Tudo o que Eu Queria na Vida! escrita por Lirio_de_Maio


Capítulo 3
Capítulo 2 - A Festa


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo da fic. Espero que gostem. Bjs!



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EDWARD

 

- Estou te dizendo, cara... Ela é gostosa!
- É, eu sei! – Ed disse, impaciente, muito perto do amigo, para que ele pudesse escutar, devido a música alta do lugar.
A festa de boas vindas aos alunos do Instituto St. George estava, como sempre, abarrotada de gente e com música alta. O que ele mais gostava ali era o jeito informal com que poderiam ir, diferente das muitas festas que o colégio dava com o decorrer do ano.
- Só estou dizendo que não faz o meu tipo!
- Ok, deixa eu ver se entendi... Ela é gostosa, mas não faz o seu tipo? Meu chapa, você precisa de tratamento...
Garrett Parris seu melhor amigo, era o típico cara que só conseguia enxergar uma coisa nas mulheres. Ou melhor, quatro: coxas, bunda, peito e rosto. Bastava passar um belo par de pernas ao seu lado, usando saias, que ele corria atrás. E para ele, era impossível entender o modo de pensar de Edward: tinha que ter algo mais.
- Eu só estou dizendo... – ele começou, procurando se defender.
- Eu sei, eu sei... Você só tem olhos pra Princesinha do Campus. Mas cara, uma hora você precisa desencanar da loirinha! E a Kate é tão gostosa quanto a Rosalie!
- É, mas... Ela é colega de quarto da Rose! – Edward tentou argumentar, olhando para todos os lados da festa, procurando justamente de quem acabara de falar.
- Então é minha! – Garrett disse, enquanto se afastava rapidamente de Ed, se aproximando da loira com um sorriso enorme. – Kate, minha gata... Como passou o verão?

Edward deu uma risada pelo nariz, dando um gole em sua bebida, quando se virou na direção da porta, engasgando imediatamente. Rosalie Swan acabava de entrar, sorrindo no local. Mas foi por outro motivo que de repente o rapaz teve a impressão de que tudo se encheu de luz. A garota ao seu lado era a pessoa mais linda que ele já vira na vida. E podia estar completamente errado, mas pelo que via dali, seu sorriso era enorme, divertido, e ele se sentiu cheio de alegria em simplesmente admira-lo.
Ficou feito um pastel, olhando para as duas meninas que entravam, tanto que nem percebeu que de repente elas olhavam de volta, cochichavam algo entre si e sumiam na multidão, o deixando se sentir um perfeito idiota. Por que ele tinha que ficar sempre sem ação quando alguma garota mexia com ele?

