Inglaterra escrita por Anna


Capítulo 11
Romeu Cullen




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POV. Bella

– Charlie está até meio perdido sem você em casa Bells... – Jacob disse.

– Não minta. Ele deve estar adorando não ter ninguém que interrompa seu namoro com Sue aos sábados... – falei ainda fitando a escada.

– Algum problema? – me virei pra ele, que parecia confuso.

– Nada demais... – menti.

Na verdade havia um problema. Eu continuava a me perguntar o porquê do doido do Edward ter saído correndo como um cachorrinho assustado, sem nem ter mesmo falado com Jacob... Ele parecia tão entusiasmado com aquela visita, fazendo perguntas. O que poderia ter acontecido? Eu tentava ligar as coisas mais nada vinha em minha mente.

– Bem crianças, eu vou deixá-los conversando... – Esme se levantou arrumando a saia lilás feita perfeitamente para seu tipo de corpo – Jacob, você fica conosco pra hora do chá? – ela sorriu pra ele.

– Chá? – ele fez uma careta – Claro... – disse meio contrariado e coçou a cabeça.

Aquela Esme toda educada me parecia a que eu havia conhecido no meu primeiro dia aqui, e não aquela que proibia o filho de andar em má companhia, que no caso, era eu.

– Chá...? – ele se voltou pra mim assim que ela entrou na cozinha.

– Jacob, estamos na Inglaterra, o “país do chá” – desenhei as aspas no ar com os dedos.

– Havia me esquecido... – ele sorriu – E então, por que o esquisito saiu correndo daquele jeito?

– Não o chame assim... – falei séria – Edward não é muito... Ah, sociável.

– Wow, que palavreado é esse? – ele se assustou – O ar da Inglaterra já está penetrando em você...

– Isso é bom, não é mesmo? – perguntei irônica.

Jacob não respondeu, ele estava incomodado com aquilo, como se houvesse uma alergia nele á palavras grandes, costumes, e chá. E essa reação dele me incomodou profundamente porque, mesmo não estando em casa, a Inglaterra me trouxe coisas boas e ruins até agora e eu não queria que ele pensasse mal desse país... Oh Deus! Eu estou ficando sentimental demais...

POV. Edward

– Emmett, eu sinceramente não acredito que toda essa baboseira vá funcionar... – resmunguei sentado na cama.

– Vai sim! Edward, você quer mudar ou não? – ele andava arrastando os pés no tapete ao lado da prateleira de CD’s.

– Ah, eu... – hesitei.

– Você quer. – ele respondeu por mim - Outra lição: – ele parou de andar – pare de ser tão indeciso, se quer uma coisa faça, não importam as regras nem nada.

– Acho que Isabella andou tendo aulas com você porque, ela não obedece às regras... – me levantei.

– Ela não teve aulas comigo e sim com o cara grandão lá na sala. – ele me olhou nervoso e eu fiz uma careta ao comentário dele.

Talvez aquilo fosse verdade, toda a personalidade forte de Isabella, e algumas ações masculinas dela, poderiam ser provenientes daquela montanha de músculos, chamada Jacob.

– Certo, agora, vamos retomar o plano... – Emmett girou as mãos – Você vai até lá e vai agir como se nem ligasse pro bombado. Lembre-se de não olhar muito pra Bella, ou você vai ficar todo caidinho e aquela coisa toda de ficar vidrado, e ai você ferra tudo! E depois... – fez sinal pra que eu continuasse.

– Depois... Eu continuo agüentando tudo isso até que ele vá embora... – falei como se fosse impossível. Emmett fez um sinal de desaprovação e eu bufei – Eu “seguro a onda” até que ele “se mande”, ou “caia fora”... – falei e ele riu.

– Isso Edzinho! – sorriu satisfeito – Nada de palavras longas e frases feitas, muito menos de ser cavalheiro, seja cavalo, entendeu? – ele gargalhou e eu continuei sem entender – Que seja... Agora, vamos fazer um pequeno teste pra eu te conhecer melhor...

– Emmett, você é meu irmão, ainda não me conhece o suficiente? – voltei a me sentar na cama.

– Eu não presto muita atenção... Que seja, agora vamos lá...

– Oh Deus!

– Não reclama! Certo, sua bebida favorita?

– Chá de camomila.

– Não seu merda! A resposta certa é: qualquer porcaria que contenha álcool.

– Eu não bebo bebida alcoólica...

– Não bebia... Agora, qual sua música favorita?

– Clair de Lune, Debussy – falei me lembrando da melodia suave.

– Não! – Emmett fez um som como se fosse uma campainha daqueles games na televisão, aquela que toca quando alguém responde errado – Deus me livre, um piano tocando, sem videoclipe com gente dançando e sem ninguém cantando, aquilo é canção de ninar. Baboseira, como você mesmo diz...

