Resolvi procurar Alec. Minha cota de lágrimas já havia se esgotado. Limpei meu rosto e saí do quarto. Será que ele estaria no quarto? Fui até o seu andar, que é o mesmo de Jacob, mas seu quarto era o último, no lado esquerdo. Bati. Não houve resposta. Bati novamente.

  _Já vai! - Gritou sua voz, lá dentro.

  Depois de uns dez segundos ele abriu a porta. Estava todo molhado e com apenas uma toalha branca enrolada na cintura. Não deveria ficar prestando atenção nisso, mas ele tem o abdômem bem definido. Sei que Alec é bonitão e tudo mais, mas achei que ele era meio magricela.

  _Nessie! - Diss ele, surpreso, mas um grande sorriso cresceu em seus lábios.

  _Oi - eu disse, meio sem jeito, e tentando não olhar para os músculos dele. - Eu queria te perguntar uma coisa.

  _Fique a vontade - disse ele, sua voz era sexy.

  _Se lembra quando me pediu para lhe mostrar a cidade? - Ele assentiu. - Ainda quer?

  _Claro que sim - respondeu ele imediatamente. - Você está disponível?

  Eu ri.

  _Sim - respondi. - Completamente.

  Ele riu também, então abriu mais a porta.

  _Entre - disse ele. - Eu só vou me trocar. - Olhei para ele. - No banheiro. - Acrescentou. Entrei. - Espero só um minuto - disse. Pegou umas roupas na cômoda e foi para o banheiro.

  Andei na direção da janela. O sol da tarde era fraco e o céu indicava chuva. Na escadaria, Jacob estava sentado, como uma estátua. Me perguntei se ele estava alí desde as últimas duas horas. Eu não conseguia parar de olhar para ele. Tão solitário, tão triste. Mas ele fez por merecer isso tudo.

  A chuva começou. Não fraca, como sempre. Já estava forte. Com ela, uma ventania devastadora, que fazia as árvores ao redor balançarem. Jacob não se mexeu, como se não tivesse percebido que havia começado a chover.

  Saia daí, pensei. Mas ele não se mexia. O vendaval começou a ficar mais forte. Já não conseguia mais vê-lo, mas sabia que continuava alí. Placas de trânsito, vários objetos não identificados - por mim - começaram a sair do lugar. Fechei a janela.

  _Acho que não vamos a lugar nenhum - disse Alec, que estava atrás de mim.

  _Com licença - pedi, o afastando e correndo para a porta.

  Estava preocupada com outra coisa, não se ia ou não sair com ele hoje.

  O hall de entrada estava apinhado de gente que entrou correndo por causa da tempestade repentina. Jacob não estava entre elas.

  Seu maluco, pensei. O que pensa que está fazendo?

  A porta estava fechada. Com custo, a abri. Alguém tentou me parar, mas me livrei de suas mãos.

  Imediatamente a chuva me encharcou. Tive que cobrir os olhos com o braço para poder andar na tempestade. O que era quase impossível, pois o vendaval estava quase me levando.

  _Jacob! - Gritei. Minha voz sendo engolida pelo vento. - Jacob!

  Não houve resposta. O ar começou a me faltar, mas eu tentava me manter firme. Cuidadosamente desci degrau por degrau, meus cabelos chicoteando meu próprio rosto.

  No meio do vendaval embaçado, consegui enxergar o preto de sua camisa. O próprio vento me empurrou para lá. Ele estava se segurando no poste, que ameaçava cair.

  _O que está fazendo aqui? - Perguntou ele.

  Me segurei no poste, mas tive que me segurar em sua camisa também.

  _Salvando você - eu disse. - Ninguém nunca te falou que é perigoso ficar em uma tempestade?

  Ele riu. Idiota, não é hora para rir.

  _Vamos! - Gritei. - Isso aqui já vai nos dar o resto da viagem de gripe.

  Ele pegou minha mão. Nem me lembrei de protestar. O mais importante era saírmos dalí. Ele que nos guiou. Firme e forte. Parecia que aquele vendaval todo não era nada perto da sua força.

  Em instantes já estávamos entrando no hotel.

  _Toalhas aqui, por favor! - Gritou alguém.

  Percebi que estava batendo os dentes e abraçava a mim mesma.

  _Nessie, sua maluca! - Gritou Leah, correndo ao meu encontro. - E você, saia de perto dela - disse para Jacob.

  Ele se afastou, e enquanto Leah me abraçava, ele virou para trás e murmurou: obrigado. Uma garota com uniforme do hotel apareceu e entregou uma toalha para ele. Veio em minha direção e me entregou outra, que Leah fez questão de colocar em volta de meus ombros e apertar bem.

  _Valeu, mãe - eu disse, com sarcasmo.

  Jacob não teve vergonha em tirar a camisa e se secar na frente de todos. Várias garotas suspiraram, e eu quis matar cada uma delas.

  _Eu vou subir - eu disse para Leah.

  _Eu vou com você - disse ela.

  _Não. Quero ficar sozinha.

  _Você tem ficado muito sozinha - ela tentou questionar.