BELLA

Bella e Rose haviam acabado de chegar ao local da festa de boas vindas aos alunos para o novo ano letivo do Instituto St. George, e a primeira olhou ao redor de tudo.
Então seriam aqueles os seus novos colegas de escola. Não parecia muito diferente do que era em Nova Yorke...
Havia uma fogueira, e bastante gente em volta, jogando coisas.
A irmã lhe informara que era costume se queimar algum objeto, conforme o que se desejava para aquele ano.
Dentro da bolsa, estava uma de suas camisas de futebol, que ela jogaria ali, esperando que conseguisse enganar a todos e entrar no time de futebol. Podia ser uma lenda, mas... se bem não fizesse, mal também não faria...
Tirou a camisa da bolsa, jogando-a no fogo, desejando fervorasamente que tudo desse certo. Viu a irmã jogar um papel no fogo, mas não perguntou o que era. Não era da sua conta, afinal.
- Vc tem certeza de que quer prosseguir com isso, Bells? - Rose perguntou a ela. - Eu acho muito arriscado... se te descobrirem, isso pode prejudicar a campanha do papai também, além de lhe render uma expulsão...
- Eu tenho de tentar! E vai ser por pouco tempo... O Jazz não vai ficar tanto tempo fora, eu só quero provar que uma garota pode jogar em um time de rapazes, e ser tão boa quanto!
Ela ficara arrasada quando descobrira que o St. George não tinha um time de futebol feminino, nem tampouco, times mistos.
Então, quando Jazz jogou a bomba de que iria pra Paris se apresentar com a banda dele, a mente de Bella começou a funcionar e ela decidiu. Se disfarçaria de garoto, tomaria o lugar do irmão e faria um teste para o time de futebol. O único porém seria ter de dividir o dormitório com um rapaz. Teria de ter muito cuidado pra não dar na vista, e também fingir que ver rapazes semi-nus ou coisa pior era normal pra ela.
- Além do mais, Rose... - ela continuou - o papai adora fazer pose de família feliz e estruturada... pra imprensa! Pq em um ano todinho, ele só se encontrou comigo e com o Jazz três vezes! E vc mesma, eu aposto, só se encontra com ele na hora das refeições, se bobear, nem isso! Então, não sou eu que vou desistir do meu sonho, só pra não atrapalhar a intenção dele de ser o candidato perfeito pra representar as famílias inglesas... ele não consegue lidar nem com a dele, quanto mais com as dos outros!
Ela notou que Rose ficou meio triste e melancólica, e se desculpou.
- Puxa... não queria te chatear. Eu sei que vc faz de tudo pra deixar ele tranquilo, tem muita responsabilidade em cima de vc! E não pense que eu não amo o papai, eu amo sim... mas ele é tão distante com a gente!  Parece que não deixa a gente se aproximar dele! E agora vai ficar ainda pior, com aquela lambisgóia da noiva e os filhos pegajosos! Agora vamos entrar que eu quero deixar essa bolsa no guarda volumes!
Elas se divertiam arranjando apelidos pra tal mulher, rindo, até que cruzaram a porta, e ela olhou em volta.
Logo seu olhar cruzou com o de um rapaz alto, de porte bonito, um rosto bastante interessante e que, a ela, pareceu incrivelmente sexy, em uma calça jeans e uma camisa do Manchester United.
Ela cutucou Rose e perguntou.
- Quem é aquele?
- Quem?
- Aquele ali, com a camisa do Manchester...
- Ah... é o Edward Cullen.
- Hum...
- Se interessou por ele, Bells?
- Eu? Ah... - ela disfarçou. Era esquisito comentar sobre essas coisas com a irmã, ainda não se sentia confortável pra isso. Então, mentiu - Não... só fiquei curiosa, por causa da camisa.
- É bom mesmo que não... Ia ser complicado. Ele é filho de um jornalista que adora atacar o papai... e também é o capitão do time de futebol, o artilheiro do campeonato estudantil inglês ano passado.
Então elas seguiram o caminho, desviando a atenção do rapaz, mas Bella continuou com ele na cabeça. Com certeza, seus caminhos iriam se cruzar de novo...
ROSE
Uma hora antes...

