Destinos das Próximas Gerações - escrita por PattyPanddy


Capítulo 29
Kapitel especial - Alles Gute zum Vatertag!


Notas iniciais do capítulo

Feliz dia dos Pais galera!!! Eu sei que a fic acabou faz um tempiho, mas fiz um Kapitel especial para este dia dos pais que está chegando... Então é isso aproveitem e matem as saudades do Rich & cia!
Küsse! Alles Gute zum Vatertag!

(N/A: Sou Desocupaaada...)



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Em mais uma tarde ensolarada, no quartel do Leste, o nosso jovem General estava dormindo em sua mesa... Até a sua esposa chegar.

 - Richard! – disse ela num grito.

 - Hum... O que foi liebe? O expediente acabou?

 - Não e termine logo estes papéis, amanhã bem cedo vamos para a Central e eu não quero que você deixe nenhum documento atrasado.

 - E por que temos que ir para a Central mesmo?

 - É dia dos pais, e você vai passar este dia com os seus filhos e o seu pai na Central.

 - E por que eles não podem vir para o Leste, afinal?

 - Por que o Raymond já foi com a Isabelle e as meninas, e a Violet vai estar com o Simon na Central também para ele poder te ver.

 - Ahhh... Eu to com preguiça de ir, não posso passar o dia dos pais só com o Nich e Lílian?

 - Não! O Simon também é seu filho e sua mãe te mata se você não for.

 - Isso é golpe sujo, ela não pode ameaçar a minha vida e...

 - Se você não for, eu não transo com você durante uma semana.

 - Err... Pensando bem, to com tanta saudade da Central...

 - Acho bom mesmo.

 Depois de mais algumas toneladas de relatórios e documentos para assinar, Richard volta com Simone para casa. A vida deles estava bem calma, ao contrário de Raymond e Isabelle que já estavam indo para o terceiro filho.

 E falando de filhos, Violet teve um menino com Tom chamado Peter (N/A: Quem não se lembra que ela estava grávida, dá uma olhadinha no final do Kapitel - Das Ende). Ela agora morava em Xing com os filhos e o marido, e de vez em quando voltava para Amestris para que Simon pudesse ver o pai – o desleixado do Richard.

 Mas continuando... Na manhã seguinte, a família Mustang estava dentro de um dos vagões do trem indo para a central para o dia dos pais, e que Richard achava uma completa besteira, ele e Simone estavam sentados lado a lado de frente para os filhos.

 - Papai, vai demorar muito pra chegar na casa do vovô? – a pequena perguntava.

 - Não meu anjinho, daqui a pouco vai poder ver a Central pela janela.

 - Sério?!

 - É e se não acredita no papai, pergunte ao seu irmão.

 - Num dá, ele ta dormindo desde que o trem começou a andar.

 - Balança ele do jeito que a mamãe faz todo dia comigo que ele acorda.

 - Ta bom.

 A menina ficou de joelhos no banco e começou a balançar o irmão, e assim que percebeu que não estava dando resultados, pegou uma pistola de brinquedo – daquelas que se coloca água – e mirou na cabeça do irmão mais velho, e começou a molhá-lo.

 - Ah! Para com isso Lílian! – Ele começava a se debater – Para ô copia mal feita da vovó.

 - Mal feito é o seu nariz.

 - Mãe! Faz ela parar.

 - Chega crianças, parem de brigas – ela pegava a menina no colo e tirava a pistola da mão dela – E pare com essa mania da sua avó de atirar nos outros para acorda-los, esse método não funciona mais, olha o seu pai, ele não tomou vergonha na cara nem com isso.

 - Ooooh! Eu estou ouvindo.

 - Eu sei.

  A viagem se passou sem mais acontecimentos, chegaram a Central e foram recebidos por Raymond na estação com um carro. Raymond havia partido dois dias antes com Isabelle e as filhas, tomando todos os cuidados para que sua esposa grávida não sofresse nenhum desconforto.

