No Meio do Nada escrita por Mandy-Jam


Capítulo 5
Capítulo 5 - Reggae


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Eu sei, eu sei... Demorou um pouco para escrever esse capítulo, porque eu estava organizando as idéias para poder continuar a história, mas...

Aqui está!



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"Eu... Acho que vou vomitar..." Disse Kutner com as mãos tampando a boca.

"Agradeceria se vomitasse longe de mim." Pediu Willson.

Kuter correu para trás de uma das pedras um pouco afastadas de Willson. House, Cuddy, Cameron, Chase, Taub, Treze e Foreman ainda estavam olhando os corpos encontrados.

"Não morreram com a queda..." Analisou House "Pelo menos não a aeromoça e o co-piloto. Viram? Se afogaram." 

"É verdade. Mas o que será que aconteceu com o piloto?" Perguntou Cuddy.

"O que vocês acham?" Perguntou House olhando para a sua equipe. Eles levantaram os olhos dos cadáveres e olharam para House.

"Ahm... Foi um ataque epiléptico, certo?" Perguntou 13 e House assentiu "Bem, muitas coisas poderiam causar isso... Ele pode ter..."

"Isso é ridículo!" Interrompeu Foreman e todos olharam para ele. "House, o cara está morto. Nós estamos presos no meio do nada, e você se importa mais com um cadáver do que com a situação."

"Me importo com a situação de todos. Isso incluiu ele." Disse House.

"Ah, ótimo! Você pode sempre fingir ser um humano quando tem um novo brinquedo, não é?" Perguntou Foreman "Parece uma criança que acabou de ganhar mais um quebra-cabeça." 

"Ah... Você está com inveja do meu novo brinquedinho, não é?" Brincou House, mas logo depois olhou para a equipe novamente "Ainda não recebi uma resposta. Quero teorias. Vamos!"

"Ah... Ele pode já ter um quadro de epilepsia. Vai ver os ataques já eram normais. Isso explicaria tudo de um jeito resumido e simples." Sugeriu Chase.

"Simples demais. Outra." Falou House.

"Eu também acho isso ridículo." Disse Taub concordando com Foreman "House... Pense só! Estamos presos no meio do nada sem comida, água, e nem mesmo comunicação! Acabaremos que nem eles se não nos preocuparmos em achar um jeito de sair daqui." 

House revirou os olhos.

"Será que não conseguem fazer o trabalho de vocês direito pelo menos uma vez na vida?!" Reclamou House.

"Não estamos no hospital, House!" Protestou Cameron "E isso não é um de seus joguinhos."

Eles estavam ajoelhados na beira do mar, exatamente em uma das partes mais cheias de rochas. Os três corpos estavam dentro de uma espécie de piscina formada por um circulo de pedras. Se olhassem para o mar, veriam partes do avião arrebentadas e flutuando.

Cameron levantou seguida por Cuddy, Taub e Foreman. 

"Vamos voltar para a areia e discutir o que faremos agora, e, House, acho que devia vir também." Falou Cuddy.

Todos a seguiram. 

"Então... Resolveram ficar?" Perguntou House á Treze e ao Chase.

"O que mais tem para fazer? Quebrar a cabeça e ver que não tem jeito de dar o fora desse fim de mundo?" Disse Treze dando de ombros.

"E quanto a você?" Perguntou House.

"Eu quero saber porque o cara que quase nos matou teve uma convulsão." Disse Chase olhando o corpo do piloto com um olhar taciturno.

"Certo." Disse House "O que acham?"

"Reações a medicamentos?" Sugeriu Treze "Ele deve ter tomado alguma coisa antes de pilotar o avião."

"Pode ser... Mas ainda não é bom o suficiente." Disse House.

"E se fosse uma epilepsia febril?" Sugeriu Chase "Ele podia estar com febre, mas como recebe pouco e precisa comprar comida foi trabalhar mesmo assim."

"Não!" Exclamou House. "Vamos, esse é o melhor que conseguem?"

Eles ficaram em silêncio e depois olharam novamente para o cadáver.

"Epilepsia febril é rara..." Refletiu Treze "Geralmente ocorre só com crianças, e mesmo assim, afeta menos de 5% delas até 5 anos."

"Raro, mas possível." Disse Chase.

"Não acho tanto." Discordou Treze.

"Você é da equipe do House! Devia estar acostumada a casos raros, não é?" Disse Chase.

"Mas é muito improvável." Continuou Treze.

"Mais improvável do que medicamentos?" Falou Chase.

"Na verdade, sim! E quer saber... Pode ser que não sejam medicamentos. Um exame toxicológico poderia indicar uso de drogas." Falou Treze.

"Não temos exames toxicológicos." Falou Chase "Na verdade não temos nada. Nem mesmo um paciente vivo." 