– Mas...

– A resposta certa é: My name is, Eminem.

– O que? Não mesmo, eu sei que o Eminem é aquele cantor que fala muitas palavras obscenas, não é mesmo? Olha, eu prefiro a da Katy sei-lá-o-que, ou não sei, outra menos...

– Edward, cala essa boca! – eu parei – Última pergunta: Uma noite com uma garota seria...?

– Isabella? – perguntei me lembrando do sonho perturbador.

– Bom, sim. Que seja...

– Ah, certo... – pensei por alguns segundos, e ele bufou com a demora – Eu, e Isabella em um dos barcos de Carlisle, sabe daqueles que ele comprou no verão passado?

– Ah sim, sim. Estou gostando... – ele me fitou malicioso.

Levantei-me pra poder começar a explicar e então as imagens vinham perfeitamente em minha cabeça.

– Nós estaríamos lá sozinhos, e eu cozinharia pra ela enquanto ela me contava sobre como havia sido seu dia. Depois do jantar, a luz de velas claro, nós nos sentaríamos na proa do barco admirando a noite, e eu compararia o brilho dos olhos dela com as estrelas, talvez eu até pudesse declamar alguma poesia pra ela, não seria difícil. E então, eu seguraria sua mão e a levaria até a ponta do barco e levantaria seus braços pra podermos sentir a brisa, assim como no...

– Titanic, que AFUNDOU! – ele disse me fitando com uma careta incomparável. Eu pisquei pra sair do meu sonho – Que coisa de boiola Edward! A resposta certa é: No barco sim, e uma música alta tocando, muita bebida e dança, mas com várias gatinhas de uma vez, porque assim você teria várias opções...

– Isso seria tão injusto e promíscuo! As outras garotas perderiam seu tempo porque eu queria estar com Isabella e não com elas.

– Oh, estou completamente exausto! Será que dá pra você ir lá de uma vez? – ele se levantou – Eu deveria cobrar por isso...

Minhas mãos começaram a tremer de nervoso.

“Eu poderia me importar menos com o que você vê,

Estou aqui nunca a menos para mim.

Esse é o jeito que sou, eu não sou nem Larry nem Sam

Por que você não consegue ver? sou apenas desse jeito!

Bem ali está, está bem aqui, tão claro como cristal

Bem ali está, está bem aqui, tão claro como cristal na frente da minha cara!

Eu poderia me importar menos com o que você vê em mim...”

(That’s Just Me)

Emmett me empurrou até a porta e depois de encostar-se no corrimão pra ver Isabella e Jacob no sofá, ele começou a sussurrar.

– Faça como eu disse e tudo vai dar certo! – ele me encorajou como um treinador – Vai...

– Posso desistir? – sussurrei.

– Larga de se mulherzinha e vai lá de uma vez! – ele quase gritou agora, mas se conteve.

A tremedeira passou das minhas mãos pro resto do corpo e eu respirei fundo antes de dar o primeiro passo, que foi impedido por alguém que se colocara na minha frente.

– Edward, eu não posso acreditar que está seguindo os conselhos estúpidos de Emmett! – Alice me olhava com reprovação, seus braços estendidos e suas mãos segurando meus ombros com certa dificuldade por causa da diferença de altura.

– Alice, eu...

– Será que dá pras mocinhas falarem mais baixo? – Emmett me interrompeu com um sussurro e apontou pra Isabella e Jacob na sala, no andar de baixo.

– Vamos pro seu quarto, agora! – Alice seguiu pro meu quarto, e eu e Emmett, que resmungava palavrões, a seguimos.

Nesse momento eu comecei a invejar Romeu Montecchio e sua facilidade pra conquistar Julieta, mesmo eles sendo de famílias inimigas. Naquela é poça era tão fácil cortejar e agradar a uma mulher. Romeu era passional e destemido, ele invade o jardim dela só pra vê-la, ele morre por ela, quisera eu ter tanta coragem apenas pra falar de sentimentos. Por que as mulheres de hoje em dia gostam tanto assim de tipos como Emmett, Jasper e... Jacob?

– Ouch! – gritei ao ser atingido por uma almofada na cabeça.

Alice fechou a porta do quarto e, Emmett havia arremessado a almofada, óbvio. Pisquei os olhos saindo do meu dilema interior e, a cena com a qual me deparei era assustadora e ao mesmo tempo hilária.

Emmett estava em pé, seus enormes braços cruzados sobre o peito, ele estava ao lado de Alice e assoprava o seu cabelo espetado, que aliás parecia bem mais espetado do que de costume, ela batia o pequeno pé esquerdo como se acompanhasse as batidas de uma música rápida.

– Então quer dizer que, você vai virar um marginal agora? – Alice perguntou.

– Por que marginal? – perguntei em som de súplica, tudo aquilo já estava me cansando.

