Um Novo Recomeço, Uma Nova Vida escrita por marii_flores


Capítulo 1
Abandonada


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo pessoal. Espero que vocês gostem! Dei o melhor de mim para fazer esse capítulo, então é importante saber o que vocês acharam. Comentem! Qualquer crítica, sugestão ou elogio é bem vindo...
Sem mais delongas.. BOA LEITURA ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/99165/chapter/1

Meu nome é Isabella Marie. Sou uma vampira. Não uso meu sobrenome desde que fui transformada, 10 anos atrás. Acho que não é justo, já que toda a minha família morreu naquele acidente, e eu teimo em pensar que a culpa foi minha. Não gosto de falar sobre isso. Quem me transformou foi Amy. Ela me encontrou no meio de toda aquela confusão de cacos de vidro, ferro, metal e me salvou. Quer dizer, se você acha que viver assim é um ato de salvação. Às vezes preferia ter morrido aquele dia, às vezes não.

Agora eu moro no Chile com Amy e Iricha. Onde moramos é bom, pois é frio, então podemos nos cobrir inteiras, o que disfarça nossa pele estranhamente pálida para os humanos. Não que casacos sejam necessários. Não sentimos frio. Assim como também não respiramos ou dormimos. Somos privados de ter uma vida normal, porque não somos normais. Nós tentamos aparentar normalidade, mas em poucos anos começam a perceber que não envelhecemos, então temos de nos mudar. E é isso que está acontecendo agora. Mais ou menos.

- Você está tentando dizer que não posso mais morar com vocês?

Eu estava gritando com ela. Não acredito. Amy sempre foi a "pessoa" com a qual eu mais tive afinidades, talvez pelo fato de ela ter me transformado. Iricha era... bem... era Iricha. Vivia sempre na sua bolha particular, lamentando por estar longe de Rufus. Rufus era seu parceiro. Um pé no saco, se assim posso dizer. Ele estava passando um tempo na Rússia, achando um lugar pra morar. Eis um dos motivos de eu ter quase feito minha amiga ficar surda.

- Não é exatamente isso Bells. Agora que Rufus achou a cidade perfeita, Iricha irá viver com ele na Rússia. Você sabe que não temos chance contra ele. Ela prefere ele a nós. Supere isso. Não tem jeito – eu podia ver o sofrimento no olhar de Amy

- Eu vou falar com ela. Ela vai me ouvir.

Aham, sim, ela vai Bells, e depois vocês vão fazer tranças no cabelo. Como amigas fazem. Ela vai trocar Rufus por nós. Pensei comigo mesma. Se Iricha não fizesse mais parte de nossa família, ficaria ruim pra nós conseguirmos dinheiro pra pagar por qualquer casa. Amy foi transformada com 17 anos e eu também. Iricha tinha 27 quando foi, então ela trabalha pra conseguir nos sustentar. Os trabalhos que se pode ter com 17 anos não são bem remunerados. Não nesse fim de mundo montanhoso.

- Bella, conheço Iricha há décadas. Ela não quis nem me ouvir. Por que ela iria te ouvir se vocês nem são amigas? Você sabe muito bem que a relação de vocês é pura tolerância. Ela mal pode esperar para nos deixar e ir com Rufus.

A voz de Amy falhou na última frase, mostrando como ela se sentia em relação a ser abandonada por quem a transformou. Mas nesse dia, quem estava sendo abandonada, em dose dupla, era eu. Não podia aceitar isso. Está certo, Iricha nos trocou por um parceiro e uma vida na Rússia. Mas ainda não entendia por que Amy tinha que me abandonar também. Será que eu era tão irritante assim?

- Mas por que você está me abandonando? Você vai começar a viver sozinha? Como uma nômade?

Parei por um momento.

Foi isso. Só falar essa última palavra esclareceu tudo. Amy estava indo viver como nômade, junto com Enzo.

- Amy, como você pôde fazer isso comigo? Nós sempre fomos tão unidas e agora você resolve me trocar por um qualquer? Eu significo tão pouco assim pra vocês me abandonarem por aventuras amorosas? E se isso não funcionar, e se ele não te quiser mais? O que você irá fazer? Eu não vou mais estar aqui pra te confortar, já que você está me dando uma bela facada nas costas!

