Doce Tentação escrita por M-Duda


Capítulo 1
Capítulo I - Menina-Mulher




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Capítulo I – Menina-Mulher

 

Parada em frente ao portão da casa onde o endereço anotado no papel indicava, Isabella olhou para os lados observando pela primeira vez a vizinhança pela qual passara desatentamente. A residência ficava localizada em um bairro nobre de Phoenix, e mesmo que não soubesse desse fato antes mesmo de ali estar, não seria difícil deduzir após analisar as bonitas propriedades do local.

Um latido fez com que sua atenção voltasse ao motivo que a levara até aquele lugar, onde nunca estivera antes. Perséfone, sua cadela preta e branca de olhos azuis, parecia estar exausta pela longa caminhada. Na verdade, até mesmo a jovem de dezessete anos, nada sedentária, estava um pouco ofegante.

- Está com sede, amiga? – perguntou acariciando os pelos macios do pescoço de sua companheira de pernadas. Perséfone tornou a latir, como se confirmasse a pergunta da dona.

- Também estou! – a garota voltou a olhar o número da residência e decidida tocou o interfone.

- Sim? – uma voz masculina atendeu.

Bella arqueou uma sobrancelha e encarou o aparelho ao escutar a voz extremamente sexy de seu interlocutor.  

- Por favor, esta é a residência do senhor... – checou mais uma vez o sobrenome no papel rabiscado pelo veterinário – Edward Cullen?

- Quem gostaria?

- Isabella Swan.

Certo. Edward suspirou e revirou os olhos antes de dizer que já iria recebê-la no portão.

Queria saber onde estava com a cabeça quando aceitou a sugestão de Emmett McCarty, seu amigo dos tempos de faculdade e atualmente veterinário de seu Husky Siberiano, quando concordou com a idéia de colocar seu macho para um cruzamento naquele fim de semana. Ele tivera uma semana infernal na empresa de construção onde trabalhava e queria poder esquecer de tudo e de todos naqueles dias de descanso, ao invés de precisar fazer sala para a colegial que batia a sua porta.

 

“Se ao menos ela fosse embora e deixasse a cadela, eu poderia descansar um pouco.”

 

Mas não seria tão fácil assim. Emmett deixara claro que Isabella não desgrudaria de sua fiel escudeira, e pelo o que o amigo informara, um dia poderia não ser o suficiente para o acasalamento. Sendo assim, o ideal seria deixar os dois cães da mesma raça, juntos, por todo o final de semana, ou seja, a garota retornaria no domingo com sua cachorra novamente.

Então por que diabos havia mesmo concordado com aquilo?

Ah, sim! Edward não era o único naquela casa que necessitava de uma fêmea para sanar seus prazeres físicos.

- Edward...não é porque você está na seca que seu cachorro tem que sofrer do mesmo mal. – Emmett zombou quando ele cogitou não aceitar a idéia do cruzamento entre Sam e a tal Perséfone. – Faz quanto tempo que você não dá uma trepada, cara? – perguntou com sincera preocupação, fazendo Edward torcer o nariz.

- Não é assim, Emmett...você sabe que prefiro ter um compromisso sério a casos esporádicos... – tentou se explicar, mas o grande amigo o interrompeu.

- Eu sei...mas você praticamente se trancou em seu trabalho depois que Tanya te deu um pé na bunda... – Edward reprovou com os olhos a escolha de palavras do veterinário. – É isso mesmo – Emmett frisou sem se constranger pela cara fechada do engenheiro de trinta e quatro anos - Desse jeito não tem como encontrar alguém e ser feliz para sempre...sendo assim, a solução seria manter um casinho, pra pelo menos poder dar uma quando tiver vontade.

Edward bufou voltando a realidade. Sabia que o amigo tinha razão. Não quanto ao casinho visando sexo sem compromisso, mas quanto ao fato de ter se fechado em seu trabalho.

Na verdade fazia aquilo para tentar esquecer a decepção que sofrera com Tanya Denali. A linda loira fora o único amor de sua vida e ele realmente acreditou que os dois vivessem bem na época do namoro; mas quando a advogada – dois anos mais jovem - o acusou de nunca coloca-la em primeiro plano, Edward se assustou. Como não a colocava em primeiro plano? Tanya só podia estar maluca, pois tudo o que ele fazia era tentar agradá-la.