 Assim que chegaram a casa, foram recebidos por Roy, Riza e Rachel, que estava noiva de um Coronel e iria se casar em breve. Enquanto isso na casa dos Elric estava uma verdadeira bagunça, com os filhos de Violet e Gregori correndo pela casa.

 - Helena não coloque isso na boca! – a menina estava prestes a engolir um peixinho dourado – E pare de correr com o Simon e o Chris.

 - Mas mamãe...

 - Sem “mas” mocinha, temos que nos arrumar para ir visitar os avós do seu irmão, esqueceu?

 - Se os avós são dele, por que eu tenho que ir?

 - V-A-M-O-S. – disse nervosa e pausadamente.

 - Ta bem.

 - Calma Violet, você está muito nervosa com a Helena – dizia Gregori se aproximando – Ela ainda é uma criança e só está agindo como tal.

 - Você diz isso por que seus filhos não são assim.

 - O Chris, o Jack e a Liz são bem sossegados, a Alice e eu nos damos bem com eles no Leste sozinhos e sem babás.

 - Vocês são corajosos e aposto que eles ficam mais tempo brincando com os filhos do Richard e do Raymond do que com vocês.

 - Err... De vez em quando eles quase quebram a casa para querer ir brincar lá, principalmente no calor por causa da piscina, mas nada de muito exagerado.

 - E como estão os negócios no Leste?

 - Estão uma maravilha, cada vez mais pessoas vão atrás de nossos serviços e divulgando o nome da loja, e como anda a vida em Xing?

 - Lá é um sossego e sem muito que fazer, tirando claro, esses pestinhas que não me deixam respirar direito.

 - Quem manda não se prevenir.

 - Cala boca, você também tem três.

 - Correção: Três e com o quarto a caminho.

 - Caramba a Alice está...

 - É.

 - Nossa, você é rápido maninho.

 - Que nada, mas você parece meio abatida e não falo pelo trabalho das crianças.

 - É que essa semana o Simon me pediu para ir morar com o Richard.

 - Mas por quê? E o que você disse pra ele?

 - Ele disse que não gosta de viver longe do pai e reclama que quando tem algum problema na escola não pode pedir pro pai ir resolver, ele também não se sente à vontade com o Tom e não gosta de falar nada pra ele, gasto uma nota pra ele ficar ligando para o Richard.

 - Caramba...

 - Eu falei com ele que vou ver o que eu posso fazer, e pedir para o Richard ficar com ele por algum tempo.

 - Boa sorte, ainda bem que eu tenho os meus filhos com uma mulher só.

 Eles riram e continuariam conversando se não escutassem o barulho de alguma coisa se quebrando e escutado umas vozes dizendo “corre, corre!”. O dia se passou rápido e outro estava nascendo, e junto com ele o dia dos pais.

 Todos tinham combinado de se encontrarem na casa dos Mustang para um churrasco na hora do almoço. Assim, não demorou muito para todos se encontrarem.

 Assim que a família Elric chegou, Simon foi correndo na frente com dois pacotes na mão e entrando na casa sem bater. Logo ele encontrou Roy e entregou o primeiro presente e depois foi à procura de Richard.

 - Papai!

 - Oi filhão! – disse abraçando-o – Você cresceu garoto, que bom que não vai ficar do tamanho da sua mãe.

 - Se ela escuta isso ela tem um treco.

 - Eu sei, e é ai que está à graça.

 - Comprei um presente pra você pai. – disse estendendo o embrulho – É igual ao presente que eu dei pro vovô Roy.

 - Hum, vamos ver – Richard abriu o pacote e encontrou uma garrafa de wisky com uma fita vermelha e um cartão de dia dos pais – Obrigado Filho, pode ter certeza de que eu vou aproveitar bastante esse presente.

 - De nada pai, e cadê o Nich?

 - Ele está lá na piscina com a Lílian, a Riza e a Rebecca, vai lá nadar com eles.

 - Mas eu não trouxe sunga.

 - Espera aí que eu vou pegar uma pra você. – Richard vai andando e pede para Simone pegar as roupas que ele tinha comprado para Simon no Leste, uma das peças era uma sunga que ele comprou com o intuito do filho ir visitá-lo no verão.

