Um silêncio profundo, tomou conta do lugar. Dean nem sabia o que dizer.

- Por que? - ele perguntou ao avô

- Eu fiz um trato com o Crowley, e nele, você e o Sam iam trabalhar para pegar os seres sobrenaturais. Mas aí tudo mudou e eu tive que "pagar" o Crowley  de outra maneira.

- Ah claro, dando meu filho para um demônio! Ele é só um bebê! Por que você fez isso? Que trato é esse? Tudo isso pela alma do Sam?

- Não, eu pedi a Mary de volta.

- Você quer trazer a mamãe de volta? - perguntou Sam.

- Vocês se acostumaram a viver sem ela, mas eu não consigo!

- Vai ter que se acostumar! Não é certo trazer gente morta de volta! Eu sei disso muito bem! - disse Dean.

- Ok, ok! Chega de briga de família, quero todo mundo fora daqui! - disse Crowley.

Ajudantes do demônio apareceram para levar Dean, Sookie, Sam , Jason e Bobby.

- Eu não saio daqui sem meu filho! - gritou Sookie.

Dean, Sam, Jason e Bobby lutavam  contra os demônios, enquanto a garçonete tentava se livrar também. Ela conseguiu se virar de frente para o demônio.

- Me larga!!! - na hora ela colocou uma das mãos no rosto do demônio e liberou o seu poder, o que fez o homem voar longe.

Aquilo chamou a atenção de Crowley.

- Olha só! É verdade mesmo que a garçonete tem poderes!

- Sim e é melhor você se afastar do meu filho senão eu faço o  mesmo com você! - ameaçou ela.

Quando ela estava se aproximando de Crowley, foi interrompida por Castiel que segurava um saco.

- Deixe o bebê em paz.

- E se eu não deixar?

- Eu queimo os seus ossos.

- Não, não é possível! Sem contar que isso não funciona!

- Eu já queimei os ossos de um demônio e deu certo.

- Duvido que esses são meus ossos!

- Você não escondeu eles muito bem.

Castiel já estava prestes a botar fogo no saco, quando Sam o interrompeu.

- Espera!

- O que? - perguntou o anjo.

- Só um coisa, Crowley, você pode ou não devolver a minha alma?

- Não - respondeu o demônio após um breve silêncio.

- Pode botar fogo então, Castiel!

Castiel botou fogo nos ossos de Crowley, que queimou junto e desapareceu. Sookie e Dean correram até o berço e pegaram John, que estava tranqüilo e não tinha noção do que estava acontecendo. Antes de ir embora, Dean deu um recado para Samuel.

- Eu nunca mais quero ver a sua cara!

- Você tem que entender a minha situação, eu…

- Nunca! Fizesse outro acordo, mas entregar meu filho? Você nunca gostou de mim mesmo e eu nunca gostei muito de você, então nos faça este favor… suma! Vamos, embora gente!

O caminho de volta, foi silencioso. Sam ficou na casa de Bobby, Jason foi para casa e, Dean, Sookie, John e Castiel foram para a casa dela. Enquanto ela terminava de trocar o bebê e o colocava no berço, ouviu a conversa de Dean e Castiel.

- E agora, o que eu faço? - perguntou o caçador.

- Eu sinceramente não sei como pegar a alma do Sam.

- Eu preciso pensar em alguma coisa! Não vou deixar o meu irmão sem alma! 

Sookie apareceu na sala e interrompeu a conversa.

- Bom, eu vou embora, mas pode deixar que eu estou de olho em vocês - disse Castiel.

- Obrigado - agradeceu Dean.

Sozinhos na sala, Sookie percebeu que o namorado estava abalado.

- Você vai arranjar um jeito de ajudar o Sam, eu tenho certeza - disse ela passando a mão na cabeça dele.

- Eu estou perdido, já não sei mais o que fazer. Pelo menos achamos o John!

- É! Ele está bem, acho que nem percebeu o que aconteceu com ele. Você se machucou enquanto brigava?

- Não, estou bem.

- Dean, olha pra mim! Vai ficar tudo bem! 

Os dois ficaram abraçados por um tempo e depois subiram para dormir. Após o episódio do seqüestro de John, as coisas ficaram calmas e aparentemente normais. Sam aparecia muito pouco, ele estava ficando cada vez mais estranho. John já estava com oito meses e certo dia enquanto Dean assistia televisão, percebeu que o menino estava se esforçando para ficar de pé.

- Olha só! Você já quer sair andando? Você precisa de um andador. 

Quando Sookie chegou do Merlotte's, ele contou a novidade.

- Sério? Que lindo o meu menino já está crescendo! 