  Lhe lancei um olhar de "por favor", e ela pareceu entender.

  Não quis pegar o elevador, preferi as escadas. Subi, lentamente, pensando em como meu corpo e meu cérebro reagiram quando vi que Jacob não sairia da tempestade. Eu fiquei apavorada, temendo por ele. Mas não poderia esperar menos de mim. Eu o amo, mesmo depois de tudo. Esse é um sentimento que não passará tão rápido. Ah, como eu queria que aquilo não tivesse acontecido. Nós estaríamos agarradinhos agora, esperando a tempestade passar para saírmos. Mas aquela Tanner tinha que existir, e tinha que estragar tudo.

  Demorei a perceber que estava sendo seguida. Não precisei olhar para ver quem era. Conhecia muito bem aquela respiração ofegante. Apertei o passo, tentando ser mais rápida. Corri o mais rápido que pude. Abri a porta do quarto, mas não consegui fechá-la, pois ele a segurou. Fui para perto da minha cama e ele fechou a porta, a trancando.

  _O que foi agora? - Perguntei.

  _Por que foi me "salvar"? - Perguntou Jacob.

  Não respondi. Apenas cruzei os braços e olhei para o outro lado.

  _Você se preocupa comigo - disse ele, num tom de quem adivinha alguma coisa.

  _Só não queria que morresse - eu disse. - Apesar de tudo, eu temo por você. Quero dizer, eu teria feito isso por qualquer um.

  _Até pelo seu querido Matt? - Não respondi. Ele riu.

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  Olhei para ele. Ainda estava sem camisa. Seu peito estava seco, mas seu cabelo e suas calças estavam molhados. Não me segurei. Andei em sua direção e parei bem em sua frente.

  _Saia daqui - eu disse, tentando parecer dura. Seus olhos estavam fixos nos meus.

  _Você não quer que eu saia - disse ele, com um sorriso de canto.

  _Quero - insisti.

  Em um movimento rápido, ele me pegou pela cintura e me encostou na parede.

  _Não. Você não quer - insistiu ele. Sua voz era rouca e sexy, seu nariz encostava no meu.

  _Eu... eu... - mas não conseguia dizer nada. Estava entorpecida pela proximidade, pelo desejo que se aflorava dentro de mim.

  Jacob fechou os olhos, enquanto alisava seu nariz em minha bochecha, em meu queixo, até que afundou seu rosto em meu pescoço. Suas mãos em minhas costas desceram, apertando minha bunda. Fechei os olhos e deixei um gemido baixo escapar de minha boca.

  Não era justo. Desse jeito quem resistiria?

  Ele beijou meu pescoço, subindo devagar, até que deu uma leve mordida em meu lóbulo, me fazendo agarrar seus cabelos.

  _Você precisa tirar essa roupa - ele sussurrou em meu ouvido. - Ou vai ficar doente.

  Estremeci. Ele estava soando tão, tão sexy, que a única coisa que consegui fazer foi concordar com um "uh-hum...". Ele subiu suas mãos por minhas coxas e segurou a barra da blusa, a levantando. Levantei os braços para que saísse mais rápido. Ele voltou sua mão para minha cintura, passando o polegar em minha barriga. Seus lábios foram de encontro aos meus e sua língua já se enrolava na minha, de maneira excitante. Coloquei meus braços em volta de sua nuca e retribuí o beijo com entusiasmo. Sua mão subiu por minha barriga e parou em meu seio, o apalpando por sob o sutiã de renda preta. Arfei, adorando seu toque, e pedindo para que ele não parasse.

  O beijo estava cada vez mais quente, sexy. Principalmente quando ele mordia de leve meu lábio inferior e eu gemia, o dando mais energia para continuar com sua "tortura". Sua mão desocupada desceu para o cós da minha calça jeans, a desabotoando e abrindo o zíper.

  _Jacob... - murmurei, querendo dizer para ele para com aquilo, porque eu não iria transar com ele depois de tudo. Mas não consegui. Eu queria aquilo tanto quanto ele.

  Então ele me levantou, colocando minhas pernas em volta de sua cintura, tudo sem parar de me beijar, e nos encaminhou para a cama, me deitando nela.

  Seu corpo sobre o meu me deixava louca, e mesmo que uma vozinha bem distante na minha cabeça tentava me acordar para fazê-lo parar com aquilo, eu não obedecia, pois o desejo me consumia por dentro, e Jacob era o único que despertava isso em mim. Então, nesse êxtase todo, era difícil eu saber em que ponto eu estava racional e em que ponto eu estava dopada pelo desejo que sentia por ele.

  Jacob continuou com seus lábios nos meus, me beijando frenéticamente. A tempestada lá fora continuava firme e forte, mas eu não ouvia muito seus ruídos, estava ocupada de mais ouvindo as batidas frenéticas do meu coração. Ele passou as mãos em meu corpo, parando-as no cós da minha calça. Pude senti-lo a puxar para baixo e, por vontade própria, levantei o corpo para que ele obtivesse sucesso em sua missão de me deixar nua.