 - Oi gente, servidos do meu presente? – ele apontava o copo cheio de bebida.

 - Richard, você já abriu o presente do Simon!? – Violet estava pasma.

 - Ele me deu, eu abri.

 - E onde ele está?

 - Na piscina com as outras crianças.

 - Como? Ele não tem sunga e nem nada.

 - Calma, a Si ta cuidando disso.

 - Hum...

 - E aí gatinha, não vai falar com o tio não? – ele abaixava-se para encarar Helena.

 - Oi – ela escondia-se atrás das pernas de Tom.

 - Tom, de onde essa menina tirou tanta vergonha? Foi de você? Por que a Violet não tem nenhuma.

 Ele riu – Que nada, daqui a pouco ela se solta e vai brincar.

 - E cadê o Peter?

 - Com a Senhora Winry.

 - Hum... Mas Tom será que a Helena não vai querer falar comigo? Eu ia até levar ela pra nadar na piscina com as meninas do Ray e a Lílian, eu acho que os filhos do Greg vão chegar primeiro que ela.

 - Tio... – ela falava num fio de voz – eu também quero brincar.

 - Se você me der um sorriso enorme eu te levo.

 A menina sorriu e olhou para o pai, que apenas concordou com a cabeça deixando a menina ir brincar na piscina.

 O Tempo foi passando e depois que todos almoçaram, começaram uma conversa atrás da outra. Violet viu Richard sentar-se perto da piscina e aproximou-se para falar com ele.

  - Eles crescem rápido, não é?

 - Violet! – Ele se assustou – De onde você veio?

 - O álcool te deixou cego?

 - Não, é que eu estava distraído.

 - Tenho que falar algo sério com você.

 - O que? Diga de uma vez.

 - O Simon não está gostando muito da vida em Xing.

 - Eu sei, ele me disse no telefone.

 - Ele me pediu para ir morar com você.

 - E me deixe adivinhar? Você não o quer longe de você.

 - Exatamente, eu sei que ele não está feliz lá, mas...

 - Violet, ele me disse que só não reclama por sua causa, por que ele te vê feliz e ele não quer te magoar, mas pra ele não está dando mais.

 - Eu cheguei a cogitar com o Tom de nos mudarmos para o Leste e ele até gostou da idéia, mas gostaria que eu não estivesse pensando nisso por causa de uma vontade do Simon, ele acha que eu o estou o mimando demais.

 - Então deixe o Simon ir morar comigo e depois se mude para o Leste, diga ao Tom que está morrendo de saudades dele e que não consegue viver sem seu filho, mas sem deixar o Simon ir morar com vocês de primeira.

 - Às vezes eu acho que o Simon não gosta do Tom, ele rejeita quando o Tom vai ajudá-lo com alguma coisa, não se abre, não demonstra carinho...

 - Isso por que eu sou o pai dele, e ele deve achar estranho morar com a mãe, o padrasto e os irmãos.

 - Com você vai ser a mesma coisa, só que neste caso com o pai e a madrasta.

 - É aí que você se engana Violet, a diferença neste caso é que com a Simone ele demonstra carinho e a considera como alguma coisa, ele por acaso abraça o Tom?

 - Não que eu me lembre.

 - Agora olha lá na piscina.

 Richard apontava para o menino brincando e rindo no colo da madrasta, sem nenhum incomodo ou rejeição, e assim que viu os pais olhando-o começou a acenar.

 - Bom, acho que uma imagem vale mais que mil palavras.

 - Você tem razão.

  - Agora, com licença que eu vou entrar na água também para curar um pouco do porre.

 - Vai em frente.

 Richard pulou na água e foi para junto de sua esposa e filhos. Violet continuou sentada perto da piscina os observando e nem notou quando alguém se aproximou dela e sentou-se ao seu lado.

 - Não vai entrar na água Violet?

 - Rachel – Ela olha a mulher que agora ela se tornara e que estava sentada ao seu lado – Daqui a pouco eu entro, acabei de almoçar e dizem que não faz bem entrar na água de estomago cheio.

