Sookie ficou sem reação, estava paralisada.

- Fala! Quem é ele? - perguntou Eric de novo e colocando as presas para fora.

A indecisão dela continuava e Dean estava ficando roxo sem ar. 

- Se não é ninguém importante, você não vai se importar se eu sugá-lo até ficar seco!

Quando Eric ia morder Dean, Sookie finalmente falou.

-Para! Ele é… é um caçador.

- Caçador? De que?

- De seres sobrenaturais. Eu chamei ele e o irmão uma vez, lembra?

- Lembro que você chamou, mas como posso ter certeza se eu não vi a cara dele?

- Coloque ele no chão e pergunte.

Eric largou Dean que caiu desajeitado.

- Poxa, poderia ter me colocado no sofá! - reclamou ele.

- Você é o mesmo caçador?

- Sim.

- E o que você está fazendo aqui? 

- Eu…

Ele olhou para Sookie  que parecia muito preocupada.

- Desculpa, Sookie.

- Não estou entendo! - disse Eric.

- Não, Dean, por favor!

- Eu não aguento mais, chega de mentiras, de se esconder, cansei!

- Alguém pode me explicar o que está realmente acontecendo? - perguntou o vampiro.

- Eu e a Sookie…

- Espera! Eu tenho que falar! - interrompeu a garçonete.

- Fala logo, Sookie! - Eric estava ficando sem paciência.

- Eu e o Dean estamos… tendo um caso.

- Um caso? Homem e mulher? Com sexo e tudo?

Sookie só resmungou.

- Eu não entendi, fala Sookie!

- Sim! Sim, sim e sim! Entendeu agora?

- Você está mesmo me traindo com esse humano medíocre?!

- Hey, não é bem assim! - reclamou Dean.

- Desculpa, Eric - na hora, ela começou a chorar.

- Por que? Não entendo! Você gosta dele?

- Sim, eu gosto.

- Certo, você vai ter que escolher, ou eu ou ele!

- Ah…

- Eu também quero saber a sua resposta - disse o caçador.

Sookie ficou em silêncio, ainda estava muito confusa.

- Vamos! Ou eu mato ele agora! 

Eric pegou Dean pelo pescoço novamente.

- Não por favor, não faça isso Eric!

- Se decida logo!

- Tá, tá… eu… escolho o Dean!

- O que? É sério mesmo?

- Desculpa Eric, mas eu me sinto normal com ele.

- Você não é normal! 

- Por isso mesmo! Do seu lado eu fico mais "anormal" ainda! Agora larga ele, por favor!

- Por que eu largaria? O homem que roubou você de mim, eu deveria matá-lo!

- Você não vai fazer isso!

- E por que não?

- Por mim. Você não faria isso comigo.

Os dois ficaram se olhando, Eric olhou para Dean.

- Eu te odeio - e o jogou no sofá - eu vou embora daqui.

- Eric! - chamou Sookie, corredo para a varanda.

O vampiro sumiu. Dean apareceu e a abraçou.

- Obrigado por me escolher. Hey, não precisa chorar, já acabou tudo.

- Eu me sinto tão mal, Dean.

- Vai passar, fique tranquila.

No Fangtasia, Eric apareceu furioso.

- Eu quero todo mundo fora! - a boate estava lotada - não entenderam? FORA! AGORA!

Vampiros e fangbangers saíram correndo. 

- O que foi Eric? - perguntou Pam.

- A Sookie estava me traindo! 

- Que safada, hein!

- Pior, ela escolheu ele! Acredita! Ela escolheu um humano!

- Essas mulheres viu…

- Eu quero ficar sozinho, Pam!

- Claro.

Quando ficou sozinho na boate vazia, começou a quebrar coisas, as garrafas do bar, algumas mesas, estava furioso. Sentou em sua cadeira e não segurou o choro, Eric não acreditava no que tinha acontecido. Na casa de Sookie, as coisas estavam mais calmas. Ela se sentia mais leve, havia tirado um peso das costas, o peso da mentira e agora seu pensamento estava fixado em Dean que dormia tranqüilamente ao seu lado.

Era 2:30 da manhã, quando a garçonete acordou com barulhos de vozes, gritos e coisas sendo quebradas no andar térreo de sua casa. Olhou para o lado e não viu Dean, desceu correndo as escadas.

- Dean! Dean! 

Quando chegou a cozinha, viu o caçador caído no chão todo ensanguentado.

- Ai meu Deus! Dean, fala comigo!

Ele estava com os olhos abertos, olhando fixamente para o teto, mas não respondia. Sookie olhou para o lado, em direção a sala e viu Eric de pé, cheio de sangue na boca e no corpo.

- Eric! Eu não esperava isso de você! - disse ela brava se levantando e batendo no tórax do vampiro.

- Então você realmente não me conhece - logo depois, ele sumiu rapidamente.

Sookie chorava desesperada, se ajoelhou no chão e colocou a cabeça de Dean no seu colo. 

- Ai meu Deus! Não morra Dean, por favor, é tudo culpa minha!