Diário 2-do primeiro Amor E... escrita por Patrick Villela


Capítulo 8
Ritmo de Festa




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Não, nada de "bobeou, tomou na testa". Haveria a festa de domingo para você ir. Você, claro, não comprara presente algum ainda, também não fizera nada de especial na aparência. É, desleixo é outra coisa.

Deixou para o sábado, dia da praia. Dia da praia de paulista, quero dizer. Dia de shopping. Você anda no meio de todo aquele povo frenético e barulhento a procura de um presente decente para seu colega... ops! amigo. Encontrou uma camiseta que talvez ele gostasse.

Saindo um pouco da história, o que as pessoas têm por camisetas? É incrível. Se você quiser ganhar camisetas novas, convide um desconhecido ou recém conhecido para ela. Como ele não te conhece, te dará uma camiseta. Mas cuidado! Há grandes chances dela ser horripilante!¹

Voltando agora, e voltando para casa. Você começa a mexer no guarda-roupa para escolher a vestimenta da festa, quando encontra uma caixa. Você abre, sabendo o que encontraria. Você abre já com tristeza, e com tristeza olha para dentro.

Todos os bilhetes escritos para Íris estão guardados nesta pequenina caixa de Pandora. Sim, pois todos os seus males estão lá dentro, não em forma de palavras, pois os bilhetes revelam amor, mas em forma de lembranças. Aliás, o próprio fato de os bilhetes estarem ali já era um sinal de tristeza.

Depois de quase meia hora de reflexões e bilhetes lidos, resolveu acabar com isso de uma vez por todas. Da forma mais inesperada possível, você rasgou em trinta e dois pedaços cada bilhete, cada poema. Pronto, uma época da sua vida estava apagada... ou não.

De qualquer forma, se sentiu melhor ao fazer isso. Claro que há toda aquela mágoa de se perder algo, mas passa logo. Então, volta a mexer no guarda-roupas. Encontra uma camiseta antiga, porém belíssima, que ganhara de aniversário de uma tia sua. Era listrada de vermelho com azul. A camiseta, não a tia. Era muito larga e confortável. Agora sim, a tia.

Pegou-a e pediu para sua mãe passá-la no dia seguinte. Ela pegou e pôs na pilha de roupas para passar. Beleza, não está mais em suas mãos.

A calça seria o básico e comum jeans azul e reto. Tênis, um basicão preto. Cabelo, mesmo de sempre. Na verdade, não estava assim tão animado por essa festa, afinal, não conhecia ninguém direito.

E assim se foi seu sábado, sem amigos, sem escola, sem Yasashii...

...mas com o assombro da lembrança do primeiro amor.


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Notas finais do capítulo

¹Se algum amigo meu ler isso, saiba que, se foi convidado à minha festa, não é recente. Para começar, prezo demais a amizade por isso. Para terminar, não gosto tanto assim de camisetas.



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