– Porque Emmett é um completo marginal, e se ouvir os conselhos dele vai se tornar um... Será que você não percebe o quão bom você é Ed? – ela tinha simpatia na voz.

– Ser bom não está me ajudando em nada... – falei no mesmo tom que ela – Eu tenho estado sozinho com os meus livros, sentindo ciúmes e dor no coração, e isso não me incomodava antes, mas agora parece um inferno! – desabafei.

– Oh Ed... – ela chegou perto de mim. Ou eu estava alucinado ou eu vi seu cabelo se abaixar um pouco – Você está apaixonado! – ela sorriu – Isso é tão bonito.

– Eu não acho. – falei com amargura.

– Mas é sim, e você não precisa ser um marginal pra...

– Olha que está falando... – Emmett resolveu se manifestar descruzando os braços, eu até estranhei a demora com a qual ele esperou pra começar com seus insultos, talvez ele já estivesse convencido de que é um marginal... – Olha aqui fadinha, eu sei muito bem que você é caidinha por Jasper e, - ele riu secamente – ele não é um exemplo de cidadão...

– Cala essa boca Emmett! Você não sabe nada da minha vida...

– Alice, eu não acredito que você ainda gosta daquele garoto imprudente! – falei indignado.

– Chega, chega e chega! – ela me fitou – Isso não é sobre mim é sobre você, e Bella não é um exemplo esplêndido de conduta também Edward, mas você gosta dela mesmo assim, não é mesmo? – eu suspirei desistindo de mudar de assunto – Muito bem, eu vou te vestir melhor e arrumar seu cabelo bagunçado, podemos comprar roupas novas! – ela pulou e bateu palmas como uma criança – E você vai conquistá-la assim ó... – ela estalou o dedo.

Eu iria falar algo, mas Emmett começou a rir.

– Você não vai vestir meu irmão como uma das suas bonecas fadinha! – ele ironizou e parou na minha frente bloqueando Alice – Edward, se ouvir os meus conselhos você vai parar de cantar “Ur So Gay” e vai começar a cantar “I Kissed a Girl”, HÁ! – ele riu como se fosse uma piada óbvia – Porque você sabe, até a Katy Perry já beijou uma garota e, você ainda está no zero!

Oh Deus, então a tal da Katy Perry já tinha beijado uma garota?

– Ed, você gosta de Katy Perry? – Alice fez uma careta, se esquivando de Emmett. Eu abri a boca pra contestar, mas ela resolveu continuar – Pensei que você gostasse de óperas, música clássica, eu não te imagino cantando “Peacock”!

– Eu...

– Isso mesmo, ele gostava de clássicos... – Emmett me interrompeu apontando o dedo pra Alice.

– Bom, a música nova dela, a “Firework” até que seria um bom incentivo pra você Edward, mas as outras são diferentes do que você costuma...

– CHEGA! – explodi em um grito.

– Queridos... – a voz suave de Esme ecoou pelo quarto – Que tipo de reunião é essa? – ela parou na porta nos fitando.

– Estamos apenas... Conversando mãe. – Alice falou angelicalmente, sorrindo.

– Que bom, adoro quando estão em paz. Vamos aproveitar e terminar essa conversa lá em baixo – ela apontou pra baixo com o dedo – Hora do chá da tarde.

– Claro, estamos indo... – falei secamente.

Esme saiu e, antes que um dos dois começasse com o sermão sem sentido eu me posicionei.

– Pra acabar com essa discussão sem nexo: Eu nunca cantei nenhuma música da Katy Perry, nem sei ser valentão e grosseiro, muito menos sei conquistar uma mulher... – suspirei – Só me deixem em paz! – me dirigi até a porta e depois de fitá-los - eles estavam surpresos – saí.


Você já se sentiu como um saco plástico flutuando pelo vento, querendo começar de novo?

Você já se sentiu frágil como um castelo de cartas, a um sopro de desmoronar?

Você já se sentiu enterrado gritando sob sete palmos, mas ninguém parece ouvir nada?

Você sabe que ainda há uma chance para você? Porque há uma faísca em você...

Você só tem que acendê-la, e deixá-la brilhar. Apenas domine a noite, como 4 de julho...”

(Firework)

Desci as escadas rapidamente e lá estavam Isabella e Jacob sentados, perto, mas em sofás separados, rindo e conversando, tão facilmente.

– Oi, eu não me apresentei corretamente, meu nome é Edward. – sorri pra ele.

– Ah, oi! – ele disse perturbado ao ver minha mão estendida pra ele – Sou o Jacob.

– É eu sei... – ele apertou minha mão rapidamente.

Isabella sorriu ao ver aquilo, quase como se fosse muito importante pra ela. No fim, eu não precisava fazer muito pra agradá-la, pelo menos por enquanto.