Rose levantou a cabeça ao escutar o barulho de um vidro de perfume sendo pousado na superfície da prateleira e mesmo encarando os cabelos castanhos de Bella, era difícil de acreditar que a irmã estava mesmo ali, se preparando para ir a uma festa com ela.
Por um milagre, o pai tinha comparecido no jantar da noite anterior, mesmo sendo a refeição um pouco corrida e sem direito a sobremesa com os filhos, perguntando vagamente sobre seus planos para o ano que começava. Talvez por essa demonstração de verdadeiro interesse fora que Jasper achara fácil demais escapar da vigilância do pai e partir para França.
Não bastasse essa aventura do irmão, Rose cansara de tentar argumentar da loucura ainda maior de Bella. Mas já desistira, e estava se permitindo se sentir animada com a idéia de encobrir a irmã no plano de se passar por um menino enquanto Jazz estivesse fora. Sabia que, além de confusão, aquela idéia lhe causaria muitos motivos para gargalhadas.
Pousando a caneta pomposa de lado, não escutou o que a irmã disse sobre ter que aproveitar seu único dia de menina na escola, e fitou a lista que tinha em mãos, em um delicado papel perfumado.
Segundo a tradição do colégio, deveriam queimar na fogueira da festa daquela noite, que antecedia o começo das aulas, algo que desejavam para aquele ano. E estava se sentindo um tanto boba, mas após pensar, chegara naquela conclusão.
Ela poderia dizer que tinha tudo, ou quase tudo que queria aquele ano. Um bom crédito com os professores, com algum esforço, manteria seu excelente histórico de notas altíssimas, e embora isso não lhe enchesse os olhos, sabia que era uma das garotas mais bonitas e populares do colégio. A única coisa que ela desejava era a família novamente unida. Infelizmente, ela tinha consciência que, com a noiva do pai, as chances de que ele voltasse com a mãe eram quase nulas. Mas ter os irmãos novamente ao seu lado bastava, por enquanto.
Então se decidira com algo, ou melhor, com alguém. Alguém que ela não conhecia, e nem bem sabia se existia. Mas alguém que ela adoraria conhecer. Um namorado? Talvez. Mas primeiro de tudo, um amigo com aquelas características ali descritas.
O Instituto St. George era conhecido por seu ensino de qualidade e por ter entre seus alunos os filhos dos britânicos mais importantes, e por que não dizer, importantes também de outras nacionalidades? E não fazia feio: os mais inteligentes do país, trazendo junto seus rostos bonitos.
O campus era recheado de rapazes e moças belíssimos, era difícil ver alguma dificuldade em suas linhas do futuro. Mas nenhum parecia mexer com ela. Embora despertasse a atenção de muitos, ela duvidava que quando a conhecessem de verdade, continuassem a desejá-la.
Era fácil cobiçar a garota mais popular do colégio, a mais inteligente e a mais bonita. Era o sonho de qualquer rapaz aquele tipo raro feminino. Mas e quando descobrissem que ela não era assim, tão perfeita?
Quando descobrissem que ela tomava o chá das cinco, como uma boa princesinha britânica, mas preferia um refrigerante com fritas? Que tirava todas aquelas excelentes notas, mas era uma insegura em muitos outros quesitos mais importantes que o currículo escolar? Que preferia a maravilhosa e calórica comida italiana do que a salada que era sempre vista comendo nas refeições? Que seu sonho não era visitar as caras estações de esqui, mas sim passar as férias na quente Itália, e sentir o calor humano de seus nativos?
Não, ninguém naquele colégio a conhecia realmente. E ela queria que alguém conhecesse. Que alguém visse a verdadeira Rosalie e gostasse dela.
Por isso, fechou o envelope, deixando lá, para serem engolidas mais tarde pelo fogo, as palavras:
“Ninguém sabia dizer de onde veio. Para onde estava indo. Nem seu nome ou sua idade. E ele não dizia a ninguém. Ao menos, não com palavras. Com seus olhos, apenas ela podia dizer o que se passava com o jovem. Ele transmitia mistério, puro mistério, a instigando a conhecê-lo mais. Era corajoso, se era. E enxergava mais que qualquer outro. Via mais do que qualquer outro. Enxergava-a. Via-a. E ria, se ria. E a fazia rir. Salvar-lhe-ia diversas vezes. Em todos os sentidos que uma simples palavra pode ter. E ela se sentiria como jamais pudera antes. Única. Viva. Feliz.”