 - Você parecia que estava longe.

 - Eu estava pensando em como vai ser a minha vida sem a presença do Simon todos os dias.

 - Como assim?

 - Ele quer morar com o Richard, e eu não discordei disso.

 - O quer houve? Ele está bem para escolher o Rich?

 - Ele é o pai e meninos sempre preferem o pai do que as mães.

 - Então o Ray seguiu o caminho errado, sempre gostou mais da mamãe.

 - E você como anda? E os preparativos do casamento?

 - Já resolvemos quase tudo, só estão faltando alguns detalhes da festa.

 - E já sabem onde vão morar.

 - Nós vamos ficar aqui na Central, compramos uma casa a duas quadras daqui, ele queria se mudar para o Leste, mas eu quis ficar perto dos meus pais.

 - Mas você viveu muito no Leste e agora não quer ir? Que papo é esse?

 - Eu sei que parece estranho, mas me acostumei aqui e não queria reencontrar aquele meu ex namorado por lá e o ouvir dizer que estava certo, e que nós nunca ficaríamos juntos.

 - Você prefere fugir? E se ele estivesse errado? Você não o esqueceu não é?

 - Não, mas pelo resultado seu e do Richard, prefiro ficar no meu canto e não me machucar com uma ilusão.

 - E se ele também não te esqueceu?

 - Violet, eu sei que ele não me esqueceu, por que a Simone trabalha com ele e diz isso, mas ele já deve estar mudado e não me atrai tanto quanto antes, até mesmo da ultima vez que eu estive no Leste para fazer a inspeção ele não me reconheceu e eu soube que ele está namorando.

 - Você por acaso foi falar com ele?

 - Não, pra que?

 - E depois reclama que ele não te reconheceu, e você também não toma uma iniciativa.

 - Como não? Fui eu que pedi o Taylor em casamento.

 - Sério?!

 - É. O Tay pode até ser descarado para algumas coisas, mas para outras ele é um pouco lerdo.

 - E teve algum motivo para você pedi-lo em casamento?

 - O amor não basta?

 - Rachel você não me engana, da ultima vez em que nos vimos você disse que era nova demais para se casar e agora está apressando as coisas.

 - Promete que não conta para ninguém.

 - Prometo, mas o que é?

 - Eu estou grávida de um mês e meio do Tay, mas ele e nem meu pai sabem ainda.

 - Além de mim, quem mais sabe?

 - Minha mãe, a Simone, o Rich, o Ray e a Belle.

 - Caramba, mas como você vai fazer com o casamento e...

 - Você acha que eu vou casar no final do mês por quê? Mamãe falou que assim seria melhor e o papai não tentaria matar o Tay e chorar mares por que a filhinha dele está grávida.

 - E já pensarão onde vão passar a lua-de-mel?

 - No Leste, o suposto lugar em que eu vou ficar grávida.

 - Ok! E você vai ter um filho de 7 meses.

 - Claro que não, os únicos que vão saber que é normal são os de casa, os do quartel não precisamos entrar em detalhes.

 Elas continuaram conversando até a tarde cair e algumas pessoas começarem a ir para suas casas e descansar. Richard, Raymond e Rachel ficaram o dia todo com Roy, que estava orgulhoso dos filhos e de suas carreiras, assim como estava com a presença dos netos.

 - Isabelle será que desta vez vem menino?

 - Não sei sogrão, tomara que sim, eu e o Ray nos esforçamos muito para essa gravidez.

 - Só eu sei disso – dizia Richard interrompendo – Eles passavam mais horas se “esforçando” no quartel do que fazendo o próprio trabalho.

 - Olha só quem falar amor, você só não tenta me agarrar quando está dormindo nos documentos.

 - Isso é normal Simone, eu fazia, e ainda faço a mesma coisa com a Riza.

 - Roy!

 - Que foi?

 - Menos, por favor, as crianças estão presentes.