– Senta aí Edward... A casa é sua... – ela disse irônica e eu me sentei ao seu lado, isso me deu uma sensação boa.


A hora do chá sempre fora tão formal e silenciosa, até mesmo com Emmett na casa, mas dessa vez todos estavam conversando, talvez pra que Jacob e Isabella não se sentissem mal, porque Esme realmente odiava conversas fora de hora.

– Bem, – Carlisle começou – eu consegui ingressos pra um jogo de baseball amanhã, afinal, apesar de ser mais jogado na América, as raízes desse jogo são na Inglaterra, vocês sabiam? – ele perguntou com tom de sabedoria.

– Nossa que legal! – Jacob sorriu pra Isabella.

– É, quer dizer, meu pai adora baseball... – ela disse animada.

– Isso vai ser tão divertido, apesar de eu não saber nada sobre o jogo! – disse Alice excitada.

– E você Edward, gosta de baseball? – perguntou Isabella.

– Ah... – por impulso olhei pra Emmett e ele balançou a cabeça rapidamente – Na verdade sim, quer dizer, meus pais e Alice não devem saber, mas eu adoro baseball, é um jogo muito, ah... Criativo! – afirmei me arrependendo da última palavra.

– Que time você torce? – Jacob perguntou como se fosse um desafio pessoal pra ele.

– Eu, ah... – senti uma gota de suor escorrer por minhas costas. Porcaria, eu estava em uma bela confusão – Eu, na verdade, não tenho um time em questão, eu assisto ao jogo e torço pro que eu achar que vale a pena... – ri nervosamente outra vez, eu odiava aquele ataque de risos.

– Isso é bem estranho... – ele disse.

– Na verdade é bem diferente – Isabella surpreendeu a todos com o comentário – Quer dizer, eu e Charlie também não temos um time em questão, a gente assiste e cada um escolhe um time pra torcer na hora, sabe coisa de pai e filha que não tem o que fazer... – ela sorriu pra mim e eu correspondi.


POV. Bella

Oh, que sorriso era aquele... Edward tinha os dentes perfeitamente alinhados e brilhantes e o sorriso dele me fez sentir um arrepio intenso pelo corpo. Que coisa mais ridícula, era tão estranho e bom ao mesmo tempo. Era como se todos estivessem ali, mas eu só podia enxergá-lo, desajeitado... OH BELLA, PARE!

– Bella? – balancei a cabeça ao ouvir a voz de Jacob.

– O que, o que? – perguntei rapidamente.

– O que acha?

– Ah, bom... – falei sem nem ao menos saber do que ele falava.

– Você ouviu o que eu disse?

– Não, desculpa, eu estava pensando numa coisa... – desviei o olhar de Edward – O que foi?

– A senhora Esme disse que podemos ir passear por algum lugar, só pra eu conhecer um pouco de Londres, sabe... – ele me olhava malicioso.

Olhei pra Esme e ela sorria de um jeito que me incomodava, e Edward parecia não gostar da sugestão da mãe... Foi aí que olhando pra situação toda eu entendi que o que ela queria era me afastar de Edward, como havia dito na noite passada.

– Oh isso é bem legal! – afirmei com um tom cinismo na voz – Então vamos, oh, Edward, Alice e Emmett, venham com a gente... – sorri pra Esme.

Edward parecia conter o riso, e a expressão dos outros era de dúvida como se esperassem pela permissão da mãe.

– Eu e Emmett temos uma, ah, coisa pra fazer, mas aposto que Edward adoraria ir... – Alice sorriu pra mim e piscou tão rápido que ninguém mais viu além de mim.

– Certo. – Edward disse suavemente e se levantou. Ele olhou pra Jacob ao meu lado e fez uma careta – Eu dirijo... – ele falou passando por nós dois.

Pelo comportamento de Edward mais cedo eu até havia pensado que ele não aceitaria, mas foi muito bom vê-lo aceitando e se propondo a ir conosco porque eu realmente acho que seria muito estranho não ter ele conosco, como se eu precisasse que ele viesse... Mais sentimentalismo... É eu estava no limite!

Pergunto-me se você sabe que estou tentando tanto não me prender agora.

Mas você é tão legal... Colocar as mãos em seus cabelos

Inconscientemente, faz eu te querer.

Eu não sei como pode ficar melhor que isso,

Você pega a minha mão e me faz entrar de cabeça, destemida.”

(Fearless)

POV. Edward

De alguma forma aquilo não havia sido coincidência, eu acabara de provar pra mim mesmo que talvez houvesse um milímetro de chance de Isabella se interessar por mim. Será que ela sentia o que eu sentia? Não, com certeza não, mas, eu já estava feliz em ela querer minha presença, pelo menos por agora. Senti-me um Romeu destemido, mesmo parecendo bobagem, aquilo havia sido importante pra mim.


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