***

Rose nunca gostara muito de comparecer aos eventos do colégio além dos obrigatórios, mas esperava que com Bella ali, as coisas fossem diferentes. Não faria mal dar uma chance. Então se arrumaram e foram para a festa.
As duas pegaram uma bebida para cada, após circularem, e a loira estava começando a sentir um pouco de frio, visto que estava com a barriga de fora graças a blusa preta curta e a saia que colocara. Não era nada sensual ou muito decotado, estava até bastante simples, comparando com as outras meninas, principalmente Kate, sua colega de quarto.
Era uma garota bonita e divertida, com quem Rose passava quase todo o tempo. Com a irmã longe, era na menina que ela se apoiava para não se sentir tão sozinha. Era sempre animada, pronta para festa e para garotos, mas respeitava seu jeito de ser.
- Hey, se não é a Princesinha do Campus...
Rose virou a cabeça, interrompendo uma conversa que estava tendo com a irmã, para encarar Garrett Parrys. O rapaz do time de natação era namorado de Kate, ou pelo menos o da vez, e melhor amigo de Edward Cullen que, ela percebera, despertara bastante a atenção da irmã.
- Cala a boca, Garr... Já disse para não falar assim dela. - Katie protestou, enquanto o rapaz alto e de cabelos nos ombros a abraçava pela cintura.
- O que foi? Achei que estivesse fazendo um elogio. - ele protestou, e Rose percebeu que ele estava sendo sincero.
- Olá Garrett... - ela disse, sorrindo.
- Hey... Que milagre aparecer em uma das nossas festas... - disse uma nova voz masculina, e dessa vez era Edward, que acabara de chegar, não passando desapercebido para Rose os olhares insistentes para cima de Bella.
- Ahn, pois é... Estava mais animada para essa. Hey pessoal, essa é minha irmã, Bella. - apresentou, colocando a irmã de frente para Edward, como se apresentasse apenas um ao outro. - Bells, esses são Garrett, Kate e Edward.
EMMETT
Emm estava recostado a um balcão que servia bebidas, na festa de boas vindas ao novo ano escolar no Instituto St. George.
Não desgrudava os olhos das duas meninas que tinha de proteger, a pouca distância dele.
Ainda procurara pelo irmão delas, mas de acordo com o que ouvira (fofocas em escola se alastravam como rastilho de pólvora), o filho do primeiro ministro não estava se sentindo muito bem e preferira não comparecer, para insatisfação de algumas mocinhas afoitas que queriam conhecê-lo.
Rose jogou os cabelos loiros pra trás, com graciosidade, e ele não pode se impedir de admirar ainda mais a beleza dela. Ela tinha algo que ele não conseguia definir, mas que o impelia a sentir coisas que nunca sentira por ninguém antes. Os olhos dela na fotografia o perseguiram em seus sonhos, e mesmo quando acordado.
Isso não podia acontecer... sua concentração não podia ser atrapalhada por nada, mesmo que ele duvidasse haver realmente algum perigo ameaçando a prole do primeiro-ministro.
- Hey, carcamano... uma cerveja!
Ele virou-se para o lado, encarando o rapaz loiro que se dirigia a ele. Pq todo mundo pensava que só por ter feições latinas, já que sua mãe era italiana, ele não sabia falar inglês e devia ocupar uma posição de serviçal? Isso era uma coisa totalmente preconceituosa!
Como estava, ficou. O rapaz virou-se para a garota loira, muito parecida com ele, deveria ser irmã, e disse:
- Não entendo pq o governo permite que esses latinos idiotas imigrem pra cá... nem o que deveriam fazer bem, que é servir, eles fazem...
A paciência de Emmett foi pro saco.
- Desculpe, "amigo"... eu não trabalho aqui. Sou aluno, como vc! - ele abriu os braços, gesticulando. - E como não há ninguém trabalhando... sirva-se vc mesmo!
E afastou-se dali, pra ver se esfriava a cabeça, sentando-se na raiz de árvore ali perto. Sem ver que o olhar de uma certa loira o seguia.