  O ódio e a dor da traição haviam saído de minha mente. A única coisa que se passava por ela era eu e Jacob, juntos, como deve ser.

  Com minha calça jogada em um canto bem longe de nós, Jacob deu um último beijo em meus lábios. Então beijou meu queixo e fez uma linha de fogo com seus beijos do meu pescoço até o colo. Beijou o espaço entre meus seios - mesmo com o sutiã -, e desceu seus beijos por minha barriga, me fazendo arfar e sentir cócegas.

  Quando ele pegou o elástico da minha calcinha para continuar com seus beijos, me sentei bruscamente. Ele olhou para mim, então se ajoelhou na cama.

  _Nessie... O que foi? - Disse ele, sem entender.

  Não respondi. Mordi o lábio e me ajoelhei também, ficando o mais próxima dele possível. Pousei minhas mãos em seu peito, então o alisei. Jacob fehcou os olhos, a boca entreaberta. Inclinei minha cabeça, beijando seu pescoço largo. Ele gemeu quando minha língua tocou sua pele. Queria prová-lo de todas as maneiras. Suas mãos me envolveram pela cintura e as minhas foram para sua calça, desabotoando e abrindo o zíper.

  Afastei meu corpo do dele e nossos olhos se encontraram. Senti em seu olhar que ele ficou surpreso com a minha reação. Ainda fitando seus olhos, levei as mãos as costas, abrindo e tirando o sutiã. Logo depois, levei as mãos aos quadris e desci a calcinha, levantando os joelhos e a passando pelas pernas.

  Voltei a me sentar, mas agora me afastei, me encostando no travesseiro e um pouco deitada. Jacob mantia pretificado seu olhar em mim, imóvel. O fitando, eu tentei não parecer idiota ao dizer:

  _Sou toda sua.

  Então ele se moveu, ficando em cima de mim. Com o nariz encostado no meu, perguntou:

  _Tem certeza?

  _Absoluta - respondi, tocando seu rosto.

  Ele me beijou, enquanto tirava sua calça e sua cueca. Prendi minhas pernas em sua cintura e ele me penetrou. Os gemidos não paravam de sair por nossas bocas enquanto ele entrava e saía de dentro de mim, indo para frente e para trás. Arqueei minha cabeça para trás, sentindo capa espasmo que passava por meu corpo. Jacob ficou beijando meu pescoço, e gemi quando ele deu um chupão, que provavelmente deixará marca.

  _Ahh... Jake... - gemi. Abaixei a cabeça, mordendo de leve seu ombro. Ele gemeu, e já pude sentir o clímax se aproximar.

  Jacob colocou uma mão entre minhas costas e o colchão e me levantou, sugando meus lábios com os seus. Minhas mãos agarraram sua nuca e eu me mexi como nunca na parte em que nossas intimidades se encontravam. Minha barriga formigou e eu me senti amolecer enquanto nós dois explodíamos em um orgasmo maravilhoso.

  Ele me deixou cair no colchão e se ajeitou em cima de mim.

  _Eu te amo - murmurou entre meus cabelos. Me deu um beijo doce nos lábios e se deitou a meu lado, me puxando para junto de si.

  Coloquei uma mão em seu abdômem e pousei minha cabeça em seu peito. Ele acariciou meus cabelos enquanto ficava murmurando "eu te amo".

  A maçaneta girou, mas a porta não se abriu.

  _Ah, não, Nessie! - Leah reclamou. - Não acredito que fez isso, sua idiota! Ah, quer saber? O problema é seu! Só espero que tenham usado camisinha.

  O torpor se evaporou em um instante. Em um salto me laventei da cama.

  _Ah, droga! - Murmurei, enquanto pegava outra calcinha na cômoda. - Droga, droga, droga!

  _Nessie, me desculpe - disse Jacob, catando suas roupas pelo chão.

  _Ah, é claro que está arrependido - eu disse, com sarcasmo. - Que droga, Jake. Será que você só pensou no sexo? Isso não pode ter acontecido.

  Ele veio até mim e seguou meu rosto entre as mãos.

  _Não vai acontecer nada, tá bom? - Disse ele, me olhando nos olhos. - Quero dizer, eu espero que não. Mas se acontecer...

  Afastei suas mãos.

  _Não vai acontecer nada - eu disse. - Nada mesmo. Não com você.

  _Já voltou a me esculachar? - Disse ele. - Não se esqueça que você também não se lembrou.

  _Me deixe em paz - eu disse. Então o peguei pelo braço e o levei até a porta. A destranquei e a abri. - Vai. Por favor. Isso aqui nunca aconteceu, ok? Esquece.

  _Não, Nessie - disse ele. - Nunca vou esquecer.

  Ele se atreveu a me dar um beijo na testa e saiu. Fechei a porta o mais rápido que pude. A cama desarrumada me fez lembrar dos últimos minutos.

  Aproveitei que tinha colocado apenas calcinha e sutiã, e fui tomar um banho, ainda pensando em como eu me deixei levar. Mas isso não ia voltar a se repetir. Foi apenas uma vez mais.