Arashi X Ame ou Arashi S2 Ame ? escrita por Tomoyo-chan


Capítulo 18
Capítulo 18 - Segredo Revelado (parte2)


Notas iniciais do capítulo

Por favor, perdoem-me a demora desse capítulo! >
Parecia que as minhas ideias tinham morrido O_O!
Nah-chan! Muito obrigada por seus comentários a cada capítulo! Fico mega empolgada para lê-los todas as vezes que vejo que me escreveu! ^^
E... Descoberta uma nova leitora: Mika-chan!... Obrigaaaada por suas palavras no último comentário! Elas me ajudaram a escrever mais esse capítulo!
Portanto, capítulo dedicado as duas: Nah-chan e Mika-chan!!
Divirtam-se todos!



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No final do último capítulo

- Diriam o que? – perguntei com cautela, mas quem respondeu não foi Hana.

- Que eu era adotada. – Mitsuki respondera a pergunta de Jun e adentrara a cozinha, seguida por todos.

 E o silêncio pairou no ar enquanto o Arashi se entreolhava e as meninas de Ame fixavam seus olhares em pontos distintos da cozinha. Todos se sentaram a mesa em que Hana e Matsujun estavam. Mitsuki, com dificuldade, tirou suas mãos das de Ohno, mas fora impedida pelo mesmo. Quando o encarou, a tristeza e a confusão fizeram-se presentes em seus olhos, mas Ohno não disse nada, apenas balançou a cabeça negativamente e apertou a mão de Mitsuki ainda mais.

Era o apoio de que ela precisava, para continuar o que dizia e ficar novamente como sempre deveria estar: transparente. Tanto nas emoções como em seus atos. Sem máscaras, para ninguém. Respirou fundo e quando ia continuar:

- Você sabe que não precisa dizer mais nada. – afirmou Yuka – Não é porque eles estão aqui e porque talvez nos deem a oportunidade de cantar que você tem de revelar a história inteira.

- A é? – ironizou Hana – E a gente vai continuar mentindo para eles até quando?

- Na verdade... A gente vai continuar mentindo para nós mesmas até quando? – indagou Hikari.

Yuka estremeceu ao ouvir a sinceridade de Hana e Hikari. Sabia que elas estavam certas, mas não queria que Mitsuki se sentisse forçada a dizer. E se ela não estivesse preparada para isso? Ela iria perdê-la
novamente. Quantas vezes mais isso se repetiria? Quantas vezes mais Yuka seria obrigada a dobrar seus esforços para ajudar aqueles que amava?

Jun, Sho, Nino, Aiba e Ohno se encaravam preocupados. E se aquele não fosse o momento ideal? Haviam se conhecido a um dia. UM dia. Era muito pouco para exigirem qualquer explicação. Talvez, Yuka tivesse razão.

- Yuka tem razão, tem algo mais relevante do que o fato de você ser adotada? – Sho, tentou demonstrar que não se importava, que não era necessário mais nenhum tipo de explicação.

- É, olha, ser adotada deve ser algo muito difícil e falar sobre isso deve ser mais ainda – completou Jun.

- Conte-nos essa história quando estiver disposta, ok? – disse Nino.

Sho, Jun e Nino já estavam se levantando quando ouviram Ohno dizer, autoritário, como um líder:

- Não! – os três paralisaram instantaneamente – Mitsuki precisa esclarecer isso agora.

- Jura que com tantos momentos para você agir como líder da Arashi, você escolheu esse? – indignou-se Sho, mas Jun e Nino já haviam se sentado novamente e abaixavam suas cabeças, Aiba não se movera um milímetro sequer. Tal ato, fez Sho explodir – Será que você não
percebe que nos conhecemos a UM dia? Não acha cedo para querermos explicações de suas vidas? Cedo para que invadirmos sua privacidade? – mas Ohno não desviou o seu olhar do rapper. – Aiba! Diga alguma coisa!

- O que quer que eu diga? Não dá para seguir em frente se temos um obstáculo pela frente. – Aiba falou fracamente.

Mesmo não conformado, Sho se sentou novamente e passou suas mãos pelo rosto, vencido. Sentiu mãos em seu ombro e ao se virar, deparou-se com os olhos de Yuka marejados e leu nos lábios da garota
um “obrigada”. Respirou fundo e esperou pela voz de Mitsuki.

- Quando fiz meu aniversário de 18 anos, tinha acabado de receber a notícia mais importante de minha vida: havia passado na faculdade em Tóquio como sempre sonhei. – falou sorrindo ao relembrar – Era o que eu iria dizer aos nossos pais quando desci, correndo as escadas de casa, com um sorriso de orelha a orelha. – o sorriso de Mitsuki se
desfez – Mas quando eu cheguei a sala onde eles se encontravam, não tive nem tempo de dizer, porque logo eles viraram com sorrisos maldosos nos rostos e disseram: “Graças a Deus, você completou 18 anos! Agora não temos mais que cuidar de você. Você era como uma sanguessuga que tirou tudo o que a gente tinha e até o que a gente não tinha”.

Mitsuki parou por um instante. Os pesentes que olhavam fixamente para qualquer canto da cozinha, agora olhavam Mtsuki. Um olhar com mistura de dó, piedade, confusão, choque e solidariedade. Nem as meninas da Ame, nem sua irmã sabiam dessa parte da história.

- Quando eles disseram isso, eu não compreendi, mas eu não precisei perguntar nada, a resposta veio nas palavras de meu pai: “Quando Hana tinha três anos, encontramos você dentro de um cesto com
um bilhete escrito: ‘Por favor, cuidem bem de Mitsuki Okazaki’. E o que a gente poderia fazer? Cuidamos de você por todos esses anos! E agora, finalmente, você vai embora!”.