Tudo bem que trabalhara muito para conquistar a diretoria do departamento de engenharia da empresa nos últimos nove meses do relacionamento, mas nunca deixara de satisfazer as vontades e aos caprichos femininos da antiga namorada. Até mesmo aceitara se casar – e sem reclamar – aos trinta anos, quando Tanya anunciou que já estava na hora de construir uma família.

Quatro meses após presenteá-la com um lindo anel de noivado, Tanya apareceu com a novidade: Separação. E mais seis meses depois, a ex assinou papéis que a tornaram esposa de outro.

Tanya havia dito que Edward não temia perde-la, mas só ele sabia o quanto fora difícil aceitar o rápido casamento daquela com quem viveu um romance de três anos, com alguém que nunca ouvira falar antes. E quatro anos depois de tudo, ele ainda estava ali, remoendo pelo seu triste fim.

Os relacionamentos que vieram a seguir foram catastróficos. Nenhum durava mais do que quatro semanas. Eram todos enfadonhos. Talvez porque Edward vivesse comparando as atuais com a antiga - única e exclusiva dona de seu coração.

Mas enfim, a vida continuava, e o pensamento de que passaria as próximas horas com a “amiguinha” de Rosalie e Emmett, não era muito empolgante.

Sabia, através dos amigos, que Isabella estava morando em Phoenix há dois anos. Antes disso a jovem residia em Forks com os pais; mas um trágico acidente de avião a deixara órfã, e consequentemente sob os cuidados do único tio paterno. Sendo assim, a menina não teve escolha quanto ao seu destino.  

Edward não era insensível, ou coisa parecida, mas estava fervorosamente pedindo aos céus para que Isabella não fosse do tipo depressiva. Não queria ter que passar seus dias de descanso ouvindo os lamentos de uma adolescente desolada dentro de sua própria casa. Estava exausto, caramba! Queria poder ficar sozinho!

Calçou os chinelos e, arrumando - ou melhor dizendo - bagunçando os cabelos bronze, saiu entediado, com a calça de moletom azul-marinho e camisa branca, rumo ao portão.

Poderia ter simplesmente destravado-o pelo interfone e permitido a entrada da menina; mas de maneira alguma faria isso quando sabia que a mesma estava acompanhada por um cachorro desconhecido pelo que habitava a casa.

Sam, como sempre, atravessou com Edward o gramado da residência e latiu pulando no portão quando lá chegaram - talvez sentindo o cheiro da fêmea no cio que estava do outro lado.

A cadela de Isabella respondeu com o mesmo entusiasmo e quando o portão se abriu, a garota quase não conseguiu conter Perséfone pela coleira.

- Calma, calma... – alertou e então se virou para encarar o homem pelo qual ficara aguardando enquanto quase morria de sede.

Bella teve um choque. Alto, olhos verdes, cabelos que pediam por afagos e com um rosto esculpido pelos deuses, Edward era bem diferente do que havia imaginado para um engenheiro com mais de trinta anos de idade.

- Nossa! – ela soltou; com os olhos vivamente arregalados – Não pensei que o dono do cachorro fosse um gato! – pestanejou irritada, xingando-se mentalmente pelo trocadilho idiota que fizera sem querer.

 

“Ah, que maravilha! Queimei meu filme com essa baboseira de cão e gato.”

 

Bem que Rosalie, esposa e também companheira de trabalho do veterinário Emmett McCarty, podia ter alertado-a quanto à aparência do amigo de longa data. Se estivesse preparada não teria ficado surpresa ao ver o lindo homem, muito menos feito aquela cara de boba.

Mas Edward achara engraçado o elogio despretensioso e sorriu para a menina de longos cabelos castanho-avermelhados e olhos chocolates, que não parecia nem um pouco envergonhada pelo que dissera.

Normalmente, as mulheres jogavam de maneira diferente com ele. Quando tentavam conquistá-lo elas pareciam não querer demonstrar vulnerabilidade. Como se pudessem morrer caso não interpretassem o papel da caçadora ao invés do da presa fácil. E justamente por isso, ver uma pessoa do sexo feminino se derreter sem nenhum constrangimento, deixara Edward sem jeito e ao mesmo tempo interessado.

 

“Será que ela me achou tão velho a ponto de nem ao menos cogitar a idéia de que eu pudesse interpretar errado esse comentário?”

