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O Destino de Cada Coração Ii escrita por By Mandora
Capítulo 2
A Cura Dos Corações Feridos
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– Inu-Yasha, abra os olhos! – Kagome tentava acordar Inu-Yasha, mas não teve sucesso. Começou a acariciar os longos cabelos de Inu-Yasha e, ao olhar para sua mão, lembrou-se de como havia curado a si mesma do veneno daquele inseto. – Talvez eu possa curá-lo... – Então colocou sua mão sobre o ferimento no peito de Inu-Yasha. – Anda, vamos lá mãozinha... Comece a brilhar...
Kagome sentiu a mão de Miroku sobre seu braço.
– É perigoso, Kagome. Você já usou bastante energia e ainda não teve tempo de se fortalecer. Se você não for capaz de controlar essa energia, você pode definhar até morrer.
– Inu-Yasha não ia querer que você se arriscasse desse jeito, Kagome. – Completou Sango.
– Obrigada, pessoal. Mas a verdade é que ele arriscou tudo para me salvar... Eu não posso deixá-lo morrer... Não posso! – Fechou seus olhos e concentrou-se em Inu-Yasha. – Afastem-se todos!
Mais uma vez, Kagome evocou aquele estranho brilho verde, que, através de sua mão, primeiro concentrou-se no ferimento e, depois, se espalhou por todo corpo de Inu-Yasha. O brilho se manteve até que o ferimento estivesse completamente curado e, então, finalmente desapareceu. Kagome respirava ofegantemente.
– Eu acho... Eu acho que... Consegui... – Caiu inconsciente sobre o corpo e Inu-Yasha.
Shippou tentou acordá-la, mas foi em vão.
– Ah! Miroku! Sango! Me ajudem! Eles morreram! A Kagome e o Inu-Yasha morreram! – Desatou a chorar a pobre raposinha.
– É preciso muito mais que isso para me matar, Shippou! – Inu-Yasha sentou-se meio tonto, passando a mão na nuca. Percebeu Kagome desacordada em seu colo. – Hei, Kagome, acorde... Vamos, acorde! Hei, Miroku! O que aconteceu? Por qu...
Miroku aproximou-se e colocou a mão no pescoço de Kagome.
– Calma, meu amigo. Ela ainda está viva, mas está muito fraca. Usou muita energia para te curar.
– Para me curar? – Colocou a mão em seu peito e notou que o ferimento estava fechado. – Sesshoumaru! Onde está aquele maldito?
– Bem, Kagome deu um jeito nele também. Veja.
Ao olhar na direção indicada por Miroku, Inu-Yasha pôde ver Sesshoumaru adormecido, preso a uma rocha por três flechas. Ele deveria sentir-se feliz, mas aquela visão o fez lembrar-se de si mesmo. Sango colocou a mão em seu ombro.
– Sei como se sente, Inu-Yasha. Apesar das maldades que ele fez, ele ainda é seu irmão...
– Eu gostaria que as coisas tivessem sido diferentes, Sango. – Levantou-se segurando Kagome em seus braços. – Temos que voltar para o vilarejo, a velha Kaede vai saber como cuidar dela.
– Eu não acho que seria prudente fazer uma viagem dessas com ela nesse estado. – Ponderou Miroku, preocupado.
– Mas nós não temos condições de cuidar dela aqui! – Retrucou Inu-Yasha.
Neste momento, notaram Kirara chegando pelos céus. Ao pousar, Myouga saltou de Kirara.
– Senhor Inu-Yasha! Tenho notícias sobre... – Myouga notou Kagome desmaiada nos braços de Inu-Yasha, Sesshoumaru na rocha e Jyaken no chão. – O que aconteceu aqui?
– Myouga, você está atrasado! Nós já sabemos que não havia nenhuma youkai por aqui!
– Mas, senhor Inu-Yasha, é justamente sobre isso que eu...
– Hei, Inu-Yasha, – Interrompeu Sango. – Kirara pode levá-los de volta. Se forem só vocês dois o peso será menor, então poderão chegar lá antes da meia-noite. Miroku, Shippou e eu encontraremos vocês lá. – Aproximou-se de Kirara e acariciou sua cabeça. – Por favor, Kirara, nos ajude. Voe o mais rápido que puder.
