Capítulo 11

Eu havia piorado nos últimos dias. Estava com febre altíssima. Senti que minhas forças esvaíam-se como água correndo num rio íngreme. Com alguma dificuldade, ergui a mão e esperei que o Dr. Cullen visse e se aproximasse. E fora tão rápido que, se eu não estivesse tão debilitada, juraria que ele era um ser dotado de dons sobrenaturais.

Era madrugada, devia passar das 3h quando eu, em meio às tosses e desesperadas buscas pelo ar que me escapava, consegui lhe dizer algo que gostaria de ter dito no primeiro dia em que o encontrei:

- Salve-o! –exigi, com minha voz rouca.

- Farei tudo o que estiver em meu poder. –ele prometeu-me, com sua voz tilintando em meus ouvidos. Ele segurava minha mão. Parecia tão gélida. Muito mais que na última vez que nos encontramos. Lembrei-me de alguns livros que li. A beleza dele. Carlisle Cullen parecia muito com os vampiros que era descritos nos livros. Só lhe faltavam as presas. Mas nem tudo era o que parecia.

-Deve fazer isso. – disse eu, usando toda a força que consegui fazer com meus músculos fracos. O meu limite. - Deve fazer tudo o que estiver em seu poder. O que os outros não podem fazer, é o que deve fazer por meu Edward.- fitei-o com força. Queria que ele entendesse que havia algo nele e que eu desconfiava. Era o único médico que mantivera mais de dez pessoas vivas por mais de oito dias. Ele não era normal, com certeza.

Então senti que minhas forças se esvaíam e soltei meu aperto de sua mão lentamente. Minha cabeça girou, senti-me perder a consciência. Afundar no breu... 

Carlisle Cullen

Elisabeth Masen morreu uma hora depois de fazer seu pedido. Ela não recuperara a consciência. Minha vontade de interrogá-la sobre o que sabia sobre mim já não era mais possível de ser satisfeita. Detive-me um tempo mirando Edward. Sua face angelical. Concordei com o que tinha que ser feito, mesmo sentindo pesar por isso. Ela havia decidido por mim, afinal.