e inexplicavelmente começou a sentir como se a atmosfera se tornasse mais densa, à medida que o olhar daquele homem recaia sobre ele.

Prazer.

Foi tudo o que conseguiu dizer, sem compreender porque começava a ficar ligeiramente ofegante.

 

Kenpachi sabia que aquele era seu adversário. Instinto. Não há outra explicação.

Um garoto grande, usando um gorro e umas roupas engraçadas. Intimidaria os mais fracos, e faria os mais fortes rirem.

E você, Kenpachi?

Só me interessa se você é forte ou não. Só me interessa quantos golpes dessa zanpakutou você aguentará.

Eu me chamo Kiko. E para sua surpresa, aguentarei mais golpes do que você imagina.

Rá! - Kenpachi exibia um largo sorriso de satisfação.

 

Teria sido transportado para algum lugar fora daquela Vila? Ou este lugar faz parte da Vila? Mais parecia uma cópia arcaica da 12ª divisão. Inúmeras poções, um caldeirão...

Quem é você?

Realmente você é bom. Conseguiu notar minha presença mesmo num lugar aonde ela se confunde com o ambiente. Sou a Bruxa do 71.

Não imaginei que meu adversário fosse uma mulher.

Fique tranquilo, Byakuya. Quem lutará contra você não serei eu.

Então ele notou um brilho estranho em seu olhar, enquanto ela acariciava um pequeno cachorro negro, de olhos vermelhos.

 

Começará em breve. - ouvia-se o diretor do Bleach.

Sim. E só acabará quando houver somente um em pé. - desta vez era o diretor do Chaves.

Eles decidirão o nosso destino.

Se a Vila permanecerá conosco, ou se vocês tomarão posse dela. Está nas mãos deles agora.

E em suas espadas.


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Notas finais do capítulo

Optei por escrever Bruxa do 71, ao invés de Bruxa do setenta e um, por considerar a primeira forma mais interessante, mais fiel à idéia do "71" como o número que está na porta de sua casa.



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