 

Ela era linda, ele notou, mas muito garota. Certamente não teria agido da mesma forma se em seu lugar, ali estivesse um rapaz com menos de vinte e cinco anos...

Porém, Edward não poderia estar mais enganado a respeito de Bella, que além de nunca se incomodar em dizer o que pensava, o tinha achado a tentação em forma de gente.

Naquele momento, a jovem entendeu o que a verdadeira Perséfone significou para Hades na mitologia grega; e se Bella pudesse, sequestraria o dono de Sam e o levaria direto para o submundo - afim de proporcionar-lhe os prazeres da carne - assim como o irmão de Zeus fizera um dia com a filha de Deméter.

A menina mordeu os lábios e refreou os pensamentos junto com uma risada. Quem estava ali para acasalar era a cachorra e não ela. Precisava de água antes que a desidratação afetasse ainda mais seu cérebro.

- Por favor, antes de qualquer coisa, você poderia nos dar água? – perguntou apontando para si e para Perséfone – É que andamos muito e estamos sedentas...

- Claro. – Edward respondeu rapidamente – Acompanhe-me...quero dizer, acompanhem-me – corrigiu-se enquanto Isabella atravessava o portão com a cadela que já recebia os cumprimentos de um Sam agitado.

A casa, reparou a menina, não era ostensiva. Embora fosse espaçosa, com um grande gramado e uma piscina de tirar o fôlego, a residência em si, parecia ser menor do que imaginara.

- Este bairro é realmente muito bonito – ela comentou com sinceridade.

- E muito tranquilo também – Edward completou percebendo que as apresentações não haviam sido feitas. Mas a troco de que se apresentaria a uma menina que já sabia seu nome, sobrenome e vice-versa? - Então a caminhada foi longa, Isabella? – puxou assunto enquanto não chegavam à parte coberta da área de lazer, que tinha a porta de vidro da sala como entrada da casa.

- Apenas Bella, por favor – ela pediu, fazendo-o se lembrar da conversa que tivera com Rosalie e Emmett sobre a preferência da garota pelo apelido. – E sim, minha casa fica bem longe daqui.

- E não tinha como alguém trazê-las? – questionou mais para ter o que falar do que por curiosidade.

- Não. Meu tio foi pescar, então... – deu de ombros considerando aquela informação suficiente para uma resposta.

- O que? – ele franziu o cenho – Ainda não tem licença para dirigir?

- Tenho – rolou os olhos achando engraçado a maneira formal como ele dissera “licença para dirigir” – Mas não tenho um carro a minha disposição na garagem.

- Entendo... – comentou entrando na casa.

Bella não o acompanhou e ao perceber a brecada da garota, Edward se virou para encará-la.

- Pensei que quisesse água... – parecia confuso.

- Ah, sim. Quero. Mas seria melhor se você levasse Perséfone, primeiro, até a vasilha de água do teu cachorro.

Edward arqueou as sobrancelhas. Bella colocaria a necessidade da cadela antes da sua? Não contestaria. A sede era dela, não dele. Além do que, fazer o que ela pedia não demoraria nada, visto que o canil não ficava longe.

Somente quando chegaram ao local exclusivo de Sam foi que Bella soltou a corrente da coleira de sua companheira. Se fizesse isso antes de direcionar Perséfone à vasilha de água, sabia que a cachorra se entreteria com a novidade do ambiente e se esqueceria até mesmo de suas necessidades fisiológicas. Bella bem conhecia sua deslumbrada Husky.

- Você parece mimá-la muito. – Edward percebeu, vendo a jovem que calçava tênis e usava um jeans justo e blusa azul perfeitamente assentada ao corpo, acariciar os pelos do belo animal.

Os dedos de Bella pareciam agradar Perséfone, e de repente Edward se viu hipnotizado pelos movimentos circulares que a menina realizava com tanta precisão e suavidade no dorso canino.

- Apenas cuido bem... – respondeu ainda entretida com o seu afago. – Mas não me esqueço que Perséfone é um cachorro... – continuou o discurso sem fitá-lo – Não deixo, por exemplo, que ela fique lambendo minha boca, se foi isso que quis dizer nas entrelinhas.

Lamber a boca? Não. Nem tinha pensando nisso; mas assim que Bella sugeriu, a imagem apareceu na mente de Edward...mas ao invés da cachorra...

Sacudiu a cabeça e esfregou os olhos, sentindo o coração bater mais forte do que o normal.

