Ela escrita por yasha-hime


Capítulo 14
O começo do fim




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Após tantas insinuações, ofensas e olhares tortos o interrogatório segue...

 

Mayumi já revelou que reconhecem o autor do seqüestro e seus cúmplices.

Sou deixa que ela fale, não se pronuncia, somente quando ela pede sua opnião.

A menina já conquistou toda sua confiança e ele sabe que falta muito pouco tempo para que todo o caso seja solucionado, a única coisa que teme é que o bandido perca o controle e que faça alguma loucura antes que encontrem Hero.

O tenente só a observa falar, com um olhar meio bobo e super orgulhoso de sua amada.

Ela, por sua vez, parece super segura e está conseguindo conquistar a confiança de todos, até de Max, o rapaz não reconhecia aquela mulher que estava na sua frente. Ela estava tão segura, tão compenetrada e passava a certeza de que estava trabalhando o máximo para dar fim a aquele seqüestro.

 

A menina teve que tocar no assunto mais delicado de toda a conversa, mas soube levar isso com uma calma e uma tranqüilidade que nem ela mesma sabia que era capaz de ter. Ela começou a falar:

 

- Como já disse, fizemos grandes descobertas e as perguntas que fiz a todos vocês hoje foi porque desconfiamos de algo. Achamos que tem alguém no meio de vocês que possa estar envolvido no seqüestro e...

 

Xiah se levanta, está meio surpreso, desconfiado e irritado com a afirmação da garota. Então fala:

 

- Você não acha que um de nós esteja envolvido, né? O Hero é como nosso irmão e nunca pensaríamos em fazer mal a ele.

 

A agente olha para ele, tem a certeza de que nenhum daqueles que está naquela sala seria capaz, ela poderia por sua mão no fogo por cada um. Então ela se desculpa e se sente mal por fazê-lo pensar que esteja desconfiando de um deles. Ela diz:

 

- Não Xiah! Eu tenho certeza de que nenhum de vocês seria capaz disso. Eu desconfio de algum assessor, de algum segurança...sei lá... de alguém que esteja bem próximo a vocês. Mas de vocês não. Nunca! Me perdoe se te fiz pensar isso.

 

Xiah se senta mais tranqüilo. Realmente se sentiu meio ofendido com a suspeita de Mayumi, mas logo percebeu que tudo não passou de um mal entendido e se calou.

 

Mayumi continuou a falar. Cada vez mais segura, mais certa de suas palavras e todos percebiam isso. Sou estava muito feliz e ainda mais apaixonado.

 Ele não era daqueles homens que gostavam de mulheres submissas e quietinhas. Sempre sonhou com uma mulher forte, que sabia se impor, determinada e independente. Uma mulher que não precisasse de ninguém para se sentir bem consigo mesma, alguém que sabia se expressar, se fazer ouvir e respeitar.

Ele gostava desse tipo porque sua mãe era assim e ele sempre a admirou e procurou alguém como ela, e aquela pessoa estava ali na sua frente e daquele momento em diante ele decidiu que nunca a deixaria partir e que a conquistaria custasse o que for.

Já Mayumi não conhecia essa admiração de Sousuke por ela, na verdade nem fazia idéia. Ela achava que ele só a aturava porque era obrigado, mas estava decidida a qualquer dia falar que também o admirava e que se enganou quando o viu pela primeira vez e desconfiou de sua competência.

Ela confessava para si mesma que sem a ajuda de Sou não teria segurado toda aquela barra e que já teria caído há muito tempo.Mas naquele momento esses pensamentos estavam proibidos, o mais importante naquela hora era alertar a todos os meninos da banda e foi isso que ela continuou a fazer:

 

- Pois bem garotos. Seria bom vocês ficarem de olho porque essa pessoa pode dar um passo em falso e quando isso acontecer vocês precisam correr para nós e falar. Essa pessoa pode saber onde está o Hero e quanto mais rápido encontrá-lo, melhor. E nós descobrimos outra coisa. – Mayumi dá uma pausa no seu discurso, bebe um pouco de água para tentar se tranqüilizar porque sabe que agora será a pior parte, sabe que com essa revelação provocará uma grande preocupação nos meninos, mas ela também sabe que não pode esconder, ela não quer fazer suspense, quer só arrumar uma maneira melhor para contar tudo e para se sentir mais calma também porque essa possibilidade também a assusta e muito, mas ela sabe que não pode esconder então fala:

 

- Bom...Eu acho que vocês vão ficar mais desesperados ainda com o que vou falar a partir de agora, mas peço calma. Lembrem-se de que estamos dando o nosso melhor e esse caso é prioridade para toda policia. Nós já descobrimos quem é o seqüestrador, já falamos isso, mas já descobrimos a razão pela qual ele fez tudo isso e não é nada favorável.

 

Micky tinha acabado de tomar um copo d’água também, parecia o mais calmo, mas por dentro estava muito temeroso. Ele perguntou:

 

- Mas como? O Hero é uma pessoa super bacana. Não dá motivo para ninguém fazer algo desse tipo com ele.

