Apenas para Lembrar escrita por VenusHalation


Capítulo 17
Capitulo 16 - Julgamento




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O clique ensurdecedor das algemas de ferro a abrirem fizeram o ex-hollow levantar os olhos, passara os últimos dias preso as paredes de um local escuro que ao menos sabia aonde era. Porém, não havia oferecido resistência em momento algum desde o momento em que Soi Fong o havia entregado ao velho Yamamoto.

No escuro, Noah não conseguia definir ao certo quem o estava soltando, apenas seguia os movimentos no escuro com os olhos apertados, tentando reconhecer a figura disforme.

– Estenda os braços. – A voz rouca ordenou enquanto prendia novas algemas no prisioneiro. – Siga-me. – Deu uma guinada nas correntes para que o outro o acompanhasse.

Fizeram o caminho em silêncio pelo corredor sem luz, depois subindo as escadas na escuridão completa, o único som até a saída foi o tintilar das correntes e os passos sincronizados. Ulquiorra apertou os olhos para o feixe de luz repentina e fez-se piscar repetidas vezes antes de reconhecer a pequena floresta que separava sua prisão de Rukongai. Seu carcereiro continuava encapuzado e deixou a manta cair.

– Espero que esteja pronto para o seu julgamento, hollow. – Hitsugaya disse entre os dentes o puxou mais uma vez.

~*~

– Não há nada que possamos fazer? – Ichigo indagou.

Estavam todos reunidos em uma casa de praia distante da família Ishida, onde estavam afastados do perímetro com maior força espiritual de Karakura, era mais fácil esconder-se ali.

– Infelizmente, não há como nós fazermos alguma coisa. – Rukia suspirou pesadamente. – Urahara está tentando trabalhar nisso, mas lacraram cara centímetro de acesso a Soul Society.

– Talvez eu possa negá-los... – Inoue apertou os dedos sobre o tecido da saia nos joelhos.

– Eles sabem que você está envolvida, Inoue, não seriam tontos em deixar alguma defesa aberta. – Ishida ponderou.

– O que podemos fazer, então? – Renji viu o olhar de decepção moldar o rosto da amiga.

– Esperar. – Chad abria a boca para falar pela primeira vez em horas.

~*~

Estavam todos ali. Cada capitão, sub-capitão estavam ao lado do general ao centro, na cadeira mais alta. Os soldados, testemunhas da invasão, estavam no tribunal olhando acusadoramente para Ulquiorra, que mantinha sua forma humana e o olhar calmo ao caminhar puxado pelo general da 10ª divisão. O barulho do múrmurio dos muitos ali era agitado quando pararam diante de Yamamoto e Hitsugaya prendeu suas algemas, primeiro a um totem a esquerda, depois a direita. O capitão sussurrou alguma coisa quando terminava e o acusado, preso as correntes, sentiu uma energia poderosa correr de uma corrente para a outra, os objetos agora tinham um pálido brilho azul e ele sabia que se tratava de algum Kidou para evitar qualquer tipo de fuga.

Clanc... Clanc... Clanc”, o barulho do cajado do velho homem da primeira divisão ecoou pelo local, fazendo todossilenciarem imediatamente. O velho olhou analiticamente o prisioneiro parado ali sem resistência, era realmente muito raro pegarem uma forma tão avançada de hollow e curiosa de homem. O próprio Yamamoto tinha dúvidas em sua mente, mas não as deixava transparecer tão fácil.

– Quem é você? – O general adiantou-se, levantando o corpo.

– Me chamo Noah, senhor. – Disse calmo, observando a marca do número quatro em seu peito.

– Não parece um nome que Aizen daria a um dos seus. – Byakuya foi o primeiro a levantar a voz no meio dos outros. – Eu não me lembro desse ser o nome do quarto homem dele.

– Ulquiorra Schiffer é um nome que não me pertencia, senhor.

– Então você confessa ter sido um dos arrankars de Aizen? – O velho homem o encarou.

– Nunca o neguei.

– O que queria, libertando-o?

– O hougyoku que ele carrega. – Disse com naturalidade, como se fosse algo simples.

– Então, sua lealdade ainda está com ele, posso pressupor, partindo da sua atitude.

– Não. – Seu olhar caiu, sentia um pouco de vergonha do que tinha se tornado nas mãos do ex-shinigami. – Minha lealdade está com outras pessoas.

– Outras pessoas? Interessante... Diga-me, que participação Kurosaki Ichigo teve em ajudar-lhe? – A pergunta foi direta e cortante.

Noah continuou a olhar para o chão, seu peito apertava onde a cicatriz do buraco estava. Ele ainda estava se acostumando a sentir as emoções de ter um coração, embora se lembrasse de sua vida passada, as lembranças recentes como arrankar, pelo menos físicas, eram um pouco mais fortes e sentir-se humano ainda era esquisito. Pensou sobre a resposta e levantou os olhos mais uma vez, procurando a Capitã da 2ª divisão no meio dos outros.