***

Lá pelas tantas, já havia bastante gente "alta". Não entendia como um colégio daqueles permitia bebida alcóolica, mas talvez por isso mesmo, por se tratar de um colégio onde a maioria dos alunos era composta por filhinhos de papai, tais excessos eram permitidos.
Não que ele nunca houvesse bebido. Mas acontecia muito raramente. Com o tipo de trabalho que ele executava, não era recomendável.
Nesse momento ele notou o tal rapaz loiro que o destratara, tentando agarrar Rose, e não havia ninguém por perto, já que Bella tinha ido pegar um refrigerante com a outra garota, Kate.
Sem hesitar, ele se aproximou.
Ouviu a menina pedir para o outro, James, se afastar, o que ele não atendeu. Agora sabia quem era... James Sanders, filho da noiva do primeiro-ministro, futura madrasta dos Swan. Mas não era por isso que ele podia se aproximar desse modo.
Colocou a mão no ombro do outro.
- A garota disse não. Afaste-se.
- Vc não sabe nada do que acontece aqui, carcamano! Se manda! - ele voltou a pegar Rose pelo braço.
- Já que vc quer asssim...
Ele pegou um dos braços do rapaz e o torceu para trás, até ouvi-lo gemer de dor.
- Com licença. - ele disse, para a garota, que o olhava, espantada.
Se afastou dali, até que avistou o guarda-costas oficial da família, que estava a par de seu trabalho, fazendo um sinal com a cabeça.
Levou o rapaz até um dos seguranças do colégio.
- Ele estava tentando importunar uma aluna.
- Seus idiotas, eu sou enteado do primeiro ministro! Mexam comigo e vcs vão se dar mal!
Então o guarda costas se aproximou.
- Sr. Sanders... eu estava mesmo indo procurar o sr... eu vi tudinho. Se não parar de incomodar a srta. Rosalie, eu serei obrigado a reportar o fato ao pai dela... que ainda não é seu padrasto... - e virando-se para Emmett - obrigado, rapaz.
- De nada. Eu tenho irmãs, só agi como se estivesse defendendo alguma delas.
E voltou para o seu trabalho.
EDWARD
Era o terceiro copo de cerveja que Edward pegava em menos de quinze minutos. E ele não era um cara de beber, definitivamente não. Quer dizer, ele bebia, de vez em quando, se divertia com os amigos e tudo o mais, mas raramente exagerava, devido ao esporte. Mas naquele noite, algo estava diferente...
Ele admitia, pegava uma nova bebida tão rapidamente para ter o copo em mãos, para que estas ficassem ocupadas. E precisava estar cheio, para que quando o assunto faltasse, pudesse ocupar a boca.
E por que se manter tão ocupado? Oras, não era todo dia que ele ficava tão perto de Rosalie Swan como naquela noite. Garrett, Kate, Rose, a irmã de Rose e ele formavam um pequeno grupo, conversando e rindo, mas o problema era sempre o mesmo: perto da loira, ele virava um babaca completo.
- Ah, mas o filme do Keanu Reeves e da Sandra Bullock é maravilhoso! - Kate comentou, quando o assunto era cinema, abraçada à Garrett.
- Ahh, eu amo esse filme! - Rose suspirou, apaixonada, e Edward abriu um sorriso idiota.
- Eu também! É irado, toda aquela velocidade, aquela ação! - ele comentou, bobamente.
- Eu acho que elas estavam falando da Casa do Lago, cara... E não de Velocidade Máxima. - Garrett zombou, enquanto Kate e Rosalie trocavam olhares.
Ótimo, agora a garota o achava um completo idiota!
- Eu acho Velocidade Máxima mais legal que A Casa do Lago...
Edward virou para encarar a garota e não resistiu, dando um sorriso com um ar de agradecimento. De perto, Isabella Swan era ainda mais bonita do que ele havia notado da entrada. Quando olhava para ela, ele se sentia confortável, seguro de si, esperto, como se pudesse conversar sobre qualquer coisa e não parecer um energúmeno (Segundo o dicionário: 1. Possesso do demônio. 2. Indivíduo desnorteado. 3. Pop. Imbecil, idiota.)
Com aquele sorriso simples nos lábios, encarando Bella, não percebeu o olhar de Rose para cima de um moreno do outro lado da festa, o que deixou repentinamente a roda de amigos silenciosa.
- Eu to com sede... - Kate resmungou, incomodada com o silêncio.
- Vem, eu pego algo pra você... - Garrett, abraçando a menina, se afastou com ela até a mesa de bebidas.
- Vocês querem algo também? - Ed perguntou, olhando diretamente para Bella.
- Ahn, eu... eu também to com sede. - a menina respondeu, apertando uma mão na outra.
Rose olhou de um para o outro e sorriu.
- Eu estou bem, podem ir sem mim...
Algo dentro de Edward se aqueceu quando se afastou. Conversava com Bella de um jeito descontraído, sem sentir a esquisita sensação de estar deixando a garota que ele gostava de lado. Seus olhos estavam presos na irmã de Rose, e ele se sentia como jamais havia se sentido com uma garota bonita: confortável.


