Estava novamente no bar, bebendo feito um louco, já havia perdido as contas de quanto sakê havia tomado em menos de meia-hora, nem terminava um e já estava em outro copo. O garçom deixou cinco garrafas de sakê em cima da mesa, já que esse é o limite máximo por pessoa naquele local.

-Yuu! Filho da puta, e por sinal uma puta mal-amada. Pare já de beber e vá fazer a desgraça daquele discurso. Porque eu já fiz, Akira já fez e está na vez do Yutaka, que por sinal já está acabando. Agora, vá lá fazer a merda daquele discurso.

-Tá! Tá!

O baixinho vendo que o moreno havia retomado a bebida, caminhou lentamente até o mesmo e o puxou pela gravata.

-Você vai fazer a merda daquele discurso, A-G-O-R-A!

[...]

Sakê: Uma bebida alcoolica japonesa. Eu tive essa idéia quando vi um dorama. Onde o homem não podia beber mais que três copos de sakê, no casamento da irmã

[...]

-Agora, Shiroyama Yuu.

Ouviu a bela idosa o chamar para fazer o discurso. Caminhou lentamente até o palco, sentindo olhares pesados sobre si. Suspirou e olhou para o Takashima, este apenas sorria e acenava.
Subiu as escadas e ajeitou os pápeis cuidadosamente em cima da mesa, enquanto os olhos se redirecionavam para os pápeis.

-Há oito anos atrás, eramos deliqüentes e não ligavamos para nada. Só ligavamos para o número de pessoas que namoravamos. -escutou risadas logo em seguida- Era como se fosse um prêmio. O tempo foi passando, as coisas foram mudando.
Não nos importavamos mais no número de pessoas que namoravamos, tinhamos um pensamento um pouco diferente. Mas apesar disso algumas coisas nunca mudaram.
Nos preocupavamos mais em saber do nosso futuro, emprego, casamento...
Alguns imprevistos sempre aconteciam, mas apesar disso, a amizade prevalecia. Aos poucos fomos ficando mais longe um do outro.
Conversas, brincadeiras, risadas, música, objetivos, banda. Tudo isso foi deixado de lado. Só nos comunicavamos pelo telefone celular.
Emprego, casamento, família, amor, sonhos. Tudo isso foi sendo dado como prioridade. Mas apesar disso, a amizade novamente prevaleceu, e acredito que esse seja o maior prêmio.
Porque se não, hoje eu não estaria aqui, fazendo esse discurso e desejando uma boa sorte e felicidades para o Takashima e a futura Takashima. Obrigado pela oportunidade.

Assim que deixou o palco escutou aplausos e assobios. Apenas sorriu e se dirigiu para fora da Igreja. Nada mais fazia sentido. Na verdade, nunca fez. Pelo menos, não para ele.

-Belo discurso.

-Obrigado...

-Mas, estou em dúvida. O seu discurso foi de todo o coração? Ou foi só a aparência?

-Claro que foi de todo o coração!

Levantou o rosto para encarar a pessoa que estava falando aquilo. Mas nada viu.
Olhou para a direita e em seguida olhou para a esquerda. Ótimo! Para completar estava tendo alucinações.

-Estou aqui...!

Seguiu a voz com o olhar e viu uma figura bem... Estranha.
Era pequeno, do tamanho de um caderno e havia asas no pequeno. Takanori deveria se orgulhar, era mais alto que muitas pessoas.

-Mas... QUE DIABOS É VOCÊ?

Gritou alto no local vazio, o pequeno apenas bateu a mão aberta no rosto. Mostrando negação ao ato do moreno. Se sentou na cadeira ao lado do moreno, de fora da Igreja. Sorte que a Igreja estava cheia e por fora estava vazia.

-Meu nome é Ryo... Takahisa Masuda. Mas me chame de Masu-Chan. Okay?

-Nishi-Kii? É... Definitivamente eu não estou com a minha cabeça normal hoje.

-Por que diz isso?

-Estou vendo um homem do tamanho de um caderno, com asas e que quer que eu o chame de Masu-Chan. Quer que eu ache que isso é normal?

-Shiroyama Yuu. Eu não sou um simples homem do tamanho de um caderno, ok? Eu sou uma fada...

-Uma... FA-DA?

-É...

-Fadas não são... Garotas?

-Não. Assim como os humanos existem fadas femininas e masculinas.

-Ah tá. E porque uma fada está falando comigo?

-Porque eu posso te ajudar.

-Me ajudar? Como?

-Você ama o homem que se casou hoje, certo? -colocou um pequeno óculos e pegou um pequeno caderno e uma minúscula caneta- Se não me engano, ele se chama... Kouy... Takashima Kouyou.

-Como você sabe?

-Eu sou uma fada, eu sei de de tudo. Continuando... Eu vou te dar a chance de você voltar no tempo...

-Voltar no tempo?

-É, na época da escola. Você me dará uma foto onde você esteja presente, mas, só serve foto que vocês dois apareçam juntos, independente das circustâncias. Entendeu? A partir de cada foto, você terá dez minutos para se declarar. Entendeu?

-Entendi...

-Lembrando que o limite máximo de fotos, são oito. Depois disso... Tudo ficará como você está vendo hoje.

-EH? Oito?

-Engula seu orgulho e trate de se declarar.

-Tá! Tá!

[...]

Takahisa Masuda: Na verdade ia ser o Ryo, baterista de Girugämesh, porque eu acho ele muito fofo. Okay?
Acabei trocando o Nishikido Ryo por ele em ultima hora.
O motivo pelo qual escolhi ele é porque ele é muito... kawaii nee.

[...]

Para ver a foto do Takahisa Masuda:

http://kikoeteru.files.wordpress.com/2010/01/5.jpg