Mas que droga de pensamento tinha sido aquele?

Será que a idéia de acasalamento atiçara seus instintos de macho das cavernas? Por que diabos estava desejando a adolescente que mal conhecera? Será que a falta de sexo dos últimos três meses o deixara assim tão descontrolado? Se fosse, então precisaria rever seus conceitos e acatar a idéia de Emmett sobre casinhos sexuais, antes que fizesse uma besteira e ainda pudesse ser acusado de pedofilia. Precisava de uma mulher, não de uma garotinha.

Mas Isabella não tinha corpo de garotinha. Via-se através das roupas que seus contornos eram perfeitos. Os seios não muito grandes moviam-se embaixo do tecido da blusa, fazendo o sangue de Edward ferver por imaginá-los livres de vestimentas.

Nervoso, ele se virou tentando refrear os pensamentos e disse com voz firme.

- Vou buscar tua água.

Na tentativa acabou sendo um pouco ríspido, mas achou melhor ignorar o fato. Não se explicaria para a menina. O que poderia dizer? “Desculpe, mas você me deixou excitado”...? Só se quisesse ver a menina correr rumo à delegacia para prestar queixa.

 

“Esse Edward é bem estranho!”

 

Ela concluiu ao fitar as costas do homem que seguia apressado pelo caminho de volta a porta de entrada da casa. Isabella não o achou grosseiro como ele acreditava, mas percebeu que seu humor parecia bem instável. A garota se levantou e correu para alcançá-lo na metade do caminho, deixando sua amiga de quatro patas entregue aos assédios do macho cinza da mesma raça.

- Sam é ainda mais bonito do que na foto que Rose me mostrou – Bella disse e Edward a olhou de soslaio, ainda um pouco irritado. – Tomara que o teu macho dê conta do recado...estou doida pra ver os filhotinhos do casal! – devaneou sorridente, girando a cabeça vez ou outra para observar os cães que haviam ficado para trás.  

Com aquele comentário ele conseguiu relaxar um pouco, permitindo-se até mesmo achar graça.

- Está dizendo que se os tais filhotinhos não vierem a culpa será de Sam?

- Claro. – retorquiu sem ponderar – Perséfone está ali toda pronta para ele...Sam só precisa chegar, cheirar e seguir seus instintos. Tomara que ele seja macho mesmo. Detestaria ter que deixar minha querida amiga na companhia de um cachorro meia-boca. – soltou tudo sem ao menos parar para respirar.

Edward ficou chocado. Não pelos pensamentos da menina, mas sim por ela não ter problema algum em falar sobre sexo com o desconhecido que a desejava nua em seus braços naquele mesmo instante. Tudo bem que ela não podia imaginar que a mente de Edward, normalmente saudável, estivesse insana naquela tarde; mas mesmo assim, falar sobre troca de intimidades entre qualquer espécie deixaria qualquer garota desconfortável, não deixaria?  

- Emmett comentou que você quer vender os filhotes para aumentar sua reserva universitária. – ele tratou de mudar de assunto. – O que pretender estudar?

- Não sei ainda... – deu de ombros – Mas tenho o resto do semestre para decidir...e enquanto não resolvo, vou aumentando minhas economias.

Ele sorriu e tentou brincar:

- Não tem vergonha de usar sua Perséfone para ganhar dinheiro?

Bella riu e respondeu com diversão nos olhos:

- Vergonha por proporcionar-lhe o melhor da vida? Eu não. Se ela soubesse como fazer, provavelmente, me agradeceria de joelhos.

Edward mais uma vez se viu aturdido pela naturalidade da menina; e saber que ela tinha tal opinião sobre sexo, não ajudava muito em seu autocontrole.

 

“Então ela já deve ter feito!”

 

- Tua casa é linda! – Bella elogiou fazendo-o agradecer mentalmente pela direção da nova conversa.

Ela observava e avaliava a moderna e elegante sala, sem deixar nada passar em vão por seu olhar atento. As cores, a claridade e os móveis, eram convidativos e sugeriam sossego naquele ambiente. Teve vontade de deitar-se no sofá visivelmente macio e esperar ali pelo copo d’água...e assim o fez.

Correu e se jogou sem cerimônias no alvo de sua atenção, já arrancando os tênis e esticando as pernas sobre o estofado.

- Que delicia! Depois de andar tanto, um pecado desses fica difícil resistir.