 

- Micky, eu sei que não dá. Mas Esse seqüestrador é um maluco assassino.- na hora que ela diz que o seqüestrador também é um assassino todo se assuntam ainda mais, ninguém queria pensar nessa possibilidade, mas agora que ela foi levantada o último fio de tranqüilidade deles se rompe e eles ficaram ainda mais doidos de preocupação. Yunho, que permanecia calado só ouvindo as palavras da menina, nessa hora se levanta desesperado, não conseguiria se manter calmo e sentado depois disso tudo,então ele fala, super abalado, nervoso e com a voz meio trêmula:

 

- M-mas...essa possibilidade realmente existe? Não pode ser... Não... Não pode.. – Leva as mãos a cabeça em um gesto de extremo desespero, quer falar mais alguma coisa, mas as palavras somem diante de tudo aquilo. Vendo o estado do amigo, Max se levanta, lhe dá um abraço para tentar confortá-lo e ainda diz:

 

- Calma, cara! O Hero tem sorte, vai ver como daqui a poucos dias nós vamos estar nós cinco, sentados, conversando sobre isso e aliviados por tudo ter terminado bem.- Max tenta transparecer uma calma falsa, que nem a ele mesmo convence.

 

Mayumi está segurando sua imensa vontade de se juntar aos dois para abraçá-los e dizer que tudo ficaria bem, mas sabe que não pode fazer isso, desde o ultimo dia que se encontraram ela mudou muito e uma atitude de tiete nessa hora, para ela mesma, seria intolerável, ela só diz de longe:

 

- Yunho, sente-se. Não precisa ficar desse jeito, confie em nós. Apesar de sabermos que o seqüestrador é um assassino em potencial, não pensamos na possibilidade dele fazer algo com o Hero pelo simples fato de eu e o tenente Sousuke estarmos nesse caso, nós não permitiremos que ele faça nada contra o Hero, custe o que custar.

 

Um dos policiais entra muito descontrolado na sala onde está acontecendo o interrogatório, ele assusta a todos e recebe uma bronca de Sousuke:

 

- O que você está fazendo? Está doido por entrar aqui fazendo esse escândalo todo? 

 

O homem meio afobado responde:

 

- Desculpe senhor, mas você e a Mayumi precisam ver uma coisa.

 

- O que? – A garota meio curiosa.

 

- Um vídeo, mas é melhor que vocês mesmos vejam, é sobre o Hero.

 

Mayumi é a primeira  a sair da sala, em passos rápidos ela segue o rapaz e todos os outros a seguem. Yunho está logo atrás dela. Max anda de cabeça baixa, pensando em tudo que está acontecendo. Xiah e Micky estão conversando e compartilhando todas suas preocupações.

 Sou, que precisou fechar a porta, é o ultimo, ele não deixa de apreciar a o jeito de líder que sua agente demonstra e não se importa nem um pouco com a possibilidade de alguém comentar sobre seu comportamento, afinal, ele parece um mero coadjuvante nesse caso e ele sabe que alguns já comentam essa atitude.

 

Todos estão assistindo ao vídeo onde Hero é covardemente torturado. Para os meninos da banda e para a agente é algo ainda mais chocante e desesperador do que para os outros. Os meninos não agüentam e fecham os olhos, mas os gritos de Hero são inevitáveis de ouvir e isso os angustiam ainda mais. Mayumi não pode fazer o mesmo que eles, não pode fechar os olhos, tem que prestar em cada detalhe do vídeo. É uma visão terrível, ela se assusta com tanta covardia e além da angústia sente uma terrível raiva, raiva daqueles miseráveis que estão fazendo aquilo com seu ídolo e ela promete a si mesma que quando encontrá-los não terá pena. Mas nem essa raiva consegue se sobrepor aos choques de ver todas aquelas cenas. Ela sabe que precisa suportar, mas é difícil demais. Ela leva a mão ao rosto, com seus olhos cheios de lágrimas. Sou percebe e a abraça dizendo bem baixinho:

 

- Não se preocupe, nós vamos pegar esses monstros.

 

Yunho acaba deixando sua raiva falar mais alto e num gesto de fúria começa a gritar, se levanta derrubando a cadeira e dizendo e apontando para a tela do computador:

 

- Imbecis! Miseráveis! Covardes! Malditos! Eles não podem fazer isso! Vocês vão ver. Se eu pegar esses caras, eu acabo com eles. – chuta uma mesa e é contido por um policial.

 

O vídeo termina,

 

Mayumi enxuga suas lágrimas ocasionadas pelo desespero e começa a falar:

 

- Calma Yunho, eu compartilho da mesma vontade e pode deixar isso comigo. Esses imbecis foram muito burros ao colocar esse vídeo em rede e esse será o fim deles.

Ela olha para o homem que descobriu o vídeo na rede e diz:

 

- Eu preciso que você faça uma cópia, nós precisaremos para maiores informações. – ela se vira para Sou e diz:

 

- Tenente, eu preciso que você vá buscar o pai do Hiroto para ele ver se reconhece esse lugar, não importa se ele não tem uma memória perfeita, ele vai ter que se lembrar. Eu vou falar com o Saitou e ver se ele já descobriu o trajeto do carro que levou o Hero, pelo que vi essa cabana não fica na cidade, devem ter levado o Hero para uma área rural, para o campo, não sei... Mas o Saitou vai me falar e eu vou ver isso agora.- Ela se vira para os meninos que não conseguem falar nada porque ainda estão muito abalados com o que acaram de ver, Yunho ainda é segurado pelo policial, mas já parece mais calmo. Ela diz com toda sua seriedade e confiança:

 

- Não fiquem desesperados, as cenas que vocês viram aqui foram horríveis, mas sabemos agora que ele ainda está vivo e como eu já disse, isso foi o pior que eles poderiam ter feito. Toda essa ânsia por estrelato e covardia vai custar muito caro e eles acabaram de cavar seus próprios túmulos.


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