Servo da Família Sazawori escrita por KatriChan


Capítulo 11
Autoritário


Notas iniciais do capítulo

Sem criatividade pro título do capítulo, cof
É, consegui fugir dos estudos pra postar isso pra vocês meus pupilos, boa leitura! :3



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Não foi uma manhã de fato agradável, Juan parecia irritado com o que acontecera faz três dias. Ele não me deixa mais sair sozinho das delimitações do castelo e insiste em ficar perto de mim todo momento. Sei que foi horrível o que aconteceu, mas ele não pode me prender como um passarinho na gaiola, eu tenho que aprender a me cuidar sozinho.

Ou pode?

Afinal, eu tenho que cuidar da segurança do rei. Se eu não consigo cuidar de minha própria, como o farei? Não que eu esteja reclamando do fato de ficar perto de Juan, é. Ele disse que não vai deixar passar o que aconteceu. Estávamos na sala de Juan quando ele parou de reclamar sozinho e assinar um bando de papéis e virou para mim.

-Sei que errei em permitir a sentença de morte ao rapaz, mas você não tem nada a ver com o assunto. –Juan tocou meu rosto- Desculpe estar tão autoritário esses dias...

-Sem problemas. –eu disse baixo. Acho que minha voz ficou rouca.

-Dawari... –ele tocou meus cabelos.

Sei que não vou me acostumar com o fato de que fui estuprado, mas essa carinha de filhote do Juan também não me faz ficar nada animado. Ninguém contou a Larian o que aconteceu, então a coitadinha está boiando no assunto e não entende por que todos parecem nervosos.

Batidas apressadas na porta da sala quebraram o ‘clima’ ali.

-Entre. –Juan disse.

-Sir! –Lowei entrou esbaforido- Os policiais encontraram isso na sala!

“A sala” é como eles ficam chamando o local onde me encontraram. Afinal, foi num prédio abandonado que ninguém sabia ao certo para que servia antes.

Lowei colocou na mesa uma câmera antiga e umas fotos. Grudada na câmera, tinha uma mensagem.

- “Apenas uma lembrancinha da minha brincadeira com o Dawari. Para que o rei Juan aprenda a não se meter com quem não deve.” - Juan leu o bilhete e deixou-o de lado.

Maldição. Aquelas eram as fotos que Salim havia tirado durante o tempo em que os dois caras me estupraram. Eu me lembrava exatamente delas, de como foi, da dor que senti. Veio tudo de uma vez e senti meus olhos ficarem molhados.

Não, não, não! Eu não posso chorar, merda! Já havia chorado na frente de Juan, não poderia chorar na frente de Lowei. Levei uma mão ao rosto abaixado e tentei conter as lágrimas.

-Lowei nos deixe sozinhos, por favor. –Juan disse calmamente. O conselheiro assentiu e saiu o mais breve possível.

Solucei e percebi que meu rosto ficou corado. Afinal, por que eu estava chorando?

Quando Juan se levantou e me abraçou, pude sentir aquela sensação calorosa e aconchegante, que só o abraço dele me despertava. Eu parecia um bebê chorão, acomodado por aquele abraço calmante.

Logo parei de soluçar e olhei Juan, que sorria para mim.

-Se acalmou? –ele perguntou.

-Uhn...? –percebi que havia molhado o ombro dele- Desculpe.

Soltei-me dele e recuei para uma cadeira do outro lado da mesa.

Mais tarde, quando eu estava tirando umas folhas irritantes que caíam na porta da frente, ouvi um som alto e abafado vir na minha direção.

-Mas o quê...? –olhei para trás.

Algo pulou em mim e me fez cair de costas. Uma coisa pesada, peluda, com um bafo quente, e uma língua babada que molhava meu rosto.

-Rotaru! Rotaru sai de cima do Dawari! –ouvi Larian dizer, puxava a coisa de cima de mim.

Quando me levantei, limpando-me, vi que o tal “Rotaru” era um cão. Era grande e peludo, de fato não poderia ser um vira-lata. Pelo contrário, mostrava-se um legítimo cão da raça Collie, branco e preto.

-Larian, o que significa esse cachorro aqui? –apontei o cão, que latiu.

-Eu o achei no portão, estava sozinho e tinha um ferimento na orelha. –ela abraçou o pescoço do collie- Quando o levei no veterinário, disseram que ele não tinha dono.

Já sei aonde isso vai levar: uma carinha fofinha me encarando e pedindo somente uma coisa.

-Me ajuda a esconder o Rotaru do Juan?

-Por que esconder isso dele?

-O meu irmão anda muito nervoso esses dias e está claro que não iria aceitar esse bicho aqui. Mas quando tudo acalmar eu conto pra ele. Por favor!

Rotaru deu um grunhido choramingado e me olhou tristemente. Suspirei e acariciei a cabeça dele.

-Está bem... Mas que seja rápido isso viu? Não quero me meter em mais enrascadas...

-Ah! Obrigada Dawari! Obrigada! –Larian pulou e me abraçou.

O collie também participou da festa, pulou em volta de nós e latiu diversas vezes. Foi difícil calá-lo, mas eu consegui antes que Lowei ou qualquer outro alguém o visse.


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Notas finais do capítulo

Rotaru, achei um nome vicante, fiquei o dia todo repetindo... -desocupada-
Bem, eu tô com outra fic em mente, então estou meio atrapalhada da mente (sempre fui assim mesmo né)