Edward arregalou os olhos quentes, vendo o corpo feminino se contorcer satisfeito entre as almofadas macias do sofá; tendo outro pecado em mente que fosse difícil de resistir.

Será possível que todas as frases de Bella tinham que soar ambíguas para ele? Será que se não estivesse em abstinência sexual estaria ouvindo aquelas palavras da maneira correta que deveriam ser ouvidas? Não sabia dizer. Nem tentaria mais pensar. O melhor seria buscar logo a água da garota.

Enquanto ainda estava sozinha, Bella percebeu que não tinha pela sala nenhum retrato de mulher. Edward não era casado e ela sabia desse detalhe, mas nunca tivera – antes de conhecê-lo pessoalmente – interesse por saber se existia uma namorada ou alguma “ficante” em sua vida. Ainda pensava seriamente em matar Rose...

Como a veterinária, com quem passava horas conversando na clínica - onde há menos de duas semanas cobria as férias de sua amiga de classe, Angela, dando banho e perfumando os clientes caninos do estabelecimento todas as tardes – não a alertara ao fato de que Edward era um pedaço de mau caminho?

- Aqui está – ele anunciou surgindo na sala com um grande copo na mão direita e entregou para Bella.

- Obrigada – ajeitou-se sobre um cotovelo para beber o liquido gelado, expondo a barriga com o gesto que erguera a blusa.

Edward observou o pescoço esticado da menina, que se movia enquanto sorvia a água e se sentou na poltrona ao lado quando se viu excitado sob a calça do moletom. De maneira alguma permitiria que Bella enxergasse uma confusão daquelas. O que a garota iria pensar? Que era um tarado?

Oh, Deus! Era verdade mesmo que há meia hora atrás não queria atender Isabella e agora estava doido para pular em cima dela?

- Que desastre eu sou! – Bella riu por ter deixado um pouco de água escapar por sua boca, tamanha pressa com que virou o copo para matar a sede.

Edward a olhou por sobre os cílios e ferveu ao notar o delicado pescoço molhado, assim como um pedaço do tecido fino da blusa, que colara ainda mais sobre o seio esquerdo da moça.

Isabella enxergou o semblante contrariado do dono da casa.

 

“Credo, que chato!”

 

E logo tratou de anunciar:

- Não molhei nada, fique sossegado.

Ele meneou a cabeça, mas não diria que pouco se importava com o sofá, almofada ou sabe-se lá mais o quê poderia ter sido atingido pela água.

- Você não tem namorada? – Bella novamente esparramou-se pelo estofado, após ter depositado o copo vazio sobre a mesa de centro da sala, ignorando o mau-humor de Edward.

Ele franziu o cenho. Que interesse ela teria nisso?

- Não...por que?

- Porque não tem nenhuma foto de mulher por aqui. – fez um movimento com os braços abrangendo o ambiente - Normalmente as namoradas marcam seus territórios...principalmente no caso de um namorado bonito. – ela o encarou despreocupada.

Ele sorriu. Bella já havia dito que o achava bonito antes. Mas a naturalidade o deixava intrigado; e já que estava sentado com uma almofada escondendo seu volume que aos poucos ia abaixando, resolveu brincar com a menina, sem demonstrar o quanto realmente queria saber o que se passava por sua cabeça.

- Isso foi um elogio ou uma cantada?

Isabella soltou uma curta gargalhada antes de responder:

- Um elogio. – o mirou séria, e abrindo um leve sorriso sensual, arqueou uma sobrancelha e mordeu o lábio inferior libidinosamente, assumindo pela primeira vez perto de Edward a postura de caçadora – Você não teria dúvida se fosse algo mais.

Edward empalideceu, percebendo verdade nas palavras da garota; e se já estava difícil controlar-se diante Bella-menina, não sabia mais o que fazer depois de ter sido apresentado à pequena amostra de Bella-mulher.

 

 


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Notas finais do capítulo

Amores, aí está o primeiro capítulo da minha segunda fic!! ;)
Gostaram? Sim ou não? Preciso de comentários, ok? rs

Pra quem quiser...deixo aqui meu msn:
m-duda-fic@hotmail.com

E pra quem não conhece Irresistível Presença:
http://fanfiction.nyah.com.br/historia/91019/Irresistivel_Presenca
A fic já está terminada.

Beijos e até mais!
Duda ;)