Não existia bondade no mundo suficiente, para que tudo que apenas duas crianças mudaram continuasse no lugar. E surgiu o Nada.

   O sangue surgiu da morte. O sangue está presente na morte. Sempre. Pelo derrame, pela sede, ele está sempre lá.

   E se você encontra a luz branca, ou faz parte do mundo, você não deixou de existir. Você faz parte da vida, você está lá. Ninguém quer estar morto.

   Mas o Nada encontrou a melhor maneira de encarar cada um, e dizer-lhes, fria e cruelmente: “Você morreu”.

   Talvez não seja correto chamar de ‘Nada’. A verdade é tudo que o compõe é o desespero.

   É apenas o que existe. O desespero no Nada.

Fim