– Nenhuma. – Os lábios tremeram ao afirmar e voltar a olhar para o general, ele esperava que a capitã se levantasse.

– E Ishida Uryuu e Sado Yasutora?

– Não participaram. – Afirmou novamente e olhou: Soi Fong não se moveu nenhum centímetro.

– Kuchiki Rukia, estava lá? E Abarai Renji?

– Estavam, mas não há culpa neles também.

– Inoue Orihime. – Apenas o nome era suficiente para que o general fizesse transparecer sua pergunta.

– Não. – A voz saiu rouca e Noah engoliu seco. – Eu os estava controlando. – Mentiu tão bem quanto pode.

– Então, deveria haver alguma explicação para que eles estejam foragidos. – Byakuya interviu mais uma vez.

– Eles sabiam que seríamos idiotas por não acreditar. – Soi Fong cruzou os braços sobre o estômago. – E os vi, pareciam realmente fora de si.

– O que... – Os olhos da capitã e prisioneiro se cruzaram, um brilho cúmplice vinha dos orbes da mulher.

– Diga-nos mais, Soi Fong. – Yamamoto fez sinal para que ela se levantasse.

– Eu prendi o homem e consegui neutralizá-lo. – Olhava para o tribunal com o queixo erguido. – Quando o fiz todos os outros pareciam ter caído de volta a si. Kuchiki tentou me explicar e eu disse para ficarem em segurança até o julgamento, onde eu contaria tudo.

– Sabe onde eles estão, capitã?

– Não, general, mas sei quem sabe e direi que estão livres assim que tiver certeza de que estarão. – Voltou a se sentar.

– Já ouvi o bastante. – O velho parou.

Um silêncio mortal fez-se presente na sala de julgamento enquanto o general olhava para o nada, focado, como se organizasse todas as informações que recebera no ar. Dois minutos correram ali e pareciam uma eternidade.

– Ulquiorra Schiffer, eu o condeno por invasão a Soul Society, por desrespeito a segurança de Rukongai, por tentativa de assassinato e por controle de mentes inocentes. Sua sentença é: culpado. Você será punido com execução. – Apoiou-se em seu cajado e levantou, olhando o homem preso ao chão. – Levem-no.

~*~

Yoruichi abriu a porta da sala com força, encontrando os jovens sentados no chão em um círculo de silêncio tenso a olhar sua expressão preocupada. A mulher arfava com a mão no peito e tentava recuperar o fôlego. Seja lá de onde ela tinha vindo, havia vindo com pressa.

– Yoruichi-san, o que houve? – Rukia foi a primeira a se levantar e correr até ela.

– Vocês estão livres. – Apoiou-se na parece ao lado da porta.

– Como? – Entreolharam-se confusos, dizendo em uníssono.

– Soi Fong os protegeu, vocês estão livres.

– A capitã... Ela... – Renji estava incrédulo com a ação da mulher.

– E Noah-kun? – Um fio de esperança formava-se na voz de Inoue.

– Noah... – Yoruichi caminhou devagar até a menina ruiva no chão e abaixou-se na frente dela. – Sinto muito, mas... – A voz falhou.

– Por favor, não. – A ruiva levou as duas mãos para cobrir a boca.

– Eu sinto muito... – Inoue levantou a mão para acariciar o topo da cabeça da garota que deixava lágrimas fluírem pelo rosto.

– Não podemos fazer nada? – Ichigo deixou a voz alterar-se.

– Ele mentiu para proteger a todos e Soi Fong sustentou a mentira, Ichigo! – A mulher-gato repreendeu. – Colocaríamos mais vidas em risco por isso e eu sei que Noah não iria querer isso!

– Mas ele vai morrer! – Renji fechou os punhos.

– Ele vai morrer como homem, Abarai. – O quincy abaixou-se até Inoue e a sentiu jogar-se nele para um abraço entre os soluços. – Ele iria desejar isso.


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Notas finais do capítulo

Acho que atualizar de 6 em 6 meses tá tipo, uma periodicidade massa SQN
Gente, me PERDOEM. Sempre digo que vou atualizar rápido e faço essa cagada.
ASHUshAUHSAUHSAuhsUA...
Mas devo confessar que estou em um momento tão Sailor Moon da minha vida que acabei esquecendo um pouco de Bleach, me desculpem!
Então, resolvi escrever quando uma garota chamada "Shiroyama Pamiih" me reconheceu em uma página que eu sou moderadora(Pérolas do Nyah!) e disse "Sua fic. é divosa!"
Daí pensei: Cara, as pessoas sabem quem eu sou, que emoção! É hoje que eu atualizo! AH!
E cá estou eu uhul! o/

Bom, como sempre, não esqueçam dos reviews, recomendações são bem vindas e... Não deixem de passar nas minhas outras fanfics, juro que não vão se arrepender, eu até consegui concluir uma! xD

Ahhhh... Falei demais, né? xD



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