No outro dia, Dean saiu com John atrás de um andador. Bon Temps é uma cidade pequena, todo mundo se conhece. Quando ele entrou numa loja de coisas para bebês, todas as atendentes, queriam atendê-lo.

- Deixa que eu vou falar com ele!

- Não! Eu!

Uma das moças se apressou e se aproximou dele.

- Pois não?

- Oi, eu estou procurando um andador para o meu filho.

- Ah sim, claro! Por aqui vou te mostrar alguns modelos!

Enquanto ele olhava os modelos, as outras mulheres continuavam comentando.

- Como aquela sem graça da Sookie Stackhouse conseguiu um homem desses?

- Eu não sei! E olha que eu fiquei sabendo, que ela namorou uns vampiros bonitões também!

- Ela deve ser boa de cama, aquela garçonete! Hunf!

Dean escolheu um andador azul que tinha uns brinquinhos. Até quando ele estava guardando o andador no carro e colocando John na cadeirinha, as mulheres continuavam olhando e comentando. Assim que entrou no carro, comentou com o filho.

- Eu hein, que mulherada estranha! 

No caminho de volta, ele viu uma loja de antigüidades e resolveu parar, pegou John e entrou. 

- Pois não?- disse o senhor da loja.

- Faz alguns dias que eu vi um anel na vitrine, eu gostaria de saber se você ainda o tem.

- Eu tenho alguns anéis, não sei se é o que você viu, mas vou te mostrar as opções.

Dean colocou John sentado no balcão para poder olhar melhor os anéis.

- Pronto, aqui estão os anéis que eu tenho. Todos são antigos, muito bem conversados e únicos!

- Hum… ah sim, foi este que eu vi!

Um lindo anel de ouro branco, com desenhos bem detalhados e uma linda pedra de brilhante no centro.

- Ah, é um belíssimo exemplar! - disse o homem.

- Er… quanto custa?

- 3 mil dólares.

- 3 mil? Tudo isso?

- Isso que está barato!

- Bom, o que eu tenho é… 2.300 dólares.

- Olha… na verdade este anel vale até 5 mil dólares. Mas eu tenho uns mais simples.

- Mas eu gostei desse! E aposto que a minha namorada vai gostar! Poxa, faz um desconto! A gente já tem um filho, eu quero oficializar a situação.

O homem olhou para Dean, olhou para John e após um suspiro, aceitou vender por 2.300 dólares.

- Muito obrigado, mesmo! - agradeceu o caçador com a caixinha na mão.

Ele passou o dia inteiro ansioso, mas conseguiu se distrair com a alegria de John usando o andador e passeando pela casa inteira. O bebê já estava dormindo, quando Sookie chegou.

- Cheguei, meus amores!

- Oi! - disse Dean depois dando o beijo nela.

- Cadê o John?

- Ele ficou cansado de tanto andar no andador, você precisa ver!

- Droga! Eu preciso mudar meu turno no Merlotte's! 

Dean ficou parado olhando para ela.

- O que foi? - perguntou a garçonete curiosa.

- Er… 

- Algum problema?

- Não, não! Nenhum!

- O que é então?

- Nada, pode ir tomar banho!

- Preciso mesmo, estou cansada! 

- Está com fome?

- Ah estou!

- Eu levo alguma coisa para você comer no quarto!

- Ai, que lindo! - disse ela sorrindo.

Os dois deram um beijo mais demorado e ela subiu para tomar banho. Na cozinha, ele tremia ao preparar umas torradas.

- O que é isso? Estou mais nervoso do que quando vou caçar demônios!

No quarto, ele esperava a Sookie sentado na cama com a bandeja. Ela saiu do banheiro, olhou John e depois foi para o quarto.

- Hum! Tem coisa melhor do que chegar em casa e ter um filho e um namorado lindos desse jeito? Não tem!

Enquanto ela comia, Dean ficou calado e só observando-a. Quando ela estava quase terminando, não agüentou.

- Dean, você está estranho! O que foi? Fala logo!

- Tá! Vou falar… eu vou falar!

Mas não falou.

- Vai Dean! O que foi? Você está me deixando nervosa!

- É que… é a coisa mais difícil que eu já fiz na vida.

- Ai meu Deus! Você vai embora de novo?

- Não, não! Eu não vou embora! Sookie… - ele pegou uma das mãos dela - assim, nós estamos juntos, nos amamos, temos o John mas o que nós somos? Certo!

- Hum… certo. Sei lá, não entendi ainda, continua!

- Eu quero te perguntar uma coisa; Sookie Stackhouse, você aceitar se casar comigo?

Logo após a pergunta, ele abriu a caixinha e mostrou o anel. Sookie ficou surpresa!

- Eu… eu...