Para sempre ao Seu Lado... escrita por natylozier
Capitulo 1
O começo
Ele passou o braço sobre meus ombros, para que andássemos juntos. Quase que automaticamente, passei meu braço sob o dele e abracei sua cintura. Atravessamos a avenida,e começamos a andar, enquanto conversávamos, pela ciclovia.
Era um longo caminho, e nós realmente não tínhamos muito assunto. Ao contrário do que pensávamos, as pessoas demoraram um pouco para começar a falar da gente. Só quando estávamos chegando lá é que começaram a “encher o saco”.
Ao chegarmos, todos juntos ocupamos quatro mesas. Eu sentei-me ao lado dele, ainda envolvida por seu braço. Minha mão agora estava em sua perna (e que perna). Minha mão estava gelada, e ele logo percebeu porque disse:
- Por que sua mão está gelada?
- Bem... quando eu estou com vergonha fico assim.
- Húú! Você está com vergonha.
Eu olhei para ele com a cara séria; como estávamos muito próximos um do outro, nossos rostos se tocaram.
- A ponta do seu nariz está gelada. Está com vergonha hein? – ele disse rindo, provavelmente tiraria vantagem disso algum dia.
- Há! Que raiva! Para que eu fui te contar?
- Esta bem. Parei.
Bom mesmo,pensei. Não iria aturar isso.
- Vocês dois aí, hein? Que isso? - a Raiane disse com um sorriso, como se achasse isso muito lindo.
- Nada. – eu disse também sorrindo.
- Vocês ficam muito bonitinhos juntos.
Eu ri. Era engraçada a cara que ela fazia ao olhar para nós.
- Obrigada,mas...
- Eu sei. – ela me interrompeu.
Passamos os próximos minutos conversando sobre nada e tirando algumas fotos. Algum tempo depois, as pizzas chegaram. Pegamos nossos pedaços e comemos calados. Quando terminamos, já beirava as 22h e caso eu não quisesse ouvir minha mãe falando “merda”, devia ir embora. Foi me despedindo de um a um: Maria, Stella, Sthefani, Renata, Felipe, Rainara, até chegar na minha prima Larissa, que comentou:
- É Natália! Estou de olho em você, hein!
- Você não viu nada! – eu disse, rezando pra que fosse só uma brincadeira.
- Não vi mesmo. – ela disse. Foi um alivio ouvir aquilo.
Continuei me despedindo das pessoas, ate chegar na Raiane que comentou:
- Juízo, viu? – e riu.
- Pode deixar. – eu disse.
Saímos do lanchão e fomos andando.
- Está frio. – eu disse.
Eu estava com uma calça jeans, a blusa do grupo e uma blusa de frio. Era como se estivesse nua.
- Toma. – o Arthur disse, enquanto tirava a blusa de frio, para depois a colocar sobre meus ombros. Pouco tempo depois, ele passou a mão sobre meus ombros novamente e deixou que eu segurasse sua cintura.
Caminhando lentamente, conversávamos sobre a vida, ríamos de piada, enquanto vagávamos pela escuridão daquelas ruas desertas.
Era tudo uma questão de princípios: eu gostava dele, e ficar ao seu lado me fazia bem; era de se esperar que eu tivesse curtindo e muito o momento. Ficar envolta por um menino daquele jeito era diferente para mim. Meninos da minha idade só querem saber de beijar (todos sabemos que beijar é muito bom, mas não é tudo).
- Ainda está com vergonha? – ele disse, enquanto pegava minha mão, me impossibilitando de mentir.
- Bom, acho que sim. – falei pegando a minha própria mão para fazer a verificação – é, ainda estou.
Ele ficou sério, e depois soltou uma gargalhada gostosa.
- O que foi? – eu disse, curiosa.
- Eu estava pensando em fazer uma coisa, mas se você já está com vergonha agora, imagina se eu fizer.
Dessa vez eu ri. Era um defeito meu, mas era inevitável conter o riso.
- E também estamos muito perto da sua casa. Não quero te prejudicar.
- Entendo...
Ele deve ter percebido o tom de decepção em minha voz, porque num ato automático, me envolveu num beijo de despedida, um beijo que, por um momento, me fez crer que éramos um só; uma só alma; um só coração.
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Esse e a 1ª parte do 1º capitulo, posto a 2ª parte em breve...