 - E falando nisso – Richard virasse para Violet que estava sentada no outro sofá com o marido – Violet, quando o Simon vem morar comigo no Leste?

 - Err... Eu ainda não sei, tenho que arrumar as coisas dele e...

 - Eu vou morar com o papai?! – o menino interrompeu a mãe.

 - Vai Simon, não foi isso que você me pediu? – Ela fez a cara mais compreensível que conseguiu e recebeu um abraço em retribuição do filho.

 - Obrigado mamãe! Você é a melhor mãe do mundo.

 - Que isso meu anjo.

 - Quando eu posso ir morar com o papai?

 - Falando assim, eu vou pensar que você detesta Xing.

 - Eu nunca disse que gostava.

 - Tinha que ser filho do Richard mesmo. - ¬¬’

 - Ooooh! Eu estou ouvindo.

 - Quando você quiser pode ir morar com seu pai, é só o tempo para eu te transferir de escola e mandar as suas coisas.

 - Eeee.

 - Ô pai...

 - Que foi Nich?

 - Eu esqueci de entregar o seu presente, a mamãe falou que você iria gostar.

 - Tudo bem filho, mas cadê o presente?

 - Eu não sou louco de entregar aqui dentro e a vovó me matar por causa da mobília.

 - Por quê? Nicolas...

 - Vamos lá fora, o vovô que me ajudou a... Vamos dizer “preparar” o seu presente.

 - Tudo bem, vamos.

 Richard foi até o quintal com o filho mais velho e não encontrou nada, então reparou que o menino estava desenhando algo na mão e depois reconheceu o símbolo e esperou ansiosamente o menino lhe mostrar o “presente”.

 Ele ficou orgulhoso assim que o viu estalar os dedos e sair pequenas faíscas, mas o menino mirou em uma corda e depois estalou o dedo mais uma vez, e assim que a chama tocou a corda, Richard pôde ver que a corda formava algumas palavras e que acesas ele conseguia ler claramente que estava escrito “Alles Gute zum Vatertag!“ que em alemão queria dizer “Feliz dia dos Pais!“.

 Richard se encantou com aquilo e abraçou fortemente o filho e disse que estava orgulhoso dele. Instintivamente o garoto disse que queria treinar alquimia para ser igual ao pai, mas o restante da família que estava atrás dos dois se assustou em pensar em uma cópia mirim do Richard.

- Pai, quando a gente vai voltar pra casa?

 - Amanhã a noite, depois do jantar, por que Nich?

 - Não conta pra mamãe, mas eu ainda não fiz a lição da escola.

 - Tem muita coisa?

 - Cinco páginas.

 - Vamos guardar este segredo dela, eu também não fazia a minha lição na sua idade.

 - Era por causa de garotas?

 - Na maioria da parte... Era.

 - E ainda continua a não fazer o seu trabalho por causa de mulher?

 - É por aí, eu adoro ver a sua mãe com cara de brava e tentando se livrar das minhas cantadas.

 - Pai, já te disse que você é meu ídolo hoje?

 - Hoje não, mas deixo hoje pra você dizer para o seu avô, foi ele que me inspirou.

 - Sério?!

 - É e por isso a fama dos Mustang.

Depois da conversa de pai e filho, Richard e Nicolas foram para casa descansar. A manhã seguinte chegou depressa junto com a agonia de Violet em deixar o filho ir junto com o pai, ela sabia que o filho queria ir, mas isso não amenizava a tristeza de tê-lo longe.

 - Simon, promete que vai me ligar todos os dias?

 - Se o papai não for mão de vaca, vou.

 - Xiii... Então eu vou falar com você só uma vez por ano dependendo dele.

 - Não exagera mãe, meu pai não é malvado comigo.

 - O que você quer dizer com isso?

 - Isso o que?

 - Que seu pai “não é malvado” com você? Por acaso o Tom é?

 - Não mãe, ele é legal, mas mesmo que você queira muito, ele não é meu pai e não vai conseguir nunca ocupar o mesmo lugar que ele.

 - Simon...

 - Que foi? Disse algo errado.