Se eu pudesse chorar, já estaria em prantos. Como eu iria viver a partir de hoje? Sozinha? Como nômade? Eu teria coragem o suficiente pra passar minha eternidade isolada de todos?

- Bells, você é como uma irmã pra mim! Te amo muito e você sabe disso, mas eu preciso mudar. Vivendo sozinha como eu estava, eu não iria agüentar uma eternidade daquele jeito! Então eu vi ele, e nunca senti nada igual até então. Foi como se o mundo inteiro estivesse sumindo e eu não conseguia ver nada além daqueles lindos olhos.

Amy estava realmente feliz. Feliz como eu nunca a tinha visto. E isso dificultava tudo. Como eu planejava manter ela longe de seu amor? Enzo era o centro de sua existência, era a razão de ela sorrir todos os dias. Só o que me restava era descobrir como eu iria me manter.

- Sabe Amy, falando desse jeito, eu me sinto uma hipócrita. Não quero ser o alguém que irá lhe privar de aproveitar a eternidade junto com quem você mais deseja. Podes ir viver com Enzo. Eu me ajeito de um jeito ou de outro.

Vi os olhos de Amy brilhando, e nesse momento percebi que eu queria que ela fosse realmente feliz, não importa com quem ela estivesse, desde que estivesse sorrindo. Ela estava sofrendo por me deixar sozinha, eu podia sentir isso. Quando disse que ela poderia viver com Enzo, quando lhe dei minha permissão (como se fosse necessária), eu vi como seu coração se encheu de alegria e satisfação. Ela não queria partir com esse clima, com essa tensão entre nós.

- Bells! Você não faz idéia de como eu estou feliz! Muito obrigada amiga! Eu realmente torço pra que algum dia você sinta por alguém o que eu sinto pelo Enzo!

Nos abraçamos, e fazendo isso, lembrei de algo de muitíssima importância.

- E o que eu faço em relação ao meu controle? Nada garante que eu não vá pular no pescoço de algum humano! Sem vocês por perto, quem irá me ajudar nisso?

- Ahmm...

Amy estava enrolando, e pela cara que ela fez, tive certeza de que ela já havia pensado em tudo. Ela estava, provavelmente, tentando achar uma maneira de me dizer a solução. Ela temia a minha reação.

- Desembucha. Eu sei que você já bolou tudo.

Ela deixou seus ombros caírem e finalmente resolveu sentar no sofá. Ela tinha entrado no meu quarto essa manhã pra me dar as noticias. Estava em pé fazia algumas horas. Não precisávamos nos preocupar com coisas banais como cansaço. Eu pelo outro lado, estava sentada faz algum tempo, mas isso porque quando ela entrou no meu quarto eu estava deitada ouvindo meu Ipod. Não vivia sem música.

- É verdade, já tenho tudo planejado. Hoje cedo, quando saí pra caçar, fiz contado com um velho amigo. Ele mora nos EUA, numa pequena cidade e concordou quando eu pedi se você poderia ir morar com ele. Ele mora com mais alguns vampiros. Acho que você irá gostar de lá.

Ela fez contato com um velho amigo. Esqueci de comentar isso, certo? Alguns de nós temos habilidades especiais. Eu consigo projetar um escudo protetor. Enquanto eu estou com ele, ninguém pode afetar minha mente. É difícil de explicar. A habilidade de Amy é mais fácil de entender. Ela consegue projetar pensamentos e imagens na mente dos outros, não importa a distância. Ela também consegue ouvir o que a pessoa tem a dizer sobre o que ela projetou, mas só consegue ouvir o que é relacionado ao que ela manda. Não pense que ela sabe tudo o que você está pensando.

- Eles conseguirão me ajudar na minha dieta?