"Vocês não vão chegar a lugar nenhum." Concluiu House e os dois olharam para ele. "Prestem atenção no óbvio." 

"Óbvio?" Repetiu Chase. Então os dois olharam novamente para o cadáver. "O que você percebeu, House?"

"Na verdade é o que ninguém percebeu." Disse House "Ele está morto, mas não é o único. Algum de vocês se importou de olhar o co-piloto?"

"O co-piloto..." Repetiu Treze olhando agora para o outro corpo que estava logo ao lado. "Não tem nada..."

"É claro que tem." Disse House apontando para inúmeras manchas.

"Só pode estar brincando!" Riu Chase "Isso é completamente normal! O avião caiu. São só machucados."

"Lembre-se. Ele já tinha desmaiado antes do avião cair." Disse House "Talvez nós não tenhamos notado, por causa do desespero de não ter ninguém para pilotar aquele avião, ou porque o amigo dele estava chamando toda a atenção com a convulsão."

"Você quer dizer..." Falou Chase já entendendo.

"Quero dizer que o que quer que tenha afetado ele, afetou o piloto também. Só que teve uma reação maior." Concluiu ele "Quero saber agora, o que afetou eles."

Chase e Treze se entreolharam. Nenhum deles esperava aquilo.

Tentaram parar e pensar em uma solução, mas não era tão fácil. Depois de alguns minutos em silêncio Treze teve uma idéia.

"Drogas." Disse.

"Drogas?" Perguntou Chase.

"Sim." Concordou ela "Eles podem ter usado as mesmas drogas e..."

"Não." Discordou House "Está regredindo o pensamento. Esqueça as drogas."

"Mas..." Tentou Treze.

"Esqueça!" Reclamou House.

"Então, você tem a resposta?" Perguntou ela.

House ficou em silêncio. Ele tinha seus palpites, mas mesmo que os dissesse, de que adiantaria? Ele não teria como confirmar, pois naquela ilha, ou seja lá o que aquilo era não tinha um hospital ou aparelhos de exames. Ele estava prestes a desistir de tentar descobrir o que tinha acontecido, quando uma voz atrás dele o fez mudar de ideia.

"E que tal alergia?" Perguntou Kutner.

"Alergia a que?" Perguntou Chase.

"Não sei... Só... Alergia. Foi o melhor que eu pude pensar." Disse Kutner encolhendo os braços.

"Vocês não acham que isso é perda de tempo?" Perguntou Willson ao lado dele.

"Ei, Willson. Está no lugar errado. O grupinho "Acho isso perda de tempo" está lá atrás discutindo o que faremos para não sermos devorados por animais selvagens." Informou House.

"Você é impressionante." Riu Willson.

"É. Mamãe vive dizendo isso." Brincou ele.

"Não está aqui porque se interessou pelo caso." Continuou Willson enquanto House revirava os olhos "Até porque isso nem mesmo é um caso. Está aqui porque não quer ficar perto das outras pessoas que estão na mesm situação que você e ter um momento de solidariedade e compaixão humana."

"Sabe... As vezes me pergunto por que você não é piscicólogo." Falou House.

"Não mude de assunto." Willson revirou os olhos.

"Não mude, você, de assunto." Falou House, e dirigiu o olhar para a equipe. "Alergia é a melhor opção. Só temos que saber qual é a alergia deles."

"Ainda acho que drogas se encaixariam melhor." Insistiu Treze "Dois caras com a mesma alergia? Quais são as chances?"

"Por que você insiste tanto na idéia de um piloto chapadão?" Perguntou House "Uma tripulação inteira de amantes do reggae."

"Ah, e eles terem a mesma alergia faz mais sentido!" Exclamou ela.

"Concordo com o House." Disse Chase "Pense só... Não deixariam eles entrarem no avião com drogas assim tão facilmente."

"Podiam ter escondido!" Falou Treze.

"Onde?" Perguntou Chase.

"Você quer mesmo que ela fale?" Perguntou Kutner.

"Use a sua criatividade." Falou Treze.

"Esqueçam as drogas!" Exclamou House "Descubram o que provocou a reação alérgica e me procurem."

"Aonde você vai?" Perguntou Chase.

"Vou conversar com o grupo 'Acho isso perda de tempo' e ter um momento de solidariedade e compaixão humana." Falou ele se levantando e mancando até lá seguido por Willson.

"Então..." Falou Kutner, logo após Willson e House irem embora. "Mesmo presos em uma ilha deserta nós temos trabalho a fazer?"

"É a vida." Suspirou Treze.

Treze e ele se levantaram juntos.

"Amantes do reggae?" Riu Chase da teoria dela.

"Ah, cala essa boca." Disse ela.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham que o piloto e o co-piloto tinham?

O que o House vai fazer no grupo 'Acho que isso é perda de tempo'?

Será que ele vai ser humano?

Espero Reviews!