 - Você me culpa por não ter ficado com o seu pai?

 - Mãe, eu... Sinceramente eu acho que você devia estar doida quando saiu com meu pai, vocês não combinam em nada e quando se encontram só brigam.

 - Filho!

 - Foi você quem perguntou, eu só respondi.

 - E você gosta mais do seu pai ou de mim?

 - Isso é covardia mãe, você sabe que não tem chances de ganhar.

 - Como é?

 - Nem vem mãe, você sabe muito bem que eu sempre gostei mais do papai do que de você.

 - Você fala isso agora, quero ver quando ficar uma semana longe de mim.

 - Mãe eu já fiquei uma semana longe de você, lembra que nas férias eu passei duas semanas na casa do vovô com ele e meu pai.

 - A é? Então eu quero ver mês que vem, e se eu não for lá te ver?

 - Aí eu te ligo.

 - ¬¬’ – Conclusão: Puxou seu pai.

 - Hã?

 - Esquece filho... Mas me diz, de quem você gosta mais, da sua madrasta Simone ou do seu padrasto Tom?

 - Da tia Simone.

 - Como é?

 - Pelo menos ela não finge ser a minha mãe, ao contrário do Tom que tenta ocupar o lugar do meu pai.

 - Simon, por que você nunca me disse isso?

 - E precisava dizer? Era só você prestar mais atenção em mim mãe, desde que nos mudamos para Xing parece que só existe para você a Helena e o Peter, mas quando eu estou na casa do meu pai, a tia Simone me trata igual ao Nich e a Lílian, e às vezes com mais atenção que eles.

 Violet se entristece – Parece que você ficou mesmo igual ao seu pai, até me trocar pela Simone você está fazendo.

 - Eu não estou te trocando, apenas ressaltando os fatos e se o meu pai não te escolheu antes a culpa é toda sua, eu se fosse ele faria o mesmo.

 - Simon!

 - Mãe! Olha só pra você, sempre se colocando como o centro do mundo e não se importando com os outros, papai falou que você era assim quando pequena também.

 - Quer saber, vai dormir por que amanhã é um longo dia e você vai viajar.

 - Boa noite mãe.

 - Boa noite.

 Violet colocou os filhos para dormir e em seguida foi para seu quarto com seu marido, encontrou-o ainda sentado na cabeceira da cama lendo um livro qualquer e sentou-se ao seu lado, ainda tristonha pelo que ouvira do filho.

 - O que foi meu amor?

 - Nada, só to triste por que o Simon vai para o Leste.

 - Não fique triste logo, logo ele está por aqui de novo e morrendo de saudades de você.

 - Duvido muito, ele está indo mais por minha causa do que por causa do Richard.

 - Como assim? Ele te adora Violet.

 - O Simon me disse que eu não dou atenção a ele, e que na casa do Richard a Simone trata todos da mesma maneira e não tenta tomar o lugar de mãe dele como você faz tentando ser o pai dele.

 -Mas... Como assim? Eu não tento tomar o lugar do Richard, muito pelo contrário, eu tento fazer ele não sentir falta do pai, mas ele não confia em mim.

 - Nem em mim que sou mãe ele confia, só confia no pai e no irmão mais velho.

 - Você já parou pra pensar que ele sente ciúmes da Helena e do Peter?

 - Já, mas ai eu lembrei que ele não sente ciúmes da Lílian e do Nicolas, ele até gosta de falar que é irmão deles.

 - Nunca pensei que eu ia falar como seu pai, mas tinha que ser Mustang mesmo.

 Ela sorriu – Você tem razão, geninho difícil dos Mustang não é?

 - Não deixa o Simon ouvir, ele fica bravo quando ofende o sobrenome dele.

 - Agora fala que ele tem Elric no nome aí ele até se ofende.

 Os dois riram juntos antes de se deitarem para dormir. Assim que amanheceu, Violet levou Simon até a estação de trem e ficou com ele até que o trem chegasse.

 - Promete que vai me ligar assim que chegar?

 - Prometo.

