Just Trust Me escrita por Falk


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Bem, essa one-shot é dedicada à minha amiga Vitória. Amo você, garota. ♥3 Leiam!



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[Bill]

Aproxime-se de mim. Só mais uma vez, eu preciso sentir você. Seu cheiro, o sabor de suas lágrimas misturadas com as minhas. Só mais uma vez. Apenas você. Não posso simplesmente te deixar ir. Não agora. Você é tudo que eu tenho. Mas no fundo eu sei. Só não posso aceitar.

Seus cabelos negros mergulhados na neve gélida e branca como sua pele, que por sua vez era macia como veludo. Aí está o problema. Você vai me deixar, mas eu não posso permitir. O sangue em minhas mãos pertence a você. De sua boca rosada escorria sangue, sangue quente, que percorria sua face. Seus longos cabelos negros, enrolados nas pontas, agora eram tingidos pelo mesmo sangue.

Por quê? Eu me pergunto. Sua cabeça pousada em minhas coxas. Seus olhos verdes me encaravam inundados por lágrimas, que logo se juntavam com as minhas, que caíam sobre ela. Por que ela? Por que não eu?

[Flashback on/]

Seus cabelos balançavam ao vento, suavemente, com a mesma delicadeza que seu sorriso. Apenas nós dois, sentados na grama seca, observando o nada naquele campo seco, feio e gelado. Mas para mim, aquele lugar era belo. Apenas aquela pessoa ao meu lado. Era disso que eu precisava para tudo ser maravilhoso.

- Vitória... – sussurrava em seu ouvido enquanto acomodava meu rosto em sua nuca.

- Bill – ela deu uma leve risada - eu te amo.

Dei o sorriso mais sincero de toda a minha vida, sem ao menos perceber. Eu não precisava dizer que a amava, meus atos me entregavam, nunca fui bom de palavras.

- Apenas prometa que nunca irá me deixar, nunca. Não poderei viver sem você. – abracei-a pela cintura.

- Eu prometo, mais do que nunca, meu Bill. – sorriu e selou nossos lábios por longos 3 segundos.

[Flashback off/]

- Bill... – ela fazia força para falar - Eu vou te deixar...

Passei a mão pela ferida de faca em seu peito. Há sangue por tudo. Os flocos que caem sobre sua face, logo são avermelhados. Quanto mais ela fala, mais sangue escorre pelos seus lábios.

- Eu já chamei ajuda, eles vão chegar em breve. E então iremos para casa. Ficará tudo bem, você vai ver.

No fundo, eu sinto que não ficará bem. Mas não posso me convencer disso. Não agora, não hoje, nem em qualquer momento. Eu irei perder aquilo que eu tanto lutei pra conseguir, a única coisa que deu sentido à minha vida quando nada mais era importante pra mim, a única coisa que eu realmente amei. E tudo, tudo que eu sempre quis, foi acabado por um simples cara que teve um roubo mal sucedido, que acabou em uma facada no peito dela. Minha vida. É isso que eu vou perder.

Vitória... É a única coisa que me importa agora. Mas ela irá me deixar nesse mundo. Nesse mundo cretino onde ninguém realmente liga para o que você sente, e quando eu acho alguém diferente, diferente de tudo que eu já vi, que se importa com sentimentos, eu a perco. E então as pessoas dizem: “É a vida.” Então me desculpem, mas a vida é a coisa mais desprezível que há no mundo.

- Bill... eu não posso mais suportar.

Seus olhos começam a se fechar, sua mão se solta da minha, e tudo o que eu tinha foi destruído.

[/Bill]

A única coisa que Bill conseguia fazer naquele momento era gritar. Bill gritou tudo o que podia, mas em vão, tudo se fora. Vitória se fora junto com o coração de Bill.

Mas para Bill, ainda havia uma maneira, por mais dolorosa e radical que fosse. Ele não poderia simplesmente tocar sua vida adiante, deixando tudo que realmente importava para trás, e tentar esquecer. Porque não, não há como esquecer. Bill não conseguiria viver assim, não ele.

Então a faca reluzente ao lado do corpo de Vitória lhe pareceu interessante. Mil coisas passaram pela sua cabeça antes de pegá-la, mas só uma ele iria fazer. Não podia mais perder tempo.

Em poucos segundos, a faca encontrava-se perfurando seu pulso como um parafuso em uma parede, com tal força que Bill nunca havia tido. O sangue misturava-se com o de Vitória na neve. Bill puxou a faca violentamente pela veia de seu braço, cortando-o por completo. Deitou-se ao lado de sua amada, e esperou.

Logo estava em um campo, e avistou Vitória em um balanço. Correu até ela e a abraçou pelas costas. Bill arranjou uma forma de ser feliz. A morte.


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Notas finais do capítulo

Bom, seilá, eu não gostei muito dessa fic quando escrevi, assim como nunca gostei de nenhuma que escrevi, mas enfim, se você gostou, deixa uma Review, eu me importo MUITO com o que você achou, sério. Não liguem se tiver confuso. D;