- Eles te disseram isso? – interrompeu Hana, recebendo um balanço de cabeça afirmativo – Por que você não me contou nada? – levantou a voz, incrédula.

- E o que você ia dizer Hana? Que estava ao meu lado? Que se me expulsasse teriam de te expulsar também? – Mitsuki encarou Hana, que agora encolhia os ombros, Mitsuki houvera dito exatamente o que teria feito – Você também estaria perdida, sem pais, sem nada, como eu! Se eu não te contei... Foi porque queria te proteger. Você teria feito o mesmo.

Hana abaixou a cabeça. Teria feito exatamente o mesmo. Não eram necessárias mais palavras. O essencial e importante já havia sido dito. E o silêncio pairou por um instante até que Sakuya, que estava calada perguntou:

- Por que Hana não sabia disso?

- Naquela época, Hana havia acabado de perder Kyo e... estava brava comigo, porque eu passei na faculdade que eu queria e ela não, apenas em sua segunda opção.

- Espera, espera! – Todos os olhares se voltaram para um confuso Sho – Foi tudo ao mesmo tempo? A morte do namorado da Hana, o bullying de Yuka, a expulsão dela de casa e a vinda de todas para cá?

- A Yuka sofria bullying? Como assim, expulsão de casa? – Aiba se pronunciou, surpreso.

- Sofria, mas conheci Mitsuki e fiquei bem. – respondeu Yuka – E sim, fui expulsa e eles me deram essa casa. Todas resolvemos vir para cá, logo depois de ficarmos sabendo da Mitsuki.

- Isso foi quase uma semana depois de eu ter descoberto que era adotada. – retomou Mitsuki – Demorei uma semana para parar de chorar – sorriu fraco e abaixou a cabeça. Ohno sentiu sua mão ser apertada e se preocupou ainda mais– ainda hoje, quando penso nas palavras deles, dói. Chorei até não poder mais. As mensagens no celular estavam se acumulando, Hana não parava de bater na porta do me quarto. Mas eu demorei a perceber o quanto estava sendo egoísta, que ficar trancada no meu quarto só faria com que elas se preocupassem e afundassem comigo. E isso eu não queria. Então, - respirou fundo, impedindo as lágrimas de rolarem, pelo menos por alguns segundor - ao término de uma semana eu fiquei a frente do espelho e treinei meu sorriso, tinha de parecer convincente. Tinha de parecer que eu estava bem. – As pausas começaram a ser mais frequentes nas falas de Mitsuki, até que as
lágrimas começaram a rolar – me desculpem... – num fio de voz foi o que
conseguiu, por fim, dizer.

- Esse sempre foi o seu problema – começou Hikari, que não mais ostentava um olhar de piedade ou preocupação e sim de determinação – você sempre, SEMPRE, está se preocupando mais com os outros do que consigo mesma!

- Ei!... – Hana tentou acalmá-la, em vão.

- Será que você não percebe? A gente pode te ajudar! – continuou Hikari – Talvez não da mesma forma que você nos ajuda... – sua voz enfraquecia e as lágrimas também se fizeram em seus olhos – Talvez
não com as mesmas palavras de superação que você nos diz... Mas podemos ajudar! Você não está sozinha!

- Nunca esteve... – completou Sakuya.

E as lágrimas de Mitsuki deram lugar a um sorriso. Que brilhou, depois de muito tempo escondido e como nunca antes houvera brilhado. As lágrimas de tristeza e dor deram lugar a lágrimas de alívio e felicidade. Precisava desabafar, desabafou e foi ouvida. Mentiras não mais existiriam entre elas. Por um momento, esqueceram-se de que não eram apenas elas ali presentes naquela cozinha. Sho, Aiba, Ohno, Nino e Jun
observavam a cena intrigados. Até que...

- Resolvido! – disse um Aiba super ansioso, chamando a atenção de todos para si – Quando a gente vai começar a treinar para o show?

- Temos de ligar para o Johnny primeiro para ver se ele aceita nossa escolha e depois a gente já pode começar – disse Jun convicto.

- Depois a gente pode escolher as músicas! Ahh!! Estou tão feliz que encontramos o grupo de que precisávamos! – um empolgado Nino dizia.

As garotas de Ame pararam de chorar, sorrir e em seus rostos um olhar de confusão se fazia presente:

- Espera... A gente realmente foi escolhida? – Yuka se dirigia a Sho.

- Com toda a certeza! A discussão que acabaram de ter só demonstrou ainda mais o quanto são unidas e esse tipo de amizade, que representa apoio, é exatamente o que a gente estava procurando! –
respondeu Sho, determinado – Não é mesmo Riida?

Mas nem Ohno, nem Mitsuki estavam mais ali. Dessa vez, entretanto, tanto os garotos de Arashi quanto as garotas da Ame, não deixariam de ouvir, nem de ver, o que se passava dentro daquelas quatro paredes: a sala de dança.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a curteza (essa palavra existe? o.õ) desse capítulo!
Esse, aparentemente foi o penúltimo capítulo... Vamos ver, talvez mais um de especial. Não sei...
Para falar a verdade... O final dessa fic é um mistério tanto para vocês quanto para mim =X (sério! Não sei como terminá-la! @_@).
Mas e aí? Gostaram?
Deixem um comentário e faça uma autora MUITÍSSIMO FELIZ! =D
Bjus
CamiTiemi