 - E que vai ficar bonzinho na casa do seu pai e que vai obedecer?

 - Err... Prometo.

 - Vai dizer quando quiser voltar a morar comigo?

 - Isso vai ser muito difícil, mas prometo.

 - Vai sentir saudades da mamãe e dos seus irmãos?

 - Claro mãe, vocês também são da minha família, apesar desses sobrenomes.

 - O que você tem contra Elric e Yao?

 - Dês de que os meus filhos não sejam obrigados futuramente a tê-los, nada.

 - Algum dia você vai perceber que não é nenhum privilégio ter Mustang no nome.

 - Você só fala isso por que não tem.

 Eles viram o trem se aproximar e logo o garoto foi acompanhado por um oficial que iria levá-lo diretamente para Richard no Leste, ele se despediu de Violet pela janela, deixando-a triste enquanto o via partir.

Semanas se passaram, Simon adorava a vida que passava agora no Leste e Violet sentia cada vez mais saudades do filho, sempre que podia ela ligava para saber como o filho mais velho estava, mas nunca encontrava tempo para vê-lo e vice-versa.

 Um ano se passou sem que Violet o visse, o dia das mães dela foi uma tortura, pois só falou com Simon por telefone e recebeu seu presente por correio, no aniversário dele foi a mesma coisa, ela não pode ir vê-lo por causa de um acidente que feriu o braço de Helena e a impossibilitou de viajar.

 Mas Violet havia marcado de se encontrar com o filho no dia dos pais, na casa de Richard, nem que para isso ela tivesse que ir andando de Xing para a cidade do Leste.

 Finalmente no dia dos pais, deste ano, as famílias resolveram passar no Leste por causa da preguiça de Richard e para comemorar o primeiro dia dos pais de Taylor com seu filho de meses que recebeu o nome do avô coruja e Führer de Amestris por insistência de Rachel.

 Assim que Violet, Tom, Helena e Peter chegaram a cidade do Leste foram recebidos por um motorista que os levaria para a residência dos Mustang. Ao chegarem, Violet foi correndo a procura do filho e o encontrou sorrindo ao lado de Nich e Richard.

 Assim que o garoto notou a presença da mãe, foi correndo ao seu encontro com um enorme abraço.

 - Mamãe! Que saudades!

 - Que eu te digo isso, você cresceu tanto.

 - Que nada, você nem acredita que eu já perdi o meu primeiro dente.

 - Como? E você não tinha me contado? Pelo menos você guardou para a mamãe ver?

 - Err... Mãe eu joguei o dente em cima do telhado, o papai disse que daria sorte.

 - E como o dentinho caiu?

 - Caiu quando eu levei um soco de um idiota na escola, mas não se preocupe que eu o fiz perder um também.

 - O QUE? Você estava brigando? – Ela olha raivosa para Richard – Você deixou meu filho entrar em uma briga?

 - Err... Eu sabia que se te contasse sobre isso você ia dar um chilique, mas o negócio é o seguinte, nenhum Mustang que se preze sai apanhando por aí de graça e eu só falei pra ele que se alguém batesse nele por aqui era pra ele dar o troco.

 - Isso é jeito de se ensinar uma criança? Com violência?

 - Não, mas pelo menos aqui ele não apanha como apanhava em Xing e os garotos ficam com medo só de saber que ele é filho do General Richard Mustang e não enteado do príncipe de Xing.

 - Filho... Por que você não me disse sobre isso?

 - Você sempre estava muito ocupada, e por aqui o papai me ouve e o Nich me protege e me ensina algumas coisas na escola.

 - Você sabe como é? Irmão mais velho é para essas coisas – Nicolas entrava na conversa.

 - E você mocinho, a sua mãe não te ensinou que resolver as coisas na violência não leva a nada?

 - Ela até tentou, mas quando eu falei que era melhor do que eu apanhar ela me ensinou auto-defesa e descobri que as garotas preferem os descolados do que os idiotas que apanham a toa.

 - Hum... E o que seu pai acha disso?

 - Legal.

 - Desisto de entender.