Era isso que me preocupava. Não queria ser uma assassina. Não de humanos! Achava a idéia repugnante, mas o cheiro era delicioso. Andando nas ruas conseguia sentir a o ritmo do coração, a pulsação das veias, e então o cheiro! Era doce, e incrivelmente tentador. Me imaginava drenando o sangue da vítima, aquele líquido quente e adocicado. Como deveria ser bom. Mas então eu lembrava que acabaria por matar essa pessoa, e era isso que me fazia abandonar esses pensamentos e ir caçar, com urgência. Era mais fácil passar por humanos e não se sentir tão tentada quando estava de barriga cheia.

- Claro que irão. Já pedi isso a eles. Tenho certeza de que você irá se acostumar com sua nova vida rapidinho.

Solucei. Não agüentava abandonar Amy. Era tão triste. Nunca encontraria ninguém como ela. Ela era minha amiga, minha confidente. Contava tudo a ela. Não estava crente de que iria contar segredinhos e desabafar com o seu velho amigo. Aliás, quão velho ele seria? Nunca conheci alguém realmente velho. Iricha tinha 130 anos e Amy tinha 110. Eu tinha só 10. Deu pra ver a diferença?

- Sua tolinha, não precisa ficar triste! Eu irei sempre fazer contato com você. Por mais que você não possa conversar diretamente comigo, eu irei sempre estar te vigiando. Posso até fazer algumas visitinhas. O que você acha?

- Amy, eu iria amar! Por favor, me visite sempre que puder, toda hora, nunca vou enjoar de você!

- Vou fazer o possível, mas eu terei que levar Enzo comigo. Ele não agüenta ficar longe de mim.

Estávamos rindo, gargalhando. Eu iria sentir falta desse som, da risada da Amy. Ela era realmente uma ótima amiga. Como tudo que é bom não dura pra sempre, tinha que aparecer alguém pra estragar o clima. Nesse caso, Iricha, que estava parada no meio do meu quarto com um livro nas mãos

- Se as crianças não se importam, eu quero silêncio. Tenho que decorar essa poesia. Eu quero declamá-la pro Rufus.

Realmente, não sei como alguém agüentaria passar o resto da eternidade com a Iricha. Bem, tem gosto pra tudo.

- Iremos abaixar o volume Iricha, agora queremos conversar, por favor, saia.

Nunca fui educada com Iricha. Eu até tentei fazer amizade, mas não recebi nenhuma resposta. Pra que se esforçar então?

- Ok, estou saindo. Amy, preciso da sua ajuda, quero falar com Rufus. Me acompanhe, por favor.

Vamos dizer que Iricha não possuia habilidades, quer dizer, além de ser tremendamente insuportável. Como ela tinha criado Amy, jogava isso na cara dela todo dia, fazendo Amy usar suas habilidades pra se comunicar com Rufus.

- Já estou indo Iricha. – isso ela gritou – Tenho que ir Bella, chegou a hora de me usarem como telefone – isso ela sussurrou.

Demos uns risinhos contidos, se Iricha ouvisse, iria querer saber o motivo, e vamos deixar claro que seu senso de humor não é maravilhoso.

- Tudo bem, mas só uma perguntinha, quando eu vou conhecer o novo clã? Quando eu posso começar a correr até os EUA?

Amy riu.

- Bobinha, eu não vou fazer você correr. Tem que chegar lá com classe. Eu comprei passagens de avião pra você. Você parte amanhã de manha. E aliás, chame eles de família, é mais conveniente.

- Família então. Tão cedo? Esperava passar mais tempo com você!

- É pra isso que bolei uma super noite pra hoje! A gente se encontra depois. Aproveite esse tempo pra fazer as malas e se despedir da cidade.

- É pra já. Posso perguntar mais uma coisinha?

- Sempre Bells. Não economize nenhum ponto de interrogação!

- Qual é o sobrenome da minha nova família?

- Eles se chamam Cullen.

Dizendo isso, Amy saiu do quarto, fechando a porta.

Cullen. Podia me acostumar com esse nome. Isabella Marie Cullen.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Me saí beem?! Espero que tenham gostado, então, por favor deixe um review dizendo o que achou.
Postarei o mais rápido possível, depende de vocês! *risos*
Regra básica: Sem comentários, sem FIC!
P.S: Sim sou má. hahahaaa
Beijos e até mais!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Novo Recomeço, Uma Nova Vida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.