Kirara fez sinal de positivo com a cabeça e Inu-Yasha subiu com Kagome em suas costas. Myouga saltou para a cabeça de Kirara e Shippou correu e pulou no ombro de Inu-Yasha.
– Inu-Yasha! – Começou Shippou. – Deixa eu ir com vocês? Eu quero ficar com a Kagome! Por favor, eu sou tão levinho!
– Só se você parar de gritar no meu ouvido, Shippou! – Olhou para Miroku e Sango. – E vocês dois se comportem! Vamos, Kirara! – Kirara saiu velozmente.
Miroku realmente não tinha entendido o conselho de Inu-Yasha.
– O que ele quis dizer?... – Percebeu que Sango estava tremendo. – O que você tem, Sango?
Sango caiu de joelhos, estava fraca e ferida por causa da luta contra Sesshoumaru. Miroku a segurou e a ajudou a recostar-se em uma árvore.
– Você devia ter ido com eles, Sango.
– Seria mais peso. Eu vou ficar bem, Miroku. Não se preocupe. Eu só preciso descansar um pouco.
– Então vamos esperar até o sol nascer. Se você estiver melhor nos seguiremos. Por hora, é melhor você dormir um pouco. Deixa que eu cuido de tudo.
Miroku levantou-se e foi até o acampamento. Preparou uma cama para Sango e pegou um pedaço corda. Andou até o Jyaken e o amarrou bem forte para que não escapasse.
– Seu monge de uma figa! Vocês vão pagar pelo o que fizeram ao senhor Sesshoumaru!
– Ah, cala a boca, seu verme! – Deu outra pancada na cabeça do Jyaken, deixando-o desacordado. Voltou para Sango e a ajudou a chegar até a cama, depois, sentou-se ao lado. – Agora você está segura.
Sango respirou fundo e olhou para Miroku com desconfiança.
– Eu não sei não. Você sempre tenta alguma coisa.
– Ah... – Deu de ombros. – Você me julga muito mal, Sango... Veja... – Deu a Sango um pouco de corda e juntou suas mãos para que ela as amarrasse. – Me amarre, assim poderá ficar descansada e ter a certeza de que eu nada farei. Mesmo que eu queira...
– Miroku...
– Não discuta, Sango. Eu insisto.
– Se é assim que você quer... – E amarrou as mãos dele.
– Pronto. Agora eu vou deitar aqui do seu lado, de costas para você, e se precisar de alguma coisa, não hesite em me chamar. Certo?
– Certo.
Miroku fez o que prometeu. Estava bem próximo, mas parecia tão inofensivo. Sango mal podia acreditar. “Será que ele está tomando jeito? Que calor é esse que invade meu coração só de tê-lo assim tão perto? Ele foi tão gentil comigo e eu acabei deixando ele amarrado...”. Sem que percebesse, estava abraçando-o. Miroku ficou encabulado. Ele queria virar-se e abraçá-la, mas não queria ser mal-interpretado.
– San... Sango... Você está precisando de algo?...
– Você poderia... virar-se?
E ele o fez mais que prontamente. Os dois estavam ali, deitados, olhando um nos olhos do outro, sob a tênue luz das estrelas. Sango retirou a corda e ficou segurando as mãos de Miroku.
– Vou confiar em você dessa vez... – E sorriu para ele.
Pela primeira vez, Miroku não sabia o que fazer na presença de uma mulher. Ela exercia um estranho poder sobre ele. Um poder que o acalmava.
– Sabe, Sango... Quando eu disse que você acalmava minha alma, estava sendo sincero.
– Eu também, Miroku... Eu também...
Os dois se aproximaram mais e começaram a acariciar o rosto um do outro. Então se beijaram longa e docemente. Depois Sango recostou sua cabeça no peito de Miroku e adormeceu. Miroku finalmente percebeu que havia encontrado o que tanto procurava.
“Todo esse tempo, andando por aí, perguntado a todas as mulheres que via para ter um filho meu e o que eu realmente precisava veio até mim... Ah, meu Deus! Que isso não seja um sonho, mas se for, permita que eu durma eternamente...”.
-x- Continua no próximo cap -x-
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