 - Mãe sabia que a Simone cozinha melhor que você, o bolo de chocolate dela é insuperável.

 -A é? Vai me dizer que não sente falta da minha comida.

 - Não, você coloca muito sal e também não é boa nos temperos.

 - Então quer dizer que você fica melhor sem mim – ela olha para outra direção – Até já encontrou uma mãe melhor que eu.

 -Mãe... Ninguém te disse que você era perfeita, mas ainda sim eu prefiro você.

 - Sério?!

 - É, mas hoje eu não vou poder te dar atenção, é dia dos pais e não das mães e faz um tempinho que eu não vejo meu avô.

 - Eu queria te contar uma novidade filho.

 - O que? Ta grávida de novo?

 - Não, nós vamos nos mudar para o Leste! O Tom arranjou um emprego por aqui e eu vou vir para cá com ele e com seus irmãos, não é legal?

 - Err... – ele olhava sem muito animo para Nicolas que estava ao seu lado – Que bom mãe...

 - Você não me parece feliz com a notícia.

 - É que eu só estou me acostumando com a idéia, mas eu não vou precisar voltar a morar com você, vou?

 - Err... Você que sabe filho, eu vou tentar encontrar uma casa por perto e...

 - Que bom, assim não preciso sair daqui e posso continuar a morar com o papai e meus irmãos.

 - A Helena e o Peter também são seus irmãos.

 - Eu sei, mas eles não têm aquilo que me faz ter certo contato mais forte com eles.

 - Você vai compará-los pelo sobrenome Simon? Eles nasceram de mim, assim como você.

 - Mas não são filhos do meu pai.

 - Você o considera mais importante do que eu?

 - Você sempre soube mamãe, isso não é novidade, ele é meu herói e tem coisas que um garoto só pode aprender, confiar e compartilhar com o pai.

 - Seus irmãos também têm um pai.

 - Mas ele é pai do Peter e da Helena e não o meu pai, não é a mesma coisa e você sabe disso.

 - Eu sei que você ama seu pai mais que tudo na vida, mas não esqueça que tem mãe e mais dois irmãos.

 - Eu nunca me esqueci, mas você sempre complica e dramatiza tudo mãe, é por essas que o meu pai disse que não agüentava você, por que você nos sobrecarrega e quer que tudo gire ao seu redor.

 - Eu errei e assumo, mas é difícil ficar longe de você.

 - Então não torne essa distancia mais difícil, pare de reclamar e implicar com tudo, leve a vida mais na brincadeira e aproveite os bons momentos, como agora que você poderia estar aproveitando o dia dos pais com o vovô Ed e está aqui implicando comigo por ciúme do que eu sinto pelo meu pai.

 - Me dá um abraço?

 - Sempre mãe. – ele abraçou-a fortemente e lhe deu um beijinho na bochecha – E vê se não demora muito para se mudar pra cá, eu estava morrendo de saudades.

 - Pode ter certeza de que eu virei correndo, mas vai lá aproveitar o seu pai, afinal, o dia é dele também.

 - Ta.

 O garoto se distanciou de Violet e foi em direção de Richard com Nicolas, e ambos abraçaram o pai. Richard estava feliz por estar nesta data com seus filhos e com seu pai em sua casa e com a família toda reunida.  Por que apesar de ser dia dos pais, cada membro de sua família era importante em seu coração, cada um faz a diferença e é insubstituível e o pai está aí para comandar as diferenças e ser o pilar que sustenta e dá forças para a família.

 Roy poderia comandar um país inteiro, mas também era o pai que comandava aquela família e que se orgulhava de ser modelo para as próximas gerações, assim como seus filhos que davam o exemplo para seus netos e logo essas gerações dariam exemplo a mais outras gerações, mas sem nunca se esquecer de quem algum dia começara tudo isso, e de que também era um homem como todos os outros e pai-herói de sua família.

Das Ende.


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Notas finais do capítulo

Alles Gute zum Vatertag! P/ tds os papais de plantão! Küsse e deixem Reviews!!!



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