BELLA

O pequeno grupo formado por Bella, Rose, Garrett, Edward e Kate, que era cinéfila, comentava sobre um filme com Sandra Bullock e Keanu Reeves, quando Edward comentou.
- Eu também! É irado, toda aquela velocidade, aquela ação!
- Eu acho que elas estavam falando da Casa do Lago, cara... E não de Velocidade Máxima. - Garrett zombou, e Bella notou quando Rose e Kate trocavam olhares.
Sabia como o rapaz devia estar se sentindo, pq muitas vezes também bancara a boba, por distração.
- Eu acho Velocidade Máxima mais legal que A Casa do Lago... - ela disse, pra dissipar o constrangimento dele.
Ele se virou para ela, com um sorriso de agradecimento. O coração dela falhou uma batida ao ver como ele ficava ainda mais bonito sorrindo.
Um silêncio havia se instalado na roda, até que Kate falou.
- Eu to com sede...
- Vem, eu pego algo pra você... - Garrett se afastou com a "ficante" até a mesa de bebidas.
- Vocês querem algo também? - Edward perguntou, olhando para ela.
- Ahn, eu... eu também to com sede. - ela respondeu, nervosa. Era a primeira vez que ficava assim quando um rapaz a encarava.
Rose disse com um sorriso, pra eles irem, ela não queria nada.
Eles se afastaram lentamente em direção à mesa de bebidas.
- Então... vc é torcedor do Manchester, né? - ela comentou.
- Sou sim... um dia ainda quero jogar pelo time.
- Quando eles jogaram em N.Y. eu fui ao jogo. E ganhei a camisa do Beckham autografada! Foi uma das poucas vezes em que eu agradeci ser filha do Primeiro Ministro!
- Vc gosta de futebol?
- Gostar? Eu adoro! Era atacante no time feminino da minha antiga escola! Pena que em St. George não tem time feminino...
- Eu gostaria de te ver jogar um dia...Se quer saber, eu acho uma besteira isso de não ter time feminino... mas acho que é pq as meninas daqui estão mais preocupadas com outras coisas.
- É, eu percebi. Estão sempre todas bem arrumadas, e as convenções sociais são seguidas à risca. Não sei se vou conseguir me adaptar... eu nasci aqui, sabe? Mas quando meus pais se separaram eu ainda era bem pequena, então a América se tornou a minha casa.
Eles chegaram perto da mesa das bebidas, e ele pegou um refrigerante pra ela e uma cerveja pra ele.
Se sentaram num murinho ali perto, e logo passou um rapaz com uma máquina fotográfica.
- Uma Swan e um Cullen confraternizando? Essa é ótima pro jornal da escola! Dá pra juntar aí?
Ele passou o braço pelo ombro dela e os dois sorriram para a câmera.
- Meu pai vai me matar... mais uma decepção comigo pro extenso currículo delas.
O rapaz se foi e ele perguntou.
- Por que?
- Nada do que eu faço parece agradar a ele. Eu não sou muito feminina, ou inteligente ou delicada como a...
- Como a Rose? - ele perguntou, e ela notou o brilho sonhador nos olhos dele quando falou da irmã dela. E também notou que ele não desdisse nada do que ela falou. - Ela é um encanto, não é?
- É, é mesmo... olha... eu tou com um pouco de dor de cabeça, então eu vou pro meu dormitório logo, ok?

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Notas finais do capítulo

Olá meninas! Agradeço á Lili e a Lele pelos reviews que adorei receber, e a quem mais leu, mesmo que não tenha comentado. Aviso a vcs que esse é meu segundo perfil no site, o primeiro é Lily_May, mas eu estou suspensa por 60 dias nele, porque uma das minhas fics (que era adaptada e eu avisei na fic que era), foi deletada, a " Tudo por causa de um engano". Eu cheguei a terminá-la e algumas pessoas leram o final, mas se alguma de vcs que estiver lendo aqui acompanhou a fic e não conseguiu ler o fim, me avisem que eu dou um jeito de enviar a vcs, ok? Bjs!



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